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quinta-feira, junho 28, 2007 Desafio o pessoal a gozar férias à brava!...
Noticias da última hora, a nina Adrianna parece que está detida em Custóias!
Motivo?... Foi apanhada por uma brigada de rusga nocturna, estava nua na praia do Cabo espichel à espera do bote...Nua mesmo, sem roupa e com uma trouxa, e agora? Lista dos passageiros do Boat Of Love São todos bloguistas de primeira. Não é por ordem alfabética nem por ordem de nada, estão ao calhas...Comigo é assim, são todos do primeiro lugar e mais nada... Blgog da pascoalita Blog da Adrianna Blog do rafeiro Perfumado Blog do Fallen Angel (Imediato) Blog das Coisas entre outras Blog do AlbertoKorda Blog do Luso, Zeca Paleca, Sandokan ,freyija e Naeno Blog da miosotis Blog da Nin Blog da Diabinha cusca Blog do Marius Blog da Izelda leva o Gilinho que não tem blog Blog do Alves Blog do bicho de conta Blog do Litlle dragon Blue Blog do Carlos ii Blog do Jotabê Blog da elite im Paris Blog do citadinokane Qualquer deles pode levar quem quiser (pouca gente) Estejam todos no Cabo Espichel, depois passamos pelo Cabo carvoeiro, Já conseguimos que ligassem a maquinaria e tóóóóóó´ca aquele som atroador quando sai o fumo da chaminéééééé... Está lá um poreteiro fardado à Anjo para ser reconhecido como pessoal do barco, e meninas desconhecidas nada de levar X acto para o barco... Para avisar o pessoal que estamos amarados ou ancorados ao largo do Cabo espichel. Motivos de força maior a isso obrigam. Aguardamos chegada do Imediato que ainda não deu sinal de vida e ...as chaves dos motores de ignição (tem não tem?) estão com ele. Já fomos buscar um perito em roubo de carros para ver se consegue abrir aqueles motores e pô-los a trabalhar com uma chave diferente!Entretanto também nos livramos das mulheres que nos podem ser fatais e idem idem idem... A próxima paragem de recolha é no Cabo Carvoeiro, ao largo pois. Tem botes salva vidas para chegar até nós. A bagagem não precisa de acompanhamento. Está lá o burro piruças, um que a Adry empresta de boa vontade. Zarparemos pelas 22 em ponto. O Comandante Shaka envia-vos saudações! Pois foi, pois é, andei a ver o que cada um poderia inventar para termos umas férias de arromba, ele é hoteis,são caríssimos e nem saímos do lugar, alugar casa com piscina está fora de questão, ir para casinhas e casotas, estariamos separados. Quero tudo juntinho que nem pinha por incertar! Lembrei-me de procurar o tal do barquinho que prometi um dia levar todos nele, e sabem que mais, andei andei, algo me chamou a atenção e fui dar a este barco de classe, cheio de luz cor e brilho, e sabem onde o encontrei? num blog de um fallen Angel! Foi por acaso e como nada acontece por acaso, e li, e vi as fotos do afilhado dele... Só faltou apanhar a carinha dele, mas Anjos nem têm rosto! Adoro a ti ó Anjo amigo, anda connosco comandar o teu barco, deves ter experiência quanto baste... Agora desafio cada um a entrar no nosso barco, cada um tem de dizer o que leva com ele, podem levar até o inimaginável, familia e tudo, mas poucos elementos claro... Gostava que cada um se sentisse à vontade para ir como quer, levar o que quer,sem se preocupar com o resto do pessoal. Dou-vos a oportunidade de escolher as melhores férias da vossa vida! Alimentação é toda comigo, bebidas (pouco teor de alcool) chás, sumos terão de tudo águas leite, batidos... Quer ver os meus amigos e amigas a desbravar o manancial de inteligência que existe dentro de cada um. Eu sei que são todos excelentes pessoas e muito espertinhos, mas quero ver a imaginação! Ao mar, ahhh é preciso esperar pelo marius que está lá na terra quente , mas há-de chegar a tempo. desta vez não te deixamos em terra ó romano, com ou sem lençol, a postos com todos e cheio de originalidade! quarta-feira, junho 27, 2007 Lá vão todos de férias...E como o Alves acabou de dizer que também vai em breve, acho que vou ter de colocar uma tabuleta e fechar para férias, já que estão todos a relaxar-se com as férias dos outros! Vou fechar a barraca por uns tempos, e faço de conta que também fui de férias, mas nem vou... Férias já lá vão. Aproveitem os que só têm miudos pequenos, porque esses vão felizes da vida, apanhar mar e sol, se forem grandes o negócio sai furado, porque só vão com as namoradas e os amigos ehhhhh, eu entendo, se entendo, mas... que péssimo negócio ficarem os cotas em casa, e eu que o diga, também saio mais com as amigas, e tenho menos que fazer. A sorte é que não vão juntos e sempre tenho pessoal em casa para chatear... segunda-feira, junho 25, 2007 Um milagre do S. João, diferente...Era noite de festa, os forasteiros vinham chegando de autocarros, carros ligeiros, à boleia ou a pé, e a cidade encheu-se com aquele maravilhoso colorido que é normal em dias de festividades na Cidade! O S. João, utilizado por muitos como escape para o sedentarismo das suas vidas, a monotonia. Ali podiam beber uns copos à maneira sem que ficasse mal. Podiam fazer as asneiras que quisessem, o mundo nesse dia era todo deles! João, chamemos-lhe assim, até por honra ao nome do Santo! Veio com a vida de um rapaz dos seus 34 anos, mais ano menos ano, foi o que eu achei. Olhos brilhantes, tristes, quem sabe a sua vida, quem