segunda-feira, 24 de maio de 2010
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Benfica TV nos Estados Unidos da América
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Torneio do Guadiana: Benfica com Feyenoord e Aston Villa
Benfica-Feyenoord a 30 de Julho
Aston Villa-Feyenoord a 31 de Julho
Benfica-Aston Villa a 1 de Agosto
Visitas gratuitas ao Estádio da Luz para sócios
Esta iniciativa vai decorrer até 30 de Junho de 2011.
NE Revolution 0 - 4 Benfica
Ninguém disse aos rapazes que a época já acabou? |
Benfica não está para brincadeiras e levou muito a sério um jogo amigável Qualidade não se perdeu com a festa do título Campeão nacional deu uma prenda bonita aos emigrantes |
Por gonçalo guimarães / jornal A Bola |
BOSTON — As camisolas novas, aquelas que vão ser usadas na próxima época, parecem ter inspirado o Benfica. Não era para menos, afinal são alusivas à passagem dos 50 anos sobre a primeira vitória na Taça dos Clubes Campeões Europeus. E nem a chuva, nem o frio, nem a menor presença de público (cerca de 10000 espectadores, maioritariamente emigrantes) impediu o Benfica de mostrar que não estava para brincadeiras, mesmo tratando-se um jogo amigável, virado para o espectáculo. O Hino Nacional interpretado ao vivo, a estreia de Fábio Faria (demasiado tranquila para servir de teste), assim como o facto de o New England Revolution ter apresentado uma equipa alternativa (joga sábado que vem em Toronto para o campeonato), que até tinha três jogadores à experiência — Ivan Gvozdenovic, Jean-Baptiste Fritzon e Jason Griffiths (começou no banco) — contribuíram para entusiasmar um Benfica que chegou a ser brilhante e guloso, voltando a mostrar a sua qualidade na circulação da bola e a vontade de... golear. Muita seriedade, ao fim de contas, nunca deixando a ideia de que estava a jogar uma partida sem algo mais a conquistar que não apenas o respeito dos emigrantes. Não surpreendeu, pois, que os golos aparecessem. Ao intervalo, Felipe Menezes, Sidnei e Peixoto já tinham festejado. E os emigrantes faziam a onda. E continuaram, com o avolumar do resultado. O segundo tempo trouxe as substituições e mais um golo, de Kardec. A chuva continuou, mas de estrelas. |
Jesus diz que jogo com New England foi "manifestação de carinho" para com emigrantes
O treinador do Benfica, Jorge Jesus, afirmou hoje que a vitória dos "encarnados" sobre o New England Revolution, por 4-0, foi "uma manifestação de carinho" para com os adeptos emigrantes.
"Somos o orgulho deles, portugueses e benfiquistas, os jogadores do Benfica perceberam isso e acabámos por fazer quatro golos", afirmou Jesus, após o encontro no estádio Gillette, nos arredores de Boston.Com golos de Menezes, Sidnei e César Peixoto, na primeira parte, e de Alan Kardec, na segunda parte, o Benfica venceu com facilidade, na noite de quarta-feira em Boston, equipa da metade inferior da tabela da liga de futebol norte-americana da Costa Leste.
A mensagem para os jogadores, antes de entrarem em campo, foi que "era preciso respeitar estes emigrantes", afirmou Jesus.
"Este jogo foi uma manifestação de carinho para todos os adeptos emigrantes do Benfica e não só. Quisemos retribuir com uma vitória e fizemos um jogo bonito e interessante", afirmou.
Para Filipe Menezes, autor do primeiro golo benfiquista, "o mais importante foi a festa".
"Acho que foi importante para nos aproximarmos dos adeptos", afirmou o jogador.
A titularidade foi também "uma oportunidade para mostrar o que eu quero e posso fazer", afirmou.
Menezes afirma-se ambientado ao clube e à cidade e sublinha a sua preferência por jogar de vermelho e branco na próxima época, quando confrontado com a possibilidade de empréstimo a outro clube.
Jogar pelo Benfica é "muito fácil", afirma Fábio Faria
"Jogar no Benfica é mais fácil do que jogar no clube onde estava [Rio Ave] porque são jogadores de grande qualidade e tudo é mais fácil quando se tem uma grande equipa", afirmou o internacional sub-21, após a estreia.
No jogo que o Benfica ganhou com facilidade, por 4-0, Faria começou a titular, formando dupla de centrais com o brasileiro Sidnei, e acabou o jogo como lateral esquerdo, depois da entrada de David Luiz.
"No início senti-me nervoso, mas com a ajuda dos meus companheiros, que foram espetaculares, e com o decorrer do tempo, isso passou e acho que fiz um bom jogo, como o resto da equipa", afirmou Faria.
