premiação em reconhecimento ao trabalho de preservação da reserva biológica
A "XERIFE" DO ATOL DAS ROCAS
Por
Alex Costa
Alex Costa
Duas décadas guerreando pela preservação do Atol das Rocas. Maurizélia Brito Silva, conhecida como Zélia Brito, afirma ter encontrado a liberdade e a felicidade em um dos pedaços de terra mais naturais do planeta. Filha e neta de funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Zélia sempre carregou no sangue a paixão e o amor pela natureza, tida como a sua melhor amiga. "Às vezes, lá no atol, me pego a falar com as aves, com os peixes, com tubarões e golfinhos. A criação me responde com sons perfeitos, que me enchem de alegria", compartilha.
Hoje, aos 45 anos, Zélia Brito comemora 15 anos como chefe da unidade de preservação ambiental do Atol das Rocas e afirma ter perdido a sua liberdade desde que pisou no Atol das Rocas pela primeira vez em 1981. Jovem e sem saber o que queria fazer em sua vida, Zélia sentiu, no momento em que chegou à ilhota, que sua relação de amor havia acabado de começar. Aos 19 anos, Zélia entrou naequipe de preservação ambiental do Atol e era coordenada pelo seu próprio pai que era superintendente no Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal.
"Fiz sociologia e biologia duas vezes. Aliás, eu tentei terminar os cursos e não conseguia porque sempre reprovava por faltas. A paixão pelo atol me prendeu a ele, sou escrava das belezas naturais e da harmonia que eu só consegui encontrar por lá", realça. Segundo Zélia, a sua maior e melhor faculdade é o Atol das Rocas. "Onde eu poderia aprender e ter mais conhecimento senão junto de pesquisadores dos mais variados segmentos da biologia?", questiona.
Hoje, aos 45 anos, Zélia Brito comemora 15 anos como chefe da unidade de preservação ambiental do Atol das Rocas e afirma ter perdido a sua liberdade desde que pisou no Atol das Rocas pela primeira vez em 1981. Jovem e sem saber o que queria fazer em sua vida, Zélia sentiu, no momento em que chegou à ilhota, que sua relação de amor havia acabado de começar. Aos 19 anos, Zélia entrou naequipe de preservação ambiental do Atol e era coordenada pelo seu próprio pai que era superintendente no Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal.
"Fiz sociologia e biologia duas vezes. Aliás, eu tentei terminar os cursos e não conseguia porque sempre reprovava por faltas. A paixão pelo atol me prendeu a ele, sou escrava das belezas naturais e da harmonia que eu só consegui encontrar por lá", realça. Segundo Zélia, a sua maior e melhor faculdade é o Atol das Rocas. "Onde eu poderia aprender e ter mais conhecimento senão junto de pesquisadores dos mais variados segmentos da biologia?", questiona.
Luciano Huck subiu ao palco para entregar o troféu à "Zelinha"
Maurizélia Brito Silva foi a 11ª premiada entre as 14 escolhidas de todo o Brasil
TRABALHO RECONHECIDO NACIONALMENTE
A potiguar Zélia Brito, chefe da reserva Biológica do Atol das Rocas foi selecionada pela Revista Trip para receber o prêmio Transformadores 2011. Zélia foi escolhida por seu trabalho de 15 anos de preservação e fiscalização deste Atol que é o único do Oceano Atlântico Sul e que detém os títulos de área de proteção ambiental, de reserva biológica marinha e de patrimônio natural da humanidade, reconhecido pela Unesco.
Vários famosos prestigiaram entrega de prêmio promovido pela Trip
Na edição deste ano, foram escolhidas 14 pessoas de todo o Brasil, como o pesquisador Miguel Nicolelis e o casal de ambientalistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo que já fazia parte da lista de finalistas do prêmio quando foram assassinados em março deste ano.
O Prêmio Trip Transformadores foi criado em 2007 para homenagear pessoas que pensam no coletivo e que fazem a diferença por acreditarem e agirem em prol de uma mudança para melhor em diferentes áreas. Na pequena ilha, Zélia desdobra-se, com voluntários, para fazer cumprir a proibição de pesca, disciplina que tem sido recompensada: às vezes passam-se meses sem que seja preciso furar as altas ondas a bordo do pequeno bote a motor disponível para afugentar algum barco pesqueiro.
Dentro do Atol das Rocas, a água é cor de gin tônica
Aos 40 dias de ilha sucedem outros 40 em Natal. Hora de costurar, em terra, os relacionamentos que garantem a continuidade dessa preservação. Conhecida de longa data de boa parte dos pescadores, Zélia procura ter sempre gente de confiança em todas as rodas. Ela sabe que, se uma crise apertar, um pescador pode ficar tentado a jogar suas redes no atol. Através dos amigos, Zélia pode saber com antecedência do perigo e alertar a guarda costeira.