sabe onde mora onde vive, se tem familia. Nesse dia nada importa, importa fechar os olhos a tudo e no meio de bebidas charros e mais qualquer coisa, a vida dele transformou-se numa autêntica festa que aproveitou para comer beber dançar e distribuir marteladas. Se vinha acompanhado depressa sozinho ficou, bebeu até mais não poder, cantou a plenos pulmões, gritou de alegria (seria?) Olhando para ele via-se um ser amargurado, triste e sofrido. Nem todos viemos a este mundo para viver a felicidade autêntica, muitos ficamos pelo caminho por não sabermos lutar e arrancar essa coisa diabólica que é a tristeza de dentro de nós! Ele tanto andou, tanto andou que se perdeu e por ali ficou, já não sabia o caminho para casa. Então aguentou até onde pôde, até onde conseguiu, até onde o S. João o levou! Olá amigos! minha prosa até aqui nada tem demais, mas até tem coisas demais para contar e saber onde o pobre do moço foi parar! A laurinha levantou-se arrumou endireitou (dias santos e feriados nunca foram de limpezas, apenas de retoques!) a casa, preparou o coleho que ficou divino, metade receita, metade sua invenção. Deixou a mesa posta e foi buscar a mãe para almoçar. O carro tinha ficado encostado rente à parede, porque morando perto do centro, os carros dos visitantes enfiam-se em todo o lado e todos os anos é a mesma coisa, será milagre termos onde deixar os nossos carros estacionados como sempre em frente à casa! Saiu feliz da vida. Adora conduzir, apesar de surda, sente-se segura com a sua condução. Chega ao seu Cinquinho (citroen C 5 HDL) abre automáticamente, vai a abrir a porta, atrás direitinho sentado apenas de mãozinhas no regaço, cabeça deitada para o lado, um pobre homem dormia, quentinho aconchegadinho nuns belos estofos de veludo. Pouco surpreendida e nada assustada, abre a porta e diz normalmente: Ó homem, que está aí a fazer? Ele abre os olhos surpreendido, e deixa-se dormir de novo, a moça pacientemente volta a dizer, mais alto, ó homem, saia-me daí para fora, vamos! Ele olha-me de novo, arrega-la os olhos e vê que a cama acabou! Levanta-se enquanto se sustém com as mãos no assento, sai do meu lado que o carro tinha o fecho da porta estragado, e encostado à parede não iria ninguém abrir. Levanta-se, eu fecho a porta, olho-o com compaixão, ele estava bem (apenas ensonado ehhhh) reparo que ele olha para o céu talvez a agradecer não levar uma carga de porrada ou a a tentar orientar-se, que rua é esta e onde mora etc... Costuma passar sempre gente. Ninguém viu nada, eu moro num primeiro andar, bastava chamar, que o meu marido apareceria logo na janela e os vizinhos também. Falei baixo, sentei-me, tranquei a porta, ele tinha aspecto de toxicodependente de bebida e de drogas, moreno de andar demais ao sol, rapaz do seus 34 anos mais ou menos! Andei uns metros e disse para mim: Coitado, será que devia perguntar-lhe de onde é e levá-lo a casa? Laurinha assim também não. Deixa-o, muita sorte teve por não haver um homem perto e daqueles que são bestas e tratam os desgraçados abaixo de cão! Deixa-o ir, ele dormiu bem, não tocou em nada, estava lá tudo, apenas tentou, abriu a porta e sentou-se direitinho e nem sequer se deitou para não abusar! Lembrei-me depois que momentos antes, quando acordei e fui abrir a janela que é a primeira coisa que faço sempre, vira uns miudos que moram ali a passar de bicicleta, mesmo ao lado do carro, e um voltou atrás, e pôs as mãos do lado dos olhos para ver melhor lá para dentro, e depois bateu como quem bate à porta, no vidro, que me levou a dizer: O que terá o Ernesto deixado no carro? sábado, junho 23, 2007 Feliz dia para o nosso Rafeirinho Perfumado!..
Uma imagem bela, os montes cobertos de neve, e o sol a aparecer. Que o dia esteja assim, belissimo em tons de azul, e o sol brilhe todo o dia dentro e fora de ti!..
Hoje o nosso rafeiro perfumado (acredito que despejaste o after shave até pelos to.... abaixo!) para ficares muito mais cheiroso que nos outros dias...é que o dia de hoje não é brincadeira nenhuma, o rapaiz com i mesmo, vai passar a ter o estatuto de escritor, e não é qualquer um que escreve! Foi a apresentação do livro dele, hoje em Lisboa claro, porque se fosse aqui a laura não estaria a escrever agora! Só conheço o rapaz, dos blogues, mas alguma coisa me diz que ali dentro daquele peito bate um coração ternurento, cheio de amor por tudo e todos, ele pode ser meu filho, (acho eu) porque sinto naquela escrita que é um jovem com vontade de viver e ser feliz e fazer os outros felizes! Não imagino bem o cortejo lá na livraria (presumo que é numa livraria), mas se forem tantas as vendas como os comentários que tem no blog...o rapaz nem vai dormir esta noite! Assim fica aqui o meu desejo de que seja uma experiência incrivelmente fabulosa e possa colher os louros do seu trabalho com abundância, e saiba geri-los com sabedoria! Assim, rafeirinho recebe o meu abraço cheio de ternura e votos de Good Luck for your. Aguardo relato pormenorizado! sexta-feira, junho 22, 2007 Os Anjos Guerreiros dos tempos actuais...Sempre gostei de escrever sobre o Mundo Maior, prosa ou poesia. Este poema saiu há coisa de um mês mais ou menos, gostei dele e lá me vi a acompanhar as grandes cavalgadas dos tempos idos, quem sabe!...
