quarta-feira, 25 de julho de 2012

Férias


Quando o cansaço aperta... é preciso parar para descansar, fazer o balanço do que foi a caminhada  e ganhar forças para enfrentar o futuro. É o que estamos a fazer.
Ao longo destes três anos de existência, congratulámo-nos sempre com as vossas  visitas,  e os vossos comentários  ajudaram-nos, em maioria de razão,  a continuar a publicar e realçar aquilo que em nosso entender nos pareceu certo em cada momento.
Voltaremos certamente, para continuar nesse caminho.  

A todos desejamos umas boas férias.   

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O preço de sermos "bons"

Por Manuel António Pina, no Jornal «JN»

Depois de a terem "desanimado" com medidas cegas de austeridade que limitaram dramaticamente a procura interna, a "troika" e o Governo estão agora preocupados em "animar a economia".
"Animar a economia" significa aumentar as expectativas de lucro daquela parte do patronato ainda não satisfeita com despedimentos fáceis e baratos, mais dias de trabalho, "bancos de horas", desregulação laboral, etc.. Isto quando, já em 2011, os custos do trabalho em Portugal (12,1 euros/hora) eram substancialmente inferiores a metade da média da zona euro (27,6 euros/hora).
A ideia é reduzir, no OE de 2013, a TSU paga pelo patronato, de modo a "animar" com mais 840 milhões de redução dos custos do trabalho quem, ao mesmo tempo que constantemente clama por "menos Estado", sempre se habituou, desde os idos da lei do condicionamento industrial, a viver à sombra da árvore das patacas públicas.
O FMI "admite" ir buscar esses 840 milhões ao aumento das taxas reduzidas de IVA que hoje incidem sobre alguns bens essenciais: carne, peixe, cereais, ovos, leite, azeite, legumes, jornais, livros e medicamentos. Já que, como diz o "troiko" Jurgen Kröger, ao contrário da Grécia e da Espanha, em Portugal "as pessoas são boas" e não reagem, além de que, como diz Cavaco, "a imprensa é muito suave", assistiremos assim a nova e brutal transferência de recursos dos mesmos de sempre para os mesmos do costume.

sábado, 21 de julho de 2012

Sendo sábado, temos música (133)




Titanic

Francesco De Gregori

La prima classe costa mille lire,
la seconda cento, la terza dolore e spavento.
E puzza di sudore dal boccaporto
e odore di mare morto.
Sior Capitano mi stia a sentire,
ho belle e pronte le mille lire,
in prima classe voglio viaggiare
su questo splendido mare.
Ci sta mia figlia che ha quindici anni ed a Parigi ha comprato un cappello,
se ci invitasse al suo tavolo a cena come sarebbe bello.
E con l'orchestra che ci accompagna con questi nuovi ritmi americani,
saluteremo la Gran Bretagna col bicchiere tra le mani
e con il ghiaccio dentro al bicchiere faremo un brindisi tintinnante
a questo viaggio davvero mondiale, a questa luna gigante.
Ma chi l'ha detto che in terza classe,
che in terza classe si viaggia male,
questa cuccetta sembra un letto a due piazze,
ci si sta meglio che in ospedale.
A noi cafoni ci hanno sempre chiamato
ma qui ci trattano da signori,
che quando piove si può star dentro
ma col bel tempo veniamo fuori.
Su questo mare nero come il petrolio ad ammirare questa luna metallo
e quando suonano le sirene ci sembra quasi che canti il gallo.
Ci sembra quasi che il ghiaccio che abbiamo nel cuore piano piano
si vada a squagliare in mezzo al fumo di questo vapore di questa vacanza in alto mare.
E gira gira gira gira l'elica e gira gira che piove e nevica,
per noi ragazzi di terza classe che per non morire si va in America.
E il marconista sulla sua torre,
le lunghe dita celesti nell'aria,
riceveva messaggi d'auguri
per questa crociera straordinaria.
E trasmetteva saluti e speranze
in quasi tutte le lingue del mondo,
comunicava tra Vienna e Chicago
in poco meno di un secondo.
E la ragazza di prima classe, innamorata del proprio cappello,
quando la sera lo vide ballare lo trovò subito molto bello.
Forse per via di quegli occhi di ghiaccio così difficili da evitare,
pensò "Magari con un pò di coraggio, prima dell'arrivo mi farò baciare".
E com'è bella la vita stasera, tra l'amore che tira e un padre che predica,
per noi ragazze di terza classe che per non sposarci si va in America,
per noi ragazze di terza classe che per non sposarci si va in America.

Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

De Portas escancaradas

Por Jorge Cordeiro, no Jornal «Avante!»


Mestre da dissimulação, Paulo Portas acaba por padecer do mesmo mal que padecem os peixes:ser pela boca que morrem. Depois de continuar a fazer crer não ser aquilo que é, ministro deste governo, tomando os portugueses por tolos ou distraídos; depois de habilidosamente criticar o chefe do partido seu aliado por destempero institucional nas criticas que fez à decisão do Tribunal Constitucional sobre o corte de subsídios para, por outras mas não menos inocentes palavras, engrossar o coro contra os trabalhadores agora vítimas do saque dos seus rendimentos; depois de meses de fingida preocupação pelos reformados, desapossados dos seus subsídios pela mão do PSD e do CDS, sem que um pio lhe saisse da boca para fora – Paulo Portas deu asas à sua cartilha ideológica marcada por uma indisfarçável vinculação aos interesses do grande capital e ao acervo ultra reaccionário que a acompanha. Em abreviadas palavras, disse Portas que «se o défice é do Estado, não faz sentido ir buscar cortes aos trabalhadores do privado» acrescentando, com a arte de manipulação que o distingue, não ser «justo que o sector privado tenha a mesma responsabilidade».
Três anotações se justificam perante este exercício de oratória: primeiro, para sublinhar a confissão de Portas de que, em matéria de roubo de subsídios à administração pública e aos reformados, é para o lado que dorme melhor; segundo, para registar a cínica identificação do Estado – e, sobretudo, o que os seus milhares de trabalhadores asseguram de direitos e funções sociais indispensáveis à qualidade de vida de todos os portugueses, sejam eles do privado ou público – com o percurso ruinoso a que a política de direita conduziu o País em matéria de défices e endividamento; terceiro, para anotar a ardilosa manobra para, a pretexto de uma falsa defesa dos trabalhadores do privado, roubados todos os dias nos seus rendimentos e direitos pela política do governo a que pertence, deixar incólumes os únicos interesses privados com que se preocupa, os interesses do grande capital e dos grupos económicos que representa.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

As contas

Na capa do Público

(Vinte e um mil euros gastos por ano em despesas de restauração, oficinas auto e cabeleireiros.)

Quantos portugueses vão beneficiar da totalidade desta dedução no IRS? perguntava hoje aos presentes no café, o meu vizinho do 5º Esq., reformado da Industria Naval com 1062 € por mês,  um filho licenciado em casa; na frustante procura diária de trabalho que não existe.

Ninguém respondeu. Vi-os partir para casa com o gosto amargo da bica tomada, certamente fazendo contas... à vida.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Protesto evt AE Castro Daire





Vídeo recebido por e-mal de pessoa amiga
Força rapaziada! É necessário dizer ao Sr. Crato que está a destruir o sistema de ensino em Portugal com os cortes cegos que pretende aplicar sem ter a noção exacta das verdadeiras consequências  no futuro das escolas, professores e alunos.

Os amigos


A ex-vogal da comissão política do PSD Setúbal que está a ser investigada por desvio de fundos do partido e falsificação de documentos, Ana Moura, mantém-se a trabalhar no Ministério das Finanças, apesar de ter sido exonerada do cargo de secretária pessoal da secretária de Estado do Tesouro.
Comentário: A ex-secretária da secretária, ao que consta, andou a meter a mão na gaveta do PSD desde 2009.  Esta situação terá sido descoberta em Fevereiro mas, no dia de hoje, ainda decorriam averiguações e, portanto, a referida pessoa continua a trabalhar (sabe-se lá até quando) no Ministério das Finanças, onde o rigoroso "técnico" de nome Gaspar vai  fazendo os cortes sociais à maioria da população, constantes na cartilha capitalista em beneficio de pequenos e grandes  banqueiros certamente seus amigos do peito e da política. Com amigos desta natureza..., o  sucesso do País está garantido.