"Tem sido muito fácil [a adaptação]. Já tinha falado com o [ex-companheiro no Rio Ave] Fábio Coentrão que me tinha dado boas indicações do grupo, e quando cheguei fui muito bem recebido pelos companheiros", adiantou.
Quanto ao objectivo, é claramente "ficar no plantel" do Benfica.
"Há muito tempo que trabalhava para chegar a um clube grande e agora cheguei ao maior clube de Portugal. Estou muito contente", afirmou.
Para o seu companheiro no centro da defesa, Sidnei, Fábio Faria fez "um jogo maravilhoso".
A prestação do internacional sub-21 mereceu também elogios do treinador, que sublinhou "acreditar no valor" de Faria, e na sua capacidade para melhorar o entrosamento com a equipa.
"Veio fazer esta digressão para se adaptar, para o conhecermos melhor e fez um bom jogo", afirmou Jorge Jesus.
"Mas é normal que ainda esteja fora das ideias da equipa, porque é a primeira vez que joga connosco", adiantou o treinador benfiquista.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
E a Final da Taça do Rei, Sport Tv ?!
Deve haver uma boa razão que me escapa...
Fica o resumo da vitória do Sevilha sobre o Atlético:
Benfica no "top-10" das melhores assistências do futebol europeu
O Estádio da Luz aparece no décimo lugar com uma média de 50 mil espectadores por jogo, Barcelona lidera com 78 mil. A Liga portuguesa também é a décima com mais assistências na Europa
O Benfica está entre os clubes europeus que mais adeptos levaram aos estádios, de acordo com um estudo do Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM).O estudo, que engloba 544 clubes de 36 ligas principais do Velho Continente, coloca o Estádio da Luz na 10.ª posição do "ranking", com uma média de assistências de 50 033 espectadores nos 15 jogos da Liga portuguesa de futebol desta temporada.
A lista dos 80 clubes com melhor média de assistência é liderada pelo Camp Nou, bicampeão espanhol FC Barcelona, com 78 mil espectadores por jogo, logo seguido pelos alemães do Borussia de Dortmund (77 248).
No terceiro posto, surge o Real Madrid (75 133), à frente dos ingleses do Manchester United (74 864) e dos alemães do Bayern de Munique (69 000), que completam os cinco clubes europeus com melhor assistência.
FC Porto é 43.º e Sporting 63.º
Quanto aos outros dois "grandes" do futebol português, o FC Porto ficou no 43.º lugar, com 33 464 espectadores, enquanto a má época do Sporting custou-lhe o 63.ª posição, resultado dos 24 606, mais de metade do campeão nacional.
A média de assistência em jogos do Sporting ficou mesmo abaixo do número de "gamebox" (lugares de época) vendidos na última temporada, sensivelmente 24 500.
Liga portuguesa com 11 mil de assistência
No que diz respeito ao "ranking" das médias de assistências por país, a Liga portuguesa aparece, igualmente, no último lugar do "top-10" europeu, com 10 901 espectadores por partida, muito distante da líder Alemanha, que conseguiu uma média de 42 500.
Seguem-se Inglaterra (34 151), Espanha (28 322), Itália (24 492) e França (19 775).
Quanto ao "ranking" nacional da época 2009-2010, o Benfica lidera com 50 033 espectadores por jogo, seguindo o FC Porto (33 464) e o Sporting (24 606), enquanto o Vitória de Guimarães, quarto colocado, com 15 884, acabou por suplantar o rival minhoto Sporting de Braga, quinto, com 14 274.
De resto, a assistência dos três grandes corresponde a 62 por cento do total de espectadores que assistiram aos jogos dos 16 clubes da Liga portuguesa 2009-2010.
Benfica em Timor: Balanço
Foi um êxito, em todas as vertentes, a deslocação de uma delegação do Benfica a Timor-Leste. No plano político os encarnados agiram, mais uma vez, como embaixadores de Portugal no Mundo, recebendo elogios e agradecimentos de Xanana Gusmão e Ramos Horta. A posse de Nuno Gomes como embaixador de Timor-Leste acabou por ser a cereja perfeita em cima de um bolo delicioso.
No que respeita ao apoio à refundação do Sport Díli e Benfica, os dados ficaram lançados, a sede histórica vai ser reconstruída, nascerá o primeiro campo sintético no país. E foi ainda numa lógica encarnada que a Benfica TV recebeu, das autoridades, luz verde para emitir no território.
