sábado, 31 de maio de 2008

A Canga

A Feira do Livro está, este ano, mais agradável para o visitante. Porém continua-se a sentir a falta de muitas editoras, principalmente a Assírio & Alvim, sempre recomendável pela sua qualidade. Já se sabe, o pior é as vendas, que parece até terem decrescido, como resultado da crise que por aqui e ali vai.
Desta vez o debate sobre a qualidade de algumas obras subiu de tom. Ainda bem.
Toda a gente tem direito à publicação, agora que se misture Literatura com Escrita, isso não. A tenda mais fraquinha, pela falta de qualidade dos livros apresentados, foi a da Associação dos Escritores da Madeira. Lamentável.
Saúda-se a nova edição de A Canga, da responsabilidade da organização do Funchal 500 anos. Esta obra de Horácio Bento de Gouveia retrata-nos a relação de colonia mas transmite-nos também a ambiência da vida em Ponta Delgada na primeira metade do séc.XX. Num realismo evidente, Horácio Bento de Gouveia descreve o espaço físico e social com a pena sensível de um profundo conhecedor do meio.
A Canga encontrava-se esgotada há muito. Encontrava-se nos alfarrabistas e coleccionadores, a bom preço. Li-a na Biblioteca da Escola Jaime Moniz e reencontrei-a na da APEL e aproveito para salientar a importância de boas bibliotecas escolares, que não podem ser, nunca, estantes de tudo o que se vai publicando, lebres e gatos.
Destaco também, desta Feira do Livro, A Casa Transparente, de Amândio Reis, já publicado em 2006, pela Editora "Sete Dias, Seis Noites", com um conjunto de contos notáveis. É o primeiro livro deste jovem autor, mas faz mal quem o tomar apenas por um autor jovem.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Bonecos

Os bonecos do Jornal da Madeira, com a tradicional falta de gosto e de senso, parodia com os que se indignam com a falta do hino de Portugal nas cerimónias públicas desta terra. Lá se afirma que o Hino Nacional cansa. E o Hino da Região cansa menos? Não há mais nada para dizer, ou outra justificação mais inteligente? Assim ainda passo a concordar com o meu amigo que diz que os ditos bonecos o que são é burros.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Totalitarismo

Ameaçar um deputado de prisão tem o mesmo valor que ameaçar bombeiros de espulsão. Para além do mesmo valor, possui a mesma origem laranja e o mesmo tique totalitário.
Falta agora o restante trabalho: levar a comunicação social e depois os populares a dizerem que sim, que está certo, que também assim é de mais, que há que respeitar as pessoas e as instituições, que para desrespeito já nos bastam os maus exemplos de quem pode.
Ah, grande terra que tais frutos dás!

terça-feira, 27 de maio de 2008

Pobreza e desigualdades

I INTRODUÇÃO



Cantiga da velha mãe e dos seus dois filhos



Ai o meu pobre filho, que rico que é
ai o meu rico filho, que pobre que é
Nascidos do mesmo ventre
Um vive de joelhos pró outro passar à frente
E esta velha mãe para aqui já no sol poente



Um dia há muito tempo, vi-os partir
levando cada um do outro o porvir
Seguiram pela estrada fora
Um voltou-se para trás, disse adeus que me vou embora
Voltaremos trazendo connosco a vitória



De que vitória falas, disse eu então
Da que faz um escravo do teu irmão?
Ou duma outra que rebenta
como um rio de fúria no peito feito tormenta
quando não há nada a perder no que se tenta?



Passaram muitos anos sem mais saber
nem por onde passavam, nem se por ter
criado os dois no mesmo chão
eram ainda irmãos, partilhavam ainda o pão
E o silêncio enchia de morte o meu coração



Depois vieram novas que o que vivia
da miséria do outro, se enriquecia
Não foi para isto que andei
dias que foram longos e noites que não contei
a lutar pra ter a justiça como lei



Às vezes rogo pragas de os ver assim
Sinto assim uma faca dentro de mim
Sei que estou velha e doente
Mas para ver o mundo girar de modo diferente
Ainda sei gritar, e arreganhar o dente



Estou quase a ir embora, mas deixo aqui
duas palavras pra um filho que perdi
Não quero dar-te conselhos
Mas se é teu próprio irmão que te faz viver de joelhos
Doa a quem doer, faz o que tens a fazer



Sérgio Godinho, in "os sobreviventes", 1971



II - MÁRIO SOARES



Mário Soares escreve hoje no "Diário de Notícias" um artigo de opinião intitulado "Pobreza e Desigualdades", a propósito do Relatório da União Europeia e do trabalho de CESIS, coordenado pelo Prof. Alfredo Bruto da Costa, "Um olhar para a pobreza em Portugal".


