julho 27, 2011

Bolo de limão


Quando vou visitar alguém amigo ou familiar gosto de levar um miminho da cozinha.

O último foi feito a contra-relógio antes de fazer uma visita à tia D.
Parecia uma barata tonta: em cima da hora e ainda não tinha feito nada, não me ocorria nada fácil e rápido.
Peguei num caderno de receitas tiradas da net já há alguns anos, e li "queques de  limão"... Humm, queques é coisa para forminhas pequenas, dá trabalho...
Ná.
Mas li melhor a receita e gostei do conjunto dos ingredientes, achei que o resultado devia ser saboroso.
Ok. Chamei a minha filha Joana e dei estas instruções perfeitamente idiotas:

"Filha, tás a ver esta receita de queques?
Ignora as instruções de preparação, mistura os ingredientes todos juntos com a batedeira, menos as passas, e coze numa tarteira bem untada".

A moça assim fez, e não é que resultou? Dezasseis fatiazinhas de um bolo de limão húmido e aromático com que a tia e as primas se regalaram. E ainda deu tempo para a filha Margarida tirar a fotografia antes de sairmos.

2 ovos
200g de açucar ( a receita indica 250g, mas nós cortamos sempre no açucar...)
1 dl de leite
1,7 dl de azeite virgem
250g de farinha
1 colher de chá de fermento
1 colher de chá de extracto de baunilha
raspa de um limão
1 pitada de sal
sultanas douradas q.b.

O modo de preparação foi o atrás indicado... Depois de verter a massa na tarteira salpicámos com as sultanas e levámos ao forno, já quente. A cozedura foi rápida. A Joana polvilhou o bolo / tarte com açucar de confeiteiro, depois de ter arrefecido um pouco.


julho 13, 2011

Sopa de Tomate à moda da mãe


Esta é uma especialidade da minha mãe. É muito simples e saborosa, como quase tudo que ela cozinha.
Deixo aqui a receita, porque em breve vai chegar a época forte dos tomates dos quintais, bem vermelhinhos e saborosos, sem nada a ver com os desenxabidos tomates de estufa de inverno.

Sabem como é, para as mães as quantidades são a olho, fruto da experiência de muitos anos! :)

Apenas como orientação:

azeite e sal q.b.
1 kg de tomate maduro
400g de batatas
2 cenouras 
1 nabo
1 cebola grande
2 dentes de alho
1 punhado de arroz
1 pitada de pimenta branca

croutons para servir (facultativo)


Comecem então por tratar dos tomates: um corte na base e um escaldão em água a ferver facilitam a tarefa de os pelar. Retirem-lhe também as sementes e cortem em pedacinhos miúdos. Reservem.

Numa panela coloquem um fundo de azeite. Juntem a cebola às rodelas e o alho picado. Levem ao lume e deixem murchar sem alourar a cebola. Juntem os restantes legumes cortados em pedaços e cubram com água suficiente para cozer. Temperem com sal. Quando estiverem tenros, passem a sopa com a varinha ou passe-vite e juntem o tomate. 
Deixem apurar até o tomate estar bem cozido e desfeito. Verifiquem a consistência da sopa e rectifiquem o sal; juntem um pouco de água se necessário, mais um fio de azeite e uma pitada de pimenta.

Um pouco antes de retirar a sopa do lume a minha mãe costuma juntar-lhe um bom punhado de arroz; acho que é o que lhe dá aquele toque materno...
Se o juntarem, deixem cozer mais uns cinco minutinhos. Depois desliguem o fogão e tapem a panela. 
O arroz continua a cozer e "abre" apenas com o calor da sopa.

Serviam simples ou com croutons.

Também gosto desta sopa fria, nos dias de calor intenso.


julho 07, 2011

Moody's

Como portuguesa que sou, tenho mesmo que deixar aqui esta nota:


Um dia depois de a agência de 'rating' baixar para 'lixo' a notação de Portugal, foi criado um evento no Facebook a convidar todos os portugueses a avaliarem negativamente o website da agência.