Mas se no âmbito formal tudo correu sobre rodas, que dizer da dimensão social desta visita, dos sucessivos banhos de multidão, dos inúmeros gritos de «viva o Benfica» que ecoaram nos antípodas do Estádio da Luz? Um sucesso imaculado.
Neste caso (como sempre, não é?), foram os protagonistas a fazer a diferença. A extroversão de Luís Filipe Vieira e a simpatia de Nuno Gomes (quantos milhares de fotos, apertos de mão, beijos e palmadas nas costas, Nuno?) cativaram os timorenses. O nome do Benfica nunca foi maior em Timor-Leste.
in A Bola
Nem eu, Sá
«Não vejo razões para sair»
Chega o final da época e surgem sempre algumas dúvidas sobre o futuro dos jogadores mais influentes da equipa. No seu caso, porém, diz que os benfiquistas não se devem preocupar quanto a uma eventual saída. «Não vejo razões para sair. Sinto-me bem no Benfica e também acho que as pessoas estão satisfeitas com o meu trabalho. Quando digo que no final de uma época tudo se avalia é porque no futebol vive-se muito o presente e de um momento para o outro as coisas podem mudar. Mas gosto de estar cá e quero continuar», vincou.
in A Bola
Urreta é Bi Campeão
O internacional uruguaio Urretaviscaya, emprestado pelo Benfica ao Peñarol, sagrou-se ontem campeão do Uruguai, depois de vencer o Nacional, na final, por 1-0.
Durante as celebrações do título, que encheram as ruas de Montevideu, mais de 300 adeptos foram detidos, «mas o número continua a aumentar», de acordo com as autoridades locais. Mais de 1000 agentes policiaram o jogo.
Parabéns Urreta, Bi Campeão.
terça-feira, 18 de maio de 2010
Convocados Para Digressão à América
Convocados:
Guarda-redes: Moreira e Júlio César;
Defesas: Luís Filipe, David Luiz, Sidnei, Fábio Faria e César Peixoto;
Médios: Airton, Javi Garcia, Felipe Menezes, David Simão, Leandro Pimenta, Ruben Amorim e Pablo Aimar;
Avançados: Nuno Gomes, Kardec, Éder Luís, Weldon e Saviola.
Supertaça a 7 de Agosto
De acordo com o calendário dos campeonatos nacionais de seniores da temporada 2010/2011, a primeira jornada da Liga vai ter lugar no dia 15 de Agosto.
Relvado Novo
Iniciou-se ontem a remoção do relvado do Estádio da Luz, processo que vai prolongar-se por duas semanas. Nesta fase estão a ser removidas a areia e a fibra adjacentes ao tapete. Segue-se a colocação de nova areia, para receber o relvado que chega de França.
Entrevista a Nuno Gomes
n'A Bola
DÍLI —
O que lhe passou pela cabeça quando entregou, na passada semana no Terreiro do Paço, a camisola do Benfica campeão nacional a sua santidade o papa Bento XVI?
— Sabe que já tinha tido oportunidade de conhecer o anterior papa, João Paulo II, e de lhe oferecer uma camisola do Benfica, quando fomos, há uns anos, a Roma jogar com a Lazio na pré-eliminatória da Champions? No dia do jogo uma delegação do Benfica foi visitar o papa e eu, como estava a recuperar duma lesão, fui convidado a integrá-la. Foi uma emoção tremenda conhecer João Paulo II.
— E com Bento XVI?
— Senti um misto de alegria e orgulho. Não é todos os dias que se tem a honra e o privilégio de se estar perto do santo padre e sendo eu católico constituiu um momento muito importante. É mais uma coisa que fico a dever ao Benfica.
— Teve um sabor especial poder oferecer ao papa uma camisola de campeão?
— Olhe, até teve. Sua santidade nem imaginaria estar a receber uma das primeiras camisolas da nova época e muito provavelmente nem estaria ao par da circunstância de o Benfica ter acabado de conquistar o título. Mas aquilo que vi foi o papa a apreciar muito o gesto e a olhar para a camisola com um ar ao mesmo tempo entre o espantado e o entusiasmado. Gostei muito de lhe oferecer a camisola dos campeões nacionais.
— Esta época de 2009/2010, de Jesus ao papa, pode dizer-se que foi, para o Benfica, abençoada?
— Foi. Não será, até, exagero dizer-se que tudo correu bem, excepção feita, quanto a mim, a dois amargos de boca, a eliminação precoce da Taça de Portugal e depois a forma como saímos da Liga Europa, frente ao Liverpool. Julgo que podíamos ter chegado à final e quiçá vencê-la. Tínhamos equipa para isso, muitas das equipas à partida tidas como favoritas foram ficando no caminho e aquilo que fizemos acabou por saber a pouco.