O Atol das Rocas é um santuário de vida marinha,
o único, diga-se, do Atlântico Sul
o único, diga-se, do Atlântico Sul
PATRIMÔNIO NATURAL DA HUMANIDADE
O Atol das Rocas está localizado a 144 milhas náuticas (270 km) de Natal, de onde sai o barco todos os meses para a troca da equipe que fica na ilha. A viagem dura cerca de 25 horas. Este é um local fundamental para o equilíbrio da vida marinha, por sua alta produtividade biológica e por ser zona de abrigo, alimentação e reprodução de diversas espécies de animais, como as tartarugas verdes e as de pente.
Ninhal na Ilha do Farol
estação científica da reserva
"Não existe nada melhor do que tomar aquele banho gostoso de mar e logo depois passar um creme hidratante. Sabe aquela sensação de pureza, de naturalidade? Acho que não sabe", brinca a pesquisadora. Zélia conta que no início de tudo o local era ainda mais inóspito. Hoje, a pequena equipe de pesquisadores se reveza de cinco em cinco na pequena e única casa existente na ilha. "Antes eram tendas, barracas do Exército, construídas sobre a areia. Não tínhamos a infraestrutura que temos hoje. Era quase um Survivor", enfatiza, em referência ao reality show americano.
Rastros de tartaruga-verde: evidência de uma subida à praia para a desova
A longa experiência no Atol das Rocas fez com que Zélia criasse vínculos inquebráveis com a natureza. O amor pelos animais é tão forte que a alegria de vê-los recuperados, quando encalham ou adoecem, é inexplicável. "Não tocamos nos animais, a não ser que eles precisem de ajuda humana. E quando precisam, damos até o nosso último limite de forças. É uma cooperação que conta com a vontade de viver dos animais", frisa.
Tartaruga-verde em naufrágio nos recifes externos do Atol
A pequena ilha de 5,5 km no meio do Oceano Atlântico esconde uma imensidão de vida. Tubarões nadam com os pesquisadores sem fazer mal nenhum, porque a vida está em equilíbrio no local. Ver a saúde do Atol das Rocas faz com que Zélia se aperceba de que o seu trabalho é útil, não apenas para a ilhota, mas para o equilíbrio natural do planeta Terra. "Só vivendo, vendo as cores, sentindo o clima e vendo os cheiros é possível entender o que estou falando. É uma loucura de amor", compartilha.
O livro ‘Atol das Rocas’ de Luciano Candisani – fotógrafo especializado em temas ambientais, mostra-nos toda a beleza desta bélissima reserva ecológica. O autor enfrentou as duras condições de vida do Atol por mais de 25 dias ininterruptamente, tendo de adaptar-se as condições climáticas locais, a ausência de água doce, a falta de sombra, ao barulho incessante das aves, etc. O Atol das Rocas é um pequeno arquipélago de duas ilhas que pertence ao estado do Rio Grande do Norte no Brasil....
The most beautiful places in Brazil "Atol das Rocas-RN"
A BELEZA IN NATURA DO ATOL EM LIVRO
...fonte...
...fotografia...
Acervo Pessoal - Acervo Trip - Fernando Maciel -Luciano Candisani
...reflexão...
...reflexão...
"A natureza criou o tapete sem fim que recobre a superfície da terra. Dentro da pelagem desse tapete vivem todos os animais, respeitosamente. Nenhum o estraga, nenhum o rói, exceto o homem."
Monteiro Lobato
Eita que o povo potiguar deve estar morrendo de orgulho dessa cidadã ilustre!
ResponderExcluirEu como cidadã brasileira e amante da natureza fico muito grata por existir pessoas como essa "xerife" aí pra proteger nossas riquezas!!
Obrigada Zelinha!!
Zelinha merece tudo isso e muito mais. Ela é 10!
ResponderExcluirÉh, Zélia; "se todos, no mundo, fôssem iguais a você" o homo sapiens seria das espécies mais felizes da face da terra, ao invés de "o maior inimigo do homem é o homem".
ResponderExcluirParabéns, Zélia!!! Parabéns por esse carinho sublime com a natureza, que é nosso complemento!!!! Zanini
gostaria que entrasem em comtato com zelinha pra ela me fornecer seu endereço pois tenho um relatorio da 2 guerra em que meu avõ era faroleiro e teve um desenbarque tralmatico no atol pra rrecostruir o farol depois de um bombardeiro alemão acho que ela adoraria esse documento da estoria do farol das rocas em uma epoca em que ala nem era nascida e só ela saberá dar valor a esse documento. obrigado marcelo fone 79 32752446 81314307
ResponderExcluirmeu emeio marceloolimaneves@hotmail.com
ResponderExcluir