segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

TALASNAL - Restaurante Ti Lena

Na aldeia do TALASNAL, nessa bela Serra da Lousã, um restaurante de cozinha regional, o "Ti Lena", propriedade da simpàtica Lisete Dias, acaba de receber honrosos elogios no mais reputado Guia Turistico Francês, o "Guide du Routard"! CHanfana, Cabrito Assado, Bacalhau Assado são algumas das especialidades da casa! Claro e a simpatia que jorra por tudo quanto é lado, desde logo quando ainda a uns 2 quilómetros de distância se pode disfrutar duma vista como esta. Uma Aldeia de Xisto no meia do verde fantástico, ou do branco quando a Neve visita a aldeia.
Hoje visitámos a Aldeia num encontro de amigos que teve como Honroso Conviva um homem que vive longe de todos nós, mas que apesar disso e da vida mais ou menos agitada que leva, com gosto diga-se, não se esqueçe de nós e de Coimbra. Obrigado Bobbizé por teres simpatizado comigo e com os meus rabiscos deste blog, foi um prazer conhecer-te pessoalmente.






Uma foto à entrada da Aldeia, ruas estreitas, tudo em pedra de xisto, candeeiros bonitos e rústicos espalhados por ruas e ruelas, escadas e escadinhas.











Na porta do Ti Lena com uma vista deslumbrante para a serra, com a Vila da Lousã ao fundo que mal se vê. 9 Kilometros separam a Aldeia da Vila da Lousã.











Dentro do restaurante uma Lareira à antiga. Embora não estivesse muito frio, estava-se bem ali à lareira enquanto o repasto se aprontava.











José Oliveira acredito que é o Português que mais gente da música conhece, ao longo de uma carreira já vasta de muitos anos e muitas entrevistas a gente do Show Music. Assim que me lembre, James Brown,  Frank Zappa, Scorpions, Status Quo, Robert Plant, Peter Gabriel, Phill Collins, Deep Purple, Brian Auger, Joe Cocker, Pink Floyd, Who, Santana, Status Quo, Manfred Mann, Joan Baez só para relembrar alguns nomes que consegui assim de repente por na escrita, duma vasta lista de personagens que o 
Como homem ligado à música, teve de nos presentear com uns acordes, e olhem que não se saiu nada mal quer a tocar quer a cantar.











Uma Viela já ao final de tarde no Talasmal.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Feliz Natal meu Amor



Amor

Para ti um

Feliz   Natal

Por  tudo o que és

E sempre foste para mim

Um conjunto de pequenas coisas

Grandes gestos que nem sempre identifico

Sem  ti, com certeza eu não era a mesma pessoa

Nós os dois somos um só,caminhamos no mesmo sentido

Partilhamos um espaço comum e vivemos a mesma esperança

Vivemos precisamente o mesmo futuro

Temos as mesmas recordações

Em mais um Natal

Desejo-te

Amor

Paz

Eu

Feliz Natal

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

E depois o Burro sou eu??? É que sou mesmo !!!!

Época Natalicia, dias bonitos de muito amor e cordialidade e de enorme hipocrisia. Multiplicam-se as acções de benificiência por esse país fora, diria por esse mundo fora, como se quem recebe essas ajudas apenas comesse e se vestisse no Natal. Hoje apareceram noticias nos Jornais de que os gestores do BCP recebiam 10.000 euros por dia, 2000 Contos por dia na moeda antiga,  qualquer coisa como  60.000 contos por mês, algo que a maioria das pessoas não recebe em 20 anos de árduo trabalho, gente que se desloca por inumeros transportes publicos até chegar ao seu local de trabalho na sua grande maioria locais sem a minima condição, enquanto esse LADRÔES anda de faustos Mercedes, possuem Gabinetes do maior luxo, tudo do bom  e do melhor. A ser verdade as noticias hoje publicadas é um insulto não a mim ou a muitos como eu que vivemos ou sobrivemos como pudemos, mas um INSULTO a quem passa fome, a quem dorme ao frio das noites geladas do nosso Inverno. 
Depois ainda vemos a lata com que o BCP ainda faz publicidade nos sacos que enchemos nos supermercados no dia de Ajuda ao Banco Alimentar.  70 Toneladas de alimentos num dia são uns milhares de Portugeses a gramar com o nome do BCP pelas trombas fora, um insulto a quem é remediado e não se importa de repartir o pouco que têm. Depreendo que essa publicidade aparecerá porque o BCP contribuirá com algo, com algum digo eu, mas num caso como o do Banco Alimentar, não seria um generosa oferta anónima mais de acordo com os principios a que essa ajuda se destina??