— O que é que falhou? Tinham jogos a mais nas pernas?
— O que falhou? Olhe, a indisponibilidade dalguns jogadores, talvez algum excesso de confiança por termos conseguido dar a volta ao resultado no jogo da primeira mão, facto que poderá ter criado a convicção de que o jogo lá estava ganho. Até começámos bem a partida mas sofremos um golo um tanto ou quanto esquisito e depois o Liverpool mostrou-se uma equipa inspirada. E depois não tivemos estrelinha. Reduzimos a desvantagem e tivemos ocasião para dar a volta ao jogo mas aquele livre do Cardozo não entrou e a seguir sofremos o golo que sentenciou a eliminatória. Mas, de facto, não fizemos um jogo muito conseguido.
— Quando ouviu, no princípio da época, Jorge Jesus dizer que, com ele, o Benfica ia jogar o dobro, o que pensou?
— Não achei, como sucedeu com algumas pessoas, nem que o mister estava a exagerar nem que estaria maluco. Estava por dentro da confiança que o nosso treinador tinha nas suas capacidades, que tinha uma vontade enorme de vir trabalhar para o Benfica, de fazer do Benfica um clube ainda maior, e embora não conhecesse directamente o trabalho de Jorge Jesus tinha um feedback positivo dalguns jogadores que passaram pelas mãos dele e sabia que se tratava dum grande técnico que procurava a oportunidade de, num grande, mostrar serviço. Afinal, o que acabou por conseguir no Benfica deve ser visto como a continuidade lógica do que já tinha feito no Restelo ou em Braga. Porém, após um ano a trabalhar com Jesus, acabei por perceber ainda melhor o que o levou a dizer o que disse no início da época.
— Não é normal ouvir um jogador que não foi titular elogiar dessa forma o trabalho do treinador…
— Não posso dizer mal por duas razões: primeiro porque é muito difícil ouvirem-me dizer mal, pelo menos publicamente, dum treinador, excepção feita, se calhar, a alguns problemas que tive com Roberto Mancini, na Fiorentina. Confesso que opto por ser politicamente correcto; depois porque, francamente, é impossível dizer mal de Jorge Jesus, gosto imenso dele como treinador, trata-se de alguém que excedeu as boas expectativas que já tinha e que é, sem dúvida, um dos melhores técnicos com quem trabalhei ao longo de todos estes anos.
— Em que fundamenta essa visão tão positiva?
— Jesus tem uma maneira especial de pensar o jogo, transpira futebol por todos os poros e trabalha de forma organizada e metódica. Por tudo isto, mesmo não me pondo a jogar, não tenho razões para dizer mal…
— Há alturas em que os jogadores vão para o treino por obrigação, outras em que treinar é um prazer, uma diversão. Como foi ao longo desta época que agora termina?
— Jorge Jesus é extraordinariamente exigente com os jogadores e não vou dizer que não tenha havido, aqui ou ali, menos predisposição para lidar com uma forma de estar que tem por objectivo tirar tudo de cada um dos elementos do plantel. Mas ao longo da época tive oportunidade de dizer a alguns colegas que não me importava de sofrer o que sofremos, para estar ao nível da exigência de Jesus, e no fim termos uma festa extraordinária como a que vivemos.
— É minha convicção que o Nuno Gomes marcou o golo do título no último suspiro do jogo de Olhão, numa fase delicada da Liga em que uma derrota antes da visita do FC Porto poderia comprometer aspirações. Partilha esta ideia?
— Foi, de facto, um golo muito importante, mais importante até que aquilo que, passados seis meses, será normal admitir. Sabe, nas contas finais deixámos o Sp. Braga a cinco pontos, o FC Porto a oito, marcámos mais de 100 golos em jogos oficiais, o que pode levar a que se desvalorizem alguns momentos. Mas naquela noite não estivemos bem e foi muito positivo termos salvo um ponto.
— Os títulos são todos bons, não há vitória num campeonato que seja amarga, mas, posto isto, o título de 2009/10 soube melhor que o de 2004/05?
— Este foi conquistado com outra dimensão e ao sabor duma fantástica onda encarnada que nasceu logo de início e se foi avolumando com vitórias, goleadas e momentos de grande futebol, até assumir as proporções que todos bem conhecem. Foi maravilhoso ver o Estádio da Luz quase sempre cheio e inesquecível a sensação de andarmos na rua e as pessoas darem-nos os parabéns pelo nosso trabalho. Foi um ano excelente em que merecemos, sem margem para qualquer dúvida, ser campeões nacionais.
— Chegou ao Benfica em 1997, o que significa que já tem muitos anos de casa. Esta foi a mais bonita de todas as épocas que viveu de águia ao peito?
