<$BlogRSDUrl$>

domingo, julho 31, 2005

O BRASILEIRO DE LONDRES

Sobre o comportamento da polícia inglesa na lamentável e dolorosa morte de um cidadão brasileiro, confundido com um terrorista, Mário Soares fez aqui há dias, na Figueira da Foz, declarações que em minha opinião são desprovidas de qualquer sentido de responsabilidade.
Ou seja, para chamar os bois pelos nomes, e porque em democracia não há vacas sagradas, declarações lamentavelmente levianas e totalmente irresponsáveis.

A este propósito recomendo a leitura da crónica de Ferreira Fernandes, publicada na última revista Sábado. Transcrevo dela alguns trechos mais significativos.

(...)
Morreram a 7 de Julho 56 londrinos de 12 nacionalidades. Na semana passada, morreu mais um, brasileiro. Todos vítimas dos mesmos terroristas islâmicos.
(...)
Há dor desesperada na mãe de Jean Charles, há dor pungente no Sr. Matozinho, o pai, mostrando a foto do filho.
Leio tambem que em Londres alguns brasileiros cantam o hino nacional deles, entre lágrimas, e vão distribuir T-shirts com o retrato de Jean Charles e a frase “ I’m brazilian, don’t shoot me”.
E esta dor, quem não percebe?. Eu. Não entendo a estupidez.
(...)
Os terroristas, no caso londrino, são jovens e com a pele mais escura que a dos ingleses médios.
Isso não quer dizer que todos os jovens mais morenos devam ser considerados terroristas. Mas quer dizer que todos os jovens mais escuros podem ser olhados com maior atenção pela polícia.
Não é racismo de polícia, é bom senso.
Durante o Euro 2004, quando a nossa polícia era chamada a Albufeira por causa dos hooligans, ela olhava com mais atenção não os jovens escuros, mas os barrigudos louros.
A polícia de Fortaleza, Brasil quando consta o desembarque de passageiros vindos da Escócia para turismo sexual, não olha com cuidado os jovens escuros, mas os quarentões louros. Isso quando a portuguesa, portuguesa e brasileira, é boa.
(...)
Claro que, se eu fosse o Sr.Matozinho, o pai do jovem, estaria destroçado. Provavelmente, estar-me-ia nas tintas para Londres inteira. Mas, se eu fosse um simples brasileiro de Londres, não estaria com aqueles imbecis que comem no prato de segurança que os polícias londrinos lhes servem.
Se há T-shirt a usar-se por qualquer londrino, brasileiros inclusive, é : “ Nós somos todos vítimas do terrorismo. Obrigado a quem o combate” .

ESTRANHEZA

Depois de ver na TV, por várias vezes, as imagens da rendição dos dois terroristas islâmicos, em Londres, estranho que o Dr. Soares ou o Dr. Louçã não tenham ainda protestado contra o atentado aos direitos humanos que constituiu a polícia do “ Sr. Blair” ( como lhe chama desdenhosamente o Dr. Soares...) ter obrigado aqueles homens a saírem de casa completamente nus..., e a não ter havido respeito pelos seus direitos ao bom nome e à sua vida privada, sendo impiedosamente filmados pelas câmaras de televisão.

sexta-feira, julho 29, 2005

O BUZINÃO NA PONTE DA FIGUEIRA DA FOZ

A leitura da imprensa de hoje permite-me confirmar o que já suspeitava.
Fiquei a saber que a ridícula e terceira-mundista cerimónia de “inauguração” das obras da ponte da Figueira da Foz, condicionando de forma tão grave o trânsito durante várias horas, teve não só o beneplácito e o apoio do Presidente da Câmara, como até terá ocorrido por sua instigação e iniciativa.
Esteve-se borrifando para o incómodo adicional causado a muitos trabalhadores figueirenses e a muitos agentes económicos.
Registo. Os figueirenses também devem registar.

UM BONZO DA REPUBLICA

Recomendo vivamente a leitura deste texto de Francisco José Viegas.
Tão sábio e tão bem escrito, que até não posso deixar de transcrever o trecho seguinte.
Gostava de saber escrever assim.


Evidentemente que é um erro - e grave - dizer que a idade é um argumento sério contra Soares. No país que tem cada vez mais a mania imbecil da juventude eterna, a velhice merece ser valorizada, mas não idolatrada ou desculpada.
E a candidatura de Soares servir-se-á certamente da idade como um valor essencial do seu marketing : vejam como o velho combatente regressa; vejam como ele se submete ao confronto; vejam como ele tem, aos 80 anos, coragem de subir ao ringue e de assumir este "acto pedagógico"; vejam como a sua experiência é um valor. E virão então as imagens nos tempos de antena da candidatura: o velho resistente ao fascismo; o republicanismo a reboque; o regresso do exílio; os tempos da luta contra os militares e os comunistas; a primeira eleição presidencial; as suas presidências abertas contra Cavaco, "o gajo"; a sua amizade com "intelectuais e artistas"; a sua participação nas manifestações contra a guerra; e essa biografia avassaladora, cheia de momentos sublimes, de vitórias e de discursos, será servida como um antídoto contra a política e, justamente, contra as ideias.
As dele, talvez; mas, certamente, as dos outros. O que estão a fazer a Soares é transformá-lo no semi-deus da democracia. O que é, manifestamente, um perigo para todos. Talvez uma derrota eleitoral o faça descer à terra e ser humano. Nessa altura discutiremos ideias.

PORTUGAL INSUSTENTÁVEL

Chegou-me hoje às mãos o relatório anual da EDP referente a 2004.
“ Um contributo para a sustentabilidade”, escreve-se nele.
A palavra sustentável está decididamente na moda, bem acolhida no mais genuíno jargão “politiquês”. O mesmo sucede com o adjectivo incontornável, por exemplo.

O dito relatório é constituído por :
- 4 volumes
- num total de 446 páginas, de tamanho bizarro, não normalizado
- com um peso total de 3,06 kg ( não ria o leitor, fui mesmo pesar)
O papel de impressão é couché de alta qualidade, alto nível de brancura e elevada gramagem.
Um verdadeiro luxo asiático, enfim. Ao melhor estilo de uns administradores e directores ricos, de uma empresa com um produto assim assim, de um país pobre.

Qual é o publico alvo de tal excelente mas megalómana publicação, com uma reduzida tiragem de 2500 exemplares ?
Os consumidores que pagam cara a energia? Os pequenos e médios accionistas, que o que desejam é retorno do capital investido? Os senhoritos dos órgãos governamentais e da administração pública, que talvez a vão usar para decoração das suas estantes ? Algum deste potenciais públicos-alvo vai ter pachorra para ler aquela coisa, cansando a vista com a pequenina letrinha impressa de cor acinzentada, pouco contrastante com o fundo branco do papel?
E alguém acredita que as instituição financeiras internacionais se vão deixar impressionar pela alta qualidade gráfica da magnífica publicação, olhando mais para a forma e para o “embrulho”, do que para os resultados e o essencial do conteúdo? Talvez algumas ONGA’s (Organizações Não Governamentais Ambientais, tipo Quercus..) se impressionem, isso sim.

Será oportuno fazer uma breve comparação.
O relatório de 2004 da StoraEnso, o maior grupo a nível mundial do sector industrial da pasta e do papel, trans ou multinacional, com negócios em todos os continentes, financeira e economicamente sólida, com sede num país rico e onde a energia eléctrica é mais barata que em Portugal, altamente cotada nas bolsas internacionais, é constituído por:
- 3 cadernos
- num total de 224 páginas, de tamanho normalizado A4
- com um peso total de 700 gramas ( não ria o leitor, fui mesmo pesar).
Todo o papel é de baixa gramagem, e apenas o do caderno de informação institucional é branco e couché. O papel do caderno financeiro e do caderno ambiental/responsabilidade social é de baixa brancura, com incorporação de reciclado.

O confronto entre estas duas “atitudes” (não sei se lhes hei-de chamar abordagens, políticas, ou estratégias…) levou-me a recuperar um artigo publicado há duas semanas no PUBLICO, da autoria do Prof. Carlos Cupeto, da Universidade de Évora, intitulado “ Portugal insustentável”.
Merece a pena transcrever umas breves passagens:

“(…)
Entramos então numa conjuntura que aponta inequivocamente para a necessária utilização racional da energia. Mas o que fazemos para isso? Nada. Ou melhor, escrevemos Estratégias Nacionais de Desenvolvimento Sustentável.
Quando se consome mais do que se produz e, ainda por cima, se consome mal, o resultado não é bom. Provavelmente, estamos só a viver o início de uma profunda realidade insustentável.
(…)
O grande desafio da sustentabilidade tem de ser planificar e gerir um país de baixa energia.
Entretanto, enquanto não for possível, vamos continuar a assistir ao duplamente caro exercício de escrever estratégias de sustentabilidade.
Portugal é de facto um país insustentável. Falta só saber: até quando? “
PS
Mas vá lá, nem tudo é mau.
A EDP reduziu as suas emissões de gases alegadamente com efeito estufa, em 74 kg de dióxido de carbono por cada MWh produzido em centrais termo eléctricas.
Mas isso porque em 2004 entrou em funcionamento a nova central termoeléctrica do Ribatejo, de ciclo combinado a gás natural.

quinta-feira, julho 28, 2005

TRANSCRIÇÃO (2)

com a devida vénia, mais uma vez, do Portugal dos Pequeninos :

(…)
De um lado, um potencial "desestabilizador". Do outro, um verdadeiro "moderador".
E é precisamente por eu ser um espiríto livre, meu caro Amigo, que não cedo à chantagem reverencial que se prepara para acolher Mário Soares como o tal "salvador da pátria" de que tanto se falou.

