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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Em meio aos escombros.





Pra vocês que não me conhecem, vou tentar me transparecer um pouquinho. O que, venhamos, não é lá uma coisa simples: transparecer-se. Não só porque a carne não é transparente: a luz raramente passa pela essência de alguém. Então já comecei bem - errando - ao dizer que eu iria me transparecer. Na verdade o que eu vou fazer aqui é, através de símbolos e códigos comunicativos, bem como imagens, transmitir minha essência à vocês, leitores. E espero que minhas palavras ajam bem como ondas de rádio sem interferência alguma. 

Mas já vou avisando: sou jovem. Tenho 17 anos de idade e nasci no ano de 1993, no mesmo mês da Batalha de Mogadíscio na Somália. À mim isso interessa mais do que o signo: Libra. Mas falei. 

Certo. O primeiro aviso é dado. O segundo: peço perdão às garotas românticas; daqui não escorrerá mel. Essa coluna é mais uma lâmina da Revista Crase. É para quem pensa. Ao contrário. Portanto não busquem aqui a minha faceta mais sorridente (apesar da foto da coluna), tampouco meu Eu mais suave. Aqui vocês verão um cenário de guerra, com poesias no estilo "3000 rounds per minute". Munição traçante. Tá bom, eu exagerei. Afinal, a ironia ácida que aqui tentarei colocar fará cócegas: espero que aqueles que não tenham humor possam dar uma risadinha tímida, talvez uma que nem se externe e permaneça dentro do diafragma. 

Vocês terão, caso queiram, oportunidade de me conhecer melhor mais para frente. Eu esperarei numa fenda numa calçada: aquela formiguinha, sabe? Não não, a que morreu não. 

E muita coisa eu tenho pra dizer ainda. Mas a calma é necessária. Mas só depois do grito. Sim sim, depois que o grito se esvair até o último arranhão, mandarei beijos. 

Mandarei beijos e música. 

Em meio aos escombros. 



Conheça minha coluna na Revista Crase, Sistema Nervoso!
http://israel.revistacrase.com.br

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Olá, alguém aí? Parte 2.


Para ver a primeira parte, basta descer até o post anterior. 

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Parágrafo Único: Tentativa adolescente? Verdade, este é outro fator determinante na escultura da obra: em minha atual idade, sou considerado “adolescente”. Aí já viu. Adolescente... Uma criatura infame do mundo inferior – curioso, irresoluto, efêmero. Com a enorme tarefa de viver o tão desejado aqui e agora sem deixar de planejar o futuro. Enfim, um ser incompleto caminhando para ser... Caminhando para Ser (ponto).
Artigo 7º - Portanto, o fato é que com esta obra (Ó dó de ti) quero te levar a tentar e tentar comigo – que tentar é uma tentação... Verás. Mas tentar o que? Tentar crescer como ser humano, tentar alcançar entendimento e inspiração. Tentaremos juntos voar por sobre muralhas e sairmos da caverna da alienação. Verás.
Artigo 8º - Palavra de réu: nego a acusação de jogar palavras ao vento. Não, eu não jogo palavras ao vento. Eu elevo meus pensassonhos aos ventos e eles voam (para isso as asas). Pois não sou um ditador das palavras tampouco de suas interpretações, portanto lhe concedo a liberdade de tomá-las e colocá-las na forma que mais desejares, e se apropriar delas para que estas façam parte de sua vida (que, como a minha, não tem sentido predefinido). Quero fazer de minha vida e de minha obra um patrimônio comum de todos.
Artigo 9º - Autoria? Bem, se sou autor é por que fui eu quem (perdão pela palavra) vomitei isso aqui. Mas acaba nisso. A autoria é minha, mas o vômito em si não. Veio de mim, mas com graça vos dou – aprendi a compartilhar. Universalizo-me, eu que já sou cidadão cosmopolita. O conhecimento e a inspiração são de todos (se já disse, repito). Eu? Eu sou apenas um glóbulo nessa veia.
Artigo 10º - Pensassonhos por quê? Explico. Pensassonho é um fluido que toma a forma do recipiente que o guarda. Pensassonho não é exatamente um conceito firme, mas uma brincadeira de palavras que procura nos trazer simples ideias: pensassonhar, em suma, é o ato de poder pensar, de maneira fluida, própria e livre (livre de preconceitos e ideias criadas pelo capitalismo selvagem, pela mídia manipuladora, pela publicidade canibal etc.), libertando assim a inteligência e os talentos naturais para que estes possam ser usados na conquista dos sonhos e da felicidade.
Artigo 11º - A interpretação, claro. É fato que cada partícula deste livro guarda uma mensagem, mas não se sabe quantas mensagens cabem nas partículas. Certos poemas são inscritos em rocha, outras palavras podem estar escritas em nebulosas, vai saber. Fiz assim para que haja uma relação mentalmente sexual entre tu e este livro. Desta forma, não apenas a obra preencher-te-á, como tu preencherás a obra. Ao tentar interpretar esses hieróglifos, entenderás que certas vezes a mensagem é óbvia, e noutras circunstâncias a mensagem será criptografada. Assim, gerar-se-á confusão e daí nascerá o caos e então virão questões. O caos se encarrega de gerar. E a questão é a gênese do conhecimento.
Artigo 12º - E fiz assim (siga em frente) para criar um espécime de quebra-cabeças, com partes móveis e interligadas, as quais você certamente vai apalpar e remontar e colocar sob outros ângulos. Isto não é uma bíblia publicitária, mas um pequeno livreto de filosofia primordial, ou de simples observação. Este livro foi feito para ser visto de diversos ângulos, sob o olhar de diversos observadores, através de lentes multifocais. 

