quinta-feira, 29 de agosto de 2019

A CABEÇA PENSANTE DE LUIZINHO ROLDÃO




Por Altamir Pinheiro

Mesmo sendo um  pleonasmo já que toda a mente pensa, o correto desta manchete  seria dar um tratamento de mente hiper ativa, pois  já dizem os publicitários e marqueteiros que mente pensante é aquela que não para. Que está sempre pensando no momento e no depois, sempre de olho no desafio atual e já se preparando para o próximo. Pois bem,  o possível futuro vice-prefeito de Sivaldo Albino, LUIZINHO ROLDÃO, que hoje exerce o cargo de chefe de gabinete da vereadora Betânia da Ação Social  é  uma figura possuidora  de modos educados quando  emite suas opiniões e nota-se uma sincera  transparência nas suas explanações sem  ser rude ou bocão. Quer dizer: é uma pessoa precisa, prática e simples, ao procurar sempre ter o máximo de cuidado com a maneira quando se dirige aos outros, escolhendo palavras que não possam ferir ao próximo. É sensato, claro, e, além disso, sabe ouvir o que os outros têm a dizer.

Não é preciso ser nenhum expert em política para saber que, ser chefe de gabinete de um vereador é uma função  altamente desafiadora, já que não há uma RECEITA PRONTA para quem quer fazer um trabalho sério junto com o seu parlamentar. A primeira vista, o  chefe de gabinete é uma peça fundamental em qualquer mandato, pois, além de ser o braço direito do político eleito, é sua responsabilidade coordenar as atividades de toda a equipe e manter a ordem nos mais diversos processos. Como se sabe, esse elenco de 13 vereadores que aí está e  que faz parte da Casa Raimundo de Morais não é nenhuma “BRASTEMP”, mas não se há de negar que temos bons chefes de gabinetes(ainda bem!!!) que desempenham um papel preponderante na rotina das sessões da Câmara, entre tantos que estão a postos em seus respectivos  gabinetes,  Roldão é um deles.

Nesta quarta(28),  na pauta da 5ª reunião ordinária da Câmara Municipal de Garanhuns , constatei um interessante requerimento saído do gabinete da vereadora Betânia da Ação Social quando ela requer ou se dirige ao Governador do Estado para que seja firmada uma  parceria com as salas de cinema de todo o Estado de Pernambuco ao promover nas telas de projeções de filmes, a divulgação de fotos de crianças e adolescentes desaparecidos. A proposta elaborada pela equipe  da vereadora é digna de aplausos por ser uma sugestão  de longo  alcance social e de cunho  altamente  humanístico.  Evidentemente, que as salas de projeções cinematográficas assim como os jornais  impressos desempenham um papel importante na nossa sociedade e a divulgação dos desaparecidos vai ajudar na resolução destes casos e facilitar para que os seus entes  e a  polícia encontrem estes jovens para amenizar a dor dos seus familiares.

Todo  chefe de gabinete que que se preza  não é um profissional apático ou bundalelê, que apenas segue ordens, mas sim alguém que tem presteza e competência para tomar decisões críticas em diversas situações. É preciso ser firme e ter um posicionamento ativo na orientação ao  vereador  que presta o seu devido  serviço. Constata-se  isso no modo de proceder do competente e dessa mente hiper ativa que é o profissional Luizinho Roldão. Aliás, os requerimentos que saem do gabinete da vereadora Betânia em quase sua totalidade referem-se a atividades rotineiras embasados no campo estritamente de alcance  social.  Um dos maiores desafios dos políticos em mandato é dar retorno aos cidadãos sobre as ações que estão sendo realizadas por sua gestão. Nessas horas, o chefe de gabinete é fundamental para cobrir essa demanda.   Portanto, com sua mente pensante privilegiada,  Luizinho Roldão desempenha essa função  a contento e repleto de sabedoria.
















terça-feira, 27 de agosto de 2019

MEXEU COM MORO E DELTAN, MEXEU COMIGO!!!


Percival Puggina

Não. Ele nem sabe que eu existo. Mas mexeu com ele, mexeu comigo. E vale o mesmo para o juiz Sérgio Moro e para a Lava Jato como um todo.

O trabalho de combate à corrupção desenvolvido por todos os que participaram e participam da força tarefa tem um valor capaz de garantir nome de rua e monumento na praça. A Lava Jato, graças ao trabalho de seus procuradores, dos policiais federais, do juiz Moro e seus sucessores representa o mais extraordinário salto ético no ambiente judicial, político e nas relações de poder no Brasil.