TRANSCRIÇÃO (1)

com a devida vénia, do Portugal dos Pequeninos :

"(…)
Soares pura e simplesmente não ouve ninguém. Não ouve, pronto. Eles podem falar, até admito umas trocas simpáticas de impressões, mas ele não que saber disso para nada. Nunca quis, nem precisa. Depois, é manifesto que há que tempos tomou a decisão. A "sociedade civil" virá apenas compôr, na hora certa, o ramalhete. Nada mais. Finalmente deu de barato que foi ele quem forçou o partido e, por tabela Sócrates, a "lá chegarem". E imagino com que "delicadeza". "Levar a água ao seu moínho" sempre foi o seu lema.
Apenas um ano passado sobre a entrada em cena do "social-democrata" José Sócrates, Soares é ,de novo, o "dono" do PS. "

A FIGUEIRA ENCRAVADA POR CAUSA DA “INAUGURAÇÃO”

Estes senhoritos andam nitidamente a chuchar com a gente.
Então não é que, para instalarem uma tenda, um palanque, ou lá o que seja, para abrigar os ditos senhoritos durante uma festiva cerimónia de “inauguração”…da ponte da Figueira da Foz, o trânsito nas duas faixas nascente foi hoje todo cortado, não sei bem por quantas horas?
Como consequência, hoje de manhã, em acção do mais obsceno e estúpido sadismo, os figueirenses foram mais uma vez surrados com cerca de uma hora (pelo menos) para atravessarem a ponte, para sul ou para norte.
Do lado da cidade, a fila ia para além da rotunda junto da estação de caminho de ferro.
Quantas horas de trabalho se perderam já, ou vão perder, até ao fim do dia? Quantas horas de atraso já acumularam ou vão ainda acumular até ao fim do dia, as dezenas ou mesmo centenas de camiões com mercadorias em circulação? Quanto combustível se gastou a mais?
Tudo isso para que os ditos senhoritos, protegidos da chuva e do vento, e certamente transportados até ao local em confortáveis viaturas (em geral topo de gama…) possam tranquilamente descerrar umas letras com o nome de Edgar Cardoso, com o qual, aquela que sempre foi a ponte da Figueira da Foz, vai ser serodiamente re baptizada

Presumo que a responsabilidade por todo este desconchavo não seja da Câmara Municipal.
Se assim for, cumpre-lhe protestar junto do Instituto de Estradas de Portugal, entidade dona da obra.
E daí não sei.
Pela presteza e deleite que desde há uns tempos o Presidente da Câmara andava a demonstrar, anunciando o re baptismo da ponte, cheira-me que possa andar inspiração e dedinho da Câmara Municipal na organização de mais esta “ inauguração”…


LAXISMO E HABITUAÇÃO
A avenida Gaspar de Lemos ( Figueira da Foz) estreita de forma muito acentuada, embora mantendo duas faixas, quando, no seu topo sul, termina junto do cruzamento com a rua da Fonte.
Certamente devido à circunstância de ser algo conflituoso o trânsito naquele largo, foi e está lá colocada uma placa sinalizando a proibição de estacionamento.
Como a fotografia ilustra, há sempre carros ali estacionados, em flagrante contravenção.
Ninguém liga nenhuma, nem ninguém parece preocupar-se muito.
Os condutores já vão contando com o habitual laxismo das autoridades autárquicas e policiais.
E estas vão assobiando para o lado.
Já tenho assistido a agentes de PSP passarem calmamente pelo local, em serena passeata, não ligando patavina ao descarado desrespeito dos condutores e/ou proprietários das viaturas.

E de duas uma.
Ou não faz mal nenhum ali estacionar, e o sinal de proibição está a mais, e deve ser removido; ou faz de facto todo o sentido impedir ali o estacionamento ( e eu penso que faz...), e a proibição tem de ser respeitada.
Dêem-se portanto ao respeito as autoridades; as autárquicas e as policiais .

quarta-feira, julho 27, 2005


A INAUGURAÇÃO

Era inevitável. A Figueira da Foz vai ter mais uma inauguração de…obras.
Trata-se agora do já pre existente jardim municipal, que foi objecto de uma remodelação, ou requalificação, como soe dizer-se.
A coisa desta vez mete mais espectáculo. Mete Missa campal (se for no jardim, seria mais apropriado chamar-lhe Missa jardinal…), e não se fica pela tradicional e singela aspersão de água benta.
Isto para que não se fique, em ridículo e em provincianismo, aquém de outras das muitas e muitas cerimónias do estilo, em que a Câmara Municipal se tem desmultiplicado nesta fase de final de mandato e vésperas de eleições autárquicas.

CONFUSÃO E PROMISCUIDADE
Com a devida vénia, transcrevo dois comentários a um post publicado pelo blogue Os Passaros.
Se fosse eu a escrever, não diria diferente nem melhor.
"Muito bem, meu caro...Já é altura de alguém falar dos ambientalistas nacionais. A sua maioria passa o tempo a falar mal do Ministério do Ambiente, quando são precisamente funcionários públicos dessa tutela (desculpem o pleonasmo) e, pior, é o Governo que alimenta as associações ambientalistas com subsídios.
No mínimo, a confusão e promiscuidade é grande…"
"Há já muito tempo que desprezo os ambientalistas da Quercus, por ladrarem muito sem sugerirem uma (pelo menos) solução alternativa seja a que problema for.
Mas existem muitas associações ambientalistas neste país com sentido de responsabilidade. Mas só se dá voz aos que ladram mais alto! (Fazendo muito barulho aumenta-se a hipótese de arranjar um tacho do estado...)"

A LER
Vale a pena ler isto.

terça-feira, julho 26, 2005

A GESTÃO DA OPINIÃO PUBLICADA

Não acredito em geral nas teorias das conspirações; e até julgo que tudo não terá passado efectivamente de mera coincidência.
Mas a verdade é que a súbita animação sobre a eleição para Presidente da República, trazida para os meios de comunicação social pela definitiva “chegada à frente” de Mário Soares, veio embrulhar em nevoeiro o mau momento político por que, junto dos mesmos media, estava a passar José Sócrates e o seu governo, por causa das histórias do artigo de Freitas do Amaral, da demissão de Campos e Cunha, e da divulgação dos pecadilhos para fiscais do novo Ministro das Finanças.

Isto serve para evidenciar a importância da emergência dos chamados “ factos políticos” na gestão da opinião publicada.
A opinião pública, essa para já está a banhos.
Voltará a despertar lá para Setembro, agitada para as eleições autárquicas.
E logo a seguir será sacudida, e porventura entrará em estado de choque, quando, depois de aprovado o orçamento para 2006, começar a sentir na pele os seus efeitos.

RECEITA PARA FAZER LISTAS

Aqui há uns tempos, ouvi contar que um candidato a Presidente da Câmara que se preze, apresentado aqui na paróquia pelo PSD, na preparação da lista dos candidatos a vereadores, devia forçosamente incluir nesta, em lugares elegíveis :
- uma mulher, para a lista não ficar demasiado machista, e também por causa das “quotas” ;
- um membro da JotaEsseDê, para garantir a presença de muitas agitadas bandeiras nos comícios e nas acções de propaganda, durante a campanha eleitoral ;
- um elemento da Comissão Política Concelhia, para esta não ficar chateada, e dar a entender ao aparelho partidário que, uma vez eleito, não deixará de o recompensar pelo apoio e pelo empenhamento político;
- e finalmente, mais ao menos no papel do chamado “idiota útil” , um independente, para fingir que a lista e a futura Câmara estão abertas à “sociedade civil” ( como é agora moda dizer-se), e tentar convencer o eleitorado que, se eleito, o futuro executivo camarário terá uma reduzida subordinação ao aparelho partidário.

Estamos a poucos dias de conhecer as listas candidatas à Câmara Municipal da Figueira.
Vamos lá a ver em que medida aquela receita vai ser cumprida, desta vez.

segunda-feira, julho 25, 2005

CONSELHEIRO ACÁCIO

Vítor Ramalho, que esta noite participou num animado debate na SIC Notícias, tem habitualmente, como o demonstrou, um discurso de uma arrepiante vacuidade. Um projecto mobilizador para aqui, um designio nacional galvanizador para acolá. Não passa disto.
Cheio de lugares comuns, frases feitas e ditirâmbicas, muito ao jeito e ao melhor estilo do inefável Conselheiro Acácio, do romance O Primo Basílio
.

OS AMIGOS

Do Bloguitica transcrevo um post contendo uma afirmação com a qual estou de acordo.

AMIGOS QUE DISPENSAM INIMIGOS (III)
[836] -- Não acredito que aqueles que se dizem amigos de Mário Soares sejam verdadeiramente seus amigos. Se fossem verdadeiramente seus amigos não o incentivavam a candidatar-se, muito pelo contrário.


e ainda mais este, lido no Portugal dos Pequeninos

Convém estarmos preparados para ouvir nos próximos dias os mais extraordinários derrames, delíquios e aquiescências acerca da candidatura de M. Soares. Aliás, o próprio já anunciou que vai "reflectir e contactar sectores muito alargados da sociedade portuguesa", bem como "escutar o sentimento e o pensar profundo dos portugueses, nos seus anseios, angústias e esperanças". Isto, traduzido do "soarês", quer dizer que Soares vai querer ouvir apenas o que já sabe e vindo de quem ele sabe que vai dizer o que ele quer ouvir. Nada mais

SEM SENTIDO E DEJA VU

A eventual candidatura de Mário Soares a Presidente da República “seria uma coisa sem sentido e um déjá vu “.
Quem o disse foi o próprio Mário Soares, assim, textualmente, numa entrevista à SIC Notícias, não há muito tempo.
Acabo de rever parte dessa entrevista, retransmitida pela mesma estação televisiva.
Obviamente que concordo.
Como concordei tantas vezes com Mário Soares, antes e depois do 25 de Abril .