Os filhos do Universo, Etiquetas: POESIA (Laura) quarta-feira, junho 20, 2007 Devolvam meu sorriso, se querem que eu me ria...Devolvam o meu sorriso Devolvam o que era meu, Não sei como o perdi Nem sei quem o levou, E se ainda anda por aí Ou se alguém o encontrou! Devolvam meu sorriso por favor Que dele depende a minha esperança, O meu renascer do amanhã Que tem de estar comigo, Encontrem-no por favor Porque ele é o meu abrigo. Tragam-no depressa Que sem ele ando sempre De candeias às avessas, E não cumpro as promessas Que aos Santos encomendei, De rir até de mim. Encontrem-no por favor, Porque no lugar dele Tenho sempre a dor, Que só se irá embora Quando meu riso chegar E ouvir o meu gargalhar!.. Etiquetas: POESIA (Laura) terça-feira, junho 19, 2007 Quero dançar contigo...Quero dançar contigo a dança da vida, mas Teus passos não seguem o ritmo dos meus, Quero dançar contigo até ao fim da vida Mas vai ser difícil de te acompanhar. Quero dançar contigo nos teus braços, Mas teus passos não me levam para onde quero ir, Perdem-se na indecisão da vida, E eu já tenho um destino a cumprir. Quero dançar contigo a dança da amizade Já que a do amor não a sabemos dançar, Porque para isso é preciso que ele exista, E nós nem sabemos onde o ir buscar. Quero dançar contigo sempre, Mesmo depois de o amor acabar, Porque eu não te abandonarei nunca E viverei sempre a teu lado, sem te amar… Etiquetas: POESIA (Laura) domingo, junho 17, 2007 A propósito de falar com uma amiga ontem!..Falamos de casas, dos nossos sonhos, uma casinha térrea um jardim de flores mil, cheio, o que já tivemos e perdemos porque a vida anda para a frente e para trás. Ela já viveu muito bem, teve casa, jardins floridos, tudo tratado, móveis lindos a seu gosto, e de repente, a vida fez como a mim... rasteirou-nos, mas ainda sonhamos as duas. Sonhamos em ter uma casinha simples e linda onde entre o sol e as madrugadas sejam belas, vistas das janelas ou do jardim, que possamos sentar-nos ali encostadas a uma árvore (para mim, casa nunca é casa sem uma árvore) a ler ou a pintar (ai que me cresce água na boca) ou simplesment a jardinar, com calma na alma, que não nos faça andar em correrias, porque já corremos demasiado as duas. Podermos receber os amigos, e foi por causa dos amigos que eu fiz a letra do réstias de sol, porque queria juntar os amigos que eu amo ao meu redor, dar-lhe mimos, amor, amizade, enfim, tudo o que tiver de melhor. Aí vai a poesia que fiz de manhã, ao lembrar-me da nossa treta entre um pastel de nata com canela (ai que ela anda a viciar-me nisto),e um cafézinho ou carioca de limão, e falamos ali durante horas, dos nossos sonhos, irra que somos cotas e ainda sonhamos, porque sonhar é bom, é lindo e dá-nos a capacidade de crescer por dentro! De querer aprender cada vez mais, como se tivessemos de recuperar o tempo perdido! Mas sentimo-nos bem as duas, ela vai começar radioterapia ao peito, e até anda animada. Vai ser um ir e vir entre Porto Braga a diário, mas tem de ser. É para ela esta poesia cheia de votos de paz e que a saúde cresça cada dia mais! e possamos mesmo ser vizinhas numa qualquer encosta do monte, com vista sobre as luzes da cidade à noite que é a coisa mais bela que já vi! Se formos ao Bom Jesus pela noite, fica-se ali a olhar e a imaginar o que serão aquelas luzes para lá dos montes e das trevas! E quer queiram quer não, eu consigo chegar ao Oriente a partir dali! Uma casa com um jardim Umas flores dependuradas, Umas árvores enfeitadas E uns arbustos solitários.
Etiquetas: POESIA (Laura) quinta-feira, junho 14, 2007 Adoro Teatro, mas...Ao ver esta imagem quando pesquisava, veio-me à lembrança essa peça que vi na tv e com tradução, assim dava para ouvir de auscultadores e sentir a musica as batidas, etc. Adorei, adoro teatro desde menina. A primeira vez que vi um espectáculo ao ar livre, tinha 5 anos, ainda ouvia e a peça era tão real que pensei ser a sério, e chorei com pena da senhora que desfilava o rosário de lamentações de um marido que bebia, lhe batia etc. A senhora que representava era gorda e a indumentária, normal. Foi preciso que a minha mãe me explicasse que aquilo era a senhora a contar uma história, blá blá, que fazia teatro etc. etc. A Neide em pequena andou alguns anos aqui no Teatro Infantil e muito a ajudei a ensaiar em casa. Ela tinha jeito para isso, mas os estudos levaram avante e pelo caminho ficou o Curso de Teatro. Ela saiu e eu continuei ali a ajudar os ninos, como monitora voluntária, ajudar nos ensaios, tomar conta dos pivetes que adoravam que fosse eu a fazê-lo, porque? ( blá blá Blááááááááááá) podiam dizer palavrões e gritar alto que eu não ouvia, mas claro que me apercebia de tudo e mandava-os calar... mas adorava ajudá-los nos ensaios. Bom queria dizer com isto que de futuro não descarto teatro mas em mimica claro.. Já me convidaram para escrever uma peça, mas o que eu gosto mais é de musicais, de os ver na tv porque têm legendas e posso ouvir e sentir. Já pensei mesmo em aceitar o convite de representar, mas, que sensação de estar em palco. Já estive num dia da mulher a falar sobre a minha vida, que ser surda nunca foi impedimento para nada, e aquela sensação de estar ali, mas se calhar calada não custaria tanto. Ainda hei-de ver se tenho jeito ehhhhh. Lá vou eu para o espelho ver as figuras que faço ehhhhh. Tudo isto a propósito desse musical, acho que o nome era "the cats", e como adorei a letra e a musica! Há um musical muito antigo que passava na Páscoa na tv, era tão antigo que deixou de passar, até as cores já eram mesmo desbotadas, Jesus, parece que era o nome, tudo cantado e que musica bela era aquela, todos os anos na Páscoa procurava ver se ia dar, para não perder, mas foi-se diluindo até desaparecer. Mas é a verdade, quando se entra num teatro, as luzes apagadas, o abrir das cortinas, o cenário (teatro que se preze tem de ter um cenário e peras (eu faço cenários também, parte do que acompanhava as peças do tinbra, era feito por mim. Adoro quando as luzes começam a trabalhar, haja luzes de muitas cores e...Teatro é representar!..