Agiram com plena consciência dos riscos a que se expunham. Sabiam que as condenações, as prisões, os aplausos que recebiam e recebem da sociedade brasileira fariam desabar sobre eles iras cósmicas e ciúmes cômicos daqueles a quem falta brio e brilho. Não se toma dinheiro de organizações criminosas sem pagar por isso. No submundo do crime, coisas assim acabam em saco plástico na cabeça e esquartejamento. No grande mundo do crime, as estratégias não são mais brandas: a vítima vai ser esquartejada por outros modos, jogarão um saco plástico sobre sua voz, cuidarão de desfazer seus feitos e atacarão o que mais apreço lhe merece: seu patrimônio moral, sua família e assim por diante. Na ribalta da comunicação social não faltam gangsteres para executar esse trabalho sujo.

Também no mundo trevoso das instituições nacionais há quem se deslumbre com argumento de bandido. Há quem fique indignado quando algum juiz destemido condena frequentadores dos grandes salões, e mais ainda quando audaciosa ordem de prisão é expedida.

Faz sofrer, como brasileiro, a consciência de que heróis nacionais estão sendo atacados por personagens que entrarão para a história como os pombos da estátua . Aparecerão nas fotos sujando os homenageados. Como são pequenas essas almas que se contorcem em sentimentos tão vis quanto inveja e ciúme. Por mais rebuscada que seja a retórica ela não oculta a expressão das faces.

Incomoda-me, então, a sensação de que Deltan Dallagnol está ficando ao relento. Isso é inaceitável. Não, Deltan não é meu amigo, mas mexeu com ele, mexeu comigo.

O PICARETA MARCELO ODEBRECHT DIZIA QUE DILMA SAIRIA DO PLANALTO ALGEMADA

Era preciso, segundo ele, “fechar a caixa de Pandora” – em referência às contas na Suíça. “Se abrir lá fora e o procedimento de manter preso até falar continuar, não tem como este assunto não sair/continuar e não chegar nela.”
Marcelo estava certo de que executivos da Camargo Corrêa, da OAS e da UTC fariam acordos de colaboração que seriam fatais para Dilma e Lula. E chegou a ironizar: “Se OAS e UTC falarem, melhor ELA e o antecessor buscarem asilo em Cuba.”
Na mesma mensagem, alertou seus executivos sobre a iminência de uma nova operação, que aconteceria em janeiro de 2015, para prender “umas 60 pessoas” – demonstrando que tinha acesso a informações da investigação.
Segundo ele, o estrago seria grande para petistas e emedebistas. “Aí melhor Ela, o antecessor e todo o PT e PMDB buscarem asilo em Cuba.”
Noutra troca de emails, já no início de fevereiro, Marcelo Odebrecht usa tom mais ‘catastrófico’, ao afirmar que Ricardo Pessoa (UTC) e César Mata Pires (OAS) estavam “realmente dispostos a entregar todos eles (Lula, JW, Dilma…)”.
E previa destino ainda mais trágico para a então presidente da República.
“Ilusão alguém achar que morreriam sozinho (sic) quando tudo o que fizeram foi sob liderança do governo! A CCCC também está avançando bem na delação. Não haverá impeachment, teremos em breve ela saindo algemada do Planalto!” - Fonte: O Antagonista. -

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MORRENDO DE MEDO DE BOLSONARO OS BANDIDOS DO MST REDUZEM NÚMERO DE OCUPAÇÕES


O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou apenas oito ocupações de terras no primeiro semestre de 2019. Durante todo o ano passado, 25 áreas foram ocupadas pelos extremistas de esquerda. Alexandre Conceição, integrante da direção nacional do MST, afirmou ao site Poder360 que o grupo teme pela segurança das famílias. Conceição acrescentou que “tudo” que o governo do presidente Jair Bolsonaro quer é “massacrar os trabalhadores”. Dias atrás, Bolsonaro comparou o MST ao grupo terrorista Hezbollah: “São grupos terroristas, como o MST, para mim, também é grupo terrorista. Os caras levam o terror no campo aqui. Queimam propriedades. Desestimula o homem do campo a produzir. É no Brasil todo, essa praga do MST.”

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

ELAS VÃO VOLTAR À CÂMARA


Por Altamir Pinheiro


Nesses últimos 30 anos, com o advento da INTERNET e, primordialmente, das redes sociais a região vivenciou uma progressão no debate público em torno das questões femininas. Temas como assédio, aborto, maternidade e carreira, vem sendo discutidos amplamente na sociedade pernambucana, especialmente em Garanhuns e ganhando espaço no nosso CENÁRIO POLÍTICO. A luta pelo direito das mulheres vem progredindo não só no Nordeste brasileiro, mas em todo o país. Alguns avanços já foram conquistados há várias  décadas, como o direito ao voto e o direito de serem eleitas. Porém, no que tange a representatividade das mulheres na política, esse debate ainda se encontra muito distante do desejado, mas já é algo de consolo pra ala feminina de nossa cidade, no entanto há uma conscientização delas e da própria macharia que ainda precisa avançar muito mais.