domingo, 2 de janeiro de 2011

Entre(Vista) com J. A. Nobel

"May era uma sombra da luz do sol quando olhou para mim. A luz bem atrás de si, sua pele pálida iluminada com dourado; mas foram seus olhos que me chamaram atenção, estavam tão tristes e cautelosos como nunca os vi."









Olá, meus caros leitores! Começamos 2011 com  pé direito. Com muito carinho eu vos apresento a primeira entrevista do blog Pensassonhos ©. Trata-se de uma entrevista exclusiva com a jovem escritora independente J. A. Nobel, uma natalense de 1993 que já esbanja muito talento.

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Entrevista com J. A. Nobel.



Israel Silva: Srtª Nobel, é um prazer tê-la como a primeira entrevistada do blog Pensassonhos. Pessoalmente gosto muito do seu trabalho, e esta está sendo uma oportunidade muito oportuna (rsrs). Enfim, diga pros leitores, como e quando você começou a escrever? E por quê?

J. A. Nobel: Bom, eu era mesmo aquele rato de biblioteca quando pequena. Sempre gostei das aulas de produção textual e sempre levava bronca por escrever histórias muito grandes. Com 12 anos criei coragem e comecei com uma historinha mais elaborada, que não ficou lá essas coisas. Tentava tanto me superar, que em dois anos escrevi cinco histórias gigantes, todas inspiradas nos meus ídolos da época, porque eu costumava escrever pra um site de fanfics (graças a Deus eu cresci). Depois disso vieram mais quatro, sendo uma delas o meu livrinho favorito, Depois da meia noite, terminado em fevereiro de 2009, e outras duas, parte de uma só série, que eu estou dando uns últimos ajustes.

Israel: Sempre tem um começo, e é Interessante você ter começado com fanfics. Aliás, todo artista tem uma história pra contar. Você poderia, brevemente, tentar nos contar um pouco da sua história de vida?

J. A.: Minha vida sempre foi um tanto maluquinha. Muitos de minhas aventuras da pré-adolescência inspiraram minhas histórias, então não dá exatamente pra contar tudo (risos).

Israel: Olha só! (risos). Continue.