Silêncio, luzes que se apagam
Etiquetas: POESIA (Laura) domingo, junho 10, 2007 A Bandeira da terra dos meus filhos!..Foi a terra que nos acolheu quando tivemos que sair de Angola! Ainda tivemos a sorte de trazer as coisas que queriamos e iriamos precisar mais. O meu pai foi à frente em busca de trabalho e alojamento, (deram-lhe asilo Politico) e fomos antes da confusão estalar. Enquanto compatriotas meus, saiam por terra na maior das aflições, eu viajava calmamente de avião, ao meu pai juntou-se a minha mãe e meu irmão mais novo que com o 5º ano e 14 anos, já falava um bocado de Inglês, eu, surda, o mais que sabia dizer era yes tank you bye bye e mais nada, uns good afternon, good nigth, good morning e sei lá, mais uma coisita ou outra que me tinham ensinado quando fui a Pretória em busca de cura para a surdez. Fiquei em casa dos Ramalhos, a Luisa ia levar-me ao trabalho na Cabie, perto do Kinaxixe, ia buscar-me, mas meu pai queria-nos junto dele, e lá fui eu! Agora se me dão licença, discordo que surdo vá para longe de uma terra que fale a sua língua! Ver-me envolvida numa língua diferente e num local de trabalho onde fazia falta saber números e algumas palavras, é no mínimo, doloroso, mas sempre achei que a vida é a vida! e sempre fiz boa cara à má sorte, e tenho conseguido iludir a dita! O meu querido mano mais novo e eu partilhávamos o quarto em duas camas, ficamos em casa de um senhor que nos alugou tudo e ele ficou com um quarto nas traseiras! Assim não tendo ainda tv, o meu mano de 14 e eu 22, deitados ou encostados na sua caminha, ele ensinava-me one two tree four five six seven eigt nine ten e por ai fora e claro o ei bi ci di etc etc num instante aprendi as coisas mais necessárias, bem isso já nem interessa, arranjei logo emprego nos correios da Cidade na Paul Kruger street, no General Post Ofice, fui recebida com simpatia e trabalhei lá até me casar, 4 anos depois. Aprendi os p. o. box rápidamente, e sabia direções de cor, e claro, fui convidada pela directora ( a Elsa) de um oficio, para ingressar por vezes no seu escritório a ajudar a saber as direções que vinham erradas e po-las correctas, chamavam-se Missorts, e ela adorava-me. Os encarregados quando tinham cartas que não sabiam onde era o numero certo, pediam ajuda à Vieira! Bom, o que eu vos quero contar é o que a Mão de Deus fez naquele dia que entrei na África do Sul, esse grande País, que nos acolheu, e a muitos. A minha mãe quando chegou ao aeroporto acompanhada do meu irmão mais novo, de 14 anos, ele falava Inglês, não correctamente, mas chegava, eles levavam apenas bilhete de ida, ora ao chegar lá, depois disso, o meu pai estava à espera, e claro, não deixaram a minha mãe saír do aeroporto (só bilhete de ida a quem não tem residência no País não pode ser! naquele tempo era assim) nem o meu irmão, o meu Pai pôde entrar para falar traduzir (ainda sabia pouco e levou um amigo que já vivia lá há imensos anos e até foi ele que me arranjou emprego nos CTT, o Senhor Baía, querido amigo que já não faz parte deste mundo! Assim o meu pai teve de voltar a Pretória para trazer com ele o Atestado a demonstrar que era Cidadão Sul Africano, e só assim a minha mãe e meu mano puderam deixar o aeroporto! Foram lágrimas abraços dores e pronto.Assim o meu pai quando eu ia chegar já lá estava no aeroporto de papelinho na mão, e eu surda, sozinha, com 22 anos,sem conhecer ninguém, era no minimo razão para ir aflitinha. Sempre me entreguei a Deus e sempre LhE pedi que gerisse a minha vida e não me abandonasse! No avião conheci duas senhoras Portuguesas que rumavam à Rhodésia, meteram conversa comigo e claro, uma tinha uma filha como eu, só não falava tão bem, só emitia sons etc etc. No desembarque as filas dos passaportes eram lado a lado, divididas por uma fina placa e podíamos ver-nos, elas disseram:- Laurinha, se fizer falta olhe para nós, levante a mão que nós vamos lá falar e ajudamos a traduzir, explicaram-me o que fazer e lá fui cá com uma angustiozinha, mas feliz porque ia abraçar meus pais e meu maninho querido! Agora ouçam isto que é importante escutar a voz de Deus e o que Ele faz! Chega a minha vez, entego no balcão o passaporte e o bilhete que só tinha viagem de ida e mais nada! o funcionário era um senhor dos seus mais de sessenta anos, olha-me e diz ( juro que não entendi nem um a quanto mais um b e ainda estou para saber o que ele me disse) eu respondo com um yes, aceno com a cabeça que sim, ele começa carimbar o bilhete e passaporte, olha-me de novo e diz outra vez mais palavras, e eu volto a acenar o meu yes sereno e mais uns acenos) carimba, entrega-mo e diz thank you, blá blá, e eu pego na carteira, guardo tudo, olho para as minhas amigas e aceno um adeus emocionado, achei que estava perto do meu pai e prontos ( nunca mais as vi e desejo que onde estiverem,sejam felizes pela ajuda que me deram). Pego no carrinho com as malas, vou atrás dos outros para a saída, vejo o meu pai, com um monte de papeis na mão (sabia lá eu o que ele tinha naqueles papeis! mais tarde é que me contaram de ficarem detidos a mãe e o mano, e os papeis era para se acontecesse a mesma coisa), mas como eu não vinha só! (devia vir acompanhada por algum Anjo não acham?)nem me detiveram nem pediram papeis nenhuns, nem chamaram o meu pai mais o tradutor que já o acompanhou para isso, e pude enfim abraçar o Ser que deu a semente que me gerou a vida que sou e a quem me unia e une ainda, um profundo amor). Que quando a porta de vidro se abriu para eu passar, não aguentamos as saudades, deixei o carrinho das malas no meio da porta a entupir o caminho... e corri para ele, abraçamo-nos como seres que se amam, ele olhou-me e disse:- mas, mas, saíste sem problemas? e eu...claro, mas, mas, não te disseram nada não te perguntaram nada, mas, quem te ajudou? e eu :- a mim? ninguém, não foi preciso! ele ria-se e chorava e eu