A linhas tantas, Mário Soares afirma que "a pobreza e a riqueza (ostensiva e muitas vezes inexplicável) são o verso e o reverso da mesma moeda e o espelho de uma sociedade a caminho de graves convulsões",


Num tempo em que tantos socialistas se deixam vencer pelo conformismo, pela cedência ao liberalismo económico e pela aceitação do fado capitalista, é bom ouvir-se a voz insubmissa de um dos fundadores do Partido Socialista, no fundo a sua grande figura.


Ainda há quem compreenda as lições do Pe. António Vieira, quando este diz que são precisos muitos peixes pequenos para alimentar um peixe grande.

Liberalizações

A PROPÓSITO DE LIBERALIZAÇÕES
COMBUSTÍVEIS
O GOVERNO DO PSD-MADEIRA LIBERALIZOU OS COMBUSTÍVEIS NA MADEIRA;O GOVERNO DO PS-AÇORES NÃO LIBERALIZOU OS COMBUSTÍVEIS NOS AÇORES.
TRANSPORTES AÉREOSO GOVERNO DO PSD-MADEIRA LIBERALIZOU OS TRANSPORTES AÉREOS NA MADEIRA;O GOVERNO DO PS-AÇORES NÃO LIBERALIZOU TRANSPORTES AÉREOS NOS AÇORES.

in ReplicaContrareplica, com a devida vénia

Outra vez o Hino

Não estranho, muito sinceramente, que mais uma vereação PSD tenha promovido festividades do dia do seu concelho sem ter mandado tocar o Hino Nacional. Sobre o carácter separatista do grupo maioritário no PSD já há muito que afirmei tudo o que de fundamental era necessário dizer. Fiz a minha leitura política. Alguns fingem que não percebem, outros, o que é pior, não percebem mesmo.
O que a vereação de Santana demonstra, e principalmente o seu presidente Carlos Pereira demonstra, é que certas pessoas não conseguem convencer os seus chefes da bondade do seu trabalho, mas entendem perfeitamente o que lhes dá prazer: a provocação anti-patriótica; o desprezo pelos símbolos da portugalidade; o separatismo. Já fizera o mesmo o Presidente da Câmara de São Vicente. Também assim agem aqueles deputados no Parlamento que consideram que a medida certa é serem mais papistas do que o papa.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Eleições em Gaula

Em Gaula, Francisco Dias soube responder directamente ao habitual choradinho dos manos, que o Filipe Sousa tinha sido bom enquanto bom enquanto defendeu o PS, mas que agora já não prestava.
Francisco Dias respondeu bem que Filipe Sousa sempre defendeu o PS até há pouco mas que agora dizia mal do PS e da generalidade dos partidos.
Resta acrescentar que o que o PS critica em Filipe Sousa é a traição, em primeiro lugar; a capitulação, em segundo; a demagogia, em terceiro; a tentativa de submissão dos cidadãos de Gaula a interesses de poder pessoal.

Desculpas

Fui forçado a uma semana de ausência, devido a actividades várias, seja no âmbito profissional, seja no campo da política. Cheguei a sentar-me, a colocar o título e uma ou outra palavra, mas não consegui desenvolver minimamente. Sei que os leitores são poucos, mas a esses peço desculpa pela ausência.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Qualidade parlamentar

Para que ninguém tenha dúvidas, apesar de algumas atitudes do PND estarem desajustadas, porque deslocadas, até hoje quem pior se comportou na Assembleia Legislativa da Madeira foram Jaime Ramos e Alberto João Jardim.
Há uns "ilustres" que peroram contra a qualidade de alguns parlamentares, é bom que memorem o que naquele espaço se tem passado, com enxovalhos, ataques pessoais e discursos de nível absolutamente primário!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Guerrinhas