“AGIT-PROP” ELEITORALISTA

Magnífica e muito saborosa é a reportagem feita pelo colega local À Beira Mar sobre a eleitoralista acção de “agit-prop”, ao melhor estilo santanista, promovida pela Câmara Municipal da Figueira da Foz no Cabo Mondego, faz uma semana.
Se não houvesse blogoesfera, e se só houvesse a imprensa local ou regional, como ficaríamos sem saber de tanta coisa, e de tantos pormenores deliciosos de coisa deploráveis ! .

domingo, julho 24, 2005

OTAS E TGV’s - PALPITES DE UM TREINADOR DE BANCADA

Sobre as questões actualmente em debate, quanto aos benefícios e aos custos da OTA e do TGV, as minhas opiniões valem o que valem. Decerto bem pouco, pois sobre elas tenho nenhuma competência, reduzidos conhecimentos e escassos elementos para um juizo bem fundamentado.
Socorro-me tão só de algum bom senso, na presunção de que o tenho.
Mas mesmo assim, aqui ficam. Passíveis de serem corrigidas, sem preconceitos, se me convencer que estava a ver mal as coisas.

1.TGV- Linha Lisboa a Madrid
Sou a favor. Deve avançar desde já. Há fundos de coesão a aproveitar e tem uma dimensão estratégica, Não será bom para o Portugal futuro que a rede de TGV’s, em dinâmico desenvolvimento, vá apenas até Madrid, Sevilha ou Badajoz, ficando Portugal fora dela, em posição cada vez mais periférica.

2. TGV – Linha Lisboa-Porto
Sou contra. Não vejo necessidade. Vamos ficar com duas linhas férreas, quase em paralelo através da faixa litoral, uma onde se circula a 300 km/h e noutra onde se pode circular a 200 km/h, só para numa delas se poder poupar 45 minutos no percurso de Lisboa ao Porto ou vice versa?
Aumente-se um pouco mais a velocidade dos comboios pendulares e façam-se estes a andar com pontualidade, que o pessoal já fica satisfeito.
Mais alguns milhões de euros investidos na final melhoria da linha actual, e teremos que chegue, por muitos anos.

3. TGV – Linha Porto-Vigo
Sou contra. Também não vejo necessidade. Na relação de escalas entre Portugal e Espanha, o Porto corresponde a Barcelona, não a Vigo.
A actual linha do Minho, melhorada e corrigida em alguns dos seus troços, electrificada e porventura duplicada, deve chegar para ir do Porto a Vigo em duas horas.
Além disso, não vejo muito bem por onde, entre o denso povoamento disperso característico da região entre Douro e Minho, se vai “enfiar” um leito de balastro com vários metros de largura.

4. TGV – Outras putativas linhas
São uma fantasia. Como já o eram quando foram anunciadas pelo governo de Durão Barroso naquela espectacular cimeira ibérica realizada na Figueira da Foz.

5. Novo aeroporto na OTA
Aqui tenho muitas dúvidas. A coisa custa milhões. Será bom fazer e refazer os cálculos muito bem, para ver se haverá cacau que chegue, e se há retorno e efeito multiplicador suficientes que não se transformar o aeroporto uma grande elefante branco. Mas à partida, também não sou contra.
Além do mais, faz-me sempre muita espécie quando aterro em Lisboa, sobrevoando a poucos metros a parte norte da capital e a 2ª circular, em verdadeiro “espectáculo” como não acontece com mais nenhuma grande cidade europeia que eu conheça.
Estocolmo, Gotemburgo, e mais recentemente Milão e Atenas construiram novos aeroportos nos últimos 25 a 30 anos, a dezenas de quilómetros das respectivas cidades.
Também se me levantam dúvidas quando ouço gente conhecedora afirmar que mais de 80 movimentos de aviões por dia, às horas de ponta, não se podem fazer na Portela, por falta de capacidade; não tem pistas nem parques de estacionamento que cheguem para as aeronaves.
E os espaços disponíveis para ampliações são cada vez mais reduzidos.
Um estudo publicado em Outubro de 2004, feito com a coordenação de Miguel Frasquilho ( actual deputado e porta voz do PSD para os assuntos económicos), conclui que “ a longevidade do aeroporto da Portela poderá ser assegurada por mais de 20 anos”. Sei haver quem aponte para longevidade bem menor.

E por fim, não poderei esquecer que um novo aeroporto tardará pelo menos uma década até estar operacional. E 20 anos passam num instante. Vejam só: Portugal está na União Europeia há 20 anos!,,,
Se não se começarem já os estudos e os trabalhos preliminares, apostando no “depois logo se vê...” poderemos ter, a médio-longo prazo, bloqueamentos muito graves nas ligações aéreas com o resto do mundo.

sexta-feira, julho 22, 2005

BOA MEMÓRIA

Agora que está lançada a discussão sobre o TGV, valerá a pena reproduzir um post aqui publicado no dia 30 de Dezembro de 2003.

Terça-feira, Dezembro 30, 2003
Um comovente e frentista consenso sobre o TGV …
A Assembleia Municipal de Coimbra reivindica , unânime e veementemente , uma ligação à rede de TGV , á semelhança do que vão ter Porto e Lisboa , pois então .
E repudia a prioridade definida pelo Governo , já que , segundo o comovente e frentista consenso alcançado , se deveria , isso sim , começar pelo traçado Lisboa-Porto .
O próprio Presidente da Câmara de Coimbra , já antes resolvera também dar uma de gajo porreiro , indefectível defensor dos interesses de Coimbra , e reivindicara , não um nó nodal , mas sim mais um troço de TGV , ligando Coimbra e Viseu , e seguindo por ali fora , através das montanhas , vales e gargantas do nosso maciço central , em direcção ao planalto de Castela . Devia ficar barato , em tuneis e viadutos...
Só que , deveriam sabê-lo , os fundos comunitários para o TGV só estão disponíveis para os traçados inter-nacionais .
Se quisermos TGV de Lisboa ao Porto , teremos de o pagar todo do nosso português bolso.
E não será com festas, Betinhos , carnavais e futebois que iremos amealhar os muitos milhões que vão ser necessários .
Há sempre a hipótese de fazer e depois logo se vê...fica-se a dever .
Ora Figueira não deve ficar calada , pois então ...
Deveremos também exigir um nó modal para o TGV , estruturante , como agora se diz em pitoresco politiquês.
E depois, co’s diabos , Aveiro também merece acesso ao TGV , Leiria idem e já agora , porque não Fátima e o Entroncamento ?
Somos um bom povo. Bastante reinadio, mas bom povo .
Não conseguimos que os comboios entre Coimbra e a Figueira demorem menos de uma hora , e andem à tabela .
Mas gostamos de sonhar com TêGêBês .

MEMÓRIA CURTA

Marques Mendes era membro do governo de Durão Barros, não era?
Marques Mendes lembra-se disto, não lembra?
Naquela animadíssima cimeira ibérica realizada com grande “show-off” na Figueira da Foz, como é costume cá da terra, na qual se vê o Presidente da Câmara aparecer, muito sorridente e vaidoso, ao lado dos dois chefes dos governos ibéricos, não foi acordado um só TGV.
Foram anunciados logo cinco. De uma vez só, nada mais nada menos : Porto-Vigo, Aveiro-Vilar Formoso, Lisboa-Porto, Lisboa-Badajoz ( para ligação a Madrid) e Évora-Faro-Huelva.

Para Marques Mendes, na altura, não havia mais vida além dos têgêbês?

quinta-feira, julho 21, 2005

NEM PINTADO!...

É por estas e por outras que eu não posso com Freitas do Amaral. Nem pintado!...

MERAS COINCIDÊNCIAS, CLARO...
As opiniões, afirmações e comentários de alguns vultos políticos portugueses, sobre os atentados terroristas de Londres, assemelham-se muitíssimo com estas declarações de um líder radical islâmico.
A condenação que ele "exige" ao governo britânico, note-se, deveria traduzir-se, segundo ele, pela " retirada das tropas do Iraque e do Afeganistão".

VENCER O DESÂNIMO

Como o meu próprio, o estado psicológico de muitos e muitos portugueses deve ter ido muito ao fundo com esta história da demissão do Ministro das Finanças.
Mesmo o daqueles que pouco entendem de economia ou que pouco ligam à política. O desânimo pega-se facilmente.

Por isso terá de haver, como espero que haverá, já, nos próximos dias, um discurso, uma entrevista, um facto político, um sinal que seja, mas bem forte, de que o rumo do rigor se vai manter a todo o custo. E de que não irá haver qualquer nova concessão ao facilitismo, ao eleitoralismo autárquico, às tentações de fazer adiamentos, ou aos apetites e contentamento das hostes partidárias.

O ex-ministro das Finanças dizia há dias que não brincava com os portugueses. Estes também não gostam que se brinque com eles.
Será por isso indispensável falar-lhes verdade.
No decorrer da governação, mas sobretudo antes das campanhas eleitorais, sejam legislativas, sejam autárquicas, como as do próximo mês de Outubro.

quarta-feira, julho 20, 2005

A SECA?...QUAL SECA?...

Se a seca é severa ou extrema, trata-se de uma mera questão semântica.
Do que não há dúvida é que estamos perante uma verdadeira catástrofe, de cuja escala muitos cidadãos e muitos governantes ainda não se deram conta.

Só agora vão começar campanhas de sensibilização para o não desperdício de água.
Já deviam ter começado em Março ou Abril passado, quando se tornou claro que praticamente não havia chovido nada durante o Inverno.
Sensibilizar para o não desperdício, já não chega. É preciso sensibilizar, isso sim, para um grande esforço, pessoal e colectivo, de radical economia de água. Para uma verdadeira esforço de mobilização nacional.
Ainda faltam 2 meses para o fim do Verão, e nada garante que as chuvas comecem logo no início do Outono. E se vier aí um próximo ano com pluviosidade abaixo da média, os problemas no Verão de 2006 serão ainda piores.

Há coisa de 3 meses, o Presidente da Câmara declarou publicamente que não senhor, a Figueira da Foz não teria quaisquer problemas de abastecimento de água.
Não deve ter, de facto, pelo menos para já, neste Verão ou neste Outono próximo.
Nessa matéria, a Figueira da Foz é particularmente privilegiada. Fica tal privilégio a crédito da existência das duas fábricas de papel e pasta.
Não fora estas terem-se aqui instalado, e veríamos como a tal Figueira dita de forte “vocação turística” não correria também sérios riscos de ter cortes do abastecimento de água. Veja-se só o que está a acontecer com as lagoas de Quiaios.
A Figueira é abastecida fundamentalmente a partir de água da barragem da Aguieira, e esta parece não estar (ainda) com níveis alarmantes, como acontece em quase todas as barragens do sul do país.
Mesmo assim, aquela afirmação excessivamente “tranquilizadora” pareceu-me pouco sensata, e de modo nenhum sensibilizadora quanto à necessidade de economizar água.