David Carvalho foi o criador da página 'Cortar na cotação da Moody's', que começa com o seguinte parágrafo:

"A Moody's mais uma vez acabou de prejudicar os portugueses, ao cortar o rating de Portugal e pondo o nosso país no lixo. Consequentemente os juros voltaram a atingir máximos históricos. Mas quem é esta gente para nos avaliar, e nos descredibilizar mesmo depois dos portugueses já estarem a esforçar-se e a sofrer com as medidas de austeridade? Vamos responder na mesma moeda na medida que podemos! A Moody's tem uma plataforma para avaliarmos o website deles!! Vamos portanto considerar o website deles LIXO!!!




junho 29, 2011

Muffins de banana e avelã

Será que a massa tricolor do post anterior intimidou os meus leitores? O certo é que ninguém sugeriu uma receita para a cozinhar... Assim, eu tratarei disso e depois mostro por cá o resultado.

Por agora deixo-vos com estes deliciosos e aromáticos bolinhos, inventados ontem à última hora, para aproveitar duas bananas já muito maduras. O forno ainda estava quente do assado que fiz para o jantar, por isso resolvi aproveitar. Por outro lado tinha um pacote de avelã moída ainda do Natal, imaginem, e a precisar que lhe dessem destino antes de terminar a data de validade. Uma pitada de canela e outra de noz moscada teriam acentuado ainda mais o aroma destes muffins; ficam para a próxima!

(Usei um copo medida de 200ml)

1 1/2 copos de farinha
1/2 copo de farinha de avelã (avelãs moídas)
1 copo de açucar
1/2 copo de óleo
1/2 copo de leite
1 ovo
2 bananas muito maduras, esmagadas
1 pitada de sal

A preparação é a tradicionalmente usada para fazer muffins: juntar primeiro todos os elementos sólidos; em seguida bater ligeiramente o ovo, juntar-lhe o leite e o óleo e misturar. Verter sobre os elementos sólidos, juntar a banana bem esmagada e envolver tudo. Misturar apenas o suficiente.
Verter em forminhas de queques untadas com manteiga ou óleo (usei o spray da Espiga).
Cozer em forno pré-aquecido,  até que um palito inserido no centro do bolinho saia limpo. Não tomei nota do tempo... mas é relativamente rápido.

Mornos estavam uma delícia, e hoje ao pequeno almoço só um soube-me a pouco!

A receita rendeu 8 muffins grandes. Acho que teria conseguido 10 com um pouco mais de parcimónia a encher as formas...

junho 17, 2011

Receita precisa-se...

A minha filha Margarida esteve em Milão e trouxe-me uma prenda:


Ora, o que eu quero é que os meus leitores me dêem sugestões para cozinhar esta massa tão bonita. Pode ser?
Fico à espera...
O(a) autor(a) da receita escolhida vai ter uma prenda! 

Entretanto vejam só algumas delícias com que a pequena se regalou:


Um vero capuccino...


Coppa la Castellan...


Coppa l'ortolano...


Risotto trevisana...


Não ficaram com fome? Eu fiquei :)



junho 08, 2011

Pão de ló "tipo" Alfeizeirão...


Desde a última Páscoa que tenho andado na onda do pão de ló!

Acho o bolo ideal para pôr em evidência o gosto dos ovos frescos caseiros, e tenho executado várias receitas, entre as quais o velho bolo de água, que não fazia há muito tempo, e que para mim é também um pão-de-ló...

Também faço pão de ló em creme há anos, seguindo uma receita que tenho de pão-de-ló de Alfeizeirão. Não sei se a receita é genuína ou não, mas que dá resultado não há dúvida.

Contudo, leva um ror de gemas e faz um bolo pequeno, e por isso desta vez decidi experimentar de novo a "táctica" aqui indicada pelo Luís, desta vez com excelentes resultados. Ao contrário da primeira vez , em que resultou num fiasco, por causa da minha grande impaciência e do  abre-e-fecha da porta do forno...

Depois disto acho que sempre que quiser comer pão-de-ló em creme vou fazer este, maior, mais económico, e delicioso!

