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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Olá, alguém aí? Parte 2.


Para ver a primeira parte, basta descer até o post anterior. 

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Parágrafo Único: Tentativa adolescente? Verdade, este é outro fator determinante na escultura da obra: em minha atual idade, sou considerado “adolescente”. Aí já viu. Adolescente... Uma criatura infame do mundo inferior – curioso, irresoluto, efêmero. Com a enorme tarefa de viver o tão desejado aqui e agora sem deixar de planejar o futuro. Enfim, um ser incompleto caminhando para ser... Caminhando para Ser (ponto).
Artigo 7º - Portanto, o fato é que com esta obra (Ó dó de ti) quero te levar a tentar e tentar comigo – que tentar é uma tentação... Verás. Mas tentar o que? Tentar crescer como ser humano, tentar alcançar entendimento e inspiração. Tentaremos juntos voar por sobre muralhas e sairmos da caverna da alienação. Verás.
Artigo 8º - Palavra de réu: nego a acusação de jogar palavras ao vento. Não, eu não jogo palavras ao vento. Eu elevo meus pensassonhos aos ventos e eles voam (para isso as asas). Pois não sou um ditador das palavras tampouco de suas interpretações, portanto lhe concedo a liberdade de tomá-las e colocá-las na forma que mais desejares, e se apropriar delas para que estas façam parte de sua vida (que, como a minha, não tem sentido predefinido). Quero fazer de minha vida e de minha obra um patrimônio comum de todos.
Artigo 9º - Autoria? Bem, se sou autor é por que fui eu quem (perdão pela palavra) vomitei isso aqui. Mas acaba nisso. A autoria é minha, mas o vômito em si não. Veio de mim, mas com graça vos dou – aprendi a compartilhar. Universalizo-me, eu que já sou cidadão cosmopolita. O conhecimento e a inspiração são de todos (se já disse, repito). Eu? Eu sou apenas um glóbulo nessa veia.
Artigo 10º - Pensassonhos por quê? Explico. Pensassonho é um fluido que toma a forma do recipiente que o guarda. Pensassonho não é exatamente um conceito firme, mas uma brincadeira de palavras que procura nos trazer simples ideias: pensassonhar, em suma, é o ato de poder pensar, de maneira fluida, própria e livre (livre de preconceitos e ideias criadas pelo capitalismo selvagem, pela mídia manipuladora, pela publicidade canibal etc.), libertando assim a inteligência e os talentos naturais para que estes possam ser usados na conquista dos sonhos e da felicidade.
Artigo 11º - A interpretação, claro. É fato que cada partícula deste livro guarda uma mensagem, mas não se sabe quantas mensagens cabem nas partículas. Certos poemas são inscritos em rocha, outras palavras podem estar escritas em nebulosas, vai saber. Fiz assim para que haja uma relação mentalmente sexual entre tu e este livro. Desta forma, não apenas a obra preencher-te-á, como tu preencherás a obra. Ao tentar interpretar esses hieróglifos, entenderás que certas vezes a mensagem é óbvia, e noutras circunstâncias a mensagem será criptografada. Assim, gerar-se-á confusão e daí nascerá o caos e então virão questões. O caos se encarrega de gerar. E a questão é a gênese do conhecimento.
Artigo 12º - E fiz assim (siga em frente) para criar um espécime de quebra-cabeças, com partes móveis e interligadas, as quais você certamente vai apalpar e remontar e colocar sob outros ângulos. Isto não é uma bíblia publicitária, mas um pequeno livreto de filosofia primordial, ou de simples observação. Este livro foi feito para ser visto de diversos ângulos, sob o olhar de diversos observadores, através de lentes multifocais. 

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Bioportfólio numa Linha do Tempo-Espaço



1993 - Nasce Israel Silva, em São Paulo, ao dia 16 de outubro, filho de Noranei Araujo Belluzzo e Elias Juvino da Silva, ambos nascidos na Bahia. Saiu preguiçoso de um parto por cesariana; não queria chorar.

Passou a primeira infância num lugar ocupado por vítimas do sistema. Enfrentou enchentes, presenciou crimes quando criança. Foi criado pela mãe. A família era conturbada e religiosa. No mais, era "rico": tinha teto, chão, eletrodomésticos, alguns metros quadrados e tempo para caçar insetos e guardá-los em potes de vidro, ou queimá-los com uma lupa.

1998 - Ingressa na pré-escola. Aprende a escrever e a ler. Assim que aprende, começa. Vê os documentários da cultura, e os vídeos do Fantástico. Faz anotações sobre tudo o que vê. Lembra até hoje do liopleurodonte, o maior predador que já existiu, e da velocidade do guepardo: 100 Km/h.

2000 - 1ª Série. EMEF. Pref. José Carlos de Figueiredo Ferraz. Se apaixona por uma garota mais velha: seu primeiro vislumbre sobre o amor. Escreve cartas enfeitadas com desenhos. Faz lição e se comporta bem. Assiste aos filmes de Steven Spielberg. Passa a sofrer bullying na escola e no condomínio onde mora com a mãe e com a avó.