Como a troika quer cortar 450 euros/ano a todos os salários

Segundo as suas estimativas, até ao final do programa de ajustamento, em 2014, cada empregado estará a ganhar, em média, entre 452 e 491 euros a menos por ano, face a 2011.

Comentário: Troika quer, governo aplica! Depois os figurões ficam cheios de tremideira (tipo vacas loucas) com as declarações de D. Januário Torgal Ferreira.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Crise está a deixar milhares de famílias sem água em casa

Milhares de famílias estão a deixar de ter água canalizada em casa por falta de pagamento. A DECO revela que é cada vez mais contactada para resolver problemas relacionados com o corte do serviço básico.

Comentário: Há uma frase já velhinha que diz, "o caminho faz-se caminhando". Neste País com este centrão político (que os portugueses escolheram sempre nas sucessivas eleições), no desgoverno, o caminho faz-se recuando.
Teremos muito em breve que exigir nas autarquias, a reposição em funcionamento público dos velhinhos chafariz e tanques das lavadeiras porque hoje para muita gente, nem para pagar a água o dinheiro vai chegando.
Para terminar e por falar de água, dizer ainda que, fico sempre agarrado à garrafa de água-das-pedras, quando ligo a televisão e vejo os tais figurões a dizer, na cara do moderador (?) blá blá bá  , "estamos no bom caminho" e etc., sem que nada  aconteça...

segunda-feira, 16 de julho de 2012

domingo, 15 de julho de 2012

Hoje pode ser dia de cinema (61)


A Delicadeza

Realização:David Foenkinos,Stéphane Foenkinos



Sinopse:
Nathalie tem tudo para ser feliz. Ela é jovem, bonita e cheia de vida. Mas a morte acidental e repentina do seu marido, apaga toda a sua vivacidade e alegria. Durante anos, ela investe no seu trabalho. Subitamente e sem qualquer explicação, ela beija um colega do trabalho, Markus, um homem atípico. Logo surge uma relação sentimental entre este casal altamente improvável que irá gerar atenção e alguma agressividade dentro da empresa. Nathalie e Markus acabam por fugir para viver a sua história de amor, longe de tudo e todos. Esta história de renascimento é também uma história de um estranho amor.

Bom domingo e bons filmes.

sábado, 14 de julho de 2012

Sendo sábado, temos música (132)





Teresa Torga

Zeca Afonso


No centro a da Avenida
No cruzamento da rua
As quatro em ponto perdida
Dançava uma mulher nua
A gente que via a cena
Correu para junto dela
No intuito de vesti-la
Mas surge António Capela
Que aproveitando a barbuda
Só pensa em fotografá-la
Mulher na democracia
Não é biombo de sala
Dizem que se chama Teresa
Seu nome e Teresa Torga
Muda o pick-up em Benfica
Atura a malta da borga
Aluga quartos de casa
Mas já foi primeira estrela
Agora é modelo à força
Que a diga António Capela
T'resa Torga T'resa Torga
Vencida numa fornalha
Não há bandeira sem luta
Não há luta sem batalha

Bom sábado, boas notícias e boa música.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

A revolta dos mineiros em Espanha




Recepção aos mineiros em Madrid

Greve dos médicos



Cerca de 3000 médicos manifestaram-se, ontem, em frente ao Ministério da Saúde.

Veja o vídeo aqui.

A independência da Argélia

Por Albano Nunes, no Jornal «Avante!»


