13 janeiro 2015
Jogo de palavras
Um dia me explicaram um jogo com vários participantes, ao redor de
uma mesa, em que alguém escolhe, com o auxílio de um dicionário, uma palavra e
anota o seu significado.
Todos são instados a sugerir o significado da palavra escolhida.
Aquele que chegar mais perto ganha 10 pontos. Se nenhum acertar,
ganha 5 pontos aquele que sugerir o significado mais criativo.
Ri de montão.
Independentemente de estarmos sentados ao redor da mesa, ou na
frente de um teclado, selecionei dez palavras e sugeri alguns
significados. Será que você acerta? Só uma resposta é verdadeira.
1- Priodonte
a)
Extração do primeiro dente de leite.
b) Gênero de mamíferos desdentados da
América do Sul. Tatu.
c) Gênero de mamíferos fósseis da
época terciária. Antepassado do elefante.
d) Nome comum a animais herbívoros,
assemelhados ao porco, com 2 presas salientes. Antepassado do javali.
e) Implante dentário do canino.
2- Machacaz
a) Planta que tem flores masculinas.
b) Instrumento da medicina. Placa
metálica para praticar a percussão digital.
c) Homem corpulento, desajeitado,
pesadão.
d) Indivíduo nascido nas tundras
europeias.
e) Apito para atrair capivaras.
3- Tílburi
a) Carruagem
de quatro rodas
para duas pessoas ;
Carro mais
ou menos
desconjuntado.
b) Carruagem
rústica que
se usava nas fazendas e nas cidades do interior
antes da introdução
do automóvel .
c)
Carro de duas rodas e dois assentos, sem boleia, com capota, e tirado por um só
animal. Era o taxi de antigamente.
d) Carro de feira ou parque de
diversões.
e) Piloto, guia. Mestre que leva as
embarcações por canais ou recifes.
4 - Prebenda
a)
Coisa que não se leva a sério; disparate; tolice, desconchavo.
b)
Corda ou cabo que iça a vela no mastro de jangadas.
c)
Forma para alargar sapatos.
d)
Diz-se da palha de milho quando seca ou amarelada.
e) Emprego ou cargo rendoso que
exige pouco trabalho ; sinecura , veniaga.
5 - Ilharga
a) Orifício circular por onde se
passam fitas.
b) Flanco , lado
(do homem , mulher
ou animal).
c) Espécie de gancho de ferro,
ferramenta de marceneiros.
d) Barco à deriva.
e) Pessoa desleixada.
6 - Mondrôngo
a) Estuprador, violentador.
b) Indivíduo
disforme ; mostrengo .
c) Pessoa desprovida de
inteligência.
d) Que
se alimenta de comida malcheirosa.
e) Que enriquece com os bens ou
trabalho dos outros.
7 –
Epigrama
a) Resumo, sinopse.
b) Composição poética em que todas as
palavras começam pela mesma letra.
c) Poesia breve, satírica;
sátira. Dito mordaz e picante.
d) Verso decomposto em seus elementos
métricos.
e) Palavra ou frase que qualifica
pessoa ou coisa.
8 –
Dislate
a) Asneira,
bobagem, despautério, tolice.
b) Atrasado.
c) Incapacidade
canina de emitir sons.
d) Repetir
latido.
e) Incapacidade
de fixar fatos recentes na memória.
9 –
Gafaria
a) Sucessão
de ações inconvenientes, mancadas, ratas.
b) Ambiente
comercial com pista de dança.
c) Cabelo em
desalinho; grenha.
d) Leprosário.
e) Gaveta
para anzóis.
10 –
Empós
a) Camponês;
Indivíduo rústico, grosseiro; aldeão.
b) Burguês; Indivíduo arrogante;
c) Que tem título nobiliárquico,
fidalgo, nobre.
d) Que
trabalha em ambiente onde há muita poeira.
e) Após, depois; atrás - empós de...
depois de...
Não vale olhar a resposta antes de tentar...
1 - Priodonte – b) Gênero de mamíferos desdentados da América
do Sul. Tatu.