J. A.: Sempre fui apegada à família. O que eu faço por eles sempre vem em dobro. Mais nova, tinha a vaidade de ser a primeira da turma. Estudava antes das aulas serem dadas, fazia minhas atividades perfeitamente, e claro, babava os professores. A vaidade acabou, pra minha vergonha, e eu não tenho mais paciência de passar horas respondendo perguntas sem graça. Os professores ainda me amam, mas odeiam aquela piadinha sarcástica que eu solto sem querer no meio da aula. Não sigam meu exemplo, por favor. Eu mesma gostaria que tivesse sido exatamente o contrário.

Israel: Ah, não se sinta culpada. É meio difícil gostar de estudar hoje, até para os mais estudiosos. O sistema educacional de hoje está totalmente errado, obsoleto, alienante [argumento apoiado em Augusto Cury e Rubem Alves]. Mas enfim... E suas histórias de amor?

J. A.: As minhas melhores histórias de amor nunca realmente chegaram a acontecer. Eu gostava mesmo era de dar fora nos garotinhos. Fase da crueldade. Agora me parte o coração (muitos risos).

Israel: Ai ai, que má. Brincadeiras a parte, você é um tanto talentosa para uma garota tão jovem. A que se deve seu talento: estudo, sensibilidade, treino...?

J. A.: Nossa, obrigada por essa. A resposta então seria observação. Simples. Tenho uma mente que trabalha noite e dia. Com o tempo aprendi a ler pessoas, fiquei boa nisso; aprendi a criar personagens que se parecem com gente que encontramos todo dia.

Israel: Você tem alguma influência literária? Qual?

J. A.: Não sei se é uma coisa pra dizer com orgulho, mas minha influência literária veio dos tais sites de fanfics. Percebi que eu sabia fazer o mesmo.

Israel: Como uma garota sensível e talentosa, você deve ter muitas paixões e sonhos. Pode dividi-los conosco?

J. A.: Nossa, que assunto delicado, hehe. Bom, sonhos eu tenho muitos. Faculdade, apartamento, emprego, casamento saudável, viagens. Não pretendo ganhar milhões nem conquistar o mundo. Gosto muito de sentir borboletas na barriga de vez em quando, mas aprendi mesmo a cuidar de mim, gosto de sentir segurança quando estou com alguém. Acaba parecendo maldade, mas pra ganhar um sim da minha pessoa é preciso esforço. rsrsrs

Israel: Ui, mandou um recado aí para os marmanjos de plantão. Espero que seu livro não seja tão difícil (risos). Conte-nos mais sobre sua obra. Do que se trata e como adquirir?

J. A.: Você sabe que sempre que me perguntam eu não sei explicar direito? Bom, Depois da meia noite é uma história mística que veio com o propósito de quebrar esse romantismo exacerbado da literatura dos dias de hoje e abrir os olhos das pessoas para os pequenos detalhes que constroem o verdadeiro amor. A história mostra a mente dos jovens de hoje, especialmente a mente masculina – por apresentar eu lírico desse gênero – e relata suas reações quando coisas fora do comum acontecem. Ryan é um garoto popular do colégio McOnnel na Califórnia; típico riquinho mimado, tem o que quer na hora que quer. Mas é quando ele conhece uma garota peculiar na escola que ele descobre que sua vida não é perfeita. Sem nunca ter se apaixonado por ninguém, estar no meio de uma paixão impossível o faz enlouquecer. É um livro que acontece no mundo real, onde as pessoas mentem, onde a dúvida existe, onde os adolescentes vivem suas vidas inconsequentes e se preocupam em ser julgados pelos outros. O link para compra do livro está no meu blog, ou diretamente em http://agbook.com.br/book/18398--Depois_da_meia_noite. Sou suspeita pra dizer que vale a pena, eu sei, mas o livro tem surpreendido até a mim. O final é uma grande surpresa.

