REDESCOBRIDORES DA ALMA!

sábado, 28 de maio de 2011

SEIS MESES



Seis meses de flores que se abriram
Que cresceram exalando o seu perfume primaveril

Seis meses de corações vinculados à liberdade
De sorrisos largos e paz de espírito

Seis meses de uma alegria infantil e ingênua
Seis meses de troca, cumplicidade e aprendizado
De amor manifestado de todas as formas

Na alma pura
No corpo quente
Nos desejos que foram 
Sendo revelados com a convivência

Na troca de olhares
Nas palavras uníssonas
Nas gargalhadas gostosas

De encantamento genuíno
Na cumplicidade e respeito

Seis meses de espinhos, lutas
Feridas abertas por palavras tolas
Por egoísmo vão

Seis meses de derrotas, decepções e dificuldades
Descobertas negativamente desnecessárias

Prisões, ciúmes, incertezas no futuro
Desfalecimento esporádico da alma

Veneno destilado na aspereza do falar
Tudo o que propicia o fim
De uma bela história de amor

Seis meses de oscilações
Onde deixamos o nosso amor gritar mais alto

Gritar para vencer as adversidades
O lado ruim do ser humano
Das nossas falhas que se mesclam às nossas virtudes

Gritar para que sempre seja primavera no nosso amor
Gritar para que a Luz seja constante
Gritar para o Amor sobrepor-se ao orgulho
Doença mãe de todas as outras

Seis meses além iremos viver
Se soubermos nos doar
Enfrentando e respeitando as diferenças

Seis meses com mais alma e gratidão
Ao nosso encontro
Que teria tudo para dar errado
Porém, pela simplicidade e coragem do nosso amor
Deu certo!




 AUTORIA:Patrícia Pinna.
 Imagens: Internet e acervo pessoal.


sábado, 21 de maio de 2011

INOMINÁVEL POETA







Que mente brilhante de ideais geniais és você possuidor
De inigualável talento
Que faz os segundos parecerem eternos

A sua arte criadora
É superior a dos deuses
Que em sua glória
Criam magicamente
Um universo inexplorado

Sua arte é estupenda, radiante, complexa e simples
O que dizer de você, poeta?
Desnuda-se como a mulher para o seu amado
Sem pudor, sem medos
Com alma e sentimentos vivos

És rico no seu pensar
Elabora de forma magistral
A ordem das palavras

Emociona, faz vibrar
Elas comunicam-se entre si
E quão produtivas tornam-se

Com convicção escreves
Fazendo o limitado ser florescer

Que beleza há nos seus versos
Que grandiosidade simples
Encantamento certeiro

Poeta de dom ímpar
Agraciado pelos céus
Pelos Anjos
E pela infinita magnitude da alma
Alma pura
Digna dos verdadeiros poetas

Dizer o que sobre ti?
Tudo tornaria-se ínfimo diante de ti

Teu olhar expressa
Tua voz denota
Tua boca abençoa

Nem deuses e nem criaturas
Teriam a capacidade
De estontear como o poeta
Da alma intrépida

Que velozmente faz surgir e manifestar
O dom da palavra que transmite VIDA!


AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagem: Acervo pessoal.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

SIMPLICIDADE



O amor tantas vezes cantado
Muitas outras encantado
Na diversidade da beleza e cores

Que envolve o letrado
Deixa livre o simplório
Permeando canções, palavras
Gestos tênues e agradáveis

O amor certas vezes ferido, partido e angustiado
Sei que em qualquer estado de euforia ou tristeza
É o amor querendo encontrar refúgio
Em um coração simples que o invoca
Em instantes plenos

O amor renasce a cada abrir dos olhos
Traduz serenidade
Despe-se do mal, das incertezas

Encontra um bem a quem oferece luz própria
Luz do luar
O brilho so sol
O mistério da noite
E a magia da chuva que desce sob corpos
Apaixonados e quentes

O amor é assim
E por essa razão, é tão simples encontrá-lo
Pois é assim que ele é: SIMPLES

Complicado é o que nós fazemos com ele
Procurando motivos para opacar a sua luz
Por egoísmo humano

Nós que não sabemos lidar com as diferenças
Inerentes a cada alma
E perdemo-nos num mar de vaidades
Onde o EU prevalece e não o NÓS!


AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

ALMA

 

Perturbada alma que não encontra pouso
Sua mente vaga na escuridão quase eterna
A voz cansada de tanto sofrimento

Como dói sua cabeça
Leva às mãos até o alto
E lateralmente as esfrega como se quisesse
Sufocar, espremer, extirpar
Todo o mal craniano

As lágrimas correndo dos seus doces olhos
Pedindo por um socorro que nunca vem
A vontade de gritar é profunda
De esvaziar os pulmões
Paz, paz!!!

Como clama
Nada encontra
A não ser solidão
Vazio e escuridão!

Pobre alma!
Terás cura?
Quando soltarás o grito de liberdade
Que a farás descansar?