— Foi. Sem dúvida. Apesar dos anos de casa que tenho só fui campeão duas vezes e desta vez foi especial e diferente. Foi bom ir para os jogos e sentir a emoção dos adeptos, o calor e o apoio constantes; foi boa a sensação de terminar muitas partidas com vitórias folgadas, sem espinhas; foi excelente a alegria no balneário durante a semana. Foi, de facto, a época mais feliz que vivi no Benfica.
FUTURO PASSA
PELO BENFICA
— Embora se saiba que o futuro a Deus pertence, qual vai ser o seu? Cumpre a época que lhe resta de contrato com o Benfica e depois passa para outras funções no clube ou queima uma etapa e aventura-se já num patamar diferente na organização do futebol encarnado?— A minha ideia é cumprir o ano de contrato como jogador que me resta e depois disso pensar naquilo que será a minha vida daí em diante. Já tive oportunidade de dizer, e agora reafirmo-o, que gostaria de ficar ligado ao Benfica, porque é o clube de que gosto, porque se trata do clube, quando acabar o futebol, que vou continuar a apoiar e seguir. Como posso colocar melhor esta questão? Olhe, não me consigo imaginar a sofrer pelo Benfica longe do Benfica. Gostava de permanecer junto da equipa e dos adeptos.
— Já teve conversas com Luís Filipe Vieira sobre essa matéria?
— Não, nunca falámos sobre isso nem desejo que isso venha a ser visto como um qualquer tipo de prémio pelos anos vividos por mim no clube ou pela dedicação que tive. Quero ficar no clube apenas por critérios de utilidade. Julgo que virei a ter oportunidade, em conjunto com os responsáveis, de estudar a área onde poderei ser mais útil, fora das quatro linhas.
— Arrumadas as botas, para que área se sente mais vocacionado?
— Francamente, não sei como responder a essa pergunta. É matéria a que não dediquei tempo de reflexão porque me sinto ainda jogador, sinto-me com plenas capacidades para fazer mais uma época. Felizmente tenho alguma experiência, não só como futebolista mas como cidadão do mundo, e poderei, por certo, fazer aquilo em que for mais útil.
O FILHO QUE
VEM A CAMINHO
— Vai ser pai pela segunda vez. Já pensou que enquanto a sua filha o vê como jogador, o seu filho vai conhecê-lo como ex-jogador?— Pois é, é verdade e é uma pena que isso aconteça mas as coisas são o que são. Felizmente tenho muitos meios ao meu dispor para construir um registo da minha carreira e o meu filho não deixará de saber, em pormenor, o que fui como jogador. Espero poder passar, com ele, muito tempo a rever jogos meus, na televisão, e a mostrar-lhe a fila de recortes de jornal que o meu pai tem amontoados no escritório. Espero vir a ter tempo para tudo isso. Quanto à minha filha, adora futebol, joga futebol muito bem e gosta de ver os jogos do pai. Este ano andou triste por eu não jogar tantas vezes mas compreende que é assim a vida dum futebolista.
— A pergunta é batida mas cá vai: gostava que o seu filho lhe seguisse as pisadas?
— Respondendo de olhos fechados, sem pensar muito, digo desde já que gostava. Mas não é um mundo fácil, por vezes é até uma área em que, como em tudo na vida, há bons e maus, há pessoas que tentam atropelar outras para subir na carreira. Mas se o meu filho tiver jeito e se vier a ser isso que ele quer fazer não lhe direi não. Mas terei todos os cuidados para que ele tenha sempre mais opções, para além do futebol, em carteira. Sei que é difícil mas é possível jogar e estudar e no Benfica, actualmente, temos o Luís Filipe que frequenta a universidade.
— Os seus pais também não lhe disseram não...
— Tive uns pais que na altura da grande decisão não me cortaram as pernas e deixaram que iniciasse a minha carreira de futebolista. Permitiram que aos 14 anos mudasse de cidade — eu que vivia em Amarante e nunca tinha saído da santa terrinha, fui para o Porto jogar no Boavista — e por esse facto têm a minha gratidão eterna. Estamos a falar dum tempo em que os meus pais é que mandavam e eu não tinha voto na matéria. Se me tivessem dito não dificilmente chegaria onde cheguei.
A DESILUSÃO
DO MUNDIAL
— Estava à espera de ser convocado para o Mundial de 2010 ou houve algum momento da época em que percebeu que não entrava nas contas de Carlos Queiroz?— Lamento sinceramente não ter sido convocado, pois assim perdi a possibilidade de juntar um terceiro Mundial aos três Europeus em que já participei. Seria o primeiro jogador português a estar em três Mundiais seguidos...
