domingo, agosto 31, 2008
DA CULTURA DO LAXISMO AO SENTIMENTO DE IMPUNIDADE
Subscrevo por baixo, com dois traços grossos, o teor do Editorial do Director do EXPRESSO
(Henrique Monteiro) na sua edição deste fim de semana, do qual destaco este excerto :
“(...) verificamos que a cultura portuguesa é desculpabilizadora. A polícia desculpa, os magistrados desculpam, o poder político desculpa.
Começa nas pequenas coisas. No estacionamento em segunda fila nas cidades, nos peões que não passam nas passadeiras, nos jovens que pintam paredes, nos noctívagos que transformam bairros de Lisboa em urinóis. O perdão generalizado continua em assuntos mais sérios : no “esctazy” que se vende à porta das discotecas, nas linhas de coca com que os “ dealers” abordam transeauntes, com os bandos de marginais que atemorizam quem passa nas ruas.
Estes pequenos incidentes não são combatidos, são desculpados. Nalguns casos, a polícia e os guardas fazem que não vêem ou não sabem. Noutros, magistrados não lhes dão importância, convictos de que apenas os grandes crimes importam. E assim cresce o sentimento de impunidade. Atá ao inimaginável : roubar um multibanco dentro de um Tribunal.
Por mim, apoio os esforços e as preocupações no combate ao crime. Mas acharia melhor ideia chegar-se a um acordo contra as sucessivas desculpas. Não vale a pena prometer grandes feitos, nem cercar bairros só para dar ideia de que se está a fazer qualquer coisa. Acabe-se com a impunidade.
Para isso, é necessária uma nova mentalidade. Principalmente nas polícias e nos magistrados. E, claro, também nos políticos que lhes banalizam a acção.”
Mas nisto dos políticos, não se pense que se trata só dos do nível do governo central . O que acima se escreve tambem se aplica tim-tim por tim-tim aos autarcas locais. Como de forma bem evidente se verifica por aqui por esta linda terra da Figueira da Foz, sempre atenta e muito reverenciosa para com os turistas e banhistas que a visitam. Cada vez menos, de resto.
Subscrevo por baixo, com dois traços grossos, o teor do Editorial do Director do EXPRESSO
(Henrique Monteiro) na sua edição deste fim de semana, do qual destaco este excerto :
“(...) verificamos que a cultura portuguesa é desculpabilizadora. A polícia desculpa, os magistrados desculpam, o poder político desculpa.
Começa nas pequenas coisas. No estacionamento em segunda fila nas cidades, nos peões que não passam nas passadeiras, nos jovens que pintam paredes, nos noctívagos que transformam bairros de Lisboa em urinóis. O perdão generalizado continua em assuntos mais sérios : no “esctazy” que se vende à porta das discotecas, nas linhas de coca com que os “ dealers” abordam transeauntes, com os bandos de marginais que atemorizam quem passa nas ruas.
Estes pequenos incidentes não são combatidos, são desculpados. Nalguns casos, a polícia e os guardas fazem que não vêem ou não sabem. Noutros, magistrados não lhes dão importância, convictos de que apenas os grandes crimes importam. E assim cresce o sentimento de impunidade. Atá ao inimaginável : roubar um multibanco dentro de um Tribunal.
Por mim, apoio os esforços e as preocupações no combate ao crime. Mas acharia melhor ideia chegar-se a um acordo contra as sucessivas desculpas. Não vale a pena prometer grandes feitos, nem cercar bairros só para dar ideia de que se está a fazer qualquer coisa. Acabe-se com a impunidade.
Para isso, é necessária uma nova mentalidade. Principalmente nas polícias e nos magistrados. E, claro, também nos políticos que lhes banalizam a acção.”