A partir da sua decisão de avançar com a candidatura independente, pouco depois das eleições regionais de Maio de 2007, onde não foi eleito devido aos maus resultados do PS. Filipe Sousa passou ao jogo do fingimento. Outros chamam outros nomes a isto.
João Carlos Gouveia reuniu variadíssimas vezes com ele, comprometeu-se a apoiá-lo, prometeu o apoio do PS à Secção de Gaula, prometeu a ele e a Nazário Coelho. Prometeu e cumpriu. Nenhum deles tinha razões de queixa desta direcção e deste presidente. Sobre candidaturas independentes, depois via-se, depois via-se. Outros chamam outro nome a isto.
Nazário Coelho andava aborrecido mas não com a nova direcção. Estava desentendido com Filipe Sousa e com o que se chamava Concelhia do PS de Santa Cruz. Porquê? Porque era o Presidente eleito de Gaula, mas Filipe Sousa comportava-se como presidente de facto junto dos gauleses, continuando a realizar actividades na Junta que já não eram da sua competência. Poder de direito, poder de facto, guerras, guerrinhas. Deu-se a história das trocas de chaves e fechaduras.
Quem indicou Nazário Coelho à direcção de Jacinto Serrão para a candidatura à Junta de Freguesia de Gaula em 2005, quando Filipe Sousa avançou para a candidatura à Câmara Municipal de Santa Cruz?
Obviamente Filipe Sousa.
E quem tirou o tapete a Nazário Coelho?
Quem indicou Arlindo Freitas como candidato independente pelo PS à vereação de Santa Cruz?
Obviamente Filipe Sousa.
E quem tirou o tapete a Arlindo Freitas?
Filipe Sousa parece não querer deixar pedra sobre pedra, mas afirma que se cansou das mediocridades partidárias. Cansou-se depois de Maio de 2007, como se vê, e pretende aparecer como um anjo de mãos limpas, afastado dos meandros partidários, ele, que era o Presidente da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista em Santa Cruz. Não tem nenhuma responsabilidade? Ele que era ( e ainda deve ser, que não se demitiu) o Presidente da Associação de Autarcas Socialistas da Madeira não tem nenhuma responsabilidade nas decisões e na política do Partido Socialista?
Como pode arvorar-se em anjo alguém que promoveu a dissolução recente da Comissão Política Concelhia de Santa Cruz só por táctica solidariedade com um militante que se incompatibilizou com a direcção do Grupo Parlamentar? Que credibilidade pode ganhar quem mostra tal falta de equilíbrio democrático, para não chamar outra coisa, como fazem outros?

Guerras

Encontrei ontem um militante do Bloco, um indefectível lutador da UDP, com muitos anos de luta e experiência autárquica, que me alertou:
"É preciso apoiar os independentes e esquecer as guerras entre o Filipe e o João Carlos". Tentei explicar-lhe, mas o homem tinha pressa ou não queria saber que
nunca houve guerras entre o Filipe e João Carlos Gouveia. No dia em que João Carlos Gouveia assumia a liderança do PS-Madeira, Filipe Sousa dava o sinal de partida no Blogue Directriz:
Sábado, Julho 28, 2007

