vão-se os acessórios, a Poesia fica
os óculos de Drummond,
foram furtados por quem?
alguém que queria o dom
de poder olhar além?
furtam um, furtam dois, três,
podem até furtar cem,
mas não será desta vez
que eles hão de ver tão bem.
o sentimento do mundo,
nem na armação, nem na lente,
está no viver profundo,
com o olhar bem lá na frente.
eis que vão-se os acessórios,
mas a Poesia fica.
dentre os feitos mais notórios,
só o amor nos edifica.
de bronze, de prata ou de ouro,
toda estátua um dia cai.
mas o amor, este tesouro,
ninguém jamais o subtrai.
foto: por Ricardo Leoni
vide verso: matéria sobre o furto dos óculos
foram furtados por quem?
alguém que queria o dom
de poder olhar além?
furtam um, furtam dois, três,
podem até furtar cem,
mas não será desta vez
que eles hão de ver tão bem.
o sentimento do mundo,
nem na armação, nem na lente,
está no viver profundo,
com o olhar bem lá na frente.
eis que vão-se os acessórios,
mas a Poesia fica.
dentre os feitos mais notórios,
só o amor nos edifica.
de bronze, de prata ou de ouro,
toda estátua um dia cai.
mas o amor, este tesouro,
ninguém jamais o subtrai.
foto: por Ricardo Leoni
vide verso: matéria sobre o furto dos óculos
Meu caro Octavio Roggiero Neto,
é sempre muito bom vir aqui e ler coisas tão bonitas, singelas como esse poema sobre os óculos da estátua do Drumond. Valeu filho.
Genial, Octávio, simplesmente GE-NI-AL!!!
Abração,
REMO.
Postar um comentário
<< Home