A seca passa portanto, e para já, ao lado da Figueira da Foz.
De forma quase obscena, apetece dizer.
Enquanto já ocorrem severos racionamentos e cortes de água em 29 concelhos, para cima de 30 mil portugueses já estão a ser abastecidos por auto tanques, as pequenas barragens para a agricultura de regadio já secaram, o gado vai morrendo, a fruta seca e mirra nas árvores, se dão como quase inevitáveis cortes de água no turístico Algarve, e até nas chuvosas terras de Viana do Castelo, os muitos milhares de metros quadrados dos relvados, canteiros e rotundas figueirenses encontram-se muito verdes e viçosos, assim aguentados com abundante rega.
Ainda ontem, ao fim da tarde, numa rotunda perto de Buarcos, uma meia dúzia de bocas de rega aspergiam generosamente a sua extensa e verdejante relva.

terça-feira, julho 19, 2005

EÓLICAS ILUSÕES

Hoje, no Bartoon, o cartoon diário do PUBLICO :

- E energia eólica tem tudo para dar certo. Aliás, já é utilizada na classe política.
- Na classe política?
- Há sempre gente a virar-se para onde soprar o vento…

Agora a sério.
A intenção e os programas para aumentar a produção de energia eléctrica por via do aproveitamento da energia eólica, são evidentemente boas notícias e resultam em bons e virtuosos investimentos.
Portugal tem potencialidades para este tipo de produção de electricidade, e deve aproveitá-las até à exaustão.
Mas que não haja ilusões. A energia eólica não vai resolver, nem de perto nem de longe, as carências de energia eléctrica que Portugal defrontará no futuro, nem mitigará de forma substancial a sua dramática dependência do petróleo e de outros combustíveis fósseis importados.

Vejamos algumas contas simples. Todas feitas em números redondos.

Em 2004, Portugal consumiu 49942 Giga watts.hora ( GWh) de energia eléctrica . Parte dela teve que ser importada.
Desta energia, 24,8 % foi a partir de fontes não fósseis ( comummente chamadas de “renováveis”), ou seja, um total de 12375 GWh ; do qual 10042 de origem hídrica e apenas 787 de origem eólica ( em 521 aero-geradores, distribuídos por 81 parques).
A energia de origem eólica foi assim de apenas 1,6% do total consumido.

A potência eólica instalada no final de Maio de 2005 era apenas de 708 mega watts (MW).
Na mesma data, estavam licenciados mais 2258 MW de energia eólica.
O concurso agora aberto é para mais 1700 MW. Tudo somado ( 708+2258+1700), lá para 2010 teremos cerca de 4500 MW instalados. Ou seja, a potência instalada terá sido, na melhor das hipóteses e se tudo correr bem, multiplicada por um factor de 6,36 ( 4500/ 708= 6,36).
Extrapolando da potência instalada para a energia produzida, a produção de energia eléctrica eólica em 2010, poderá atingir, no máximo, cerca de 5000 GWh (6,36x787=5005, sendo 787 GWh a produção de 2004).
E digo no máximo, porque as centrais eólicas só produzem energia eléctrica quando houver vento.
E às vezes, como se sabe, vento não há.

Entretanto, e se continuar a crescer à taxa de 3 a 3,5% ao ano, o consumo total de electricidade, em 2010, andará pelos 59000 GWh.
Ou seja: a energia eléctrica de origem eólica satisfará então apenas 8 a 9% do consumo .
É bom passar de uma percentagem de 1,6% em 2004 para 9% em 2010. É mesmo óptimo.
Só que não chega para o que nos espera.

Haverá depois, é certo, as outras “renováveis”. A meta estabelecida para 2010 parece ser conseguir ter em 2010 cerca de 39% da energia eléctrica a partir dessas “renováveis” ( hídrica, eólica e biomassa). Em 2004, aquele rácio foi de apenas 25%.
Trata-se tão só, por enquanto de uma “meta aspiracional” como agora se diz.
Ficam portanto, no mínimo, 61% a partir de combustíveis fósseis.
61% de 59000 GWH dá aproximadamente 36000 GWh.
Mais ou menos o total da produção de energia eléctrica em Portugal…em 1997.
A produzir de combustíveis fósseis importados e pagos sabe-se lá a que preço.
Talvez a 80 dólares por barril de crude.

HUMOR COMO TERAPIA
O Quinto Poder felicita o seu colega local O Cu do Mundo pelo seu excelente "Relatório de uma reunião na capital", muito bem temperado por um refinado e terapêutico sentido de humor.
E que faz bem em usar, para nos fazer sorrir ou rir um pouco, de vez em quando, nestes tempos de depressão.

ESTIMULAR O CONSUMO
(...)
Idiotas do costume pedem aumentos indiscriminados dos salários.
Não percebem que apenas faz disparar as importações; logo, as falências.
Estimular o consumo cria mais empregos. Só que não é aqui, mas em Espanha.
( Sérgio Figueiredo, in revista Sábado de 16.8.2005)

A MARIA DA FONTE
Ao ler as notícias na imprensa regional, e no sempre bem informado blogue local Praia da Claridade, sobre o que se terá passado na Costa de Lavos na passada 6ª feira, interrogo-me se não estamos a voltar, aqui na sempre animada e festivaleira Figueira da Foz, aos tempos da Maria da Fonte e da Patuleia do século XIX...

segunda-feira, julho 18, 2005

EM CAMPANHA ELEITORAL…VALE TUDO …

Em período de campanha ou pré-campanha eleitoral, parece valer tudo.
Até, como hoje noticia o PUBLICO, alinhar lado a lado com distintas senhoras pertencentes ao poderoso lobby dos arqueólogos, em pirosas acções de agit-prop , de sabor populista, clamando contra a “destruição” das falésias do Cabo Mondego, onde dizem haver muitos fósseis e umas putativas pegadas de dinossauro. E de que se diz, sem ter a noção do ridículo, ser “procurado por estudiosos de todo o mundo”….

Que pretende então o Presidente da Câmara da Figueira da Foz?
Encerrar ou deslocalizar de imediato para fora da Figueira da Foz, uma das suas unidades industriais, fazendo virar ainda mais esta terra, dirigida por gente chic, mecenas de artistas plásticos, para uma vocação de dormitório e poiso de casas de segunda habitação, ou para um turismo pimba de fins de semana de Julho e das 3 primeiras semanas de Agosto?
Ou talvez para que, no limite, passemos a importar cal hidráulica, como já importamos quase tudo, para podermos viver felizes e tranquilos de coisas muito mais finas e divertidas, como festas, foguetórios, desfiles de bikinis e música no CAE ?....

MAIS TRANSCRIÇÕES
do Anarca Constipado, um blogue muito divertido e cuja leitura recomendo, para de vez em quando darmos uma gargalhada, rindo "deles"... e de nós proprios.
Comçelhos de Utillidade Doméstica
senhor Governador ....agora que se aproximam as mereçidas férias...e que esperemos que corram magnificamente a vosênçia... (embora quiçá poça aproveitar para rever aritmética e mapas em excel...) não se esqueça de mandar ver o olio do motor verificar a pressão dos pneus controlar as luzes....a segurança rodoviária é importante.... e há que manter novinhos os carrinhos que voçençia pode adquirir salvo erro no final do terceiro ano pelo simbólico preço de 10% do valor inicial ....
pá....
mais umas semanas e no euroimilhões sai tanto cumó déficit português....
práquéque servem os amigos?
ora o Espesso hoje trás uma resposta.... um bacano recebeu 50.000 contitos de indemnização pela saida da Galp (adonde esteve dois anitos de penusissimu esforço e sacrifiçiu pessual e intransmissivel...) mesmo diaszitus antes de "encontrar" um novo emprego na Refer...tá na média....entretanto o Ulrich do BPI descobriu que devemos cortar 10% do salário pra ajudar o country and queen....eu cá axu mesmo benzinhu pá e proponho um corte de 122 %....
profissões de desgaste rápido
gestor da GALP...tão rápido tão rápido que deve ser o único sitio no mundo cum gajo ainda antes de começar a coçar os tom...perdão a trabalhar já tem 17 anos de fardo às costas....quem é que disse que precisávamus fazer sacrificios? ai ...coméquera o nome do gajo????

TRANSCRITO …

Com a devida vénia,

do blogue Anarca Constipado :

Tentação de Fausto
O Anarca Constipado está a compilar o rating final das 123.456.987 pós graduações que as Universidade Portuguesas oferecem só no distrito de Viseu.

e do blogue Jaquinzinhos :

Remake

O povo ama-te, Evita ...perdão...Bárbara.


domingo, julho 17, 2005

O BRIC-A-BRAC DA EXPO FIGUEIRA 2005

Decidi-me ir ontem à noite a dar uma volta pela ExpoFigueira.
Ao aproximar-me, iam ficando mais audíveis as cantigas de Marco Paulo, enquanto o artista fazia umas tentativas pífias para puxar pelo público. Mais tarde verifiquei ser muito grande a audiência, vislumbrando ao longe um grande palco com muitos efeitos de luzes, fumos coloridos e uma figura branca saltitante, ao som de um ritmo batido: katchapum... katchapum... katchapum... katchapum...
Junto da porta , havia consideráveis filas nas bilheteiras. Um Euro custava uma entrada.
Muita gente, dentro e fora. Era grande a romaria, nada que não se veja nas festas populares da Senhora da Agonia ou do Senhor de Matosinhos.
Lá entrei. Por entre stands da Casa do Benfica ( por acaso não me recordo ter visto do Sporting...), de empresas e organismos municipais, de um grupo de artistas chamado Magenta, de uma estudantina, de todos os jornais locais e regionais ( que certamente já antes teriam tido publicidade paga do evento...), de muito comércio de mobiliário e de electrodomésticos, de uma venda de gomas e guloseimas, do club da bola local (agora na super liga!...), e até de uma federação, ou coisa parecida, das Assembleias de Deus, e muitas mais "actividades económicas " do género, dei em poucos minutos uma rápida volta ao recinto interior.
Sempre embalado pela música e pela voz romântica de Marco Paulo : “ Eu tenho dois amores...que nunca são iguais...”.
Num dos stands, lá estava exposta, com especial relevo, rodeada de magníficas fotos futuristas e de imaginosas estatísticas sobre o maná de progresso que a coisa irá ( ou iria) trazer para a paróquia, lá estava uma maquete do que se anuncia ir ser o faraónico hotel da Ponte do Galante. A maquete faz lembrar aquele moderno hotel no Dubai, que dizem ser o maior, o mais luxuoso e o mais caro do mundo.
De assinalar que, há mais de 20 anos, tambem impressionava muito a maquete da torre J.Pimenta , que fora exibida numa chamada feira de turismo na Baía...