2 - Machacaz – c) Homem corpulento, desajeitado,
pesadão.
3 - Tílburi – c) Carro de duas rodas e dois assentos, sem boleia,
com capota, e tirado por um só animal. Era o taxi de antigamente.
4 - Prebenda – e) Emprego ou cargo rendoso que exige pouco
trabalho ; sinecura , veniaga.
5 - Ilharga – b) Flanco, lado (do homem, mulher ou animal).
6 - Mondrôngo – b) Indivíduo disforme; mostrengo.
7 - Epigrama – c) Poesia breve , satírica ;
sátira .
Dito mordaz
e picante .
8 - Dislate –
a) Asneira, bobagem, despautério,
tolice.
9 - Gafaria – d) Leprosário
10 - Empós – e) Após,
depois; atrás - empós de... depois de...
Diga quantas acertou.
Sugira um
significado criativo.
Ou proponha outras
palavras.
05 janeiro 2015
Reprodução
REPRODUÇÃO
BERNARDO
CARVALHO
Editora Companhia das
Letras
167 páginas
R$ 37,00
Prêmio Jabuti: melhor
romance de 2014
O prêmio
foi o motivador para a indicação do livro para o nosso Clube de Leitura. Ainda
não fizemos a nossa reunião por isso desconheço a opinião dos outros leitores
do grupo. Acredito que será uma das raras reuniões com unanimidade. Lastimavelmente
contra, como foi com “Desejo” de Elfried Jelinek. Autora premiada com um Nobel
de Literatura. Ou seja, prêmio não é necessariamente premissa para aplausos.
Fiz
um esforço supremo para ir até o fim. O livro é monótono e por ser um monólogo
lembrou-me de uma viagem de avião em que desejamos ler um romance e o vizinho
de poltrona desata a falar omitindo opinião ininterrupta sobre todos os
assuntos que possa desenvolver em quatro horas de voo. Honestamente, torço para
que um dos colegas do clube de leitura descubra e externe para nós o
merecimento do prêmio.
O protagonista
deste romance, o “estudante de chinês”, tem a paranoia de que a China, brevemente
dominará o planeta. Para integrar as fileiras da nova classe dominante pretende
aprender chinês e conhecer a China. Na sala de embarque do aeroporto ele aborda
uma jovem chinesa acusada de contrabando o que motiva sua detenção para interrogatório
pela polícia federal.
O
autor ousou originalidade ao apresentar o romance em três monólogos que
acontecem na delegacia do aeroporto. O do protagonista seguido pelo monólogo de
uma delegada e finalizando com outro do protagonista. O problema é que a fala é
repetitiva de tal forma que soubemos pelo menos umas trinta vezes que o “estudante
de chinês” lê jornais e que foi abandonado pela professora de chinês no meio da
lição 22 do quarto livro do curso intermediário.
O “estudante
de chinês”, que não tem nome, tem um insuportável conhecimento enciclopédico
sobre assuntos que pouco ou nada interessam, ainda mais quando jogados entre
argumentos. Por exemplo, que o tomate tem mais genes que o homem ou que as
igrejas, todas juntas, faturam no Brasil mais de vinte bilhões de por ano ou
ainda que os setenta deputados mais ricos do PCC – Partido Comunista Chinês –
detêm uma fortuna de setenta bilhões de euros. O protagonista imagina-se com sabedoria
maior que a soma dos conhecimentos de Míriam Leitão (economia), Artur Xexéo
(cultura), Gerson Camarotti (política) e Caetano Veloso (generalista).
Não
está clara a intenção do autor em batizar o livro de Reprodução. Deduzo que
seja porque o personagem principal reproduz, sem ter a própria opinião, o que
leu nos jornais.
Mais
de uma vez já ouvi dizer que “se você não for capaz de falar bem de uma pessoa
então cale-se”. E é de praxe escritor só falar bem dos colegas. Eu não falei
mal do autor, só não gostei da obra. Do mesmo autor li e elogio “O filho da mãe”,
publicado pela mesma editora.
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