Margarida Cardoso abriu as porteiras para a mulherada ter assento na Casa Raimundo de Moraes e, paulatinamente, elas vêm conquistando esta abertura iniciada pela viúva do saudoso político Zé Cardoso. Das duas mulheres reeleitas com folga na atual legislatura, juntas,   Carla de Zé de Vilaço e Luzia da Saúde têm tudo para emplacar,  folgadamente,  seus retornos à Casa Raimundo de Moraes. Com estruturas consolidadas, CARLA, já sai da Zona Rural com metade da sua reeleição pela terceira vez garantida; enquanto isso, o Bairro de Mané Chéu chega junto a sua vereadora, LUZIA DA SAÚDE, pois não é à toa que, na eleição de 2016, ela se consagrou como a mulher que atingiu o maior número de votos da história de Garanhuns e deve repetir a quantidade de votos que teve na eleição passada. Só não será a mais votada em razão de ser superada pela nova sensação da vereança de Garanhuns, SOCORRO RÉGIS,  que deve ultrapassar a faixa dos 5 mil votos na eleição que se avizinha.


A vereadora BETÂNIA DA AÇÃO SOCIAL que  é uma política “peituda” e por possuir voz ativa nas suas  tomadas de decisões,  é,   constantemente massacrada pela tropa de choque situacionista da Câmara,  que a acusa de um tudo, menos de ser uma vereadora aguerrida e de NÃO ser conivente com algumas trapalhadas do atual gestor, como também faz questão de  NÃO viver “dependurada” na braguilha do Sr. Prefeito pedindo migalhas para atender seu eleitorado. Para 2020, Betânia da Ação Social tem  potencial para atingir a marca dos 2 mil votos e carimbar por mais 4 anos sua permanência na Câmara de Vereadores de Garanhuns. Betânia é uma das poucas parlamentares em atividade que não depende e nem torce pela aprovação desse tal voto distrital, haja vista que ela é votada em todos os bairros da cidade pelos seus inegáveis e  relevantes serviços prestados  aos deficientes físicos que, de um certo  modo, a sociedade dá de ombro  para eles enquanto ela os abraça de todo coração.


Outra vereadora que está com seu passaporte carimbado é a política revelação da Câmara, ANDRÉA NUNES. Reconhecida em todas as ruas, becos e vielas da COHAB II como uma mãezona daquela comunidade, hoje, ela  está com o passe bastante valorizado  e sendo pretendida por todos os prefeituráveis em razão de seus fiéis seguidores já garantirem 80% de sua eleição somente nas urnas das Cohab II. Política independente, altiva e convicta da sua responsabilidade com os temas educação e esporte e, principalmente,  com à comunidade que lhe dá respaldo.  Para se ter ideia do seu amor com àquela comunidade,  de 10 palavras pronunciadas pela vereadora, 11 são com referência a sua querida e adorada COHAB II. É outra que vai superar a marca dos 2 mil votos e se estabelecer de uma vez por toda  como a figura política número um do Bairro Francisco Simão dos Santos Figueira. A prova maior será o seu décimo encontro festeiro com o seu povo que se realizará em plena meio da rua da Cohab no próximo dia 31(sábado). O prefeito Izaías Régis promete fazer uma festa de arromba em conjunto com a vereadora Andréa. A festança promete virar à madrugada no meio da rua!!!


Entendo que essas quatro vereadoras que representam Garanhuns na Câmara(e tem vagas pra mais) devem ser  meigas e  carinhosa com seus maridos, amantes ou parceiros, mas na política ser  radical, rebelde, intensa, intelectual, certinha, mulherão, menininha, esperta,  burrinha e por quê não?!?!?! Claro que mulheres na política, independente da sigla partidária são exemplos também de ousadia, superação e de transformação. A presença da mulherada na política não é só uma questão de igualdade de gênero, mas contribuir de forma ativa com suas habilidades em lidar com as circunstâncias adversas e com as crises que atingem as famílias e sociedade sem perderem o charme e a sensibilidade. Portanto, torcemos juntos para que essas belezuras lindas, perfumadas, cheirosas, com seus toques, buquê de rosas e sonhos femininos voltem em 2020 com toda força e com um número maior do que temos na atualidade. Até porque, elas estão recebendo um grande reforço que é a candidatura de Socorro Régis que vai contribuir com uma grande e ótima bancada na Câmara de Vereadores de Garanhuns.

domingo, 25 de agosto de 2019

É HOJE!!!




quinta-feira, 22 de agosto de 2019

O VERDADEIRO SIGNIFICADO DE ALGUMAS MÚSICAS DE RAUL SEIXAS


Por Altamir Pinheiro


PARANÓIA:

“Eu vivo procurando em tudo quanto é lugar...