Pelo meio, talvez um tanto embaraçados por se verem assim misturados naquele bric-a-brac e pot pourri de “actividades económicas”, lá estava uma meia dúzia de stands, um pouco mais elaborados, de empresas industriais, responsáveis, em esmagadora escala, pela verdadeira criação de riqueza no Concelho.

Balanço final : o grande pessimismo e cepticismo das minhas expectativas foi excedido.
Se acaso não vivesse na Figueira e não conhecesse a boa vitalidade e qualidade do seu ainda reduzido tecido empresarial, sobretudo industrial, ficaria, depois da visita à referida Expo, com uma impressão bastante má sobre o mesmo.

REVISTA DA IMPRENSA DE FDS

As desculpas do terrorismo
Só há uma coisa em que os terroristas são melhores do que a matar- é a arranjar desculpa.
A responsabilidade pela morte de dezenas de pessoas em Londres é(...) da guerra no Iraque. E, antes disso, da invasão do Afeganistão. E, antes disso, da existência de bases militares americanas na Arábia Saudita. E, antes disso, do massacre de muçulmanos na Bósnia, que os ocidentais não quiseram evitar. E, antes disso, da formação do Estado de Israel. E, antes disso, como foi invocado pelo próprio Bin Laden numa mensagem gravada numa caverna, e para que não restassem dúvidas de que eles de facto têm boas e antigas razões para estarem furiosos connosco, da reconquista de Espanha aos mouros em 1492.
Quer dizer: mesmo sem o Iraque, sem o Afeganistão, sem a Arábia Saudita, a Bósnia ou Israel, o atentado terrorista de Londres teria sempre como desculpa uma batalha do século XV.
O dr. Mário Soares e todas as outras pessoas que comentaram o atentado com frases cheias de “mas”, “porém”, “todavia” e “contudo”, deviam meditar sobre este supremo pecado cometido pelos reis católicos Fernando e Isabel.
(in Editorial da revista Sábado de 16.Julho.2005)

Estranhos comunicados
(...)
No mundo anglo-saxónico, face às acusações publicadas nas notícias envolvendo responsáveis do Grupo [Espírito Santo] em actividades ilícitas, estas só suscitariam duas respostas separadas, complementares ou interligadas: uma, era a utilização de processos judiciais, se houvesse a certeza que se tratava de calúnias; a outra, prévia à anterior, só podia ser o anúncio de um inquérito interno para esclarecimento de responsabilidades, caso as houvesse.
Nunca usando comunicados em publicidade paga para se defender e mandar alguns avisos à navegação.
(Pacheco Pereira, in revista Sábado de 16.Julho.2005)


A fraude organizada
(..)
Para a Associação de Professores de Matemática, a culpa do aterrador número de negativas é da prova de exame, para além de ter o defeito de ser “demasiado exigente” pressupunha que os professores tivessem ensinado às crianças “ todo o programa”.
É inegável que os professores têm alguma razão. Se o exame fosse mais fácil haveria menos negativas. Se em vez de abarcar “todo o programa” as perguntas se limitassem a uma parte
( pequena, de preferência) do mesmo, o número de baixas seria consideravelmente menor. “
(...)
Nunca um trabalhador, aos olhos do sindicato, será responsável por algo que corra mal, por um acidente, por uma falha na linha de produção, por um produto mal acabado. A culpa será sempre, inevitavelmente, dos outros . dos gestores, dos dirigentes, dos patrões.”
( José Júdice, in O Independente de 15.Julho.2005)

Rotundas e mamarrachos
A construção de rotundas é uma caricatura do género das obras vistosas,, mas por vezes inúteis, que os autarcas gostam de inaugurar em vésperas de irem a votos.
Quem visa assegurar a reeleição sabe que a memória dos munícipes é curta. Feita esta constatação, os derradeiros meses de mandato são aproveitados para completar projectos, lançar novas iniciativas e apostar na transmissão de uma imagem de frenética actividade, mesmo que ilusória, destinada a conquistar apoios e a limitar o terreno dos opositores (...) ”
( João Cândido da Silva, in Publico de 16.Julho.2005)

A atoarda
(...)
O que não é natural, nem aceitável, é haver um sindicato - ainda por cima um sindicato de polícia – que não tenha a noção da responsabilidade que lhe cabe e admita que em seu nome circule a ameaça de um bloqueio às pontes 25 de Abril e Vasco da Gama no caso do Governo não ceder às sua exigências.
O facto dessa hipótese ter sido levantada numa reunião sindical por homens que, lá por contestarem o Governo, não deixam de ser polícias, já é de bradar aos céus.
Que uma associação profissional representativa não desminta nem se distancie da criminosa atoarda, isso, então, é de estarrecer.
( Fernando Madrinha, in Expresso de 16.Julho.2005)

AS OBRAS NO ESTADIO DE FUTEBOL

Segundo depreendo da leitura da imprensa regional, a Câmara Municipal tem-se mostrado indisponível, ou pelo menos reticente, quanto a assumir responsabilidades por fazer mais obras no Estádio Municipal da Figueira da Foz, para satisfazer pretensões de um clube local de futebol, agora na 1ª Divisão (prefiro chamar-lhe assim, à moda antiga, em vez de Super Liga…super porquê?..).
Isto apesar dos autarcas locais gostarem sempre de se colarem aos sucessos “ desportivos” dos respectivos clubes da bola, como aconteceu na Figueira da Foz. E como geralmente acontece, apenas com honrosas excepções, como Rui Rio.
Confirmando-se aquela indisponibilidade, acho que a Câmara Municipal fará muito bem.
Talvez o faça mais por se sentir a isso condicionada por disposições legais imperativas em vigor (que em casos em que foram violadas, originaram ilícitos administrativos e até criminais) mais do que propriamente por opção estratégica, ou por obediência a sábios princípios de boa política.

De qualquer forma, em minha opinião, a Câmara Municipal não deve gastar nem mais um euro em obras de remodelação, ditas de “investimento”, do Estádio Municipal, que visem somente a promoção do “espectáculo futebolístico”. Já tivemos e temos que baste.

A presença de um clube local na 1ª Divisão não pode ter como consequência a criação de uma nova frente de despesas correntes para o Município. Também aí já tivemos e temos que baste.
Se não houver outra alternativa, o clube de futebol local poderá ir jogar a Leiria, Aveiro ou Coimbra.
Poderá assim arrecadar mais receitas, e será uma forma de aproveitar um ou mais dos megalómanos estádios que naquelas cidades foram construídos, e cujas facturas estamos todos a pagar.
E não será nenhum desprestígio para a Figueira da Foz.
A presença de um clube de futebol local na 1ª Divisão não promove a prática das modalidades de prática desportiva com real capacidade formativa dos jovens (e essa sim, importa promover), nem acrescenta um átomo ao prestígio e imagem de uma cidade com as características da Figueira da Foz no contexto nacional, nem tão pouco dá qualquer contributo significativo à promoção do seu desenvolvimento social e económico .
Vejam só o formidável milagre económico verificado em terras como Campo Maior, Penafiel ou Moreira de Cónegos, por terem tido clubes da bola na 1ª Divisão!...E o prestígio que aquelas terras passaram a ter depois disso!.

quinta-feira, julho 14, 2005

UM VERÃO ANTES DAS TREVAS

Mais uma vez com a devida vénia, transcrevo do Portugal dos Pequeninos :..
(…)
Uns escassos meses depois de um novo fôlego e de uma "nova esperança", o país adormece para o Verão em estado de pré-pesadelo.
O regresso à realidade, com autárquicas, escolas, fábricas, empregos públicos e privados "a arder", promete ser doloroso.
No fundo, a "história" destes últimos tempos apenas regista o percurso de um imenso fracasso, uma espécie de "choque tecnológico" ao contrário. E a falta de vivacidade e o ar permanentemente timorato do ministro da Finanças já começam a fazer parte desse percurso.
Tudo e todos me fazem lembrar o título de um livro antigo e esquecível que não desejo premonitório: um verão antes das trevas.

DARWIN E AS POSIÇÕES PRO-AMERICANAS…

O prezado colega Amicus Ficaria dedicou-me ontem um post, no qual me deixa desvanecido com uma referência ao facto de eu ser alegadamente “conhecido pelas posições pró-americanas “
Tomo-a à conta de uma pequena provocação, qual canelada irónica e inofensiva. Por isso não levo a mal.
Desde logo, o ser classificado como “ conhecido” puxa pela minha auto estima, que anda tão por baixo.
Serei assim conhecido onde? No Ministério dos Negócios Estrangeiros? Nas Nações Unidas? Na Comissão Europeia? No Pentágono? Junto da Al-Qaeda? Pela prima Condoleza?
Fogo!...Talvez ainda consiga um lugarzito na NATO, por exemplo, onde são os americanos que mandam.