também, depois obrigou-me a contar tim -tim por tim -tim como foi a conversa no balcão dos passaportes, e eu achei aquilo a coisa mais natural do mundo... Ele mandou o Seu Anjo! e mais nada! sábado, junho 09, 2007 Em solidariedade para com as minhas amigas!Tudo isto porque mandei mensagem à Nanda, que estava um belo sol e havia festa lá em cima, já é costume irmos dar uma voltinha, que não dava que não podia ser, embora gostasse muito, mas, estava a limpar a casa e o marido tinha ido ver o futebol de salão dos amigos e não conseguia acabar tudo a tempo. Bom, esta tá arrumada... Ligo à Sãozita, ainda ontem estivemos juntas, mas hoje desencontramo-nos, ela trabalha e gosta de dormir até tarde ao sábado, e eu levantei-me com as galinhas e eram 10 h estava lá em cima a tentar encontrar encantos mil nas pessoas, na natureza, enfim, andei por ali e vi artesanato e coisas lindas. Chego a casa liga ela para nos encontramos, mas já estava cansada de palmilhar a cidade, fica para outro dia... Mando mensagem à Glorinha que já tinha ligado quando eu não estava, enfim, depois mais tarde já não dava que tinha de ir ajudar a limpar a casa da mana dela que trabalha blá blá, só se for mais logo, e na hora da minha novela já não vou! A Carlinha estava com a casa em fanicos que os filhos sairam e deixaram tudo para ela fazer, e assim, vou amarrar-me numa cadeira para ser solidária com elas, senão desato a limpar a casa que bem precisa, mas como ando de birra há semanas, continuo a limpar onde passa a procissão! e num faço mais nadinha a não ser teclar teclar teclar e falar com quem aparece! mas juro que não limpo nada, até tinha a tábua de passar aberta e pus os lençóis lá em cima da mesa e vou já arrumá-los que hoje e amanhã são dias de descanso! E mais nem digo... (é verdade já bebi uma dúzia daquelas cervejas de garrafa verde, deixem lá ver se lembro a marca, ora bolas, é a minha cerveja estranjeira preferida, arre que nem dou com o nome...fogo, e logo agora que o tenho na ponta da lingua, bem deixem que me amarre melhor à cadeira senão, ai o rais da marca da cerveja! Alguém me ajuda no nome? Irra...) sexta-feira, junho 08, 2007 Foi aqui que nasci, rodeada de muralhas!..Porque terá ocorrido o meu nascimento Dentro daquelas muralhas? Porque ali se não tenho lá raízes? Se não tenho lá ninguém! Será que já vivi lá noutras eras? E sonhei como agora Com tantas quimeras? Será que já fui uma bela cortesã Ou algum Senhor Feudal? Mas que importa isso agora Se minha Alma é eterna E já não ando em busca Do meu Santo graal!... Foi aqui que nasci, dentro destas muralhas, lindas, cheias de beleza sem par! Lá de dentro do primeiro andar da casa, vê-se o rio que divide Portugal e espanha, estamos uns 12 km de Tuy. Como li na História, esta fortaleza já foi destruída e reconstruída vezes sem conta! Travaram guerras com quantos vinham do lado de Espanha, e pelos vistos todos entravam para nos derrotar, ora os Árabes, os Bárbaros ou os Asturoleoneses. Nem sempre o conseguiram, mas as muralhas ainda lá estão, aquele relvado verde também, e eu nunca vou lá, passo apenas, olho, e sigo meu caminho! Apenas nasci lá, e se nasci e num local tão lindo, visitado por milhares de pessoas, é porque merecia, ora essa! E como acredito nas outras vidas, imagino que já nasci ali noutras eras e já habitei algum Castelo que lá tinha, e, claro que me imagino uma qualquer donzela da corte, de longos cabelos entrançados, pretos que sempre o tive assim, e de lindos vestidos compridos, e, quem sabe, amante de algum Fidalgo espanhol, para cólera dos súbditos... Só pode. Ou então com um belo romance de amor com um Principe de outros lados, e, como se pode e deve sonhar, pois sonha Laurinha que o sonho comanda a vida! Devo ter perecido nalgum ataque dos Mouros, ou dos Franceses, pois todos nos guerrearam, daí a minha má disposição quando fui a França e entrei nas Igrejas subterrâneas, quem sabe! Posso imaginar-me mais alta, esguia, de cintura fina (já tive ehhh) o rosto pode ser o meu, e quem sabe meu nome seria Laura, a pacata, porque gosto de pacatez em tudo, embora nem pareça! Devia ter filhos lindos que corriam por ali, bem protegidos pelas muralhas! Não é qualquer um que nasceu num lugar tão belo e protegido! Não fui eu que escolhi! A minha Freguesia é a de Santa Maria dos Anjos. Fui lá tratar de uma certidão há anos, e andei por ali a ver e a imaginar minha vida se tivesse ficado ali, mas, aos 9 meses, levaram-me para outra terra e apenas tive de nascer ali e mais nada! Não tenho lá um familiar que seja, nem amigos, os meus pais eram saltimbancos devido ao trabalho do meu pai, e as amizades iam ficando ao longe! Mas é ela a minha terra e é por ela que peço que espalhem metade das minhas cinzas, a outra metade lógicamente irá para Angola, transportada por qualquer viandante, que vá para aquela terra distante! Etiquetas: POESIA (Laura) quinta-feira, junho 07, 2007 Uma acácia das ruas de Luanda...Uma acácia que abunda nas estradas de Luanda quando vamos em passeio por ali fora... Etiquetas: AFRICA Mulher e Homem...Ia começar por Homem, mas mudei e pus a mulher primeiro, ou não sejam as senhoras primeiro em tudo, isto é, devia ser mas nem sempre é. O homem há muito que esqueceu os sagrados deveres que tem para com a mulher! Deus fez tudo bem feito, o homem é que se armou em melhor que tudo, e só fez asneiras. O meu, quando namorávamos, ai de mim se levasse um saquito pequenito na mão, tirava-mo logo e carregava com ele, abria a porta do carro... Agora posso levar uma saca de batatas (e ele também as come) que faz de conta que nem me vê nem a mim nem às batatas... a porta do carro acho que foram sonhos que tive, porque se foi verdade, há muitos séculos deve ter isso acontecido! Podem ver-nos aflitas com o jantar e outras coisas mais, mas educados como são, esperam calmamente que a nossa ansiedade passe, (não