Nos bares, nas igrejas eu tentei encontrar...

Nos becos nas esquinas, na lama e no pó...

Até no bolso do meu palitó...

 

Eu sei que essa coisa que eu tenho que achar...

Talvez tão perto que a mão não possa tocar ...

Quem sabe, uma gilete talvez no coração...

Olhei até debaixo do meu colchão.”

O nome dessa música é PARANÓIA, e revela algo muito interessante sobre o Raul, ele nasceu com um propósito muito especial, como ele mesmo se intitulava do MENSAGEIRO DO APOCALIPSE, ele tinha um chamado de DEUS para fazer uma grande revolução espiritual no mundo. Uma renovação entre as religiões superficiais do mundo, assim como foi Martinho Lutero, que revolucionou o protestantismo. Paranoia fala sobre masturbação e o medo de estar cometendo um pecado. "Minha mãe me disse a tempo atrás aonde você for Deus vai atrás... Deus vê sempre tudo o que você faz... Vacilava sempre a ficar nu lá no chuveiro com vergonha... com vergonha de saber que tinha alguém ali comigo vendo fazer tudo o que se faz dentro de um banheiro". Quando ele compôs a sequência que foi PARANÓIA II, sutilmente ele se refere à droga. Principalmente, sobre o desespero e agonia o qual uma mulher pode levar um homem. Sobre o trecho "O QUE EU PROCUROS VOCÊ ESCONDEU NA BARRIGA, NÃO QUER ME ENTREGAR" pode ser uma referência a drogas que a esposa de Raul teria escondido dele.

 

Quanto à  explicação da música GITA, ela foi  inspirada do livro BHAGAVAD GITA, um livro indiano que na verdade, ninguém sabe quem realmente escreveu, é um dos livros mais antigo da humanidade, como a Bíblia. Bhagavad Gita é para os indianos como é a Bíblia para os cristãos. Esse livro fala da história da revelação do todo, do absoluto, do que é a vida, do que é Deus, o que seria a revelação da grande resposta. Quando a música Gita, do Raul, diz: EU SOU ISSO, EU SOU AQUILO, não está falando do Raul Seixas, de maneira nenhuma, está falando de cada um de nós. Ou seja, do nosso espírito, cada um é a sua própria estrela, luz ou treva, céu ou abismo.

Eu SOU, eu FUI, eu VOU. Eu sou o seu sacrifício, a placa de contra mão...

O sangue no olhar do vampiro...

E as juras de maldição...

Eu sou a vela que ascende...

Eu sou a luz que se apaga...

Eu sou à beira do abismo...

Eu sou o Tudo e o Nada...

 

O  que significa Krig-ha Bandolo?!?!?! Este foi seu primeiro LP, pois se trata, segundo ele, do grito de Tarzan indicando que os inimigos estão chegando...


E o que é o Novo Aeon?!?!?! Um AEON é uma era, ou 2.148 anos, tempo necessário para que o eixo da terra complete uma volta completa (360 graus) em seu movimento de pião. A cada vez que isso ocorre geram-se mudanças na humanidade. O Novo Aeon é a nova era que está por vir, a Era de Aquário, que deverá ter início. Liricamente o Novo Aeon representa mudança (assim como o Velho Aeon representa o que está para ser superado). È como o Trem das Sete que representa MUDANÇA...


Eis o significado da música As Aventuras de Raul Seixas na Cidade de Thor - Raul critica o status-quo e fala sobre a necessidade de fazer uma "aliança estratégica" com o sistema (o Monstro Sist) para poder enfrentá-lo. "QUANDO SE QUER ENTRAR NUM BURACO DE RATO DE RATO VOCÊ TEM QUE TRANSAR".


Já O Carimbador Maluco  faz parte  do musical infantil Pluct Plact Zumm da Rede Globo e motivo de muitas críticas a Raul que teria se vendido ao sistema com uma música imbecil. Os mais inteligentes percebem a pesada crítica à burocracia do governo que teima em selar, registrar, carimbar, avaliar, rotular, adiando e atrapalhando todo tipo de atividade. É também uma referência ao texto do anarquista Proudon que diz "Ser governado é ser a cada operação... notado, registrado, recenseado, tarifado, selado, medido, cotado, avaliado, patenteado, autrizado, rotulado".


A composição intitulada A LEI  é  uma das referências mais claras a Aleister Crowley na obra de Raul. O Livro da Lei é a principal obra de Crowley e a maior parte da letra são trechos deste livro.


