São ventos que sopram de longe, os que enfurecem...os ventos que me dissipam a alma e me roubam pequenas sombras da memória...são zumbidos perigosos os que se perdem por aí...lágrimas de anjo que sinto cair...palavras gravadas, esquecidas ou simplesmente apagadas por feras vadias que de mãos dadas parecem sorrir...oiço o vento...que sopra de longe, de norte, tão perto de mim...sinto o seu cheiro...o seu toque...o seu sangue...e o seu beijo...sinto que está frio...muito frio...Sinto que são só ventos, que de ventos não me esqueço...são ventos que me roubam a calma...ventos que sopram de longe e de perto, ventos que vagueiam por aí...