Passam 50 anos sobre a data da proclamação, em 5 de Julho de 1962, da independência da Argélia.
Trata-se de um acontecimento de alcance histórico que é importante assinalar, lembrando o que a revolução argelina, uma revolução nacional libertadora de profundo conteúdo progressista e anti-imperialista, significou para o povo argelino, para a África e para o mundo. E para Portugal em particular onde, a par da revolução cubana, exerceu uma grande influência mobilizadora na juventude portuguesa dos anos sessenta, e as forças antifascistas organizadas na FPLN, Frente Patriótica de Libertação Nacional, encontraram no povo argelino e no governo revolucionário da FLN, uma valiosa solidariedade.
É preciso não esquecer quanto sacrifício e heroísmo foram necessários para derrotar o opressor que desde 1930, antecipando a avalanche de invasões coloniais da época do imperialismo em finais do século XIX, ocupava de facto o território da Argélia. Um milhão e meio de mortos foi o preço que o povo árabe e berbere argelino teve de pagar para se libertar da exploração colonial, da descriminação racial e da opressão nacional.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

O sonho e a realidade



Comentário: Cá estarei sempre no apoio ao trabalho competente, com o desejo óbvio de ver o Sporting a jogar para ganhar o maior número de jogos possíveis. Quanto ao primeiro lugar na Liga, só no fim (ou não!) se saberá se afinal o clube foi preparado para isso.

Desemprego



Comentário: Não foi Portugal que destruiu 600 mil empregos, foram sim, as políticas económicas dos respectivos governos PS e PSD/CDS.

terça-feira, 10 de julho de 2012

A questão da competência.


Vítor Gaspar. "Controlo da execução orçamental em 2012 é claramente muito difícil"
Cometário: Ao ser necessário tanto tempo para chegar a esta triste conclusão, sobre a não execução orçamental, não se  pode chamar de competente quem definiu, implementou e defendeu com tanto vigor e entusiasmo, essas políticas orçamentais as quais se vieram a  revelar (como justamente foi avisado, ao tempo!), um autentico fracasso, em todas as suas vertentes, em função dos objectivos inicialmente definidos.
Ou será que estão a lançar o barro à parede preparando-se para apresentarem como "solução" mais um pacote de medidas recessivas?!

É urgente que os portugueses  tirem as conclusões políticas deste desastre governativo, se mobilizem no sentido de exigirem que, se acabe com  esta pouca-vergonha dita neoliberal instalada no Governo para destruir o País.  

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Três donos num só dia

(...)Com efeito, a Biometrics, sem qualquer actividade, viria a "mudar de mãos" três vezes no mesmo dia. A SLN pagou pela empresa 30 milhões de euros, depois vendeu-a por um dólar a um fundo do BPN, o Excellence Assets Fund, transacção validada por escrito por Dias Loureiro . De seguida, a Biometrics e o fundo foram adquiridos por uma imobiliária espanhola de El-Assir, a La Granjilla (que é devedora do BPN). O esquema não passou despercebido ao Ministério Público, que tem feito diligências ao mais alto nível para apurar o rasto dos 30 milhões que "desapareceram" do circuito.

Comentário: Como alguém disse um dia, "isto anda tudo ligado". E o estado a que economia portuguesa    chegou é, em parte, o resultado de esquemas destes.

domingo, 8 de julho de 2012

Trabalho, salário, dignidade!

Por Carvalho da Silva, no Jornal «JN»


Revoltemo-nos e mobilizemo-nos contra a desvalorização do trabalho, contra a exploração oportunista, contra a ausência de dignidade com que tratam os trabalhadores. É ignóbil pagar a um enfermeiro ou enfermeira menos de 4 euros por hora, a jovens engenheiros, arquitetos, designers, economistas, etc., entre 400 e 600 euros por mês, impondo-lhes até a utilização de viaturas próprias para fazerem o trabalho.

É vileza e malvadez fazer-se toda uma campanha de motivação dos jovens para que façam formações com qualidade, e depois, por exemplo, os grandes escritórios de advogados, os grandes meios de Comunicação Social, múltiplas empresas das mais diversas áreas, explorarem estagiários e profissionais em início de carreira, colocando-os a fazer trabalho normal sem retribuição ou a troco de míseros subsídios.

É revoltante observarmos multidões de trabalhadores que em call centers, ou noutras atividades, são remunerados por valores que oscilam entre os 2 e os 3 euros por hora.