A irreverente e também  reflexiva Cowboy Fora da Lei, nos passa uma mensagem, quem sabe uma  Maneira comportamental ou modo de proceder e o peso da responsabilidade de ser um ícone, bem como os riscos de vida do mesmo. "Mamãe não quero ser prefeito, pode ser que eu seja eleito, e alguém possa querer me assassinar...(...)... "Papai não quero provar nada, eu já servi a pátria amada, e todo mundo cobra minha luz... minha luz... ó coitado, foi tão cedo, deus me livre eu tenho medo, morrer dependurado numa cruz..."


Em Cambalache, há uma crítica óbvia, direta e revoltada a todos os males que assolam o mundo criados pelo ser humano desde longa data, além da falta de esperança no futuro. "Que mundo foi e será uma porcaria eu já sei, em 506, e em 2000 também, que sempre houve ladrões maquiavélicos safados, contentes e frustrados, valores, confusão..."


Música que ele se esbalda e toca fogo no circo é em Ooro de Tolo, que é uma crítica severa à sociedade hipócrita, capitalista, materialista e cheia de si. A qual Raul fazia questão de ridicularizar. Nota-se grande semelhança com o “estilo folk”  do morte americano  Bob Dylan.


Alucinadamente ele também compôs: QUANDO ACABAR O MALUCO SOU EU - sobre como o mundo pode considerar normal as pessoas se matarem, fazerem tramoias e maracutaias  políticas, traírem a si mesmas, guerrearem, culminarem no apocalipse, aceitarem a censura e considerar insanidade ser simplesmente excêntrico e afrontar o sistema.

 

A longa música "PEDRO"  é uma simbologia que representa um diálogo entre a mente INCONSCIENTE e a mente CONSCIENTE. Ou a parte mental conversando com o corpo físico que sente na própria pele todo impacto dos impulsos provocado pelo espírito. Então a partir desse pressuposto, fica mais fácil do amigo leitor entender o que Raul  Seixas está dizendo com a música “Pedro”.

--Quantas vezes Pedro você fala  /  Sempre a se queixar da solidão...


(Explicação: quase sempre o ser humano se sente só.  mesmo estando no meio de uma

multidão);

--Quem te fez com ferro fez com fogo  /  Pena que você não sabe não...


(Explicação: as escrituras sagradas revelam que Deus criou o homem já sabendo o que o seu espírito era rebelde, e sua testa semelhante ao bronze e em seu pescoço havia um nervo tão duro que era semelhante ao ferro. o bode tem a testa tão dura que é capaz de derrubar um boi com uma testada. o bode também é símbolo da rebeldia do próprio satanás).

--Vai pro seu trabalho todo dia

Sem saber se é bom ou se é ruim

Quando quer chorar vai ao banheiro,

Pedro as coisas não são bem assim.


(Explicação: as pessoas vivem como robôs).

 

--Toda vez que eu sinto o paraíso

Ou me queimo torto no inferno

Eu penso em você meu pobre amigo

Que só usa sempre o mesmo terno


(Explicação: isso quer dizer se a pessoa sente o paraíso ou seja, está feliz, tudo está certo em sua vida, ou ela se queima no inferno, quando tudo dá errado, diz a letra: “eu penso em você meu pobre amigo que só usa sempre o mesmo terno”. esse mesmo terno que Pedro está sempre usando é o seu corpo físico, de carne e osso, ”PEDRO” é o consciente, a mente de cada um, e o “TERNO” é o corpo que sente todo baque das atitudes não pensadas.

--PEDRO ONDE SÊ VAI EU TAMBÉM VÔ(VOU)


(Explicação: onde Pedro vai, diz a letra da música eu também vô; onde o corpo da pessoa vai o seu espírito vai também é lógico, mas, tudo acaba onde começou, a jornada do espírito humano teve início na forma espiritual, e um dia vai acabar voltando para a mesma forma como começou. mas tudo acaba onde começou...

--Tente-me ensinar das tuas coisas /  Que a vida é séria e a guerra é dura...


(Explicação: aqui o espírito no inconsciente da pessoa diz: “tente me ensinar das tuas coisas”. que coisas são essas?!?!?!  As coisas do mundo animal, físico, material. Aí o espírito diz: mas, se não poder, cale essa boca e deixa eu viver minha loucura... o espírito do homem segundo a bíblia é malquisto, perverso, torto e louco. muitas pessoas, sente que precisam ser diferentes e começam a participar de certas religiões, tentando doutrinar o seu pobre espírito, mas, por aquela religião ser superficial, ela acaba cedo ou tarde cedendo aos caprichos do seu espírito torto. isso é calar a boca e deixar o espírito viver a sua loucura. mas se não puder cale essa boca, Pedro... E deixa eu viver minha loucura...