Usem a medida que vos der mais jeito, sabendo que:

2 medidas de ovos
2 medidas de açucar
1 medida de farinha

(usei uma caneca de 220ml)

dão um belo pão de ló em creme. Quanto ao tempo de forno, cada um conhece o seu... Desta vez aqueci-o bem, coloquei o bolo lá dentro e baixei a temperatura para 180º. Durante 35 minutos resisti à tentação de abrir o forno. Quando olhei lá para dentro estava com uma cor linda, desliguei o forno. Deixei-o repousar lá dentro mais dez minutos. Ficou assim, tal qual eu desejava.

maio 22, 2011

Arroz do Cozido














Com a chegada de dias mais quentes passamos a fazer menos o Cozido, prato substancial mais  propício aos frios de inverno.  Notem que eu disse menos, não disse que deixava de fazer!

Mas, sabem, do que eu mais gosto no cozido é mesmo do arrozinho, e não é daquele que faço para o acompanhar, no próprio dia, mas o que resulta das sobras, que comemos normalmente no dia seguinte, e que meto no forno, a corar. Carnes, enchidos e legumes que não desapareceram à primeira entram todos nesta festa...

O facto de ser covilhanense e grande apreciadora da panela no forno não deve ser alheio a este meu gosto peculiar, mas só vos digo que me regalo com o dito arrozinho!


maio 17, 2011

Brioche "Chinois"



Tinha várias receitas de "chinois" anotadas, mas fui adiando, adiando, e nunca tinha feito nenhuma...
Desta vez é que foi! Já fiz e repeti esta receita que todos lá em casa adoraram. A minha mãe, então,  delirou com ela (sim, que eu, gulosa, havia de sair a alguém, não?...)!

Para poderem experimentar, cá vai a receita.

Para o creme de pasteleiro podem usar esta ou outra receita já testada aí em casa. Eu uso esta porque é mesmo muito simples.

300ml de leite
2 gemas de ovo
2 colheres de sopa de maizena
55g de açucar
1 colher de chá de extracto de baunilha

Colocar todos os ingredientes num recipiente que possa ir ao lume (eu começo por misturar os sólidos e junto depois as gemas e o leite), mexer constantemente em fogo baixo até a mistura engrossar. Verter para uma tigela, cobrir a superfície com filme plástico para evitar que se forme crosta à superfície e refrigerar até usar.

Para a massa de brioche propriamente dita:

220ml de leite
2 ovos batidos
140g de manteiga derretida
500g de farinha
1 colher de chá de sal
60g de açucar
1 pacotinho de fermento de padeiro seco ou 25g de levedura fresca.

Quem tem máquina de fazer pão pode fazer lá a massa, seguindo as instruções do fabricante. Na minha coloco primeiro os líquidos e depois os sólidos.

Mas há dias em que nos apetece "meter a mão na massa", verdade?

Nesse caso misturem primeiro a farinha com o sal o açucar e o fermento seco. Se usarem fresco, diluam no leite. 
Misturem o leite com a manteiga derretida e os ovos batidos.
Juntem gardualmente a mistura líquida aos sólidos, até obterem uma massa pegajosa. Amassem cuidadosamente até obterem uma massa macia que se descole das mãos, o que pode levar uns 20 minutos! 
Coloquem numa tigela com espaço para a massa crescer e tapem com um pano. Deixem levedar num local de temperatura aprazível, até dobrar de volume.

Nessa altura estendam a massa em rectângulo, cubram com o creme de pasteleiro (e pepitas de chocolate, se quiserem; eu não tinha), e enrolem como uma torta.

Cortem o rolo em fatias de 4 cm de espessura e coloquem lado a lado numa forma redonda, previamente untada e enfarinhada. Deixem levedar mais um bocadinho, até a massa preencher todos os espaços na forma.

Eu polvilhei com canela e açucar amarelo antes de levar a forno bem quente. Depois reduzi para 200ºC e deixei lá por uma meia hora, vigiando constantemente, não fosse o diabo tecê-las, que a brioche, assim cortada às rodelas não fica muito alta e coze com facilidade.