vamos pegá-la a eles claro) e possamos despachar o jantar antes que o futebol começe. Pelo amor de Deus, que eu ou outra sócia minha se lembrem de entrar nas agonias de um ataque cardiaco naqueles momentos deles (da bola claro) que bem nos podem ver mortas que só depois do jogo acabar é que a gente ressuscita! isso se for o caso! Dar uma volta? Para quê, não viste já o mar vezes demais?, ver a Tv a novela das 21,30, ó mulher vai para a outra tv que quero ver outra coisa. Só que a je já aprendeu e diz calmamente, olha acho melhor ires tu que a outra dá as legendas pequeninas e tenho a vista cansada. ele bem fica indeciso, mas ... Eles são muito engraçados, eles têm sempre que fazer, eles estudam, têem de ir ao pc trabalhar, mas clicando no historial ehhhh, o estudo nem foi lá bem estudo, uma vez que quase sempre entra anatomia ali! Mas, mulher faz de conta que é parva... Eles têm de ir ter com o colega que ficou de ensinar aquela dica, esquecem-se de dizer que o colega tinha saias e por ai fora. Porque não dizem a verdade? Ou então nem digam nada. Mentem com quantos dentes têem, falam dos amigos, deles nunca (essa é que era boa) Enfim, as relações homem mulher estão a ficar um lixo! (algumas claro e safam-se as recentes ou aquelas onde entra o verdadeiro amor! O tal afamado e apregoado amor que não é flor para todos cheirarem. E não é mesmo. E, irra parem de dizer que todos o têm, porque não têm mesmo, nem sabem o que ele é. A gente casa porque sim, porque pronto, porque quer ter a sua casa, porque sei lá porquê! Depois a filharada cresce, é preciso alimentá-los, criá-los e pronto, mais um problema e lá vamos ficando juntos, nós por vezes porque nem ganhamos para sustentar tudo se ele tirar bilhete, e eles porque mesmo assim, têm a maria para tratar deles, da roupa da cama e nem precisam pagar ... E não é assim que eu penso que homem e mulher devam ser, apenas digo que penso, que se existisse o tal amor, o tal carinho, daquele jeitinho que se deve ter com o outro para adoçar a vida, tudo seria uma maravilha. Não é preciso ser homem de murraças nem coisas assim, já nem falo nisso que muitas ainda são tratadas dessa maneira, mas o minimo dos minimos em atenção, uma palavra amiga, um dividir de tarefas se trabalham os dois fora porque não? Alguns ajudam e muito. Meu obrigada para eles, porque fazem com que a companheira se sinta uma mulher feliz! amada, querida e respeitada! E quantas de vós tendes disso? Ora digam lá? Não vale ajudar uma vez ou outra e dizerem que fazem tudo em casa! E sentem-se amadas? amadas mesmo, acarinhadas, realizadas e felizes? Botem pra cá a verdade verdadinha! A falar é que a gente se entende, ora se é! quarta-feira, junho 06, 2007 Quem diz que saudade morre?Ontem escrevi um poema e mandei ao Marius para colocar no blog dele, é que me deu uma saudade deste mar, ora digam lá se não é caso para ter saudade dele? Eu sentava-me ali nas rochas, ou mesmo na varanda da minha casa e lá de cima via tudo, essa beleza deslumbrante do mar que nunca me cansa, talvez porque vivo longe dele, não tão longe assim, mas nem o vejo daqui. Pois era este o mar onde eu ia desabafar das minhas pequenas tristezas que as grandes agora já sei quais são! Na idade da inocência, em que com 18 anos ainda pensava que o moço do baile trazia o porta chaves com ele (mailas chaves todas da casa!) aí sim, eram coisitas tão pequenas, comparando com as que agora enfrento, que bem posso dizer, obrigada Senhor por tanta felicidade que colhi na vida, e não importa os bocados infelizes que, espaçadamente ainda vou tendo! Se estivesse lá a esta hora, decerto a Luisa iria a casa buscar-me, a Any e Licinha mais o Carlitos, manos, iriam atrás e nos dois BMW comprados lá fora, que os pais podiam... percorriamos a baixa e depois iamos de corrida até à ponta da ilha, onde parávamos, iamos correr na praia uns atrás dos outros, eu andava sempre à procura de um pau grande, pegava nele e corria e o fósforo da areia fazia luz e nas noites escuras aquilo não era lindo, era apenas sublime! Sentavamos a pensar, eles falavam e eu não tinha liz para entender, ainda lembro quando o carlitos maroto quando eu não entendia, fazia-me inclinar na areia e virava a cara dele para a lua a ver s eo entendia, mas que amor de amigos aqueles, nunca, mas nunca me fizeram sentir inferior a eles, antes pelo contrário, e era uma amizade muito querida entre todos! Vejam a Baía que nós viamos sempre sentados na praia! à noite, as luzes a bater na água, que beleza sem par... Arriverdeci Luanda! Depois iamos às cubatas beber àgua das pedras eu, eles café, e à meia noite tinha de estar em casa que o pai não admitia noitadas, e de manhã lá ia eu para a CABIE AN, onde era contabilista dactilógrafa e secretária pessoal da patroa, uma empresa e peras! Estava lá apenas há meio ano quando tudo foi ao ar, e todos tivemos de fazer as malas e abalar, eu fui para a África do Sul, era mais perto e melhores condições de vida tinha, e... Luanda tenho-te dentro da alma Fizeste-me derreter o meu sal em lágrimas, Deixaste-me no coração a saudade Daquelas tardes calmas Dos pores de sol em agonia E transformaste a minha vida Na mais dorida nostalgia! Se querem ler o poema que fiz, entrem aqui marius70.blogs.sapo.pt com saudades da garota de Luanda... Etiquetas: POESIA (Laura) terça-feira, junho 05, 2007 Ando desanimada de todo...E a razão nem podia ser outra! Vejo-me sempre gordita, mas apenas gordita, e se vejo uma foto minha já me acho gordíssima. Se pergunto a alguma amiga, lá vem a treta sacramental ... "já estiveste muito mais gorda!" Como se isso me alegrasse! Mas o que mais me chateia é que um tio meu disse à minha mãe: -"Vi a Laurinha. Arre, está gorda como nunca a vi!" E eu posto-me em frente ao espelho, e juro que me vejo não gorda, mas mais ou menos, assim como a da foto do lado de fora do espelho! E o meu tio que