Israel: Muito bom, conseguiu explicar direitinho. Estamos chegando ao fim, mas ainda falta um detalhe. É engraçado (e você há de concordar) como é difícil para as pessoas olharem pra si mesmas e tentarem encontrar alguma definição. Mas olhando para você, como você se define? Enfim, quem é J. A. Nobel?

J. A.: Estou tentando pensar numa resposta bacana pra isso aqui. Aqueles defeitinhos vêm logo à mente e dá a maior vergonha de se autoelogiar. Sou uma garota vaidosa: meu cabelo é tão mimado que até já tem vida própria. Sou perfeccionista, apesar de bastante prática; tagarela, como já deu pra notar, às vezes sou até um pouquinho “reclamona”; sou caseira, e também um tanto crítica. Talvez eu possa dizer que me orgulho bastante dos meus “dotes artísticos”. Adoro desenhar, cantar junto do meu violão, criar histórias sempre que posso. Sou péssima nos esportes, super desastrada, mas tenho um tio aventureiro que sempre me leva pra fazer rapel sem o consentimento da minha mãe. Minha família é maluquinha. Adoro ficar com meus amigos, que por sinal, são maravilhosos. E o que eu mais gosto de fazer é responder emails contando sobre meus livros. Muito obrigada pela oportunidade, Israel.

Israel: Imagina, eu que agradeço.

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E você, leitor, pode acompanhar a trajetória e as pérolas da autora bem de perto. Basta acessar seu blog: http://rightaftermidnight.blogspot.com. Sigo e recomendo!

Pensassonhos © : Dando voz à jovem arte.


quarta-feira, 16 de junho de 2010

Informação Nutricional




Sobre o blog:

Pensassonhos é um blog criado para ser minha principal plataforma de expressão virtual. Nele, o leitor encontrará muita poesia, bem como prosas e outros gêneros textuais. Quem liga para os gêneros textuais... O negócio aqui é simples: abordar filosófica e artisticamente qualquer tipo de matéria ou energia, com uma visão multifocal e sistêmica, mas dando ênfase aos acontecimentos da minha própria vida, da sociedade e da vida como um todo.
Também me dou a ousadia de fazer críticas de livros, peças teatrais, filmes etc. Em breve também postarei aqui algumas entrevistas. Aguarde...

Sobre o autor:

Israel Araujo da Silva é paulistano de 1993. Proveniente de família humilde, sua história é repleta de acidentes, contendas familiares, incertezas infindas. "Lembro das enchentes que levavam barracos, da água-barro que sepultava a pobreza daquele lugar. A cocaína das bocas de tráfico dissolvia-se na chuva. Os móveis flutuvam...", diz ele, lembrando-se de um período sinistro de sua vida. Sempre curioso, começou a escrever aos oito anos de idade, devido à um "protoamor", como ele mesmo afirma. "Entre as brigas com minha avó, eu pensava numa garotinha. Escrevia", diz. Mas por muito tempo não levou à sério a atividade, até que completou 16 anos de idade, quando começou a escrever seu primeiro livro, intitulado Pensassonhos. O livro, segundo o autor, é marcado de "uma incerteza instigante, a própria condição adolescente, uma busca didática para a compreensão de temas como o amor, a condição humana, a violência, a memória, o tempo, o vazio, a guerra..." e tantos outros. O autor não só desfruta de uma pluralidade temática / técnica / textual. De fato, o desejo do jovem é ser multifacetado como o multiverso, extender seus horizontes além das fronteiras, das especializações. "Sei o que quero", diz ele, "vou estudar filosofia e pretendo ser um multiartista pensador". Assim segue Israel Silva, inseparável de sua adolescência, trabalhando em outras obras. "Estou trabalhando em outro livro, Extramundo, que apresentará uma poesia muito mais experimentalista e madura; também estou trabalhando em composições para meu primeiro CD demo, e tenho outros projetos em artes plásticas e filosofia. Acho que não devo ser rotulado ainda: pretendo ser amplo, pretendo surpreender muito em breve." Veremos. 

Israel Silva também participa de projetos culturais e saraus.