Causa-me urticária, é verdade, a arrogância de certas figuras mais blasés da inteligentzia indígena, a qual, fazendo gala de um anti americanismo primário e bastante serôdio, acusam sempre os Estados Unidos de todos os males e perfídias que vão pelo mundo, de serem isto e aquilo, e logo também do seu contrário.
Se o prezado colega Amicus Ficaria chama a esses ataques de urticária sintomas de “ pró americanismo”, muito bem: assenta-me bem o labéu.

O prezado colega Amicus Ficaria vai perdoar-me, mas eu não resisto a retribuir a canelada.
É que subjaz ao conteúdo do vosso post ( e não tanto ao do blogue Margens de Erro, do qual fizeram a transcrição) uma ideia mais ou menos deste jeito:
A sociedade americana é constituída por imbecis, vejam lá que ainda não conhecem ou reconhecem a teoria de Darwin, grandes tansos, acreditam que os homens foram criados directamente por Deus, e que, além disso, mais grave ainda, só elegem presidentes que ou são mafiosos como o Nixon, tontos como o Carter, artistas de Hollywood como o Reagan, tarados sexuais como o Clinton, e cowboys broncos como o Bush.
Não quero magoar os amigos do Amicus Ficaria, e por isso não adjectivo este tipo de ideia.

Eu pelo-me por uma boa polémica. Mas dissertar, mais ou menos academicamente, sobre temas como americanismo ou anti americanismo, atlantismo versus anti atlantismo, não é coisa para a blogoesfera paroquial . Ficaria uma chumbada!
Mas se os amigos do Amicus Ficaria quiserem organizar um debate, um encontro, um colóquio, ou coisa parecida, sobre este tema, como já organizaram sobre outros, terei o maior gosto em participar.
Não tenho sobre isso nenhum complexo de esquerda. Se quiserem, poderei participar como defensor daquilo a que chamam as “posições pró americanas”.
Seja-me naturalmente perdoada a vaidade e a presunção. Mas como puxaram pela minha auto estima, ao classificarem-me como “ conhecido”, acho que estarei perdoado.

Três notas finais.
1.
Se repararem bem, as duas perguntas do inquérito, afinal são uma só.
É que perguntar “Do you think human beings developed from earlier species ?” é exactamente a mesma coisa que perguntar “ do you believe that human beings were created directly by God”.
Não se percebe muito bem a discrepância dos números, o que desde logo coloca em causa a qualidade do inquérito.

2. O darwinismo é um corpo de ideias, um paradigma, uma teoria geral, uma hipótese explicativa do desenvolvimento da vida animal na terra.
Como tal, como teoria que é, ainda hoje é matéria de debate no seio da comunidade científica.
É bem achada e, para muitos, convincente. Para mim é.
Não é todavia uma Lei . Para passar a ser Lei necessitava de passar pela crítica da dúvida metódica e pelo crivo da experimentação.
No meu tempo de Liceu, isso estudava-se, no 7º ano, na disciplina de Filosofia. Na teoria do conhecimento, salvo erro.

3.
Apoio a sugestão de um anónimo que ontem juntou este comentário ao post do Amicus Ficaria :
E se fizessem esta sondagem no Portugal real? Também havia de ter piada, não”?.
E acrescento: também a poderiam fazer na culta França, a pátria do iluminismo,a luz do mundo…

quarta-feira, julho 13, 2005

AS MAÇÃS DE ALCOBAÇA

Conforta um pouco o ânimo, derribado por uma atmosfera de pessimismo em nosso redor, ler notícias como esta, publicada no Expresso de sábado passado :

“ Cada maçã [ de Alcobaça] que chega ao mercado tem uma espécie de “boletim de vacinas” onde tudo está registado desde a gestão da água à forma como a árvore foi nutrida.
Alcobaça é já hoje um exemplo para o mundo na produção de maçã de qualidade.
Não espanta por isso que, na quarta-feira, uma missão de altos funcionários do Vietnam tenha visitado pomares da região para aprender como se produzem boas maçã dentro dos apertados critérios de “denominação de origem protegida”.
Os vietnamitas deram ainda um salto ao Oeste para apreciar a pêra-rocha portuguesa. “

AS CRIATURINHAS DO PODER LOCAL

Um artigo de opinião da autoria de Saldanha Sanches, com aquele título, publicado no Expresso do passado sábado, terminava com a seguinte adenda:

“ O gerente de uma empresa que fique sem património e não possa pagar as suas dívidas ao Estado responde com o seu património pessoal pelas dívidas fiscais da sua empresa. É uma lei dura, mas infelizmente necessária.
O que é que sucede a um presidente de Câmara que deixe o seu município coberto de dívidas? “

terça-feira, julho 12, 2005



O ENORME TERREIRO

Não consegui ainda lobrigar para que serve afinal aquele imenso terreiro, conquistado ao estuário do Mondego, com excelente pavimento, junto da marina da Gala,na Figueira da Foz, a qual alberga umas 6 dezenas de barquitos para pesca artesanal ou mais ou menos desportista.
Tudo somado, a coisa custou para cima de 400 mil mocas ( uma moca = um conto de reis). Através desta e de muitas outras obras e iniciativas parecidas se foram despedaçando, sem retorno significativo, milhões e milhões, de contos e de euros, de fundos comunitários.
Na inauguração, não podia ter faltado, é claro, a inevitável grande placa de mármore com letras douradas, para imortalizar o feito, a gesta, e os seus protagonistas.
Foi descerrada por Paulo Portas, o saudoso ex-ministro da Defesa, na foto enrolado na bandeira nacional…

MAIS PALPITES...

Desta feita do colega Politicaehouse , do qual transcrevo, com a devida vénia:
Segunda-feira, Julho 11, 2005

QUEM SERÁ????
O Politicaehouse está em condições de avançar que o candidato à Assembleia Municipal da Figueira da Foz pelo PSD será o Advogado João Manuel Pedrosa Russo apesar de os nossos Vizinhos
Amicus Ficaria dizerem que é o Paulo Pereira Coelho...
o Drº Paulo Pereira Coelho irá em segundo lugar da lista para a Câmara...

CURIOSIDADES POLITICAS

O colega Amicus Ficaria deu ontem novidades sobre as listas candidatas do PSD aos órgãos autárquicos da Figueira da Foz. Não sei se serão apenas palpites e especulações. Depois se verá.
Tem de reconhecer-se que a colocação de Pereira Coelho, como primeiro candidato da lista para a Assembleia Municipal, a confirmar-se, seria uma solução politicamente bem achada para os equilíbrios locais do PSD.
Para a opinião pública e para o eleitorado, poderia passar-se a mensagem de que se tratava de um afastamento de funções executivas e de um “emprateleiramento”. Enquanto, por outro lado, se satisfaria o ego do homem público e a sua imagem política ficava um pouco salvaguardada.

Pela minha parte, devo confessar ter outras várias curiosidades a satisfazer.
Por exemplo, se Santana Lopes será convidado e se virá ou não participar na campanha do PSD
( ou do “seu” PPD/PSD ) na terra onde é “ um príncipe” , onde tem um magnífico elefante branco com o seu nome, e da qual tem a “chave de ouro”.
E outra, ainda maior.
Se Miguel Almeida, actual deputado da Nação, eleito pelo PPD/PSD, e ilustre representante da Figueira da Foz na Assembleia da República, também virá participar na campanha local do PSD, contribuindo assim, com a sua imagem e prestígio político para um bom resultado eleitoral do seu partido.

O GENTÓMETRO

Segundo o jornal As Beiras noticiou há dias, o Administrador Delegado da empresa municipal Figueira Grande Turismo ( FGT) fez aquilo que designou por “ um balanço positivo” das festas da cidade deste ano “ apesar do acidente da noite de S. João “.
Afirmou mais : que no dia seguinte ao acidente, a cidade tinha mais gente que no mesmo dia do ano passado”.
O Administrador da FGT deve certamente dispor de um “gentómetro” para fazer avaliações e juizos como aquele.
Ou então, tal não passará de um mero palpite.
E palpite por palpite, devo dizer que o meu coincide com o dele.
Deve de facto ter vindo à cidade, este ano, muito mais gente das freguesias do concelho, no qual aliás o dia 24 é feriado, ao contrário do que acontece nos outros mais ou menos vizinhos ou mais ou menos distantes.
Vieram seguramente ver e mirar ao vivo o “ local do desastre”, que viram noticiado nos telejornais da manhã. Tal como vão ver o navio encalhado, ou param na estrada, encostando na berma, para “ ver o acidente”...
Assim se vê portanto a força da TV....

segunda-feira, julho 11, 2005

DIARIO DE UM ILHEU REALIZADO NA VIDA
Delicioso, irónico e sudavelmente sarcástico, é um post intitulado "Diário de um ilheu realizado na vida", publicado na passada 6ª feira no blogue Jaquinzinhos.
Um texto verdadeiramente de antologia, de leitura obrigatória. Quase me tentei a transcrevê-lo na íntegra. Com a devida vénia, transcrevo só esta parte :
O nosso querido presidente já deixou bem claro que essa gente não é cá bem-vinda. Tem razão, pois não queremos concorrência de gente de fora. Cada um na sua terra, assim é que é. É o que diz meu pai, um homem honesto e trabalhador, que durante vinte anos teve uma padaria no Brasil. O meu tio, que retornou há pouco tempo da África do Sul, onde tinha um supermercado, também pensa o mesmo. Por falar nisso, o meu tio da Venezuela não anda lá muito contente, pois uma das lojas dele foi saqueada há poucos dias e ele acha que o governo venezuelano devia proteger mais os negócios dos emigrantes.
Curioso é verificar os numerosos comentários que a crónica desencadeou. Muitos dos indignados comentadores parecem ser madeirenses. A ponto do próprio autor do diário, também ele madeirense, ter feito igualmente um comentário adicional:
Quero agradecer publicamente ao responsável do blogue o seu interesse em publicar este meu trabalho. (...)
Ah, e para que conste, sou madeirense. Estou no continente há muitos anos, mas todos os meus familiares próximos permanecem na Madeira. Embora eu não me reveja neste meu próprio texto, parece que muitos conterrâneos meus já enfiaram o barrete... de orelhas!