— Está zangado com o professor Carlos Queiroz?
— Não, estou conformado com a decisão que ele tomou. Não a discuto, sequer. Sei que se tivesse jogado mais durante a época as hipóteses de estar presente aumentariam bastante mas não me importo de confessar que, apesar de não jogar com muita assiduidade, estive, até certo ponto, esperançado em ver o meu nome na convocatória final.
— Algum momento da época em que percebeu que não entrava nas contas de Carlos Queiroz? Quando é que as esperanças se esfumaram?
— Veja, estive na maior parte dos jogos de qualificação e quando, já na recta final, fui chamado para os jogos fora com a Dinamarca e a Hungria e depois para a partida da Luz com a Hungria, acreditei que podia ir. No entanto, ao não ser convocado para o play-off com a Bósnia, percebi que teria escassas chances de estar na África do Sul.
— Chegou a equacionar ir fazer os seis meses derradeiros da época ao estrangeiro?
— Em Janeiro ainda pensei no Mundial e houve duas ou três possibilidades de sair, a mais forte das quais para o Chievo, da Série A italiana. Tentaram fazer um acordo, foram insistentes nas conversas que mantiveram comigo, ofereciam-me a possibilidade de voltar a jogar em Itália mas mais uma vez o coração falou mais alto e decidi ficar.
COM TIMOR
NO CORAÇÃO
— O que leva desta passagem por Timor-Leste?— Tinha muita curiosidade em conhecer Timor-Leste, um país que fomos associando, através das notícias que nos chegavam, a alguma turbulência social. Mas confirmei, sobretudo, aquilo que quem já cá tinha estado me dissera: trata-se dum país lindo, de gente espectacular, que nos acolheu de forma fantástica. Satisfiz a minha curiosidade e levo o prémio de ter conhecido Xanana Gusmão e Ramos Horta, duas personalidades que muito fizeram pelo povo timorense. E ainda a felicidade de ter sido nomeado embaixador de Timor-Leste para o desporto e turismo. Fantástico, absolutamente fantástico!
Senhor Embaixador de Timor-Leste para o Turismo e o Desporto
Uma grande honra para Nuno Gomes e para o Benfica.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Super Maxi
O nosso Maxi conta n'A Bola que guardou como recordação dois objectos que andaram a correr o país na bancada dos rapazes da Luz:
O triunfo na liga portuguesa teve muito impacto no seu país (aliás, tem sido notório o interesse acrescido dos media sul-americanos na prova lusa) e houve uma imagem que deixou os uruguaios orgulhosos: os festejos de El Mono no Estádio da Luz com duas bandeiras do seu país. Uma manifestação espontânea e com uma história curiosa, narrada pelo próprio: «Por incrível que pareça as bandeiras não pertenciam a nenhum uruguaio, antes a adeptos portugueses. Uma delas era personalizada, com o meu nome e o número 14, transportada por um rapaz que é meu fã. Fui à bancada e pedi-lhe, também a pedi a outro grupo de adeptos. Dei duas voltas ao campo com elas e agora estão guardadas como recordação.»
as brincadeiras no plantel
Apesar de concentrados na conquista do 32.º título de campeão nacional para o clube, houve tempo para as trocas de mimos entre os jogadores a propósito do Campeonato do Mundo um eventual confronto entre benfiquistas na África do Sul. «Houve brincadeiras, claro, alguns disseram-me que o Uruguai vai ficar de fora da fase de grupos e respondi-lhes da mesma forma. São brincadeiras normais», afirmou Maxi Pereira, um dos seis elementos do plantel campeão a figurar no maior certame futebolístico do planeta, a par de Fábio Coentrão (Portugal), Cardozo (Paraguai), Di María (Argentina), Luisão e Ramires (ambos pelo Brasil).
um cromo da bolaO l
Lateral-direito de 25 anos espera realizar um bom Mundial, o primeiro da sua carreira. A expectativa é muita e não esconde o lado de menino ao revelar a satisfação por ver-se retratado nas cadernetas do Mundial: «Já vi o meu cromo e é uma sensação incrível. Mas só com o passar dos anos é que vou dar mais valor, pois poderei mostrá-lo aos meus filhos e aos meus netos.»
Hoje há Treino no Seixal
Por Aqui Também Não Há Acordo Ortográfico
Cliquem no link da Tertúlia para explicação detalhada.
Bem Vindo de Regresso, Bruno Maruta
domingo, 16 de maio de 2010
Geração Benfica
Entre os 3 mil putos da Geração Benfica que passaram a tarde ontem na Catedral a jogar à bola
esteve o Gonçalo, meu afilhado. O futuro do Benfica e benfiquismo passa por aqui.