Autarcas perdidos? Ou não?
"ANÚNCIO: Precisam-se de autarcas.A questão central que actualmente qualquer cidadão coloca e que importa dar resposta é a de saber qual será a principal missão de todos aqueles que decidiram, por vontade própria ou por mero “capricho partidário”, abraçar um desafio de enorme responsabilidade: Exercer funções autárquicas.Será que assistimos a uma total subserviência ao nosso sistema político, enquanto integrantes na administração pública regional e local?Ou, ignoram essa “bajulação” e pugnam para que através da sua verdadeira condição de autarca, possam vir a contribuir para a valorização do papel que todos os cidadãos desempenham na sociedade?A verdade é a de que raras são as excepções na RAM, em que tudo o que “mexe”, ao nível do exercício do poder local, não seja partidarizado e fortemente controlado por lobbies económicos e interesses tentaculares obscuros:É o urbanismo e ordenamento do território;É ambiente, as obras públicas;É o desporto e cultura;Enfim, tudo é desenvolvido muitas das vezes, ao sabor de fortes interesses instalados e dessa subserviência.Entendo que um autarca deve, desde a primeira hora, vincular-se, com o estatuto constitucional e legal da instituição à qual concorre ou representa e desde logo, ao seu bom nome, à sua credibilidade e ao facto da mesma dever ser uma pessoa de bem.As pessoas estão carentes de autarcas exclusivamente obrigados ao seu estatuto e missão legal, que não “politiqueiros” subordinados à “politiquice” e que vergam ou acolhem interesses estranhos políticos e económicos aos que estão obrigados a prosseguir.Que democratizem, na prática, a gestão municipal, simplifiquem a relação com os cidadãos e reforcem a sua participação, como melhor prevenção à corrupção e tráfico de influências.Que privilegiem o social, o apoio e estímulo às actividades directamente relacionadas com as necessidades manifestadas pela sua comunidade, desenvolvida através da elaboração de um diagnóstico e conhecimento das carências sociais da população em geral e de grupos específicos: crianças, jovens, idosos, excluídos sociais e deficientes.Que, na sua verdadeira missão e condição, sejam pioneiros na aplicação de políticas integradas de desenvolvimento, baseadas no rigor, na transparência, na sensibilidade social, na participação e na qualificação, dando prioridade às políticas de desenvolvimento, qualidade de vida, urbanismo, ambiente, protecção civil e defesa do consumidor.Que contribuam para a modernização da gestão camarária, e dêem um impulso na promoção de uma cultura de inovação, qualidade e eficácia na relação com os cidadãos e na prestação dos serviços, promovendo melhores condições de cidadania.Perante esta natural convicção fico triste e até mesmo envergonhado...Triste e envergonhado porque sou autarca. Autarca, pertencente ao órgão executivo do Município de Santa Cruz e a desempenhar funções em regime de não permanência e vejo muitos autarcas perdidos nas mais diversas e “infundadas” declarações públicas.Verdade seja dita, que já estou confuso e não sei se são acções de perda de mandato ou, autarcas perdidos.Recordo, tão-somente, que todos os autarcas estão vinculados e obrigados ao seu estatuto e missão legal, que não “politiqueiros” subordinados à “politiquice”.Por tudo isto, sinto que a nossa sociedade está carente de verdadeiros autarcas capazes de impulsionarem uma transformação politica e que tracem uma nova ambição ao Poder Local Democrático.Espero que deste anúncio surgem muitos candidatos.Santa Cruz, 27 de Julho de 2007."Filipe Martiniano Martins de Sousa, Vereador na Câmara Municipal do Município de Santa Cruz.
Alguns dias antes, Rogério de Sousa, advogado conhecido pelas "acções populares" a que Filipe Sousa esteve ligado, publicava no mesmo blogue, que é da sua autoria, o seguinte texto:
Sábado, Julho 7

Erro de casting.
A perdas de mandatos dos srs. vereadores das câmaras municipais que incumpriram as obrigações de apresentação das declaração de rendimentos junto do Tribunal Constitucional, algumas já declaradas pelo Tribunal competente, tem sido um frenesim e um erro de casting. E tudo sem razão aparente.A lei é inequívoca e incondicionada: perante o incumprimento o TC notifica o incumpridor para, no prazo de 30 dias, apresentar "sob pena de [...] incorrer em perda de mandato, demissão ou destituição judicial..." [art. 3º, nº 1, da Lei 4/83, de 2 de Abril] sempre que o incumprimento seja culposo. Leia-se, a conduta de não entrega da declaração por parte do agente seja dolosa [intencional] ou meramente negligente [decorrente da inobservância de deveres de cuidado e de diligência].Como veio a público, os srs. vereadores foram notificados e, ante a notificação, não entregaram as declarações. As motivações ou causas para tanto são, ante a expressa cominação legal, irrelevantes porque dúvidas não podem existir que se notificados foram a conduta será, no mínimo, negligente [consequência de descuido, esquecimento, mero lapso, etc.] e, portanto, culposa.Por outro lado, se errar é humano persistir na mistificação do erro, da omissão, do descuido ou mero lapso é querer tapar o sol com a peneira.Quer-se criticar a lei, critique-se porque a opção do incompetente legislador [os srs. políticos do parlamento] é seguramente criticável. Mas isso seguramente não dispensa que se atente que matérias há que muito dificilmente são defensáveis e que os tribunais, ante o normativo vigente ao qual estão estritamente vinculados, outra coisa não poderiam declarar.Esquecer isto, politizar decisões jurisdicionais e colocá-la na amálgama da politiquice é, para além do mais, desfocar e descentrar a possível percepção daquilo que é essencial na realidade. E essa é essencialmente política. E de nenhuma outra natureza
.
Ora aqui temos o que tanto incomodou, entristeceu e até envergonhou Filipe Sousa: que autarcas das listas do Partido Socialista, como ele, tivessem incorrido no pecado de não trem apresentado as declarações de rendimentos! À partida, apenas isto era o seu argumentário para se sentir com vontade de abalar!
Porque o texto vai longo, seguir-se-ão as cenas dos próximos (anteriores) capítulos:

terça-feira, 6 de maio de 2008

Histórico do Blogue VI

Nazário e a capoeira
Nazário não gostou que o secretário-geral do PS-Madeira se referisse ao que se passa em Gaula como uma guerra de capoeira. Eu também não diria isso. Chamaria antes àquelas confusões todas, onde ainda por cima se invoca o nome do povo em vão, guerra de capelinha, ou melhor, manhas.