Não se admite que o salário mínimo nacional (SMN) continue tão baixo e que existam dezenas e dezenas de milhares de trabalhadores a quem nem sequer o SMN é pago, enquanto alguns senhores se abotoam com centenas de milhares ou milhões de euros por ano.

É ainda revoltante ver governantes, serviços públicos como o IEFP, gestores ou patrões instalados, académicos ao serviço do sistema dominante a responsabilizarem individualmente os jovens pelo seu futuro, vendendo-lhes a trapaça do "empreendedorismo" neoliberal como solução milagrosa que tudo vai resolver.

"Chutar para canto"



O Presidente da República disse esta sexta-feira, em Vila Nova da Barquinha, Santarém, que não pediu a fiscalização preventiva do Orçamento do Estado para 2012 porque o país não podia correr o risco de ficar sem esse instrumento.

Comentário: No futebol como na vida de alguns quando a coisa... fica apertada  o melhor é chutar a "bola" para canto.

Quem fala assim...

     ...sabe da "poda".

 


Entrevista de Paulo Morais, ex-vice-presidente da Câmara Municipal do Porto.

sábado, 7 de julho de 2012

Estranho, será?!

Medicamento para a doença de Parkinson que devia estar à venda em Portugal é vendido em Angola

Link:

- Quando se põe em causa descaradamente (sem nada ser feito para o contrariar), a vida e a saúde dos portugueses, o Governo actualmente em funções já chegou ao fim da linha...

Sendo sábado, temos música (131)





Bebo & Cigala - Veinte años


Qué te importa que te ame
Si tú no me quieres ya?
El amor que ya ha pasado
No se debe recordar
Fuí la ilusión de tu vida
Un día lejano ya
Hoy represento al pasado
No me puede conformar


Si las cosas que uno quiere
Se pudieran alcanzar
Tú me quisieras lo mismo
Que veinte años atrás

Con qué tristeza miramos
Un amor que se no va,
Es un pedazo del alma,
Que se arranca sin piedad

Bom sábado, boas notícias e boa música

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Sporting

  A equipa profissional do Sporting cumpriu hoje, com 21 atletas, o primeiro dia de trabalho ruma à nova época a qual se espera bem melhor do que foi a passada. Um quarto lugar no campeonato foi  muito pouco para um clube com a História do Sporting.

No bom caminho

Por José Casanova, no Jornal «Avante!»



Diz a notícia: «furtos para comer disparam nos supermercados» - e explica que «o número de pessoas que roubam comida nos supermercados aumenta todos os dias».

Pão, leite, bacalhau, carne, peixe, queijo, salsichas, atum, chouriço e fiambre estão entre os produtos mais visados pelos que deles necessitam como de pão para a boca.

Diz, ainda, a notícia que as pessoas que «roubam para matar a fome» eram, até há um ano atrás, em regra, «idosos com baixas reformas» - e eram esses os «suspeitos» sobre os quais recaía a cerrada vigilância nos supermercados. Todavia, um ano após a ocupação do País pela troika FMI/UE/BCE, «já não há clientes insuspeitos» - isto porque, entre os que, actualmente, «roubam para comer», há cada vez mais «pessoas bem vestidas, da classe média, que até trabalham, mas o que ganham não chega para alimentar a família».

Os que têm a infelicidade de ser apanhados, são regra geral submetidos a julgamento imediato e, desde logo, condenados a pagar multas (quem é que diz que a Justiça não é célere?...)

A notícia não diz como é que esses condenados, que não têm dinheiro para comer, o arranjam para pagar as multas. Mas também para isso a Justiça há-de ter soluções céleres...

«Roubar para matar a fome»: eis uma das imagens de marca de Portugal após trinta e seis anos de política de direita praticada pela troika PS/PSD/CDS – com a preciosa ajuda, de há um ano para cá, da troika ocupante.

Mas não nos preocupemos: as troikas zelam por nós. E para resolver este e todos os outros problemas existentes, elas têm uma solução de eficácia garantida: assegurar a «estabilidade» - que é uma das filhas da ordem natural das coisas, a tal que nos ensina que ricos e pobres sempre houve e há-de haver... – de forma a garantir o prosseguimento da mesma política de direita que conduziu à situação actual e a assegurar a continuação da concentração da riqueza nas mãos de uns poucos e o alastrar da pobreza, da miséria e da fome por milhões de portugueses – para os quais restará sempre o caminho de «roubar para comer» e (ou) de estender a mão à outra filha da ordem natural das coisas: a caridade...

