Insónias
Foto por: Hipnoz
Um cigarro a minha mão acende
Para me fazer acompanhar
De algo que me desprende
Da hora de me ir deitar.
Por entre bafejos de fumo
Relembro este dia passado
Como outros tantos por mim contado.
Reparo agora nas sombras
E no fumo que circula no ar
São imagens duras
Com quem não dá para falar
Alguém deu um nome a isto por que passo
Chamaram-lhe insónias.
E eu chamo-as todos os dias
Com elas vagueio neste espaço
São as minhas fiéis companhias
Não as desprezo
No fundo acho que as invejo
Pois sou eu que as chamo
Para fazerem parte do meu rejo.
Estão comigo sempre que reclamo
Por um pouco de companhia.
Por isso as chamei hoje.
E voltarei as chamar com certeza noutro dia