Nesse período faz constantes mudanças. Vê a mãe se casar com um homem que sofre de convulsões, tem propensão para vícios e é ignorante. O homem é engraçado, mas as brigas são constantes.
Ganha um gato branco. Perde o gato branco. Cria peixes num aquário. Cria hamsters. Começa a lutar taekwondo. Se apaixona de novo; um novo vislumbre do amor. Desta vez escreve dezenas, senão centenas de poemas (um tanto melosos) inspirados na garota: nasce definitivamente o garoto que escreve. Pega as menininhas na igreja, debaixo da mesa. Pega as menininhas do condomínio, que gostam de ouví-lo cantar. Gosta de cantar. O chuveiro sabe.

2001 - Conhece seu melhor amigo, Victor, com quem passa a maior parte da infância. Um cara ruivo, alto, taxado de doido, esquisito, colérico, mas muito inteligente e curioso. Passam horas discutindo sobre vida extraterrestre, engenharias, biologia, lutas, sofrimentos, tudo tudo.

2004 - 4ª Série. Junto com um amigo gordo do clube dos excluídos, lê o Poema Sujo de Ferreira Gullar. Com o amigo, escreve uma redação sobre São Paulo. Juntos, ganham a chance de representar a escola num evento. Ouve Pitty. Gosta de dinossauros. Assiste O Mundo de Beakman. É gordinho. Gosta do frio. A mãe e o padrasto discutem sempre. O padrasto vai e volta de casa. A casa vai e só vai. E nós andamos. O aluguel normalmente custa de R$250,00 à R$400,00.

2005 - Sua mãe entra num novo relacionamento, desta vez ainda pior, com um homem possessivamente ciumento, pouco higiênico, agressivo.

2006 - Adentra no mundo das subculturas alternativas. Soturno, coturno, romântico, sobretudo, preto, esmalte, maquiagem, teatro. Ouve Evanescence. Muda-se para uma Cohab, onde divide a casa com o novo padrasto e sua família. Iniciam-se conflitos religiosos dentro da casa, entre sua mãe cristã e a família de seu padrasto (candomblé). Enquanto isso, matricula-se na pior escola que já conheceu, apelidada de "Xiquinho". Recusando-se a estudar em tal escola, perde praticamente toda a 6ª série.

2007 - Nunca sofreu tanto bullying, mas aprendeu a lidar. Conhece outro grande amigo, Leonardo, deficiente físico, bem humorado, esforçado, estudioso, um pouco moralista. Um verdadeiro exemplo. Ouvem Linkin Park juntos.
Torna-se aluno destaque, fazendo sua classe vencer o Debate de Ciências do fim de ano por dois anos consecutivos. Apaixona-se profundamente por uma garota gótica que tem namorado. Envolve-se numa trama. Sabe o que é o amor. Sim, agora sabe. Mesmo.
Visita Niterói (RJ), na casa da tia carioca. Vai pela primeira vez à um museu de arte, o MAC. Vai ao Cristo. Vai ao mar. Ama Niterói. Volta Amando.
Ganha um cão branco. O cão morre.

2009 - Visita novamente o Rio. Entra no Ensino Médio. EE. Exército Brasileiro. Desiste temporareamente do esteriótipo rock'n'roll. Tem romances. Sim, tem romances. E tem um boom: volta a escrever. Volta-se também para a música, aprendendo a tocar teclado, e para a fotografia. Assume o ateísmo. Ganha um outro cão.

2010 - Inicia a obra Pensassonhos, seu primeiro livro de poesia. Doa o cão que ganhou. Sua mãe termina o outro relacionamento conturbado e inicia um novo. Problemas existem, mas tudo bem. Muda-se para uma pequena vila em Mairiporã. Nunca foi tão bem acolhido.
Participa do primeiro Sarau na Casa das Rosas, em São Paulo. Vence o VIII Concurso de Redação do Lions Clube, do qual participaram 2600 alunos de escolas públicas e particulares (vitória esta que lhe rende bolsas integrais no Colégio Objetivo de Mairiporã e na Skill Idiomas, onde estuda atualmente). Publica uma redação na Revista Lions Clube. Obtém o 2º lugar no Concurso do Projeto Poesia 2010, da Diretoria de Ensino de Caieiras, com o poema "Hoje não farei Nada". Participa de exposições escolares. Faz novos amigos e uma namorada inesquecível.

2011 - Finaliza o livro Pensassonhos e fecha contrato com a editora Anadarco. Lança o tal livro em Junho, e assina uma coluna para a Revista Crase. Atualmente estuda no último ano do Ensino Médio e está decidido por cursar filosofia. É autodidata em vários tipos de arte. Tem planos de gravar seu primeiro CD Demo em breve, com músicas de sua autoria; pretende também gravar suas três sonatas já compostas.

"Esta página estará em constante atualização até o lançamento do Site Oficial de Israel Silva."