MEMÓRIA DE SREBRENICA

Nesta semana é recordado o massacre de Srebrenica, na Bósnia. Cerca de 8000 pessoas , de religião muçulmana, foram massacrados próxima daquela cidade.
Na altura, aquela área estava sob a “protecção” de soldados holandeses, de uma “operação de paz” organizada pelas Nações Unidas. Os quais, nada quiseram ou puderam fazer, tendo-se limitado praticamente a assobiar para o lado.
Sem a intervenção da NATO, e sem o particular empenhamento dos Estados Unidos, massacres como o de Srebrenica teriam continuado na antiga Jugoslávia.
Lembram-se ainda, de quem, aqui em Portugal, pessoas e partidos muito “progressistas”, se declarava em total e feroz oposição à intervenção militar da NATO, na Bósnia e no Kosovo, classificando-a de agressão imperialista e de outras horríveis maldades do género ?
Lembram-se dos seus nomes? Eu lembro-me.

domingo, julho 10, 2005

LI E SUBSCREVO
Subscrevo o que li, assinado por João Gonçalves, no blogue A Grande Loja do Queijo Limiano, e que transcrevo, com a devida vénia:
"O registo discursivo de Sócrates é de uma clareza cristalina, assente em duas ou três "ideias-chave" que raramente ultrapassam o limite da banalidade.
Jamais abandona aquele estilo misto de "campanha eleitoral" com o do "estudante aplicado". Não tem rasgo, mas também não ofende.
Se ainda houvesse, estaria no "quadro de honra" do liceu. Tem uma magnífica presença física e não se defende mal. Seja lá o que for que isto quer dizer, deixou uma impressão de "força de vontade" por vezes traída por algum voluntarismo fácil.
Passou praticamente incólume perante o "pacote" arco-íris, embrulhado em cimento e em belíssimas intenções, que tinha apresentado de manhã.
Não convenceu na história das SCUT, um outro "pacote" que, mais tarde ou mais cedo, vai ter de engolir. Safou-se razoavelmente na questão Souto Moura com uma resposta académica. E "diluiu" com inteligência as "mágoas" dos setecentos mil funcionários públicos nas "dores" dos quatro milhões de trabalhadores "privados".
Tudo em nome de uma coisa a que chamou "uma ideia de esquerda".
Nada do que foi dito me entusiasmou particularmente, nem a mim nem sequer a um morto. Apesar de tudo, devemos estar agradecidos por, cerca de um ano depois, termos um Sócrates no lugar de um Santana Lopes.
Não quero com isto dizer que vamos parar a algum lado, em especial, por causa disso.
Com o outro é que, de certeza, não íamos a lado nenhum".

sábado, julho 09, 2005

A MADEIRA EM HASTA PUBLICA

Já não há pachorra para aturar o Presidente do Governo Regional da Madeira, por alcunha o Alberto João.
No caso de, nas próximas eleições regionais, o eleitorado madeirense escolher de novo Alberto João para seu Duce, proponho que a República Portuguesa ponha à venda a Madeira.
Em hasta pública, sendo uma das condições do caderno de encargos que o dito Alberto João permaneça lá na Madeira, sem possibilidade de ficar com a nacionalidade portuguesa.
O encaixe financeiro obtido com esta operação deveria dar, muito provavelmente para reduzir muitíssimo a dívida pública do Estado português e reduzir consequentemente o famoso deficit anual das contas do Estado, que era para ser precisamente de de 6,83 %, e que se espera seja "só" de 6,42 %.
Quero até crer que poderá aparecer um consórcio indiano-chinês interessado em ganhar a hasta pública, para alienação daquela joia atlântica do activo nacional.

sexta-feira, julho 08, 2005

DE TANGA, MAS COM MUITAS EXPOSIÇÕES

Divertidamente certeira é a descrição que o colega O Cu do Mundo faz, em antecipação, do que irá ser e poder ver-se na ExpoAciff que irá abrir por estes dias, agora re baptizada com o pomposo nome de Expo Figueira 2005.
Não sei se alguém já terá tido a preocupação de fazer um balanço benefício-cuso deste tipo de evento.
Acho que deveria ser feito. Até dou de barato que, do lado dos benefícios, se possa contabilizar certos intangíveis ou inquantificáveis, como o entretenimento das “populações” indígenas, um acréscimo da sua “auto estima”, como agora é moda dizer-se, ou um melhor reconhecimento, pela sua parte, do tecido económico da terra onde vivem.
Benefícios verdadeiramente tangíveis, quantificáveis, traduzidos em algum retorno económico para as empresas presentes na Exposição, e logo para a economia da terra, creio que se poderão contabilizar muito poucos, se é que algum.

Em Portugal há trezentos e poucos municípios.
Assim a sentimento, atrevo-me a dizer que haverá por ano para cima de duas centenas de feiras ou exposições da natureza da Expo Figueira 2005. Só no Concelho da Figueira da Foz há duas, que eu saiba, e para já.
Para um país de tanga, não está mal.

BATALHA CONTRA OS REGIMES DEMOCRÁTICOS. E NADA MAIS

Com a devida vénia, transcrevo um post do Bloguitica , sobre as infelizes ( para dizer o mínimo e não ser mal educado…) declarações de Mário Soares à SIC, a propósito dos tentados terroristas em Londres.

MÁRIO SOARES E O TERRORISMO TRANSNACIONAL[783] --

Em Março de 2004, Mário Soares apelou ao diálogo com a al-Qaeda.
Na altura, as suas palavras foram recebidas, muito justamente, com um coro de críticas.
Soares surge, uma vez mais, do lado errado da barricada, salientando como causas do terrorismo transnacional factores que, na verdade, não o são.
Sejamos claros, de uma vez por todas. O terrorismo transnacional não tem nada que ver com desigualdades económicas, ou com a pobreza.
O terrorismo transnacional tem como inspiração central uma batalha de cariz ideológico contra os regimes democráticos e os seus valores.
Nada mais.

Tal qual o nazismo, durante o decénio decorrido entre 1935 e 1945.
E a única solução foi esmagá-lo. A rendição incondicional foi a condição colocada ao regime nazi pelos países democráticos europeus e pela União Soviética, na altura aliados.

quinta-feira, julho 07, 2005

CHOCANTE!...

Eu não disse? Lá começaram os comentários totalmente imbecis ( ate fico chocado por usar a palavra...) procurando “explicar” o terrorismo. Que mais não é afinal que o relativizar.
Fiquei particularmente chocado com as declarações de Mário Soares, hoje à SIC.
Chocado, indignado e estupefacto. Mário Soares procurou, se não justificar, pelo menos explicar o terrorismo islâmico. Quase sou tentado a duvidar do seu estado de lucidez e de bom estado mental.
Para Mário Soares, afinal, o culpado do atentado de hoje, foi o Sr. Blair ( como faz questão em lhe chamar, não escondendo o desdém). Tal como o Sr. Aznar já havia sido o responsável pelo atentado do 11 de Março, em Madrid
E uma outra iluminária da nossa intelectualidade pirosa, Medeiros Ferreira, foi ao ponto de concordar com o jornalista da SIC, quando este lhe perguntou se a Inglaterra havia pago a factura do seu envolvimento no Iraque. Assim mesmo.
Ora aqui está. Afinal, seguindo o raciocínio daquela iluminária, foi a Inglaterra a culpada do início e de toda a carnificina da 2ª guerra mundial. Pagou a factura de ter apoiado a Polónia quando esta foi agredida e invadida pela barbárie nazi. Não se devia ter metido nisso.
Com gente deste calibre a liderar a Europa livre durante os anos quarenta, ainda hoje viveríamos sob a pata do domínio nazi.
Assim se re interpreta e re escreve a História.

CUMPLICIDADES

Ou muito me engano, ou não tarda começarão a surgir declarações de alguns conhecidos bem pensantes portugueses a relativizar os atentados terroristas de Londres, que fizeram pelo menos 33 mortos e 1000 feridos,insinuando ou afirmando que sim senhor, o que se passou é condenável, mas é preciso ter em conta também o conflito entre os países ricos e os países pobres, o facto da Inglaterra ter participado na agressão contra o Iraque, e outras baboseiras afins.

Eis um exemplo, anónimo, por enquanto.
No Publico On-line está uma notícia de que “ Tony Blair confirma série de atentados em Londres”, aberta a comentários dos leitores.
Pois um destes comentários, assinado por um tal Nuno, reza assim:

“Quem vai à guerra…
É pena é serem as pessoas comuns a pagar pela prepotência de quem as dirige”

Discurso ao mais perfeito nível da linguagem do nazismo.
Eles andam por aí. Alguns disfarçados de “esquerdistas” e “activistas”, mas andam.

UM POVO COM MUITA FIBRA

Ontem rejubilei com a vitória da candidatura de Londres aos Jogos Olímpicos de 2012.
Se tiver saúde, serão os únicos Jogos Olímpicos a que irei assistir.
Se agora pudesse tirar uns dias de férias, seria a Londres que eu iria.

Como reacção aos miseráveis ataques terroristas desta manhã, Tony Blair já veio declarar que os terroristas, islâmicos ou outros, não irão conseguir destruir “os nossos valores e o nosso way of life”.

O povo britânico é um povo com uma fibra imensa.
Se não foi derrotado pelos bombardeamentos nazis, quando “ nunca tantos deveram tanto a tão poucos”, nas palavras mágicas de Winston Churchill, também não serão os terroristas que irão quebrar aquela sua fibra.
Nem se pense que Tony Blair irá ordenar a retirada das tropas britânicas do Iraque, ou sequer que a opinião pública inglesa o irá pressionar nesse sentido.

E agora? Os “activistas” que ontem se manifestavam na Escócia contra a globalização, não vão agora manifestar-se contra o terrorismo?

quarta-feira, julho 06, 2005

A PENSAR NA FIGUEIRA DA FOZ

A pensar na Figueira da Foz, e com a devida vénia, transcrevo um post publicado recentemente por Vital Moreira no Causa Nossa.