Sport Timor e Benfica
Timor, onde não há longe nem distância... |
Terra de afectos, Timor recebeu delegação de braços abertos Vieira emocionou-se... |
Por josé manuel delgado |
DÍLI — Luís Filipe Vieira e Nuno Gomes viajaram 14.400 quilómetros, transportando na alma palavras de esperança e gestos de solidariedade para com um dos países mais jovens do Mundo, Timor-Leste. Demoraram 24 horas a chegar a Díli, 20 das quais no ar, com uma noite mal dormida de permeio, a sobrevoar Irão, Afeganistão, Paquistão, Índia e Malásia. Chegados, porém, à capital timorense, o cansaço foi-se embora, espantado por uma extraordinária onda de calor humano que nem a húmida canícula tropical evitou. Porque como escreveu o norte-americano Richard Bach, «não há longe nem distância.» No aeroporto Nicolau Lobato, centenas de benfiquistas aglomeraram-se entusiasmados, vitoriando os embaixadores encarnados e gritando as mesmas palavras de ordem ouvidas, há uma semana, do outro lado do Mundo, no estádio da Luz: «SLB, SLB, SLB, Glorioso, SLB...», «Nós só queremos Benfica campeão» e «Campeões, campeões, nós somos campeões...» A caminho do Hotel Timor — palco de uma das maiores manifestações de júbilo da nação timorense, a proclamação, em 1999, dos resultados do referendo, antecâmara da independência — a vasta comitiva, composta por uma dezena de veículos, foi amiúde vitoriada. Porém, uma das mais visíveis acções dos anfitriões do Sport Díli e Benfica (SDB), gorou-se. Na estrada que liga a capital ao aeroporto tinham sido colocados, durante a noite, onze cartazes de felicitações aos novos campeões nacionais de futebol. Durante a noite, porém, desapareceram misteriosamente, levados, garantiram responsáveis do SDB, por adeptos encarnados, desejosos de ficar com uma recordação do 32.º título nacional do clube. RAMOS HORTA, O LEÃOJosé Ramos Horta, Presidente da República de Timor-Leste, que hoje oferece um jantar oficial à comitiva benfiquista, recebeu Luís Filipe Vieira no aeroporto. Não se pense, porém, que o Prémio Nobel da paz e assumido sportinguista, furou o protocolo de Estado ao dar as boas-vindas, ao vivo e a cores, a Vieira e Rui Costa. O presidente timorense deslocara-se ao aeroporto para saudar, à chegada ao país, Francisco Xavier do Amaral, primeiro líder de Timor-Leste após a proclamação da independência em 1975, que regressava de Singapura, onde estivera por razões clínicas, e ao saber que no mesmo avião viajava a delegação portuguesa manifestou vontade de dar as boas-vindas a Luís Filipe Vieira, Nuno Gomes e também a João Gabriel, director de comunicação do Benfica que, ao longo da década de 90, quer como jornalista, quer como adjunto do Presidente Jorge Sampaio, deu contributo assinalável à causa do povo maubere. Na singela cerimónia, Ramos Horta lembrou que era sportinguista de coração, circunstância que não o impedia, porém, de reconhecer a força dos rivais. E o presidente de Timor-Leste até chegou a brincar com a falta de militância sportinguista no seu país, dizendo que «os sportinguistas que conheço estão quase todos com os pés para a cova...» CAMPO DA LIBERDADEO primeiro acto oficial do périplo benfiquista aconteceu no Campo da Liberdade, pertinho do Hotel Timor, excelente unidade com gestão portuguesa, onde os encarnados estão instalados. Vieira e Nuno Gomes foram as figuras principais da inauguração de uma feira de artesanato e produtos regionais, instituída a propósito do aniversário da independência de Timor-Leste. Na cerimónia, culminada pela abertura de um bolo (a cargo de Nuno Gomes) e duas garrafas de espumante, estiveram presentes os embaixadores de Portugal e da República Popular da China, o representante da ONU, o ministro da Economia de Timor-Leste, João Gonçalves e o vice-primeiro ministro, José Luís Guterres. O Campo da Liberdade — que de recinto de futebol tem apenas as balizas — é normalmente utilizado pelas equipas locais para treinos, facto que deixou Nuno Gomes visivelmente apreensivo. «Como é possível que possam jogar à bola aqui?», deixou no ar... Para terminar o dia faltavam duas visitas, a primeira à Rádio e Televisão de Timor-Leste, onde Luís Filipe Vieira foi recebido pelo presidente da operadora, Expedito Ximenes, com quem debateu a futura entrada da Benfica TV no espectro televisivo