Tornem a humanidade, humana!
Nasci às zero horas, todos me esperavam com contentamento e com os desejos de que eu fosse a esperança, a luz, um caminho de dias, semanas e meses, mas que no fim se pudesse dizer – foi um ano bom. Nasci assim entre foguetes, festa e champanhe, nasci sem conhecer o mundo, mas os primeiros momentos do meu nascimento só vi festa, alegria e esperança nos olhos dos humanos. O meu nascimento foi fruto também do carinho e do amor dos humanos, senti nas palavras, nas atitudes, que todos esperavam muito de mim. Foi com alegria incontida que senti que era um ano muito desejado, todos faziam fé em mim, e os primeiros segundos, minutos e horas da minha vida, foi como se chegasse a um céu terreno. Depois da festa e com poucas horas de vida comecei a perceber que a alegria, a esperança tinham como pano de fundo uma realidade que desconhecia. A esperança em mim depositada era fruto da aflição dos humanos e da sua triste sina! Afinal o céu terreno, das primeiras horas da minha vida, era a ilusão, a