Mas nisto dos políticos, não se pense que se trata só dos do nível do governo central . O que acima se escreve tambem se aplica tim-tim por tim-tim aos autarcas locais. Como de forma bem evidente se verifica por aqui por esta linda terra da Figueira da Foz, sempre atenta e muito reverenciosa para com os turistas e banhistas que a visitam. Cada vez menos, de resto.
sábado, agosto 30, 2008
UMA REPUBLICA DE POLICIAS E JUIZES BANANAS
Uma sequência de extractos de uma notícia da Lusa de anteontem, publicada no EXPRESSO de hoje, dá bem uma ideia do estado a que chegamos na Republica portuguesa, no tocante ao estilo de actuação das polícias e dos senhores juizes.
A sequência é a seguinte :
“ Duas jovens detidas em Lisboa pela Polícia escondiam na vagina 1500 euros e artigos de ouro e prata”
“ A PSP suspeita que os artigos recuperados tenham origem criminosa”
“Após perseguição policial, foram detidas e encaminhadas para a esquadra, onde foram revistadas”
“O juiz determinou que as duas jovens se apresentem periodicamente na esquadra”.
Uma sequência de extractos de uma notícia da Lusa de anteontem, publicada no EXPRESSO de hoje, dá bem uma ideia do estado a que chegamos na Republica portuguesa, no tocante ao estilo de actuação das polícias e dos senhores juizes.
A sequência é a seguinte :
“ Duas jovens detidas em Lisboa pela Polícia escondiam na vagina 1500 euros e artigos de ouro e prata”
“ A PSP suspeita que os artigos recuperados tenham origem criminosa”
“Após perseguição policial, foram detidas e encaminhadas para a esquadra, onde foram revistadas”
“O juiz determinou que as duas jovens se apresentem periodicamente na esquadra”.
Delicioso. Muito preocupante, mas delicioso
sexta-feira, agosto 29, 2008
TEMPOS DE ESCOLHAS ...
Apesar de estarmos ainda na tradicional época balnear, circulam aí pelos mentideros da Figueira uns quantos zuns-zuns sobre putativas candidaturas do PS e do PSD à Câmara Municipal, nas eleições do próximo ano. Jã não falta assim tanto. Chegaram ao meu conhecimento apenas alguns, talvez ecos distorcidos de outros que circulem em meios mais bem informados; ou talvez meros exercícios especulativos inseridos em manobras de contra informação. Que isto de escolha de candidatos, ou de avanços e recuos de candidatos a candidatos, tambem se joga com muita guerrilha psicológica.
Pela minha parte, expresso a opinião de que era bem aparecida uma candidatura independente para a Câmara Municipal, pelo menos. Creio que idêntica opinião e idêntico desejo serão compartilhados por uma grande parte dos eleitores do concelho da Figueira da Foz. Pouco importará que, no caso do PS, uma lista possa vir a ser mais de “dissidentes” do que de “independentes”, segundo um exercício semântico a que se dedicou recentemente um responsável político local.
De uma coisa estou também convencido, neste momento. É que se o leque de candidatos a Presidente da Câmara com hipóteses de serem eleitos, se reduzir a um mero dueto assim do género de Vítor Baptista pelo PS, e de Miguel Almeida pelo PSD, uma candidatura independente dotada de um mínimo de consistência política, com uma lógica de rotura com as práticas partidárias vigentes na vida local desde há bastantes anos, e falando a crua verdade ao eleitorado, terá fortes probabilidades de vir ser a mais votada, ou seja, a vitoriosa.
Apesar de estarmos ainda na tradicional época balnear, circulam aí pelos mentideros da Figueira uns quantos zuns-zuns sobre putativas candidaturas do PS e do PSD à Câmara Municipal, nas eleições do próximo ano. Jã não falta assim tanto. Chegaram ao meu conhecimento apenas alguns, talvez ecos distorcidos de outros que circulem em meios mais bem informados; ou talvez meros exercícios especulativos inseridos em manobras de contra informação. Que isto de escolha de candidatos, ou de avanços e recuos de candidatos a candidatos, tambem se joga com muita guerrilha psicológica.
