Sei que as palavras me fogem.
Escapam-se, irritadas,
Quando percebem que as uso,
Que as manipulo ou até destruo,
Em frases insensatas e banais.
É talvez a minha cobardia,
O medo de as deixar falar,
De as deixar ter a ousadia
De espelharem esta alma aos demais.
Prefiro, ainda que com dor,
Manter só para mim esse segredo,
Guardá-lo cá dentro com rigor
Para evitar o riso, a crítica, a ironia
Ou que ousem revelar com despudor
A verdade, o sonho, o desejo, a fantasia...
Escapam-se, irritadas,
Quando percebem que as uso,
Que as manipulo ou até destruo,
Em frases insensatas e banais.
É talvez a minha cobardia,
O medo de as deixar falar,
De as deixar ter a ousadia
De espelharem esta alma aos demais.
Prefiro, ainda que com dor,
Manter só para mim esse segredo,
Guardá-lo cá dentro com rigor
Para evitar o riso, a crítica, a ironia
Ou que ousem revelar com despudor
A verdade, o sonho, o desejo, a fantasia...