Que seja antes dela exaurir-se
E que em breve ela respire
Encontre a tão almejada paz

Amiga de poucos
Inimiga sua
Chore alma
Sua recompensa chegará
Ainda que tardia

Suavizando sua expressão
De momentânea melancolia!


AUTORIA:Patrícia Pinna. 
Imagens: Internet.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

PARADOXO


Um amor tão sereno como as gotas de orvalho
E tão quente como os raios de sol
Que verbaliza o que sente

Que traz em seu peito a fragilidade e a força
Com que conduz todos os segundos crescentes

Que eterniza cada momento singular
Que desabrocha num puro êxtase
Que atreve-se em fazer
Uma singela poesia

Onde o encanto nada mais é do que
O pensar
O fazer
O sentir

Um amor às vezes paradoxal
E nesse paradoxo eu me perco
Por sua tamanha intensidade

Tal qual os segredos da nossa alma
Que aos poucos vão desnudando-se em confiança

Tem horas que o meu pensamento
Vaga totalmente sem direção
Noutras, a direção certa são os seus braços

Onde me recebes tão bem
Onde me transportas
Para o mais íntimo do meu ser

Onde eu me enxergo
E com você vivo
Esse amor profícuo

Descortinas a minha alma
O meu ser
O meu espírito
O meu corpo

Me entrego
E nessa entrega
Sofro
Choro
Me alegro
Cresço
Me desnudo
Amo
Simplismente, amo!!!




 AUTORIA: Patrícia Pinna.
 Imagens: Internet.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

TRISTEZA



Sinto-me ofuscada pela tristeza dos meus olhos
Sinto-me presa à grilhões pelo que não fiz
Dor, dor
Imensa dor que faz desfalecer a minha alma

E enfraquecer o meu espírito
Choro, choro muito
É tamanha a tristeza
Que as lágrimas escorrem como sangue
Pela minha tez branca e macia

O meu espírito esvai-se
Assim como a fertilidade outrora existente
Caminhos depressivos chamam a minha atenção

E paro num tempo que não é o meu
E nele fico absorta em meus melancólicos pensamentos

O que fazer?
Como sair desse estágio depressivo
De emoções insanas, desvairadas
Que corroem o meu interior
Que flagelam a minha alma?

Estou aqui
Só, muito só
Como uma criança perdida
Desesperada e com medo

Sofro
Os meus olhos são oceanos tristes e gélidos
O meu corpo frágil tal qual ao de um bebê

A minha fé morta
Como a raiz seca e destroçada
Espalhada pelo caminho
Por onde ninguém passa

Tristeza, é o meu nome
Solidão, o meu porto.


 AUTORIA: Patrícia Pinna.
 Imagens: Internet.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

ABRIL



Inspiração sanguínea
Que abriu a minha alma
E a transformou, a dividiu
Em diversas partículas viajantes
Passeando e brincando nas minhas veias

ABRIL
Sintonia emocional
Palavras querendo fluir
Dedos a escrever linhas
Sem pretensão
Sem destino
À deriva apenas

ABRIL
Fome de versar
Sede de expressar
Fertilização poética
Fecundação
Início gestacional
Crescimento evolutivo que não tem fim
Antes, permanece fixamente

ABRIL enternecido
ABRIL almático
ABRIL depressivo
ABRIL enfurecido

Abristes a janela do pensamento
E a ele destes asas
Sem culpas por ousar
Ou meramente criar

Tempo quente
De ideais fervilhando
Não imaginando que o terreno é fértil
E nessa fertilidade
Encontra-se a diversidade

ABRIL
Abristes os meu poros
Arrepiastes os meus propósitos
Arrebatastes os meus desígnios
Encantastes a mim com a descoberta
Fugaz, serena e  iluminada

Semente que caiu ao solo
E de tão forte sua fertilidade
Germinou pensamentos que se propagam aos ventos
Repaginando o que já existia
Numa interiorana cumplicidade.


 AUTORIA: Patrícia Pinna.
 Imagens:  Internet.

O PODER DO AMOR


Seu olhar cor de mel me encanta
Traduz beleza ímpar e perfeição
Sua tez branca, quase parda
Gera confusão

Sentes em mim
O encanto renascer
E desse encanto
Gera a fonte diária
De inesgotável êxtase

Quero a naturalidade do ser
Tão leve e solto
Que não precisa de teorias
Por si só basta

Muito é vaidade
Pouco coração
Deixar fluir o sentimento
É voar no céu
Azul e infinito

Nadar no oceano
Observar as estrelas
Atuar no imaginário

Sondar as mentes
Praticar o equilíbrio
É sair da pequenez humana

É entrar em uma dimensão etérea
É ouvir vozes recriando com maestria o Universo
Universo esse, bem particular

É curar feridas profundas que fazem sangrar continuamente
É exercitar o raciocínio, antes letárgico
Não há lugar para mesquinhez
Para a pobreza de espírito 

Onde está o espírito igualitário?
Onde encontra-se a paz?

Está navegando no mel dos seus olhos
Na pureza infinda
Que diariamente divides comigo
Sem frase de efeito, e sim verdade!


 AUTORIA:  Patrícia 
Pinna.

Imagens: Internet.