Pela minha parte, expresso a opinião de que era bem aparecida uma candidatura independente para a Câmara Municipal, pelo menos. Creio que idêntica opinião e idêntico desejo serão compartilhados por uma grande parte dos eleitores do concelho da Figueira da Foz. Pouco importará que, no caso do PS, uma lista possa vir a ser mais de “dissidentes” do que de “independentes”, segundo um exercício semântico a que se dedicou recentemente um responsável político local.
De uma coisa estou também convencido, neste momento. É que se o leque de candidatos a Presidente da Câmara com hipóteses de serem eleitos, se reduzir a um mero dueto assim do género de Vítor Baptista pelo PS, e de Miguel Almeida pelo PSD, uma candidatura independente dotada de um mínimo de consistência política, com uma lógica de rotura com as práticas partidárias vigentes na vida local desde há bastantes anos, e falando a crua verdade ao eleitorado, terá fortes probabilidades de vir ser a mais votada, ou seja, a vitoriosa.
quinta-feira, agosto 28, 2008
A PORTA GIRATÓRIA
Numa entrevista à SIC, o Secretário de Estado José Magalhães declarou ontem não ser tolerável haver uma espécie de porta-giratória na qual , por um lado as polícias metam os criminosos e pelo outro os mesmos sejam libertados pelos juizes. A imagem é sugestiva e, cumpre reconhecer, corresponde à imagem que a opinião pública portuguesa tem actualmente da segurança e da justiça em Portugal.
Jose Magalhães considerou, sensatamente, que um tal efeito de porta giratória possa estar a ser causado por má leitura interpretativa do Código de Processo Penal, na sua versão actual. Em cuja elaboração parece terem responsabilidades os actuais Ministros da Administração Interna e da Justiça. E que, por isso, o assunto poderia eventualmente voltar a nova apreciação parlamentar. Mas já hoje o Ministério da Justiça veio esclarecer que nem pensar : que nenhuma revisão ou melhoria do texto do código estavam previstas. Afinal em que ficamos? Não há no Governo quem coloque alguma consistência entre as opiniões e declarações dos diversos membros do mesmo?
Numa entrevista à SIC, o Secretário de Estado José Magalhães declarou ontem não ser tolerável haver uma espécie de porta-giratória na qual , por um lado as polícias metam os criminosos e pelo outro os mesmos sejam libertados pelos juizes. A imagem é sugestiva e, cumpre reconhecer, corresponde à imagem que a opinião pública portuguesa tem actualmente da segurança e da justiça em Portugal.
Jose Magalhães considerou, sensatamente, que um tal efeito de porta giratória possa estar a ser causado por má leitura interpretativa do Código de Processo Penal, na sua versão actual. Em cuja elaboração parece terem responsabilidades os actuais Ministros da Administração Interna e da Justiça. E que, por isso, o assunto poderia eventualmente voltar a nova apreciação parlamentar. Mas já hoje o Ministério da Justiça veio esclarecer que nem pensar : que nenhuma revisão ou melhoria do texto do código estavam previstas. Afinal em que ficamos? Não há no Governo quem coloque alguma consistência entre as opiniões e declarações dos diversos membros do mesmo?
Já Camões falava no "fraco Rei que faz fraca a forte gente"...
PORTUGAL ABRASILEIRADO
Aqui há uns anos ( depois do 25 de Abril de 1974, sublinho...) , um amigo brasileiro de visita a Portugal, comentava haver pelo menos duas coisas que lhe causavam impressão ( ou mesmo admiração...) no nosso país, bem diferentes daquilo a que estava habituado no Brasil. Uma era ver velhinhas a passear na rua, de noite. Outra, era ver edifícios de habitação sem quase nunca terem segurança à porta.
Onde isso já vai!....
Aqui há uns anos ( depois do 25 de Abril de 1974, sublinho...) , um amigo brasileiro de visita a Portugal, comentava haver pelo menos duas coisas que lhe causavam impressão ( ou mesmo admiração...) no nosso país, bem diferentes daquilo a que estava habituado no Brasil. Uma era ver velhinhas a passear na rua, de noite. Outra, era ver edifícios de habitação sem quase nunca terem segurança à porta.