Será que algum daqueles meninos a receber 10.000 Euros por dia, contribui com algum montante.Será que tal como eu encheu o saco com o mesmo que eu enchi, e olhem que o enchi mesmo?? E depois os governos por esse mundo fora ainda ajudam os Bancos a manter a liquidez..... E depois o Burro sou eu???  É que sou mesmo !!!! 

 

Silencio-me

Abraços sentidos, passeios pensados, olhares distantes que se perdem no horizonte por entre ondas rebeldes e gaivotas que voam em movimentos circulares à procura de alimento num mar imenso que nos rodeia e fascina. Aproveito a calma do momento para nos nossos olhares distantes recordar lembranças de passeios nocturnos em momentos de namoros proibidos, beijos abraços e carícias vividas em lugares comuns, jardins majestosos, sapatos molhados pelo orvalho de relvas que acumulam histórias, fotos amarelas gastas pelo tempo e luas que se revezam num vai vem previdente. Acordes de músicas distantes afagam o teu cabelo, gestos previsíveis silenciosos revelam emoções que nos aquecem neste final de tarde solarengo e reservado. Sussurro-te ao ouvido frases inventadas na hora que sei que mexem contigo, sei que a vida foi inventada para ser partilhada mas não há memória de duas almas se terem abordado desta forma tão eloquente e tão terna. Encostas o teu ouvido no meu peito e tentas indagar a razão dos silêncios que faço quando te admiro, ou das palavras que ainda não te revelei e que me vêm á mente em sonhos fatais não muito distantes. Procuro dar-te o calor do meu abraço para te confortar do vento agreste que começa a soprar e que arrasta os teus cabelos longos e avermelhados sobre os braços semi-nus deixando escapar perfumes de flores secas de Outono. Enroscas-te em mim, fico preso no tempo, acorrentado no teu olhar meigo, admirando a nobreza do teu toque e silencio-me.

Contigo vou ao fim do mundo

Contigo vou ao fim do mundo, aquele lugar de amores e  sorrisos, contigo vou ao fim do mundo e fico por lá, contigo claro. Lá não há medos, não há desenganos não há nada que nos atrapalhe. No nosso fim de mundo existe atracção, desejo e imaginação. O nosso fim do mundo é um castelo encantado repleto de paixão, abraços e brilho, onde a magia dos finais de tarde nos lisonjeia e fascina. O nosso fim de mundo é hoje porque amanhã voltaremos a correr para lá, um local que nos agita e nos transporta para um amor que não há igual, para a realidade profunda de me encantar com o teu sorriso, de te olhar e ver esse amor incondicional que me condena a estar apaixonado por ti, uma condenação para a qual não busco liberdade condiconal, és o meu carrasco e a fonte que alimenta a minha existência. Estou apaixonado por ti mas isso já tu sabes. Contigo vou ao fim do Mundo, um lugar que de imaginário não têm nada, para nós o fim do mundo é acordar todos os dias lado a lado, passear de mãos dadas e nunca deixar de sorrir nem de dizer amo-te.


Encontro-te a meio caminho.....

Encontro-te  a meio caminho entre mim e um raio de luz que te guia pelos campos férteis de paixões pungentes, locais de verdades inventadas, mentiras reais e momentos mágicos. O amor dá todo o sentido às nossas vidas, é uma arte pouco abstracta que nos rodeia de paz interior e existências reflectidas em lençóis de água gelada. Sempre que decides explorar-me encontras algo de novo, preparo-me a cada dia para esse momento porque só assim sei amar-te, amar-te assim perdidamente, sorrir-te, respirar-te e lutar por ti a cada momento. Orgulho-me de ter ao meu lado, ainda tremo quando me dás mão e caminhamos lado a lado, tal como aconteceu na primeira vez que o fizemos, só tu sabes como me sossegar em dias complicados quando com esse teu sorriso consegues oferecer-me uma estrela cadente numa noite quente de Agosto. Contigo não conheço desesperos, não vejo asfixias, nada é banal. Contigo consigo caminhar sobre os obstáculos, ultrapassar barreiras, respirar sonhos, cantar a tua presença aos sete cantos do mundo porque sei que o nosso amor viverá para sempre.Encontro-te a meio caminho entre mim e ti, linda, airosa. Caminhas suavemente envolta em seda vermelha que te rodeia o corpo, carregando pétalas de rosas selvagens. Por instantes fico envolto em pensamentos e recordações, desperto com a textura da tua pele que me toca e que chama por mim, perdido que estou entre as minhas mãos que te afagam com suavidade e um instante de troca de olhares que transmitem vontades. Desafias-me com teu corpo airoso, seduzes-me com a tua humidade e um abraço prolongado numa forma melodiosa que molda o teu corpo ao meu num acto felino e que vicia. 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Ofereço um corpo cuja alma também já é tua.