 --Lembro Pedro aqueles velhos dias  /  Quando os dois pensavam sobre o mundo...


(Explicação: nesse verso, o espírito está dizendo que se lembra de quando conversava com Pedro, a respeito do mundo, os planos, os sonhos a ser realizados, porém, quando Pedro que é a mente consciente amadurece, não tem mais coragem de fazer as mesmas loucuras da juventude, aí o espírito diz: hoje eu te chamo de careta, e Pedro não quer ser mais um perdido, vagante na vida, um vagabundo. hoje eu te chamo de CARETA e você me chama VAGABUNDO;

 --Todos os caminhos são iguais  /  O que leva a glória ou a perdição...


(Explicação: na vida existem muitos caminhos, tantas portas, tantas religiões, mas só existe um caminho que possui um coração, e esse caminho se chama Jesus Cristo, ele mesmo disse: “eu sou o caminho, a verdade e a vida, dentro do peito de Jesus bate um coração cheio de amor pelos espíritos da humanidade perdida.” há tantos caminhos tantas portas, mas somente um tem coração (JESUS CRISTO).

E eu não tenho nada a ti dizer

Mas não me critique como eu sou

Cada um de nós é um universo, Pedro

Onde você vai eu também vô...

https://www.youtube.com/watch?v=Ly9Nq8lSK1A




quarta-feira, 21 de agosto de 2019

HÁ 30 ANOS MORRIA O REI DO ROCK RAUL SEIXAS

 


Por Altamir Pinheiro

Quem neste mundão de my god é cinquentão  curtiu adoidado o Mensageiro ou Profeta do Apocalipse no final de uma era nas saudosas décadas de 70/80 do Século passado. Quem viajou no TREM DAS SETE sabe muito bem do que estou falando... Raul Seixas era um poeta, místico e filósofo catastrófico. Para ele o fundamento da verdadeira Sociedade Alternativa, consistia em jamais viver de acordo com a ideologia daqueles que venderam suas vidas para si mesmo ao pequeno preço de serem apenas eles pelo resto de suas vidas como está bem filosofada na música Ouro de Tolo. Segundo o seu próprio espírito caído, cego, surdo e perdido. Mas, nunca é tarde para começar tudo de novo!!! Raul Seixas deixou um vácuo gigantesco na música e na cultura moderna, especialmente no que diz respeito a sua mensagem que não foi completada por ter morrido com apenas 44 anos de idade,  lamentavelmente. Eis uma frase que ele repetia sempre: Ninguém tem o direito de me julgar, a não ser eu mesmo. Eu me pertenço e de mim faço o que bem entender.


O rei do rock brasileiro  tinha uma missão ímpar, sem igual, fantástica, com seu jeito rebelde aos velhos tabus, as regras e paradigmas impostos pelo caótico e anacrônico capitalismo selvagem, desumano e cruel da ditadura e das falsas religiões e agora, para completar a tampa do tabaqueiro, essa desastrada maneira ou safadeza que foi o modo  de governar tanto  do PT da  Dilma doida  quanto o de hoje  do maluco  Bolsonaro. Tudo isso ele tratou e dissertou com muita maestria, destreza e habilidade na fenomenal e escultural letra METAMORFOSE AMBULANTE.  Raul Seixas era quase imbatível. Ao lado de seu parceiro Paulo Coelho, “Raulzito” construiu um dos repertórios mais substanciosos e volumosos em termos poéticos filosóficos que se tem notícia na história da música brasileira. E tome filosofia: Meu egoísmo é tão egoísta que o auge do meu egoísmo é querer ajudar.


Foi isso que tornou o “cara” uma lenda e arregimentou uma comitiva  de fãs mais chatos da história da galáxia – como não lembrar dos caras pentelhos que ficam gritando até hoje “TOCA RAUL” até mesmo em show de heavy metal.  Apesar disso, a obra de Raul sempre permaneceu muito acima dessa idolatria cega e estúpida. Algo, inclusive, que ele sempre reprovou.  Raul foi o nome mais importante do rock brasileiro e teve forte influência para os roqueiros que surgiram depois dele. Natural de Salvador, passou a adolescência ouvindo muito rock'n'roll, particularmente Elvis Presley, Little Richard, Jerry Lee Lewis e Chuck Berry, e blues dos negros do sul dos Estados Unidos, sem deixar de lado o baião do Gonzagão e repentistas nordestinos. Não é à toa que ele gostava de afirmar que,  Luiz Gonzaga era o rei do rock e Elvis Presley o rei do baião.