12 Fevereiro 2008

Histórico do Blogue V

Sábado, 22 de Dezembro de 2007

Gaula versus Santa Cruz
Tenho a nítida impressão de que Nazário Coelho falou do Secretariado Regional do Partido Socialista, que não lhe deu o apoio devido, para não ferir susceptibilidades em relação a outro secretariado. Só pode ser, ou então vivo noutro planeta.

Histórico do Blogue IV

Quinta-feira, 11 de Outubro de 2007

Independentes
Há os independentes do PSD, os independentes do PS e os independentes. Os de direita dizem-se de direita, os de esquerda nem afirmam nada, num distanciamento pretensamente cínico. Gostariam muito de alternativas e só a imaginam no PS, mas não vêem como, com este líder não, nem com o outro, nem o outro ainda. Catalogam os líderes com os mesmos epítetos com que o PSD, isto é, AJJ o faz. Não conhecem outro vocabulário nem conseguem já pensar de modo diverso. Depois esquecem-se que a olaria do Pimenta já encerrou, e mesmo aí os bonecos possuíam pés de barro.

Histórico do Blogue III

Quinta-feira, 27 de Setembro de 2007

Opções
Qualquer cidadão é livre de estar vinculado a um partido ou não, e entendo mesmo que há outros espaços que não os partidos para a participação cívica. Este pressuposto não colide com a ideia que defendo que o PS-M se assume como a casa comum dos que ainda acreditam na possibilidade de existência de uma democracia baseada no Estado de Direito aqui na Madeira. Também me custa a admitir a suposta auto-suficiência e superioridade (linguae contaminatio) de uma espécie de críticos do Poder, que junta todos os políticos e todos os partidos no mesmo saco. Esta é uma excelente forma de branquear o Poder.
Dito isto, convém sublinhar que conheço mil e uma pessoas que alegam compromissos e dificuldades da sua vida pessoal para não participar em partidos de Oposição ao PSD Madeira, pelo emprego, pelo bom nome, pela família, pela segurança, pela riqueza, pelos negócios ou pela ilusão. Esta situação espelha a gravidade da não participação política, da falta de liberdade e de democracia. Esta situação é que é grave!
São elevados os custos sociais dos verdadeiros opositores. Se aos custos sociais ainda se junta o desgaste perante a mediocridade entronizada em capelas e capelinhas, tudo se torna mais difícil de suportar.

Histórico do Blogue II

O Partido da Terra e os Movimentos de Cidadãos
O Partido da Terra na Madeira surge da tentativa de militantes do PS se preservarem na Assembleia Legislativa da Madeira. Juntaram-se-lhe órfãos motatorristas e outros que, quando não apareciam nos lugares que ambicionavam nas listas, juravam participar num projecto de cidadãos disponíveis para trabalharem para o bem da comunidade. Uma mistura, uma mistela. Sem capacidade de afirmação no interior dos partidos ou pretensamente injustiçados nas suas vontades políticas, eis que formam movimentos de cidadãos. Dizem que ganha a cidadania. Mas há mais cidadãos a participar activamente na vida política? Não. Apenas há grupos de descontentes no interior dos partidos, geralmente porque os seus interesses pessoais não foram reconhecidos, que jogam com a chantagem. No Ps é ver o Movimento à volta de Manuel Alegre, que queria ser presidente da República, e o Partido decidiu apostar noutro; é Helena Roseta; é...(ah, na Madeira, os que alinharam à volta de Manuel Alegre a aderirem ao PT contra o Ps, ou a preconizarem novos grupos que nunca alinharão claramente na demanda de mais liberdade e democracia na Madeira).

6 Setembro 2007

Histórico do Blogue I

A minha esperança é que consiga, pela dinâmica que é capaz de criar, impedir que os do costume , os sem-ideais, mais interessados na manutenção dos seus pequenos lugares, sabotem a sua liderança.

in João Carlos Gouveia, 13/o7/2007