Onde isso já vai!....
quarta-feira, agosto 27, 2008
A ONDA DE VIOLENCIA E DE CRIMINALIDADE
De novo no torrão natal, venho encontrar a nação assustada, ou no mínimo alvoroçada, com uma onda de criminalidade e de insegurança de que não há memória. Vale estar de férias grande parte do pessoal, para não se ter chegado ainda ao pânico ; vale estarmos ainda a bastantes meses das eleições, para o tema não se ter transformado totalmente em arsenal de armas de virulento arremesso na luta político-partidária.
Há muito que se vêm juntando todos os ingredientes para, da sua mistura, se chegar ao clima actual .
Uma cultura jurídica dominada por tiques e complexos de um bacoco “humanismo “ progressista que diaboliza conceitos e palavras como repressão e autoridade ; sucessão de experimentalismos legislativos por políticos e insígnes mestres de direito que acham poder descobrir a pólvora preparando leis e regulamentos muito modernaços e “pra-frentex” ; sindicatos de juizes e magistrados reivindicando e pugnando por privilégios corporativos ; juizes a trabalhar a meio gás, com excesso de zelo e sempre dando como desculpa a falta de meios e de recursos para a lentidão, a ineficácia e o descrédito da justiça ; magistrados do Ministério Público com ambições de poder e de protagonismo social e mediático ; corpos policiais desmotivados, inseguros e mais parecendo comandados pelos sindicatos profissionais do que pelas suas chefias e cadeias hierárquicas ; ministros das tutelas com ar de bananas sem capacidade para defenderem e darem a cara por aqueles mesmos corpos policiais ; fluxos imigratórios descontrolados, através de fronteiras escancaradas, por efeito dos novos tempos europeus.
A isto tudo, que já não é nada pouco, junte-se um sério agravamento da crise económica e social, e um clima generalizado de impunidade. Pois aí temos todo o caldinho preparado para nele fermentar e se desenvolver o crescente sentimento de insegurança que se vem espalhando por todos os cidadãos. E que será cegueira política não reconhecer, ou procurar minimizar.
Que fazer? Mais polícias? Portugal já tem um elemento dos corpos policiais por cada 220 habitantes, um dos racios mais elevados da Europa.
De novo no torrão natal, venho encontrar a nação assustada, ou no mínimo alvoroçada, com uma onda de criminalidade e de insegurança de que não há memória. Vale estar de férias grande parte do pessoal, para não se ter chegado ainda ao pânico ; vale estarmos ainda a bastantes meses das eleições, para o tema não se ter transformado totalmente em arsenal de armas de virulento arremesso na luta político-partidária.
Há muito que se vêm juntando todos os ingredientes para, da sua mistura, se chegar ao clima actual .
Uma cultura jurídica dominada por tiques e complexos de um bacoco “humanismo “ progressista que diaboliza conceitos e palavras como repressão e autoridade ; sucessão de experimentalismos legislativos por políticos e insígnes mestres de direito que acham poder descobrir a pólvora preparando leis e regulamentos muito modernaços e “pra-frentex” ; sindicatos de juizes e magistrados reivindicando e pugnando por privilégios corporativos ; juizes a trabalhar a meio gás, com excesso de zelo e sempre dando como desculpa a falta de meios e de recursos para a lentidão, a ineficácia e o descrédito da justiça ; magistrados do Ministério Público com ambições de poder e de protagonismo social e mediático ; corpos policiais desmotivados, inseguros e mais parecendo comandados pelos sindicatos profissionais do que pelas suas chefias e cadeias hierárquicas ; ministros das tutelas com ar de bananas sem capacidade para defenderem e darem a cara por aqueles mesmos corpos policiais ; fluxos imigratórios descontrolados, através de fronteiras escancaradas, por efeito dos novos tempos europeus.