Como especialista, Rui Baleiras já tinha feito o retrato dos males das finanças locais, que hoje resume na entrevista ao Diário de Notícias.
Tornou-se praticamente consensual o diagnóstico : crescimento excessivo das despesas; receitas mais tributárias de transferências financeiras do Estado do que de receitas fiscais próprias, o que promove a irresponsabilidade política; receitas demasiadamente dependentes do imobiliário urbano, o que fomenta a dependência municipal desse sector; limites frustes ao endividamento, o que leva ao excesso; criação desordenada de empresas municipais e outros esquemas, como forma de fuga à transparência financeira.
Agora que o especialista está no Governo, espera-se que leve a cabo a necessária reforma com a prontidão e determinação que o caso requer.
Como pode haver disciplina das finanças públicas com a desordem das finanças locais?

PRURIDOS SALOIOS

Uns senhores de uma chamada Comissão Nacional de Protecção de Dados estavam preocupados porque ninguém lhes ligava muita atenção .
Corriam assim o risco de um dia destes não terem que fazer e desaparecerem por completo das manchetes dos jornais e das televisões. Precisavam pois de ganhar algum protagonismo.
Vai daí, resolveram emitir ontem um douto parecer, perorando que a prevista utilização de câmaras de vigilância nas estradas e auto estradas nacionais, destinadas a dissuadir e reprimir os comportamentos criminosos de muitos automobilistas, pura e simplesmente feria o nosso tão sagrado quanto prolixo texto constitucional.

Existem, em Portugal como por todos os países democráticos, câmaras de televisão e vigilância nos aeroportos, nos comboios (por exemplo nas linhas de Sintra e de Cascais), em escolas, nas estações de serviço, nos supermercados, nos parques de estacionamento, em centros históricos, em variadíssimas áreas críticas de unidades industriais, até à porta de muitos blocos de apartamentos e residências.
Por que carga de água é que agora, câmaras de televisão apontadas às viaturas, em locais tão públicos como estradas e auto estradas, a necessitarem de tanta vigilância, são inconstitucionais e ferem direitos fundamentais dos cidadãos?
Só por provincianismo bacoco…Só pode ser isso.

terça-feira, julho 05, 2005

AMEAÇAS E DESAFIOS

Já aqui citei Tony Blair :
“ Os ideais sobrevivem pela mudança. Eles morrem pela inércia face aos desafios”

O ideal do modelo social europeu poderá de facto morrer se a resposta aos desafios e às mudanças que vão pelo mundo, for a da inércia, a de nada fazer, a de deixa correr, ou a do tipicamente português “ depois logo se vê”…

Enormes desafios vêm da Ásia. Os dois grandes países emergentes são actualmente a Índia e a China.
Os dois têm populações muito superiores à da União Europeia com 25 Estados.
Os dois estão a crescer com taxas de dois dígitos.
Os dois vão apresentando, no mercado global, índices de competitividade (não importando para o caso como os conseguem…) cada vez mais superiores aos da União Europeia. O tal espaço onde as pessoas têm o usufruto do Estado social, e o modelo social europeu.

Há estimativas de entidades internacionais muito credíveis, de que, pelo ano 2060 (atenção a quem tiver agora 10 a 20 anos!...na altura estão reformados…) as grandes potências económicas a nível planetário, serão:
- China, com um PIB de 45 biliões de dólares (nota: um bilião é 1 milhão de milhões!...)
- EUA, com um PIB de 35 biliões de dólares
- Índia, com um PIB de 30 biliões de dólares
- União Europeia, com um PIB de 12 milhões de dólares

E não é só nos têxteis e no calçado que a China e a Índia são desafios ou ameaças, com a sua crescente competitividade.
Sinal dos tempos, a maior linha de produção de pasta de papel, já hoje, não se situa nos Estados Unidos, nem no Canadá, nem na Finlândia.
Está localizada na China, na ilha de Hainão. É uma empresa privada, claro está.
A construção decorreu entre Outubro de 2003 e inícios de 2005.
Acolhe as melhores e mais modernas tecnologias disponíveis.
Atingiu em pleno a sua capacidade há cerca de 3 meses.
Consome como matéria prima madeira de eucalipto, com um ciclo de rotação de 5 a 7 anos, obtida a partir de extensas plantações próprias.
Tem uma única linha de fabrico, com uma capacidade, já atingida e ultrapassada de 3000 toneladas por dia. Mais do que 3 fábricas da Celbi juntas.
E já têm planos e até espaço reservado para uma nova linha, de igual dimensão.

segunda-feira, julho 04, 2005

CÂMARAS COM DÍVIDAS ESCONDIDAS

Segundo a TSF online,

Em entrevista ao DN Negócios, Rui Nuno Baleiras ( Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional) “ adiantou que, apesar das regras draconianas impostas ao endividamento municipal nos últimos dois anos e meio, há situações que não passam pelas contas de gerência, tratando-se de dívida escondida, como é o caso do atraso no pagamento a fornecedores”.
No entender do governante, as situações de impossibilidade de pagar dívidas vão «multiplicar-se como cogumelos» se não forem atalhadas as causas da deterioração das finanças locais, ficando depois a solução muito mais cara ao bolso dos contribuintes.

Aqui está uma matéria que importaria desde já esclarecer, em sede da Câmara Municipal ou da Assembleia Municipal da Figueira da Foz.
E a que o Presidente da Câmara não se poderia escusar a dar resposta objectiva, à luz da legislação e em obediência ao princípio da transparência da gestão da coisa pública, que certamente não desejará violar.

Em face do momento político presente, de controlo apertado das finanças públicas e de proximidade de eleições autárquicas (com todas as tentações despesistas que tais tempos provocam…) acho mesmo que seria de todo em todo indispensável que a informação, muito anódina, regularmente prestada nas reuniões camarárias sobre a situação do saldo disponível em Tesouraria, fosse complementada com o valor da dívida a fornecedores contabilizada na mesma data.

A PROPÓSITO DA “VOCAÇÃO” TURÍSTICA DA FIGUEIRA

No Congresso do Turismo de Portugal, a decorrer no Estoril, e segundo o Publico On-line, o Presidente da República declarava hoje :

- que existe uma realidade da qual muitos promotores e autoridades, leviana e irresponsavelmente, se alhearam durante décadas, privilegiando o crescimento da oferta não qualificada e ignorando os riscos que o congestionamento comporta ;
- que o problema central da oferta turística é a sua concentração quase exclusiva no produto sazonal de sol e praia, onde o limite está prestes a ser atingido, principalmente devido à forte concorrência dos países da bacia do Mediterrâneo.
Acrescento eu : da bacia do Mediterraneo e não só. Sobretudo, hoje em dia, do Brasil.
Li algures que para os meses de Julho e de Agosto deste ano estava previsto o fluxo de 70 mil turistas portugueses para passar férias de sol e Verão nas praias brasileiras.
A recuperação económica da TAP em sido feita muito à custa do crescimento exponencial deste mercado brasileiro.

INCOMPETÊNCIA OU IRRESPONSABILIDADE

É de ficar estarrecido com tamanha incompetência ou irresponsabilidade dos distintos legisladores e homens de leis portugueses.
Será para fazer aprovar ou para não corrigir legislação que dá origem a situações escandalosas como esta, que os deputados são pagos?
A Assembleia da República poderia e deveria de imediato ( já…durante o mês de Agosto…), começar a corrigir tanta da legislação eleitoral escandalosamente retrógrada, palavrosa e obsoleta, pois tal não é matéria da competência legislativa do poder executivo.
Por exemplo: a legislação eleitoral para a própria Assembleia da República, que faz com que tenha de decorrer um período de mais de 3 meses desde a sua eventual dissolução até à tomada de posse de um novo Governo.
Na Inglaterra, que como se sabe é uma implacável ditadura onde não são acautelados os prazos assegurando os direitos e garantias da democracia…, aquele período é de 3 semanas.

domingo, julho 03, 2005

FALTA DE IMAGINAÇÃO

Slogan de Fernando Gomes nas eleições para a Câmara do Porto, em 1993 :
“ Este Porto não pode parar”

Slogan de Duarte Silva, para a Câmara da Figueira da Foz, em 2001 :
“ A Figueira não pode parar”

Slogan de Rui Rio, para a Câmara do Porto, em 2005 :
“ Este Rio não pode parar”

Slogan de Ramalho Eanes, em 1980 :
“ Muitos prometem. Eu cumpro”

Slogan de Duarte Silva para a Câmara da Figueira, em 2005 :
“ Eu cumpro”

E - GOVERNMENT : BONS E MAUS EXEMPLOS

No Brasil, os debates parlamentares nas duas Câmaras Federais ( Senado e Câmara dos Deputados) são objecto de cobertura directa e completa por parte de uma cadeia de televisão dedicada.
O mesmo acontece com todas as reuniões das chamadas CPMI’s (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito).
Aqui em Portugal, também temos, é certo, o Canal Parlamento.
Há todavia pelo menos uma diferença, não despicienda para julgar a escala de aplicação do princípio de e-government e de modernidade por que alguns se reclamam , mas que tão pouco se coloca em prática.
Sempre que no Brasil são transmitidas imagens de um senador ou de um deputado a falar e a fazer uma intervenção, é sistematicamente indicado em rodapé o seu nome seguido do respectivo endereço de correio electrónico.
Um bom exemplo, que seria certamente de exigir fosse igualmente adoptado na vida parlamentar e na vida política portuguesa.
Bem como, acrescento, na relação entre os munícipes da Figueira da Foz e a sua Câmara Municipal. No site desta, não figuram os endereços electrónicos dos membros do executivo camarário. Nem do Presidente nem dos Vereadores....
Ao contrário do que acontece, por exemplo, na Câmara Municipal de Pombal, onde os munícipes se podem dirigir por correio electrónico ao seu Presidente e aos seus Vereadores, directamente, sem terem de passar por Chefe de Gabinete, assessores, adjuntos, secretárias, ou coisa parecida...

This page is powered by Blogger. Isn't yours?