É muito palavreado, mas é muito simples de executar, acreditem. E, já que a chuva voltou, vem mesmo a calhar para um pequeno almoço reconfortante.




maio 11, 2011

Esquecidos



Andavam esquecidos há anos cá em casa, este bolinhos que fiz na Páscoa, e é assim mesmo que se chamam.
De uma simplicidade desconcertante, podem também ser utilizados na preparação de sobremesas, como tiramisú e trifle... Um dia destes deixo cá um exemplo.

Por agora anotem a simplicíssima receita dos esquecidos:

3 ovos
200g de açucar
250g de farinha

Batem-se os ovos com o açucar muito bem batidos, até obter uma massa esbranquiçada; junta-se gradualmente a farinha, sem bater.

Dispõem-se colheradas da massa num tabuleiro forrado com papel vegetal, como eu fiz, ou untado com manteiga e polvilhado com farinha (mas depois tem que se lavar o tabuleiro... bahh).

Cozem muito rapidamente, em forno pré-aquecido a 200ºC. Vigiem, porque torrados não são bons.

Nota: Colocar as colheradas de massa bem espaçadas umas das outras, porque alastra bastante.

Também fiz o tradicional pão de ló, à minha maneira :



Mas será que ainda alguém quer a receita deste?...


abril 07, 2011

Tagliatelle gratinada













Jantar de recurso para as meninas...

Enfim, eu falo das minhas filhas como se tivessem 10 anos, mas na verdade acabaram de fazer 21! O que não impede que continuem a ser as minhas meninas, ahaha!

Quem me segue já sabe que as gémeas não morrem de amor por carne, sobretudo aquelas "partes " que nós outros adoramos: língua, pézinhos de coentrada, pipis à lisboeta, feijoadas, ranchos e afins...

Não, as meninas são mais light, mais delicadinhas... Ai, que se cá vêm, depois tenho sermão e missa cantada!

Bom, mas então, em dias que as nossas refeições são assim mais para o tradicional, procuro encontrar uma solução mais do agrado delas. Mãe é mãe, não é? Mesmo que os filhos sejam uns calmeirões queremo-los bem alimentados :)

Havia então dois peitinhos de frango assado que tinham sobrado do dia anterior.
Cozi uns ninhos de tagliatelle de espinafre, outros tantos de ovo, uns cubos de espinafres congelados, e fiz um molho béchamel bem temperado com pimenta e noz moscada, Salteei cogumelos laminados em azeite e alho, e juntei ao molho. Na gordura que ficou na frigideira saltei igualmente a carne cortada aos pedacinhos; a seguir foi fazer companhia aos cogumelos, no molho. 

Depois foi misturar  a massa cozido com os espinafres com o molho  béchamel e levar ao forno até a superfície ficar douradinha.

As pequenas adoraram. Servi com uma salada verde e fresca.

março 28, 2011

Tarte de maçã da tia Irene












Eu já por cá falei diversas vezes da tia Irene... claro que o motivo são os bolos e pastéis deliciosos que ela faz.
Ora a minha tia Irene nunca faz uma visita sem que traga consigo um miminho, doce ou salgado.
Quase sempre lhe peço a receita, que ela dá assim "de cabeça" e que eu anoto o mais sucintamente possível.

Sábado passado lembrei-me de uma tarte de maçã muito simple e saborosa que ela costuma fazer e fui à procura da receita... Rezava assim:

3 ovos
125g de manteiga
100g de açucar (desconfio que a tia cortou na quantidade... mas para o meu gosto fica muito bem assim; os mais gulosos podem acrescentar um pouco)
150g de farinha com fermento
Maçãs em fatias (duas pelo menos, de qualquer qualidade)
Geleia de marmelo ou maçã para pincelar

Mais nada... ou seja, nada  de nada, nada de "modo de preparação"...

Porquê? porque quando peço assim receitas à pressa tenho sempre intenção de passar a limpo logo de seguida, com todas as indicações que me são dadas na altura. Claro que isso nunca acontece, e depois não me resta senão inventar o que falta.