A isto tudo, que já não é nada pouco, junte-se um sério agravamento da crise económica e social, e um clima generalizado de impunidade. Pois aí temos todo o caldinho preparado para nele fermentar e se desenvolver o crescente sentimento de insegurança que se vem espalhando por todos os cidadãos. E que será cegueira política não reconhecer, ou procurar minimizar.
Que fazer? Mais polícias? Portugal já tem um elemento dos corpos policiais por cada 220 habitantes, um dos racios mais elevados da Europa.
Trate-se então de evitar, eliminar ou combater todos e mais alguns dos referidos ingredientes. A crise económica e social? Sim, com certeza, embora tal dependa de factores e de condicionantes que o Estado nacional pouco controla e domina. Mas sobretudo aqueles para os quais apenas se necessita do exercício descomplexado e contidamente musculado de uma autêntica autoridade do Estado democrático .
O INICIO DA RENTRÉE ...
Regressado de “férias” , o QuintoPoder deve começar por agradecer aos vários leitores dedicados que:
-o felicitaram pelo seu 5º aniversário ;
-se manifestaram preocupados pensando que o QuintoPoder também poderia haver terminado ; não terminou, vamos a ver se consegue chegar até ao 6º aniversário.
Regressado de “férias” , o QuintoPoder deve começar por agradecer aos vários leitores dedicados que:
-o felicitaram pelo seu 5º aniversário ;
-se manifestaram preocupados pensando que o QuintoPoder também poderia haver terminado ; não terminou, vamos a ver se consegue chegar até ao 6º aniversário.
sábado, agosto 02, 2008
QUINTO ANIVERSÁRIO
O QuintoPoder comemora no próximo dia 6 de Agosto cinco anos desde a publicação do seu primeiro post. Ainda aqui consta, nos Archives, para quem quiser revisitá-lo...
Vou andar por longe nessa data. Por isso aqui lhe/me deixo os meus parabéns...
CIDADÃOS OU MARGINAIS
Miguel Sousa Tavares , in EXPRESSO de hoje
"É altura de os líderes da comunidade cigana reflectirem e imporem a sua autoridade à comunidade, para que esta decida se querem ser cidadãos ou marginais. Não podem é ser cidadãos para os direitos e marginais para os deveres"
Miguel Sousa Tavares , in EXPRESSO de hoje
JURISTÊS
Um exemplo de genuino “juristês” é este pedaço de prosa enrolada, ontem lido na imprensa, de um acordão da Relação de Guimarães, justificando a condenação de um pai que dera uma bofetada numa filha de 15 anos :
“o arguido agiu de forma deliberada, livre e conscientemente, com o propósito concretizado de atingir a ofendida sua filha, na sua integridade física, ofendendo-a no corpo e na saúde, bem sabendo que a sua conduta era proibida por lei “
Ora isto faz-me lembrar algumas maneiras complicadas de dizer coisas simples, como há tempos li algures. Dou uns exemplos :
Descendente de espécie piscícola sabe movimentar-se em líquido inorgânico
Tradução :
Filho de peixe sabe nadar
Identico ascendente, idêntico descendente
Tradução :
Tal pai tal filho
Pequena leguminosa seca após pequena leguminosa seca atesta a capacidade de ingestão de espécie avícola.
Tradução :
Grão a Grão enche a galinha o papo
Quem aguarda longamente, atinge a exaustão.
Tradução :
Quem espera desespera
Usência de percepção ocular, insensibiliza o orgão cordial
Tradução
Olhos que não vêem, coração que não sente
Um exemplo de genuino “juristês” é este pedaço de prosa enrolada, ontem lido na imprensa, de um acordão da Relação de Guimarães, justificando a condenação de um pai que dera uma bofetada numa filha de 15 anos :
“o arguido agiu de forma deliberada, livre e conscientemente, com o propósito concretizado de atingir a ofendida sua filha, na sua integridade física, ofendendo-a no corpo e na saúde, bem sabendo que a sua conduta era proibida por lei “
Ora isto faz-me lembrar algumas maneiras complicadas de dizer coisas simples, como há tempos li algures. Dou uns exemplos :
Descendente de espécie piscícola sabe movimentar-se em líquido inorgânico
Tradução :
Filho de peixe sabe nadar
Identico ascendente, idêntico descendente
Tradução :
Tal pai tal filho
Pequena leguminosa seca após pequena leguminosa seca atesta a capacidade de ingestão de espécie avícola.