timorense; e a última aos militares da Guarda Nacional Republicana, estacionados em Díli. No quartel que acolhe os GNR, a emoção subiu a parâmetros impensáveis, em primeiro lugar pelo número de militares que se apresentaram vestidos com camisolas do Benfica, depois pela paixão com que o título 2009/10 foi ali vivido. A todas as solicitações, Vieira e Nuno Gomes responderam com simpatia e disponibilidade absoluta; Nuno bateu o recorde de fotografias tiradas e o presidente encarnado acabou a visita a aceitar um convite para almoçar «um franguinho assado». Fim de festa — no que ao primeiro dia (que já ia em quase 40 horas!) respeitava — exemplar, com o subagrupamento Bravo, que tem uma bandeira do Benfica junto à imagem de Nossa Senhora do Carmo, a despedir-se do presidente e do capitão do Benfica gritando a plenos pulmões «SLB, SLB, SLB, Glorioso, SLB». Vieira abandonou o quartel muito satisfeito e igualmente emocionado. Depois, seguiu-se um jantar com dirigentes do Sport Díli e Benfica. Noite acabada? Não. Luís Filipe Vieira decidiu desafiar Nuno Gomes e João Gabriel para uma caminhada nocturna de 10 quilómetros. E lá foram os três, perdão foram muitos mais porque a segurança não largou os portugueses, enfrentar a humidade e o calor da noite timorense. Hoje, alvorada às seis da manhã e duzentos quilómetros de estrada tortuosa até Maubisse, onde decorrerá um encontro com Xanana Gusmão. Um dia que terminará com um jantar com Ramos Horta. |
sábado, 15 de maio de 2010
Benfica passa em Fundão
Rumo ao título.
Então a Que horas Joga o Benfica?
Oh diabo, sinto o pânico a tomar conta da situação...
Só agora me apercebi que nos próximos meses não há Benfica!
E AGORA?!?!
Ninguém Morreu. (Felizmente) Foi Só Mais Mau Jornalismo
Felizmente foi só mau jornalismo como explica muito bem o Bitaites:
Uma derrota para todos (última actualização)
Este dia foi confuso com notícias de rumores e rumores de notícias sobre a morte de um adepto do Benfica em Braga, depois de ter sido espancado. A informação foi veiculada pelo Público, citando fonte da Benfica TV.
Mais tarde, eu soube que a notícia não correspondia à verdade: um adepto benfiquista tinha sido agredido em Braga, estivera hospitalizado mas tinha tido alta na terça-feira.
Dado que o jornal Público afirmava ser aquela uma notícia avançada pela Benfica TV, a minha esperança enquanto adepto benfiquista, como escrevi na segunda versão deste post, foi a de que a Benfica TV tivesse feito mau jornalismo, não um jornalismo maldoso.
Finalmente, um comentário de Ricardo Martins veio esclarecer as circunstâncias em que esta notícia foi cozinhada: «Tudo isto começa com uma chamada telefónica, do presidente da casa do Benfica de Braga, para um programa de opinião da Benfica TV em que refere que tinha sido avisado de que essa tal pessoa teria falecido. Fim de chamada, segue programa Benfica TV com outras análises. Muito possivelmente este telefonema foi descredibilizado pela Benfica TV, pois esse facto, a suposta morte de adepto do Benfica, nunca mereceu qualquer destaque nos telejornais da Benfica TV, nem ontem, nem hoje.»
Sabemos como funciona este tipo de programas de participação popular, ainda por cima num canal específico de um clube de futebol, e a explicação do Ricardo parece-me muito plausível.
O presidente da Casa do Benfica de Braga, contactado por um colega do meu jornal a propósito desta notícia, remeteu o assunto para o vice-presidente; este, por seu turno, afirmou que não sabia de nada, nem sequer sabia quem era esse adepto que morrera. Se for preciso, pedirei ao colega que fez estes telefonemas para os confirmar aqui. Esta discrepância mostra que, quando se trata de futebol, a principal regra parece ser a de não pensar antes de falar.
O que levou o Público online a considerar esta situação digna de ser tratada como notícia, ainda por cima atribuindo-a como tendo sido lançada pela Benfica TV? A minha explicação mantém-se: este é o resultado do crescente desinvestimento nas redacções. E eu, patinho, cometi o erro de «confiar» neste parente pobre do grande Público de outrora. Já devia saber o que a casa pode (sobretudo, não pode) gastar. Entretanto, no pasquim 24horas, procurava-se saber a verdade com o sentido de responsabilidade que o Público não teve.