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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sentindo demais...

“Eu gosto de viver. Já me senti ferozmente, desesperadamente, agudamente infeliz, dilacerada pelo sofrimento, mas através de tudo ainda sei, com absoluta certeza, que estar viva é sensacional.”
(Agatha Christie)


Sou daquele tipo de pessoa que sente demais, sabe?
Não existe um meio termo... eu amo demais, sofro demais, sou ansiosa demais...
Sou sensível ao extremo e muitas vezes impulsiva; e quem não é impulsivo?


Gosto de viver intensamente mesmo que isso muitas vezes venha acompanhado de consequências não muito agradáveis.
Já sofri demais, por ter amado demais... já me decepcionei demais por ter confiado demais... e não me arrependo...

Me doo, me entrego por inteira à tudo que eu me proponho... amor, família, amigos, trabalho...
Acho que às vezes fico até sem energia pra mim, sabe?
É muita dedicação ao próximo.


Mas nada como um belo sorriso no rosto de alguém que eu quero bem para que a minha bateria fique recarregada.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O que eu quero; e o que eu não quero!

Não quero uma vida de conto de fadas.
Quero a verdade sempre, por mais dura que ela seja e por mais que isso doa e me faça sofrer algumas vezes.
Sofrimento é aprendizado e se reerguer com suas próprias forças após uma queda é a melhor vitória que podemos ter.


Quero ter histórias para contar aos meus filhos.
Boas e ruins para que eles possam se orgulhar de mim.
As coisas são muito mais valiosas quando superadas apesar de mil dificuldades.

Nunca quis nada fácil.
Não quero que dinheiro caia do céu!
Que ele venha com o meu esforço, com o meu trabalho, com a minha luta diária...
Não há nada mais gratificante profissionalmente do que o reconhecimento.

Não quero um homem que me acorde todos os dias com café da manhã na cama, me encha de jóias e diga que me ama 24 horas por dia.
Quero que ele simplesmente me ame e que eu sinta que sou amada.


Quero viagens, quero crianças correndo pela casa, quero picolé de limão na beira da praia em pleno verão, quero cartão de crédito sem limite e dinheiro pra pagar a fatura, quero amigos para enxugarem minhas lágrimas, quero fazer xixi nas calças de tanto rir, quero dormir sem ter hora pra acordar, quero dançar como se ninguém estivesse me olhando, quero lua de mel em Paris, quero comer manga com a mão e me lambuzar toda, quero lembrar do meu passado com um sorriso no rosto, quero beijos no pescoço...

Quero tantas coisas, que tá faltando espaço pra esse querer todo dentro de mim!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ai que saudade do arroz da vovó!

Quando eu era pequena, contava os dias para chegar a terça-feira!

Porque? Era dia de feira... e sabe o que isso significava? Que a vovó ia comprar peixe fresco e fritá-lo pra mim! Toda semana era a mesma coisa e essa rotina não me chateava nem um pouco! Eu adorava peixe frito e mamãe não fazia aqui em casa... dizia que sujava o fogão, deixava a cozinha cheirando a fritura, a casa fedendo a peixe...

Vovó não se importava com isso, minha cara de felicidade era a sua recompensa por aquela trabalheira toda! A fecilidade dela era me ver repetindo a comida 2, 3 vezes... coisa de vó né? Acha sempre que a gente está se alimentando mal... se eu fosse na onda dela tinha virado uma bolinha (opaaaaa, tive uma fase bolinha na minha vida! e vovó achava o máximo, claro! pra ela era sinal de saúde! e QUE saúde que eu tinha... rs)!

Sempre fui fissurada em arroz e não existe no mundo um que seja melhor que o da minha avó! Mamãe já tentou fazer igual ao que a vovó fazia, eu já tentei, já comi o arroz de outras 300 pessoas e não adianta: o da vovó é o melhor e ponto final! O segredo? Nunca descobri! Dizia ela que era o tal jornal que ela embrulhava a panela até dar a hora de servir. Mas onde já se viu jornal ser segredo de culinária? Acho que o segredo era o amor... e não, não estou falando do tal "sazon"! Amor mesmo, carinho, aquele capricho todo para fazer uma comida gostosa pra netinha!


Hoje vovó tem 86 anos e mora comigo. Ela está ótima pra idade dela, lúcida, sem nenhuma doença, vai sozinha na casa das amigas, faz a caminhada matinal dela, vai à Igreja... só que agora ela não cozinha mais e consequentemente, não tenho mais o melhor arroz do mundo e nem o peixe fresco comprado na feira.

O que não mudou nunca foi a tentativa de me fazer comer de manhã; e todo dia eu escuto o mesmo discurso: "- Não vai tomar um café? Não quer nem comer um biscoitinho?". E sim, escutar isso todos os dias, a alguns anos me cansa! Aliás, a convivência cansa, a paciência algumas vezes se esgota...

O pior de tudo é ter a certeza que um dia eu vou sentir falta da pergunta irritante matinal... assim como eu sinto do arroz mais gostoso do mundo!




Vó Júlia com meu sobrinho Paulinho!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A mais perfeita noite implanejada

Alice estava despretensiosamente no sofá assistindo a um filme que passava na tv a cabo quando Gustavo sentou-se ao seu lado quase que imperceptivelmente. Ela estava tão concentrada no enredo do filme que não se deu conta que a mão de Gustavo passeava sobre as suas...

Quando caiu em si, seus lábios já encontravam-se encaixados nos dele e a respiração estava ofegante. Alice tentava parar de se perguntar como aquilo estava acontecendo e se concentrar no momento; esforço em vão, vira e mexe ela fazia algum movimento brusco que rendia alguma  joelhada em Gustavo ou algo do tipo. Eles estavam de fato meio sem jeito, confortavelmente desconfortáveis...


Passado o primeiro momento ambos pareciam estar mais tranquilos com a situação e o tempo se acertou entre eles: estavam na mais perfeita sintonia. Nem mesmo o longo cabelo preto agarrando na barba por fazer os atrapalhava; eles riam apenas com os olhos, sem desviar os lábios um do outro, como se nada além daquilo importasse naquele instante.

Nem a pessoa mais otimista da face da terra imaginaria que aquela noite seria tão perfeita...

sábado, 17 de janeiro de 2009

Escrevendo sobre o casamento, mais uma vez!

Não vou começar meu post mais uma vez justificando meu sumiço! Só posso dizer que nas últimas semanas andei trocando as letras por falas, e ao invés de rechear meu blog com meus devaneios, arrumei bons amigos de papos-cabeça!

Um dos últimos assuntos da "pauta" foi a questão do casamento; porque hoje em dia a maioria não dá certo, o que esperamos de um casamento, etc. Coincidência ou não, recebi na mesma semana um e-mail com um texto falando sobre o assuntoe resolvi compartilhar com vocês! Leiam com carinho:

Mário Quintana e o "casamento"

Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento a igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas que a única coisa que me desagradava era o sermão do padre: - "Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?" Acho simplista e um pouco fora da realidade. Dou aqui novas sugestões de sermões: - Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade? - Promete saber ser amiga(o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica? - Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar? - Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela? - Promete se deixar conhecer? - Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor? - Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda? - Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros? - Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina? - Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?
Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros.

Em outro dia de conversa, nos perguntamos se já sentimos alguma coisa por alguém a ponto de conseguir seguir a "receita" do texto aí de cima. A resposta da grande maioria foi não e o desejo de sentir um amor assim foi unanimidade. Será que um dia isso será possível? Viver da maneira mais perfeita o verbo amar? Eu acredito nesse amor e não deixarei de acreditar...