Tradução :
Grão a Grão enche a galinha o papo
Quem aguarda longamente, atinge a exaustão.
Tradução :
Quem espera desespera
Usência de percepção ocular, insensibiliza o orgão cordial
Tradução
Olhos que não vêem, coração que não sente
sexta-feira, agosto 01, 2008
TOTALMENTE DE ACORDO...
...com o conteudo deste post do blog Causa Nossa :
...com o conteudo deste post do blog Causa Nossa :
Comunicação presidencial
Ao contrário da opinião dominante, entendo que a questão do Estatuto dos Açores não é uma questão de lana caprina. Era necessário que o Presidente pusesse termo à inaceitável complacência com que até agora os presidentes da República têm pactuado com todos os excessos autonomistas. Só não compreendi por que é que Belém fez "caixinha" sobre o tema da sua comunicação ao País, deixando lavrar durante todo o dia as mais imaginosas especulações sobre o assunto. Os media adoram especular...
[Publicado por Vital Moreira] [31.7.08]
Ao contrário da opinião dominante, entendo que a questão do Estatuto dos Açores não é uma questão de lana caprina. Era necessário que o Presidente pusesse termo à inaceitável complacência com que até agora os presidentes da República têm pactuado com todos os excessos autonomistas. Só não compreendi por que é que Belém fez "caixinha" sobre o tema da sua comunicação ao País, deixando lavrar durante todo o dia as mais imaginosas especulações sobre o assunto. Os media adoram especular...
[Publicado por Vital Moreira] [31.7.08]
GRANDES SUPERFÍCIES
A ACIFF tem inteira razão quando, a propósito da instalação de grandes e médias superfícies se pronuncia assim : “elas serão benvindas desde que se instalem na zona do comércio tradicional” . Quanto mais periféricos forem os novos espaços de comércio, focos de fácil atracção para a presença de consumidores, ou simples frequentadores, mais se desertificam e degradam os centros das cidades. Que, por isso mesmo, deixam de ser centros.
A Figueira da Foz é disso um bom exemplo, pela negativa. Pelo contrário, pela positiva, são bons exemplos : o FORUM em Aveiro ( um magnífico espaço!...) que veio re-animar todo o centro da cidade; bem como as conhecidas lojas do “El Corte Ingles” , em Lisboa e nos sempre animados “ cascos viejos” da generalidade das cidades espanholas.
A ACIFF tem inteira razão quando, a propósito da instalação de grandes e médias superfícies se pronuncia assim : “elas serão benvindas desde que se instalem na zona do comércio tradicional” . Quanto mais periféricos forem os novos espaços de comércio, focos de fácil atracção para a presença de consumidores, ou simples frequentadores, mais se desertificam e degradam os centros das cidades. Que, por isso mesmo, deixam de ser centros.
A Figueira da Foz é disso um bom exemplo, pela negativa. Pelo contrário, pela positiva, são bons exemplos : o FORUM em Aveiro ( um magnífico espaço!...) que veio re-animar todo o centro da cidade; bem como as conhecidas lojas do “El Corte Ingles” , em Lisboa e nos sempre animados “ cascos viejos” da generalidade das cidades espanholas.
TRISTEZA...
... é o que sente o QuintoPoder pelo desaparecimento, a extinção ou lá o que seja, do colega local Amicus Ficaria. Era sem dúvida uma verdadeira referência já antiga da blogosfera figueirense. Quando me ausentava da terra, e podia consultar a blogosfera, era através dele que me punha a par das notícias e das tricas do burgo.
Vá lá..amigos...façam da extinção uma mera suspensão e regressem. Olhem que fazem falta.