Fiz assim:
Bati a manteiga amolecida à temperatura ambiente com o açucar. Fui acrescentando ovo a ovo, alternando com a farinha. Juntei por minha inicitaiva meio pacotinho de açucar baunilhado e uma pitada de sal.
Tudo isto foi mesmo muito rápido!

Verti a massa numa tarteira untada com manteiga e polvilhada de farinha, cobri com rodelas de maçã a que tirei previamente o caroço e polvilhei com um pouco de canela e açucar mascavado que por ali tinha.
Na verdade a tia sempre corta as maçãs em quartos, e depois em fatias que sobrepõe artisticamente sobre a massa, mas eu, preguiçosa, limitei-me a cobri-la com as rodelas e pronto.
O que no fim provocou um efeito engraçado: a massa subiu no sítio das rodelas de maçã onde foi retirado o caroço e formou uns relevos curiosos.



À saída do forno pincelei-a com a geleia de marmelo, que lhe deu brilho e sabor.

Deliciosa ainda morna, com uma chávena de chá.





março 10, 2011

Blinis ultra rápidos com salmão fumado



O que me inspirou para esta entrada deliciosa foram as panquecas de batata com salmão fumado do livro "Na Cozinha Com Nigella".
O problema é que as panquecas lá descritas levam flocos de puré de batata, que eu não tinha em casa...
Mas a receita era muito simples e de grande efeito, e eu tinha o salmão fumado!
lembrei-me então de uma pequena receita que tinha visto no site Marmiton
, que tinha merecido bons comentários dos internautas: blinis facile maison. Como tinha excelentes iogurtes gregos,decidi-me por estas pequenas panquecas que já tinha experimentado com muito sucesso. Na verdade assemelham-se muito mais a panquecas que a blinis, e achei que ficariam muito bem.
Comecei por aí. As quantidades indicadas dão para uma dúzia de pequenas panquecas macias.
- 1 iogurte grego
- 1 ovo
- 1 medida (copo do iogurte) de farinha
- 1/2 pacote de fermento em pó para bolos
- 1 pitada de sal

A preparação não podia ser mais simples: misturam-se todos os ingredientes e deixa-se a massa em repouso durante uma hora.

Nota: o iogurte que usei era de tal forma espesso que juntei meia medida de leite gordo à massa.

Passado o tempo de repouso deita-se a massa na crepeira (ou numa frigideira anti-aderente) às colheradas. Eu fiz 4 blinis de cada vez, usando uma colher de sopa de massa.
Quando começam a fazer bolhinhas à superfície, como se vê na foto, viram-se com uma espátula.



Toda esta conversa leva apenas alguns minutos a pôr em prática, tirando a hora de repouso, e o resultado é francamente bom.

Blinis, ou panquecas, como queiram chamar, pronto(a)s, basta montar:

Um blini, uma bela colherada de molho, um pedaço de salmão fumado e, finalmente, uma folhinha de endro seria o ideal. Eu não tinha, por isso decorei com pedacinhos minúsculos de cornichons.

Para o molho: Também aqui não segui rigorosamente as indicações da Nigella... ela indica crème fraiche ou natas ácidas.
Eu misturei meio iogurte grego com uma boa colherada de maionese, sumo de meia lima, meio dente de alho ralado e alguns pickles "pulverizados" na picadora.

Adorámos esta fresca entrada no jantar do dia de Carnaval.

dezembro 23, 2010

Alegria!


Desejo a todos os meus leitores um Natal com muita paz e alegria. E façam favor de serem felizes em 2011!

dezembro 21, 2010

Sonhos...


Divirto-me imenso a fritar sonhos! Uma colherzinha de chá de massa no óleo quente e é vê-los inchar, rebolar, crescer a olhos vistos! É verdade que é precisa alguma paciência, porque o óleo não pode estar muito quente, de contrário fritam depressa demais e ficam crús por dentro.