diz que estou gorda, ele que é gordo que nem bacanal e ainda fala de mim. Cá para mim, ele imagina-se assim! Coitadinho dele... Etiquetas: POESIA (Laura) segunda-feira, junho 04, 2007 Haja inspiração da nossa parte!Haja inspiração! Estava a ler a Pascoalita e a Adrianna, ambas falam nos afazeres da casa. Já as aconselhei a contratar uma empresa, nem fica caro e aos fins de semana as ninas teriam direito a descanso. Ora elas já vão cansadas para casa... só quis facilitar porque como eu trabalho em casa, vai dando para equilibrar sem passar fins de semana a esticar a corda. Depois, se todos se dispusessem a dar uma ajudinha a coisa ainda ia. Ajudar todos ajudam, os meus (esmeram-se ehhhh se é!) só sei que dou comigo a berrar a plenos pulmões de longe a longe, pois gosto de tudo airado! Mas agora estou a ver que um dia destes grito de manhã à noite, mas é para me tirarem do caminho deles! Já questionei o meu sobre a nossa cama, é dos dois, deitamo-nos ambos nela, acordamos nela e claro está, se eu não a fizer ninguém a fará! Então vai daí e digo ao mê manel: - Ó manel, quem dorme na nossa cama? E ele: - os dois! De quem é a cama? ele diz: - de nós dois! E digo eu: - e por que cargas de água só eu é que a faço? E diz ele: -Porque só tu sabes fazer camas! - Ai é ??? A partir de agora vou deixar dar uso ao ditado, quem sua cama faz, nela se deita (está explicado o préstimo desse ditado ehhh) assim se te queres deitar nela tens de a fazer, se não fica assim todo o dia, mas... A roupa é de todos, certo, a máquina lava, mas a je é que estende, apanha, passa, eles não têm tempo, tá certo! Já me chateei demais e deixei-a no cesto, só que iam buscar o que queriam e precisavam e passavam e deixavam a tábua aberta, o ferro ali, enfim... A mesa põe-se, tira-se, a comida a je faz o chefe faz se a je sair ou fingir que saiu e vai ter com as amigas da laracha e vem para casa e ainda tem direito a almoço ehhhhh, mas só se inventar alguma quando não há nada mesmo para fazer, mas resulta sempre... As compras a je escreve a lista e o chefe vai buscar, mas trás a reboque o que a je nem pediu, e quando trás são gostosuras que ele gosta!..pois é... Bem, isso tudo a propósito do que a pascoalita me dizia no blog dela para não falar assim (eu disse que ia deixar a casa a eito) porque depois teria trabalho a dobrar e sabemos bem que só podemos contar connosco! Arre, tá certo ó pascoalita, mas, será que não há afazeres que os homens têm e pelos vistos adoram fazê-los e para isso precisam sempre de nóizinhas? E que tal se de cada vez que eles quisessem alguma coisa do género em que precisam de parceira lhes dissessemos: -parceiro, só depois de passares a roupa a ferro, ou de lavar o wc do primeiro andar!!! Acho que resultaria, não ehhhhhhhh Viver a dois é muito bonito Quando se tem da vida o olhar, Viver a dois lá na casita, Já não soa tão bem Como andam a apregoar. Viver a dois ó santa romaria Onde há sempre um que em casa tudo faz, E o que sobra, se não ajuda, tudo desfaz. E depois olham para nós Como se fosse a coisa mais normal da vida. Eles é tv, musica, amigos, futebol e cafés Poucos são os que ficam em casa a ajudar, Nós é trabalho cá dentro e lá fora, e os filhos, E depois é que são os é-é-é-és. A casa tem de andar limpa Só que agora já não existem fadas milagrosas, E os dez anõezinhos da tia verde água Já tiveram dias mais famosos. Já não sabemos com quem gritar, Se com eles que pachorrentos, Continuam a não ajudar, Ou com as mães que não os souberam educar. Assim não vale, ou há moralidade ou comem todos, E eu já ando cheia disto tudo, E um dia perco as estribeiras E vai tudo dar a volta ao mundo! Etiquetas: POESIA (Laura) sábado, junho 02, 2007 Hoje quero ver o mar, o mar onde amei!...Tenho saudades de ti ó mar!!! De ti que tanto me consolaste lá na terra onde vivi.Via-te da minha janela, todos os dias e a todas as horas, e quando ia até ti, sentava-me lá nos rochedos, ou mesmo na tua areia, e como sonhava sonhos loucos, daqueles que bem se via que a vida nunca me iria dar. Alguns até deu, a minha vida nem sempre foi má, em rapariga apenas tu conhecias os meus sonhos, achava-os belos demais para compartilhar com alguém! e eu sabia que tu nada contavas, que guardavas os meus sonhos e os dos outros, dentro de ti. És o melhor amigo que se pode ter. Não nos censuras as idiotices que dizemos, nem abanas a cabeça em ar de comiseração! Enquanto eu ia falando, tu fazias de conta que nem ouvias, mas eu sentia quando me deitavas os salpicos das tuas ondas e querias dizer com isso: - "continua laurinha, sou todo ouvidos!" E eu nem me fazia rogada, falava, falava cá para dentro, porque tu ouves-nos mesmo quando estamos em silêncio! Lembras-te daquele coração que desenhei na areia ó mar? Lembras-te do nome que escrevi lá dentro? Céus, que tempos maravilhosos e que bem sabia o meu sonhar, e como eu queria que se resolvesse tudo rápido para poder amar, amar livremente, porque com aquela idade os pais nem queriam ouvir falar nisso... (coitados, até se esqueceram que com a nossa idade faziam pior) Mas eu vinguei-me e sonhei, sonhei que meu sonho realizei, mas, será que realizei mesmo, ou foi apenas a sonhar? Luzes que brilham na noite, Noite profunda, A lua que se revê no mar Vaidosa, do seu manto de estrelas Tu e eu, de mãos dadas, entrelaçadas Deitados lá na areia A sentir o mar, enleados Da nossa primeira noite A ver o mar, a sentir a lua Com seu manto a arrastar. Ficaste lá, Eu tive de voltar Nunca me deixaram contigo ficar. Assim, meu amor profundo acabou, Acabou para o mundo, Mas não para mim. Que vou ao mar procurar-te, Me deito na areia Sinto tua mão entrelaçada Na minha, e ... revejo-te! Como naquela noite, nossa única noite de amor Porque sabes bem que todas as noites vou ter contigo… Etiquetas: POESIA (Laura) sexta-feira, junho 01, 2007 As casas de chá de um País onde vivi...