Embalado por esse caldeirão rítmico e seduzido pelos ideais alternativos da geração do pós-guerra e pelo misticismo, deu asas a sua anárquica guitarra e tornou-se o ídolo de diversas gerações, que incluem desde jovens rebeldes da classe média e do subúrbio das grandes cidades, até empregadas domésticas, caminhoneiros, empresários e até padres. Alguns de seus maiores sucessos são Metamorfose Ambulante, Trem das Sete, Como Vovô Já Dizia, medo da chuva, Al Capone, Cowboy fora da lei. Quando jovem, começou, como ele mesmo disse, "a usar cabelo de James Dean, blusão de couro e beber cuba-libre, o que espantava meus pais burgueses de classe média". Trocou sua lambreta por dois velhos violões e um contrabaixo e formou seu primeiro grupo de rock, O Relâmpago do Rock, em 1962. O grupo passou a se chamar The Panthers, Raulzito e os Panteras e, por fim, Raulzito e Seus Panteras.


 Tocou em vários clubes de Salvador e em programas de rádio. Em 1967, a convite de Jerry Adriani(falecido em 2017), o grupo partiu para o Rio de Janeiro. Depois do lançamento fracassado de um LP homônimo, se dissolveu. De volta a Salvador, em 1970, Raul foi convidado a trabalhar como produtor de discos da CBS. Participou em 1972 do VII Festival Internacional da Canção (FIC), da Rede Globo, com a música Let me Sing, Let me Sing, cantada por ele mesmo, e Eu Sou Eu, Nicuri é o Diabo, por Lena Rios. Depois de ter sido expulso da gravadora por ter participado do festival, lançou seu primeiro disco-solo, KRIG-HÁ BANDOLO! (1973). Foi perseguido e preso pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Exilou-se nos Estados Unidos. Retornou ao Brasil devido ao sucesso do LP Gita (1974), que vendeu mais de 600 mil cópias. Como também a composição Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás (1976), que alcançou um estrondoso sucesso.


Raul Seixas nasceu na manhã do dia 28 de junho de 1945, na cidade de Salvador. Autodeclarado filho do pós-guerra, ele cresceu sob a influência do modo de vida propagado pelo vindouro movimento contra cultural. Contra as atitudes combatentes do sistema, curtição e ações pacíficas. O novo comportamento, que no Brasil foi apelidado de desbunde, era praticado pela turma que escutava rock, lia os poetas universais, fazia filmes em Super-8, não cortava os cabelos e preferia fumar maconha a pegar em armas. A “anarquia”, longe de ser uma simples alienação nos anos de chumbo do regime militar, foi uma atitude intempestiva e marginal que transgredia as normas sociais e políticas então vigentes. Na procura de uma nova forma de pensar o mundo, o desbunde tornava-se uma perspectiva capaz de romper com a razão instrumental e o militarismo característicos tanto das direitas quanto das esquerdas.  Por isso era uma pessoa versátil e não estática:  Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.


Pesquisando muito no Google  e relendo alguns livros de minha coleção sobre Raul, constata-se que ele era totalmente  avesso a qualquer tipo de autoridade, valorizou tanto o individualismo, quanto a heterogeneidade e a pluralidade. A ética universal impositiva foi substituída pelo pluralismo normativo, com o decorrente enaltecimento da Metamorfose Ambulante, isto é, do indivíduo fragmentado, descentrado, disposto a afirmar sua singularidade contra o rigor de todas as opressões. Na discografia do MALUCO BELEZA os irracionalismos, as antíteses e os antagonismos extremados ocupam o centro da cena. A sua música é um mosaico exemplar da contracultura. ele mistura, em sua obra, diferentes ritmos e estilos musicais, poesia e música, filosofia e astrologia, ocultismo e religião, crítica social e outras cositas más, tudo regado ao uso de drogas lícitas e ilícitas. Em sua veia poética, alucinadamente conclamava: Basta ser sincero e desejar profundo, você será capaz de sacudir o mundo.


Com essas características, suas músicas muitas vezes são recusadas por intelectuais e ativistas engajados, enquanto nem sempre são compreensíveis para as massas incultas. Conforme reza em sua vasta biografia arquivada nas bibliotecas virtuais, ele era atento às tensões políticas e socioculturais de seu tempo, um esperançoso compositor oferecia ao público a promessa de superação do sofrimento imposto pela sociedade autoritária. Diante das dificuldades de mudar os pressupostos sociais e políticos que geram a barbárie, sua arte assumiu como principal meta a formação de indivíduos autônomos, autocríticos e com vínculos sociais, eliminando, no que têm de fundamental, as condições que geram a alienação e a violência. Incansável rebelde repetia sempre: Eu tenho uma porção de grandes coisas para conquistar, e eu não posso ficar aqui parado.