Com a mesma massa com que fiz estes fiz também uma dúzia de profiteroles no forno. Ficaram perfeitas, por isso, a partir de agora, sempre que fizer sonhos vou aproveitar para cozer uma parte da massa no forno.

Obtenho assim "material" para uma sobremesa extra: congelo-as, e no dia é só bater o creme chantilly e fazer o molho de chocolate para as regar :).

Mas voltando aos sonhos:

Levam-se  2 chávenas de água e 1 de leite ao lume com 80g de manteiga ou margarina e uma pitada generosa de sal. Depois de levantar fervura, logo que a gordura esteja derretida juntam-se 250g de farinha (podem utilizar uma mistura de 200g de farinha normal e 50g de maisena) e mexe-se muito bem com a colher de pau, até obter uma bola de massa que se descola das paredes do tacho.

Transfere-se a massa para outro recipiente, deixa-se amornar, e vão-se juntando 6 ovos, um a um, até a massa formar um pico que se sustenta, ao levantar a colher (ou a batedeira). Os primeiros ovos são os mais difíceis de incorporar. Se forem ovos pequenos pode haver necessidade de acrescentar mais um, a massa deve ficar assim:

(fotos do site do Chef Simon, onde, quem dominar o francês, poderá aprender a técnica)

Depois é só fritar em pequenas porções (eu uso uma colher de chá) e escorrem-se sobre papel absorvente.

Como disse antes, com a mesma massa podem fazer-se choux, profiteroles, etc, cozendo-a no forno.

Quanto aos sonhos podem comer-se envoltos em açucar e canela, recheados com creme, ou mergulhados em calda de açucar aromatizada com casca de limão e pau de canela, regados com chocolate quente... ai , ai...




setembro 24, 2010

Pão


Saber fazer pão é das coisas mais gratificantes e que mais alegria me dá! Tão simples, tão bom... os cuidados com a temperatura e as correntes de ar, para não matar o fermento, a macieza da massa nas mãos, o cheirinho do pão a cozer!

Quem é que não gosta de pãozinho quente com manteiga?...


Estes pãezinhos são óptimos para lanche e pequeno almoço. A receita é de um blog francês, que não anotei... se o(a) autor(a) por cá vir a receita, aceite as minhas desculpas por não poder citá-lo(a), e os parabéns por uns dos pãezinhos mais deliciosos que já fiz!

Eu tenho para mim que deve ser de um desses meus blogs favoritos aqui ao lado... 






A receita, para uma dúzia de pãezinhos pequenos:


500g de farinha sem fermento
260g de leite, morno
70g de manteiga amolecida (ou margarina)
30g de açucar
1 ovo batido
1 colher de chá de sal
1 pacotinho de levedura seca (usei 20g de levedura fresca) 

Numa tigela grande, misturam-se a farinha, o açucar e o sal. Abre-se uma cova no meio, desfaz-se o fermento no leite morno e junta-se à farinha, bem como a manteiga amolecida e o ovo, previamente batido. Misturam-se bem todos os ingredientes.
Bate-se a massa convenientemente até ficar macia e elástica, cobre-se com um pano limpo e deixa-se levedar cerca de 1 hora ou até que dobre de volume, em local abrigado de correntes de ar. No Inverno convém procurar um local onde a temperatura seja amena.
Depois, amassar ligeiramente, dividir a massa em doze partes e moldar os pães. Deixar levedar de novo e levar a cozer em forno previamente aquecido, até ficarem lourinhos. Verificar a cozedura com um palito.


Update: Já descobri, a receita é do blog "Les Gourmands Disent..." Merci beaucoup à Allulou!

setembro 19, 2010

Dias... felizes

Esta minha ausência ficou a dever-se a uns dias de férias. Entre outras coisas aproveitei para pôr a leitura "culinaresca" em dia.
Eis as minhas duas últimas aquisições:




"Dias Com Mafalda" e "Cozinha Para Quem Não Tem Tempo", que adorei, e dos quais já adaptei  algumas receitas. Eu e muitos mais na blogosfera, porque as recitas da Mafalda Pinto Leite começam a pulular por aí...

