O texto à seguir está presente no meu livro, Pensassonhos, à ser lançado muitíssimo em breve, através da editora Anadarco. Posso dizer que o trabalho está ficando muti bom. Enfim, pra quem não me conheço, aqui vai uma palinha sobre mim.
...
De Alguma Forma sou de Forma Alguma
Eu.
Allegretto.
Eis que me apresento, me ponho sobre a mesa
Com (in)certa transparência e fosforescência
Tentando não ser tão estranho desconhecido
Pra quem me lê e de mim toma consciência.
...
Sou alguém (isso posto, fato é)
No meio do trânsito de muitos alguéns.
Sou, isto é fato.
Sou:
Moldado e constituído a base de
Carbono e H2O
Dentre outras ofensas bioquímicas.
Minha carcaça física material
É orgânica simétrica bilateral.
Sou tanto um quanto milhões,
Tanto ponto quanto reticências (...).
Sei que sem nenhuma transcendência,
Habito algum lugar no planeta Terra,
Na Via Láctea, na universal displicência,
Ou nalgum lugar em lugar algum.
Sou forma de vida inteligente.
Sou vida sem forma, consciente.
De alguma forma sou de forma alguma.
Poderia dizer que sou um animal
Multicelular mamífero primata
Perdido na tensa densa mata
Da civilização mundial.
Sou um indivíduo individual, peça qualquer
No recente tabuleiro da Humanidade.
Sou ser humano, antes de tudo. Ser humano...
O produto talvez mais insano
Da divina insanidade. (amém)
Sendo eu um ser humano,
(Criatura inteligente, mas não inteligível)
Sendo “Eu”: me expresso.
Assim, posso me expressar e dizer,
Nesse plausível momento sensível:
Sou um ser humano, multifocal, multiartístico, interativo e que interage com a multirrealidade (perceptível realidade incompreensível).
Sou um aglomerado de átomos, que de forma alguma, de alguma forma, tornou-se vivo e consciente de si mesmo.
Sou um jovem ser humano que pensa, logo existe. De alguma forma sou de forma alguma. E me chamo Israel Silva, prazer.