Era a hora das aves regressarem aos ninhos e, assim, fomos neste nosso passeio para o perímetro florestal para uma visita à floresta rodando
por um caminho de terra batida e bem batida pois não havia socalcos nem rebolos
que me fizessem balançar no meu assento. Não sabíamos ao certo qual o caminho a tomar visto não haver placas indicativas mas pelas indicações que obtivéramos quanto á
localização da lagoa, foi fácil encontrar o que desejávamos. Deparámos com uma casa térrea caiada de
branco, outrora habitação do guarda florestal e actualmente desabitada, parecendo
a sentinela da pequena lagoa cuja flora circundante era digna dum quadro de
Monet. O silêncio era absoluto só cortado pelo “plash” das rãs que mergulhavam
à nossa aproximação.
O sol despedia-se e, quem sabe, em noites de lua cheia as fadas, duendes, silfos, elfos, ninfas e outros seres elementais não utilizam este espaço para as suas reuniões e brincadeiras escondendo-se entre as flores amarelas dos tojos ou as azuis e perfumadas do rosmaninho?
fotos e texto de Benó