
O tempo corre velozmente e a minha memória esqueceu o dia em que partiste.
Foi há muito tempo? Foi há pouco? Não sei precisar ao certo quantos dias, quantos anos já passaram pois, sinto a tua falta, mãe querida, tanto nos momentos de solidão como também nos outros de alegria, quando estou só, triste e saudosa ou quando os risos das crianças enchem este espaço por onde tantas vezes te passeaste. Mas, sempre e também, quando observo as flores deste Jardim que tu me ajudaste a criar.
Há recantos que me falam tanto de ti.
Árvores que me recordam a tua imagem serena e tranquila.
Cansada, pela doença que te ia levando aos poucos, aí te sentavas e, nesses espaços de tranquilidade, só existíamos tu e eu. Lado a lado, conversávamos de coisas sem importancia ou, então, dos canteiros que precisavam ser renovados ou das flores a transplantar ou dos bolbos a comprar para plantar na próxima estação.
Sabias sempre tudo na devida altura.
Criaste um oásis onde só existia secura.
Como sinto a tua falta, minha mãe.
Hoje, seria o dia do teu aniversario.