Todavia, uma proposta política concreta estava ausente. Não é à toa que ele NUNCA se ligou em usar boinas ou camisas do mito Che Guevara, o ídolo da juventude estudantil daquela época, como fazia o saudosista e apaixonado escriba que ora vos fala ou tecla em seu computador. Não podemos esquecer que Raul Seixas, autodeclarado “Mosca na Sopa” e “Carpinteiro do Universo”, primava pelo “banda voou” ou mesmo o “puta que pariu”, proposta estética e política que apresenta a arte como divertimento, gozo, celebração, paixão, sempre à margem dos valores dominantes: caretas, opressores, racionalistas e bélicos. Como ele mesmo dizia: Não diga que a vitória está perdida. Tenha fé em Deus, tenha fé na vida. Tente outra vez!!!


Sua limitada resistência política se dava por essa via. Para nos salvarmos da opressão, mantendo a fidelidade às utopias não realizadas, o RAULSEIXISMO nos ensina que não devemos esperar o messias ou um líder revolucionário, mas sim reparar as injustiças e buscar erguer uma SOCIEDADE ALTERNATIVA a partir da união coletiva de vontades individuais. Raul Seixas exortava insistentemente ao individualismo, instigando seus interlocutores a abraçarem sozinhos os próprios caminhos. Se assim procedia é porque sabia que, enquanto o venerassem, negariam a própria autonomia. Lúcido, ele não se identificava como um sábio, santo, profeta ou redentor do mundo. Ao mesmo tempo, convidava os fãs a questionarem-se a respeito de si mesmos e de suas vidas preservando a todo custo  a paixão e o amor ao próximo ao cantarolar:  Hoje eu sei que ninguém nesse mundo é feliz tendo amado uma vez. 

Opor-se a determinados vínculos viciosos de uma sociedade perversa e hipócrita era seu lema. Quase 75  anos após o seu nascimento e três décadas depois de sua morte, a obra de Raul  Seixas permanece com sua tamanha importância por sua força imaginativa, utópica, por sua expressão e percepção das (im)possibilidades que permeiam a vida contemporânea. A sua vida nos revela a necessidade de assumirmos a existência como tarefa, uma tarefa da liberdade, que consiste na entrega à descoberta de nossas próprias possibilidades de existência. Pelo fato de ser uma construção permanente, um caminho de realização (NASCIMENTO E CRIAÇÃO) e desrealização (MORTE E DESTRUIÇÃO), essa tarefa só é concluída com a morte. O imortal Raul viajava no tempo com frases cortantes,  magníficas e delirantes como esta: Eu nasci há dez mil anos atrás. E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais.


Em 21 de agosto de 1989, dois dias após o lançamento do LP "A PANELA DO DIABO" e cinco dias depois do maior eclipse lunar do século XX, Raul Seixas faleceu de PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA PROVOCADA POR PANCREATITE CRÔNICA E HIPOGLICEMIA. A governanta Dalva Borges foi a primeira a encontrá-lo em seu apartamento na Rua Frei Caneca, em São Paulo. O corpo do compositor foi velado no Palácio das Convenções do Anhembi, na capital paulista, para onde uma multidão convergiu a fim de lhe prestar as últimas homenagens, seu sepultamento fora realizado em Salvador. Os fãs tornaram-se órfãos da utopia, de sua ilusão, concepção e sonho. além da extravagância e excentricidade do Maluco Beleza: Enquanto você se esforça pra ser um sujeito normal e fazer tudo igual, eu do meu lado aprendendo a ser louco, um maluco total. 


Hoje, o grande desafio de todos aqueles que, seguindo as ideias de RAUL SEIXAS, sonham e lutam por ideais utópicos que se mostraram inalcançáveis, será a dedicação a novos ideais, à descoberta de novos caminhos, pois sonho que se sonha junto é realidade, já dizia o compositor na canção “PRELÚDIO”, do LP “Gita”, de 1974. POIS É!!!  E lá se vão 30 anos... Lembro-me muito bem  do local onde estava naquele exato momento na fatídica noite de segunda-feira quando através do apresentador Sérgio Chapelin, no Jornal Nacional, anunciava  a morte daquele que se dizia: Eu sou a vela que acende, eu sou a luz que se apaga, eu sou à beira do abismo, eu sou o tudo e o nada. ÉÉÉÉÉ, mas eu sou o amargo da língua, A mãe, o pai e o avô, O filho que ainda não veio, O início, o fim e o meio, Eu sou o início, o fim e o meeeeio...


https://www.youtube.com/watch?v=Dqqu6Ynf2rc


@@@ - Alguns trechos deste longo artigo, foram pesquisados e retirados de livros que compõem a minha pacata biblioteca, hoje, quase que totalmente virtual,  e feito seus devidos enxertos e adaptações cabíveis na fenomenal obra dessa história de vida curta do polêmico, incompreensível e rebelde Raul Santos Seixas.