quarta-feira, dezembro 13, 2006

Francisco Substância Perigosa Vanzeller

Hoje será aprovada no Parlamento Europeu legislação que forçará a indústria a demonstrar a perigosidade ou inócuidade das substâncias químicas que utiliza.

Até aqui esta obrigação era das autoridades públicas, que eram forçadas a analisar as substâncias já depois de estas estarem no mercado. Tal situação levou a que existam actualmente no espaço europeu mais de 30 mil substâncias não analisadas, postas no mercado antes de 1981, que podem ser responsáveis pelo aumento dos casos de cancro, alergias e infertilidade.

Parece-me óbvio que esta legislação contribui para o bem estar de toda a população e para a protecção do ambiente, logo, indirectamente, contribui para o bem estar do mundo. A mim parece-me assim que se trata de boa legislação, que, obviamente, terá os seus custos, mas que merece totalmente a pena e que é daquelas em que nos orgulhamos de pertencer a um espaço em que de vez em quando se dão alguns passos no sentido do avanço civilizacional, para lá do mero plano económico-financeiro. Além do mais, a prazo, decisões deste género são racionais no plano económico-financeiro, já que protegem recursos escassos.

Pois é... a mim parece-me isto tudo... Já o patrão da indústria nacional, Francisco Vanzeller, pensa que tudo isto não tem sentido e que resulta apenas de uma guerra das multinacionais de fanáticos ecologistas contra as coitadinhas das benfeitoras multinacionais químicas.

Para ele o único resultado de tudo isto será o do costume: a perda de competitividade da indústria química no espaço europeu, com os consequentes aumentos de custos, fuga de empresas para mercados onde os governantes agem de forma a criar condições a que o mercado funcione (como a China, por exemplo) e, eventualmente, com o aumento de preços no consumidor. Tudo coisas muito mais graves do que o cancro, as alergias e a infertilidade.

Qual é então a receita do senhor para que nos escapemos à pérfida mão europeia e salvemos Portugal de tudo isto?

Fazer o contrário do que farão os povos nórdicos, como os suecos, que têm aquela estranha mania de cumprir com as suas obrigações. «Nós, os espanhóis, os italianos ou os gregos estamos mais habituados a dar um jeitinho para ver se isto não vai ser tão caro ou tão grave. Vai haver fiscalização mais apertada, mas há prazos, protocolos, importações e exportações. Confio que toda a indústria consiga encontrar uma forma mais fluida de tratar o problema.»

Oiçam as palavras da boca do próprio senhor nesta página, na coluna da direita.

Pergunto eu: não dá para aproveitar a irresponsabilidade e a ilegalidade destas declarações para impedir de uma vez por todas este senhor de se aproximar mais de 3 km de qualquer posição de poder? Não seria um grande contributo para o aumento da competitividade da indústria portuguesa?

Impeachment!

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Terra nas unhas

Entre sopas feitas lentamente no forno a lenha e os morangueiros transplantados ainda houve tempo para cortar um bocado do cedro que caiu com a ventania. Num fim de semana com neve à mistura, trago um cheiro a lareira, terra nas unhas e calos nas mãos.

E acho que chego a casa bem mais feliz do que os lordes de tweed que andam a cavalo.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

domingo, dezembro 03, 2006

...o caminho para o...ARRAIAL DO BALACOBACO!!!!

Pois é...Como alguns de vós já terão percebido pelo mail que enviei, na próxima 5.ªf (véspera de feriado), a partir das 20h, começa o arraial que a Companhia de Actores (onde agora estou!) está a organizar. É uma festa de angariação de fundos e também uma festa de final de temporada que gostaríamos de passar com os nossos amigos, conhecidos, companheiros, palhaços deste circo que é a vida! Contem com música muita, jogos de feira, apontamentos artísticos em palco e algumas surpresas....que poderão até incluir blogoesféricos que conheçamos! Mistéééério! Espero lá por vocês, seus grandes queimados!

Esta é a luz...este é o caminho!

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Noites Cesariny

Nós, já cansados, pagámos e dirigimo-nos para a saída do bar, pensando apenas no aconchego do sofá.

À porta o encontro com o surreal:

Ele, agitado, brandindo o telemóvel, dizia para alguém do outro lado: "... e eu tive que confessar Camarate!... O que é que querias que fizesse?!".

Desarmados, seguimos para casa.