Tudo isto a confirmar que, como os troikistas não se cansam de repetir, Portugal «vai no bom caminho».

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Afinal em que ficamos?

Vamos lá ver se eu consigo entender. Então este ano roubaram-me o subsidio de férias e de natal, segundo TC não deveria ter sido  feito por que é inconstitucional mas para o próximo ano já não pode ser porque é inconstitucional. Mas que grande confusão.

Assim sendo, e como sempre foi dito por muitos portugueses menos pelo governo e os seus apoiantes, os cortes nos subsídios são inconstitucionais. Agora veremos como vai o governo descalçar esta bota... Porque  no fundo, o que está mal desde o primeiro dia são as suas políticas que  estão a conduzir o País e os portugueses para o abismo.

Licenciatura...




...  num governo ausente no tratamento sério para coisas sérias, tudo isto e muito mais é sempre legal e aceitável, como se afirma ser o caso nesta formatura de 11 valores de média final.

Cá estamos novamente!

Depois de dois dias de ausência não prevista, cá estou de novo no ponta esquerda  para  tentar contribuir na compreensão e no combate, aos vários problemas que os senhores no poleiro do governo nos vão colocando diariamente.

terça-feira, 3 de julho de 2012

"Custe o que custar"

Por Manuel António Pina, no «JN»

Revela o DN que os enfermeiros contratados a partir de ontem para os centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo irão ganhar 3,96 euros à hora, isto é, 555 euros por mês (250 a 300 líquidos). São, diz uma das empresas contratantes, as novas regras de pagamento aos "colaboradores" do SNS: a qualidade não conta, é escolhido quem cobrar menos.


Paulo Macedo chegou ao Governo com a incumbência de "poupar na saúde" e, para isso, terá adoptado como estratégia o abandalhamento do SNS, empurrando quem não for totalmente indigente para as clínicas privadas de bancos e seguradoras. Ficam os pobres, e na saúde dos pobres pode poupar-se à vontade.

Pelo menos assim parecem pensar os "boys" de algumas ARS e administrações hospitalares. E, se em Lisboa poupam prescindindo da qualidade da enfermagem, no Hospital Central Tondela-Viseu poupam, como noticiou o JN, no copo de leite e nas bolachas de água e sal com que, durante a noite, se estabilizavam antes os níveis de glicémia dos diabéticos, deixando estes 12 horas sem comer e em risco de morte por hipoglicemia, do mesmo modo que, em outros hospitais públicos, a lei, em relação aos doentes oncológicos, parece ser agora a de "poupar nos medicamentos caros e deixar morrer".

Porque é preciso poupar em algum lado o que não se poupa nas PPPs e nas rendas pagas às grandes empresas do sector energético.

Resistir é uma forma de combater

Por Baptista Bastos, no Jornal « negócios» de dia 29

A mentira, a evasiva, a ambiguidade tornaram-se vulgaridades no discurso político. O primeiro-ministro diz que não vai haver mais austeridade, no caso de. O ministro Gaspar assevera que austeridade nem pensar, a não ser que. A falta de clareza, a esquiva, a meia-palavra. Todos sabemos que uma nova dose de desgraça vai ser aplicada à população portuguesa. Se a democracia é o governo do povo pelo povo e para o povo, esta não passa de um equívoco. O governo actual possui uma mesma entidade orgânica e todos os seus membros são responsáveis por uma política de subserviência e de desrespeito pelas regras mais elementares de ética e de civilidade. Há uma dimensão totalitária que já não escapa. O poder informe do executivo caracteriza-se pela obediência cega aos ditames que provêm de fora.