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Caramba, aprendi a colocar imagens e agora não quero outra coisa. Muito tenho de aprender, mas, entretanto,vamos andando... Ai vão as ninas Adrianna a Laura a Africana e a Pascoalita, vamos a abrir o baile na casa de chá...Dão-nos a honra de dançar connosco ao som do Adamo anos sessenta? e a Mónia de Peter Holm? Depois escolhem os discos de vinil que o tigre vai trazer, ele prometeu! Andor, um pézinho de dança!... Luciano, podes trazer o Melhor cantor Brasileiro com a canção mais romântica que existe no mundo? . . . Ao ler a pascoalita e ver o bonitão a quem ela dá os bons dias quando sai do metro, lembrei-me de uma terra onde vivi e onde havia um costume muito bonito e que aqui poderia ser seguido. Poderia, porque já entrei em casas de chá e mais casas de chá, e nada vi que igualasse a simpatia e o que tinham para oferecer... Eram casas com belos e tratados jardins, onde havia casas mais pequenas em redor onde funcionavam escolas de Olaria, quem quisesse entrava por ali dentro e observava os alunos a aprender, e poderiam experimentar também, noutra casa era pintura, aprendizagem de desenho, enfim, arte, tinha mesas no jardim e lá dentro, e os bolos eram todos confecionados ali, tudo caseiro. Doces e compotas feitas pela dona da casa, delicioso chá ou chocolate com leite do farm, enfim, uma coisa deliciosa que poderia ser copiada ou à maneira de cada um, mas o que vejo é tudo artificial, começam por comprar tudo feito nas pastelarias e tiram a graça e o verdadeiro sabor de um bolo caseiro, e nas casas onde entrei, quer na cidade ou pelo nosso país fora, está tudo industrializado. Por acaso até já pensei que poderia ter um negócio desses e aliar o útil ao agradável!.. Ora vamos lá a um cházinho que são horas... Venham tomá-lo comigo, o bolo está a sair do forno, os doces têm pouco açúcar, e sempre há empadas de galinha tostadinhas... É entrar meus senhores... É entrar meus senhores Façam o favor de se sentar Observem a paisagem lá fora Escolham o que vão comer agora. Temos muita variedade Há bolos de chocolate De chiffon e muitas natas O chá é servido em bules de prata. Há muffins acabadinhos de fazer E as tortas de queijo Vêm aí, a derreter... Obs. O bolo de chiffon feito pela pascoalita, a nina Adry anda às voltas com os bolinhos especiais que só ela sabe fazer, a africana diz que está cansada e apenas quer comer. Já mandei levar ao Jotinha, um chocolate quentinho, e uma bela fationa de bolo de chocolate que o rapaz anda nas obras e precisa de espaço para as manobras.. Também está lá sentadinha no jardim uma bela miosotis a escrevinhar qualquer coisinha, e pelo sorriso que tem, ai ai , mas que marotinha. e até observei que ela está fixa numa certa mesa onde está um geitosos que nem tira os olhos dela, ai que vem ai romance... olhem lá o sandokan que chega montado no seu tigre arranhadiço... e logo ao lado dele vem um zeca cá com umas sapatilhas, aquilo é um verdadeiro papa milhas... trazem com eles as famosas cavaquinhas lá de um certo amigo lá do Luso, que prometeram dar-nos a provar, pois bem, venham elas... A Alkinha vem lá de cestinha debaixo do braço, quer levar frascos e frasquinhos, para papar lá no terraço... E vejam lá uma certa senhora, poetisa de nosso trato, lá vem ela de caderno debaixo do braço, para ir escrevinhando, entrelinhas o que for degustando e tirando mais ideias para seus versos bonitos que vai acrescentando, olhem a nossa Ligia de livros já publicados!... Pudera, e dizer que essa nina era a minha vizinha que cantava as letars das can~çoes para mim, tinha eu 16 anos e ela uns 10 ehhhh, mas que bom que quilo era para mim, sê bem vinda ó Gi. Olhem bem quem ali vem, de uma terra onde todos os ás são carregados de acentos, é um fálár de ámár... todo feliz por chegar, pudera, é um amigo Brasileiro que a todas vem abraçar, o nosso Gilinho ehhhhh e que felicidade nós temos em o acolhermos... E claro que só podia... vir ao lado dele também, um certo rapagão chamado Luciano que só eu sei e mais ninguém ehhh é o nosso Alves! Entra moço, entrai moços queridos do País Irmão, e sirvam-se que há de tudo, e trouxeram para nós aqueles doces de comer e chorar por mais, doce de acaju ehhh que bom...só provando... O marius está ao longe, a despir a armadura para que não se espantem se o virem à Imperador, mas ele já vem aí para tomar o cházinho e também papar um bolinho.. Já vislumbro um dragãozinho azul, muito meigo e assustadinho, entra entra e toma também um cházinho.. Não posso convidar a todos, mas alguns já cá estão, e os que vierem a seguir, todos bem vindos serão... . Etiquetas: POESIA (Laura) |