A minha primeira experiência foi uma esparguete com bacon e cogumelos, simples, rápida e muito saborosa.


Deixo as quantidades por vossa conta...
Comecem por cozinhar a massa como habitualmente. Entretanto, numa frigideira, aqueçam um pouco de azeite e juntem-lhe o bacon cortado aos cubinhos e o alho esmagado, e a mistura de cogumelos. Eu usei pleurotos e cogumelos de Paris frescos, era o que havia em casa.
Escorram a massa e devolvam-na à panela. Juntem-lhe os ovos batidos e a mistura de cogumelos. Temperam com pimenta, sal e salsa picada. Aqueçam bem antes de servir, deixando o ovo cremoso. Polvilhem com queijo parmesão, melhor se ralado na hora.


Delícia!

agosto 25, 2010

Ratatouille



















Quando por aqui digo que sou fanática por legumes estou certamente a repetir-me... Mas é mesmo assim! E acho que ultimamente esta minha tendência para os "verdes" se tem acentuado e muito.

Em pleno Verão, com a abundância de ingredientes próprios deste prato não podia deixar de fazer a clássica ratatouille, muito mediterrânica, colorida, vitaminada e deliciosa!

Juntei-lhe um ovinho muito fresco, escalfado (outra das minhas paixões...) e comi assim, simplesmente, com uma boa fatia de pão caseiro. Que bom!

O que sobra ainda sabe melhor ao outro dia, reaquecido, e se quiserem uma sugestão original para aproveitar as sobras, espreitem aqui... Omelete recheada com ratatouille ;)

Receitas de ratatouille há muitas e com variantes; para fazerem uma igual à minha precisam de:

2 cebolas grandes
2 ou 3 pimentos, se tiverem de várias cores mais bonito fica
2 beringelas
3 courgettes
bons tomates, maduros, pelo menos 4 grandes
alho, louro
Coentros frescos, para juntar no final, picadinhos, ou outras ervas aromáticas a gosto
azeite, sal e pimenta

Aquecer o azeite num tacho e juntar o alho e a cebolas, picados. Pessoalmente, neste prato, gosto da cebola aos cubinhos, pouco picada.
Deixar a amolecer sem ganhar cor e juntar os pimentos às tirinhas ou aos quadradinhos, depois de limpos de peles e sementes.
Quando os pimentos estiverem tenros chegou a altura de juntar os tomates, cortados miúdo,também sem sementes.
Aqui deixo apurar longamente, até o tomate se desfazer quase todo e o molho se apresentar grosso e apurado. Nessa altura junto as beringelas e as courgettes, também cortadas os cubos, bem lavadas e com casca.
Agora é só temperar e deixar cozer em lume muito brando para apurar bem. Perto do final junto os coentros picados.

Aqui encontram uma versão muito diferente deste prato, que hei-de experimentar brevemente, embora estranhe a ausência do tomate ...

agosto 17, 2010

Semi-frio de queijo ou cheesecake, se quiserem...


No Rap'ó Tacho podem encontrar uma outra receita de cheesecake, na versão "cozido no forno" de que gosto muito.
Mas agora, durante o Verão, para evitar o forno, podemos sempre recorrer à versão fria, com a cobertura de que gostarmos mais ou que esteja mais à mão...


A base é a clássica: 200g biscoitos triturados (podem ser bolachas digestivas, de amêndoa, de chocolate...), 125g de manteiga. Há quem junte um ovo para dar liga, eu não costumo pôr.


Forra-se o fundo de uma tarteira com esta massa e leva-se ao frigorífico enquanto se prepara o recheio com:


2 pacotes de natas para bater
5 folhas de gelatina incolor
1/2 lata de leite condensado
1 colher de café de essência de baunilha
200 grs. de queijo fresco ou mascarpone


Eu vou pelo fresco, mais barato e tão bom quanto o outro... faço isto em quase todos os doces, com óptimo resultado. Não vejo porque não valorizamos mais os nossos próprios produtos, tantas vezes tão bons ou melhores que os estrangeiros.