Chega a ser indecoroso as maneiras subalternas e mesureiras com que Pedro Passos Coelho ciranda em redor da senhora Merkel. Diz um amigo meu: "Ainda se ela fosse uma estampa de mulher…". Não desejo entrar em pormenores desta natureza, mas lá que o meu amigo tem razão, lá isso. Não tenhamos dúvida de que o projecto ideológico dos alemães comporta algo de imperial. E essa grande rábula de que é aquele povo que sustenta a Europa, em especial os grandes madraços do sul, é uma arquitectura político-económica destinada a enganar papalvos.
A Alemanha - como já, neste jornal e em outros, a manobra tem sido divulgada - precisa deste movimento circular para fazer escoar os seus produtos. Somos-lhe devedores de quê?

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Sporting vestirá de laranja


Não gosto de ver o clube da minha simpatia tão alaranjado no seu equipamento alternativo. Penso que as melhores cores para os equipamentos alternativos do Sporting seriam sempre o branco ou o preto que, afinal, são também as cores do clube. 
Neste caso, outros valores se levantaram e, não foi certamente, a mística sportinguista a prevalecer.

Tudo ao contrário


Por cá, sempre que se fala em liberalização disto ou daquilo, está -se a falar de aumentos nos produtos vendidos nos tais mercados liberalizados como é agora no caso da energia.
Ou seja,  a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos mais a troika estrangeira, mais os senhores que negociaram e assinaram o famigerado acordo entenderam  que,  os consumidores terão de optar até 31 de Dezembro de 2015 por um fornecedor de gás liberalizado e vai daí, vamos criar-lhes dificuldades aumentando o preço dos produtos. 
Se por um lado,  esta a forma proposta para  resolver o problema da regulação no sector ( aumentando os preços), me parece tecnicamente muito estranha; por outro, ela vem criar maiores dificuldades a todos uma vez  que o dinheiro disponível para o dia-a-dia, já quase não existe nas  carteiras e bolsos, da maioria dos portugueses. Logo, só se pode entender esta tomada de posição como mais uma medida gravosa e muito prejudicial para a tal recuperação da economia que,  alguns dizem já existir, mas que ninguém vê. 

Espanha 4-0 Itália

A equipa espanhola foi ontem, uma justa vencedora pelo jogo produzido em campo nesta final.
Por sua vez, a equipa italiana apareceu em Kiev com as "pilhas"  gastas. Apenas teve alguma "chama" e brilhantismo, tentando mandar no jogo, nos primeiros 10 minutos da primeira e da segunda parte, e pouco mais durante o restante tempo de jogo.
Terminou mais um Europeu de Futebol, com a Espanha como campeã pela segunda vez consecutiva.  
Parabéns para o futebol espanhol e a  sua organização. 
Esta selecção não precisou  de recorrer à estadia mais cara para conseguir o melhor resultado.

"Há mais desporto para lá do futebol"

"Cada  um é como cada qual"; diz o povo (ainda bem digo eu) e tem razão. Por isso, é natural que uns gostem (desportivamente falando), apenas do futebol e outros nem por isso.
Vem tudo isto a propósito dos bons resultados fora do futebol conseguidos por atletas em representação das cores nacionais que, injustificadamente, tantas vezes passam quase despercebidos nos orgãos de comunicação dita social deste país.
Quero deixar aqui o meu apreço e gratidão como português, por tudo quanto tem sido feito desportivamente, por eles, nas várias representações que tão brilhantes resultados têm conseguido como é o caso que, aqui se relata
Muitos parabéns para todos eles.

domingo, 1 de julho de 2012

3º Aniversário do Ponta Esquerda



Cá estamos amigos para comemorar o nosso 3º. ano de existência.
Continuamos vivos, gostamos do que fazemos, e, algumas pessoas  também gostam de nós, o que nos leva a pensar ter já razões suficientes, para comemorar o nascimento do nosso " Ponta Esquerda ". 
Não queremos deixar passar esta data, sem agradecer aos amigos que nos visitam regularmente, porque são eles com as suas visitas e os seus comentários sempre adequados e oportunos que nos fazem crescer e melhorar ,sendo para nós um estímulo e um voto de confiança para continuar.
Assim esperamos entrar no novo ano com dedicação e trabalho e aos problemas do país continuaremos a responder com acção, luta e determinação.