Bate-se o queijo com o leite condensado, até não apresentar grumos. O truque é começar a bater o queijo e ir juntando o leite condensado aos poucos. 
Junta-se a gelatina previamente demolhada em água fria e dissolvida em duas colheres de sopa de água a ferver, e a essência de baunilha.
Batem-se as natas, que devem estar bem frias, em chantilly e juntam-se ao preparado de queijo.


Verte-se tudo sobre a massa que já está na forma e coloca-se novamente no frigorífico para prender bem.


Para a cobertura pode usar-se compota a gosto, de morango ou framboesa, por exemplo, gelatina de qualquer sabor (foi o que usámos no doce da foto, a nossa era de morango), ou uma calda de frutos vermelhos, para maior requinte... enfim, o que gostarem mais.


Se usarem gelatina tenham o cuidado de roubar um pouco na quantidade de água necessária à preparação, e deixem arrefecer bem, até começar a prender, antes de cobrirem o cheesecake, senão tem tendência a afundar...


Sirvam bem frio!



agosto 14, 2010

Sopa de ervilhas com presunto estaladiço


Cá em casa nunca pode faltar a sopa.... Curiosamente aqui no blog só postei quatro, entre as quais a sopa de salsa, tradicional nesta zona.

Esta de que hoje vos falo foi feita com o que havia no frigorífico: uma vista de olhos rápida e verifiquei que tinha com que fazer um purezinho de legumes, mas nada de folhagem verde para acrescentar... Resolvi juntar à base algumas ervilhas congeladas.

A sopa foi então feita com:

4 batatas grandes
3 cenouras
1 cebola
2 dentes de alho
a parte branca de um alho francês que andava perdida
1 pedaço de abóbora "moganga"
2 chávenas de ervilhas congeladas
azeite e sal q.b.

Comecei por levar a panela ao lume com um fundo de azeite, juntei a cebola, o alho francês e os dentes de alho laminados. Deixei suar, juntei as cenouras, a abóbora e as batatas, tudo cortado aos cubos, e acrescentei água a ferver e sal "a olho".
Quando tudo ficou cozido, reduzi a puré e rectifiquei os temperos. Foi então que me lembrei de umas fatias de presunto pouco curadas (e por isso por mim pouco apreciadas) que ainda havia, e resolvi pô-las a fritar na frigideira sem gordura alguma. O que resultou numa espécie de "telhas" de presunto que quebrei sobre os pratos ao servir. E não é que combinou lindamente com a sopinha?

E agora que falo nisto, acho que umas folhinhas de coentros também não ficariam mal...

julho 05, 2010

Tralha nova na cozinha ...

Tenho quase a certeza que, tal como eu adoram tralhas de cozinha...
Ultimamente não consegui resistir a um maçarico de cozinha com o qual já consegui crocantes crostas de caramelo no leite creme e, mais recentemente, a uma sorveteira. Do maçarico em breve teremos mais notícias, pois ando cá com umas ideias, e, quanto à sorveteira, a primeira experiência consistiu num gelado simples de baunilha, receita retirada do manual da máquina, confeccionada pela minha filha J., que ficou muito bom!

Já eu resolvi improvisar um gelado de maracujá da seguinte forma:

Bati um pacote de natas com duas colheres de sopa de açucar, juntei dois iogurtes naturais e meia lata de polpa de maracujá.

Levei a mistura ao frigorífico duarante umas horas e depois coloquei-a na sorveteira, seguindo as instruções do fabricante.

Decorridos os 40 minutos necessários à confecção do gelado obtivemos  isto:


Ou seja, uma mistura cremosa e cheia de sabor, onde gostei especialmente do crocante proporcionado pelas sementinhas do maracujá, mas pouco consistente para gelado...

Nem pensar em deitar fora tão bons ingredientes! Lembrei-me dos picolés da Fer, e, como tenho umas forminhas parecidas, fizemos isto:




E foi assim que salvámos o improviso, mas aconselho a seguirem sempre receitas fiáveis...