Parece que ainda hoje te conheci e já lá vai afinal tanto tempo, ainda assim desde o primeiro dia que agarro todos os momentos que me proporcionas como se fosse o último, torno-me louco, e desesperadamente atrevido de tal forma que me perco entre abraços e jogos de sedução, e nem me apercebo da quão viciada é esta relação amorosa cuja força me deixa completamente vulnerável ao poder que tens sobre mim, uma reacção química profundamente perigosa, ainda mais quando nada disto acontece por acaso. É que eu adoro saber que tu entendes que o teu amor envenena o meu corpo com sintomas de forte dependência para a qual nem sequer procuro uma vacina.O diagnóstico indica que o amor é uma palavra tão complexa que ainda não foi descoberta uma vacina que nos possa proteger dele, e o seu sentido é por norma de difícil explicação. Uma relação baseada em amor forte, plena de prazer dói em nós, e ao mesmo tempo é essa dor que nos mantém vivos e nos faz querer sonhar mais e mais.Tento por vezes embora em vão, resistir a essa enorme força que usas comigo e que me embriaga mas que me ajuda a construir algo ainda mais forte, dia após dia, a cada instante mais alegria, muita serenidade, vontade de te sorrir e de correr à chuva à beira mar numa manhã de Dezembro, de ouvir  o vento que esvoaça os teus cabelos contra o meu rosto, de ver o reflexo de neblina nos teus olhos ainda meio ensonados, a tua pele suave num corpo ainda meio adormecido.Roubo-te um beijo que transporto até um ombro desnudado, iluminado por raios de sol matinais que me afagam o corpo e nos banham de erotismo. Enquanto roubo esse beijo sinto nas tuas mãos um olhar sereno e vejo nos teus olhos movimentos que me acariciam o pescoço que corres com a tua língua aveludada.Embalo ao sabor do vento e consigo ouvir-te em sombras serenas, refúgios onde me acorrentas a ti e onde me perco na imensidão das nuvens que transporto. Vejo-te sempre com paixão, esvoaças por entre lírios brancos e campos de trigo selvagem num vai e vêm que me deixa louco de tesão, misturas meiguice com ideias e pensamentos e danças para mim numa estocada final em que já não resisto e te ofereço um corpo cuja alma também já é tua.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Hoje quero-te

Casos da vida, amores eternos, desencontros que não duram para sempre, sorrisos eternos em lábios frágeis, gente que chora e desfalece, pecados vividos em liberdade, beleza e vaidade, pessoas que gostam de gente que não gosta de nós, vozes que correm atrás de momentos calmos e que esperam pelo seu tempo. Amor.
Amor, vida, pedaços de nosso tempo, olhos fechados que te sentem e desejam, braços abertos que recebem amores jurados eternos, noites de paixão entre lençois de linho cru, corpos prisioneiros de  alucinação, sentimentos excessivos de posse e mágoas acumuladas sem maldade. Não hoje não quero pensar-te, não quero pensar em nada, em mais nada que não sejas tu com o teu jeito simples e sincero, quero delirar enquanto o nosso amor resiste ao tempo como se fosse uma tatuagem marcada nos nossos corpos. 
Hoje apenas quero arrastar-me para o teu colo, e viver a inocência atrevida do teu corpo que marca o meu, cada vez que nos apertamos entre gemidos e caricias infinitas, palavras e sussurros, mãos que sobem pelas pernas macias e cobrem vazios, espaços entre nós e beijos ardentes, olhos que brilham a um ritmo aluciannte, lábios que se encontram a meio caminho entre o desejo e a paixão.
Amores, infortunios, vidas cruzadas, factos comuns, gente vulgar que se atravessa em caminhos usados, são coisas que hoje não quero sequer imaginar que existem para além de ti. 
Hoje quero-te a ti, e como sempre não quero nada em troca, apenas que faças o que sempre anseio, que me faças esquecer tudo o que me rodeia. Só tu fazes amor assim......

Nela Sarmento e Jean Yves- Um amor que vêm de longe

Esta menina bonita é a minha prima Nela Sarmento, que eu não via desde 1964, ou seja desde os meus 6 anos de idade. Depois da partida para Moçambique onde passou bons anos da vida dela o regresso a Portugal não serviu de re-encontro, vá lá saber-se porquê. Graças ao Cavalinho Selvagem e ao Grande encontro de Gerações do passado Outubro, surgiu a possibilidade deste abraço sentido a alguém que é um dos nossos e por isso deve ser vivido e preservado. Foi um encontro bonito numa festa bonita, a ROTA DAS ENGUIAS - VAGOS, mais uma vez organizada pelos nossos amigos de uma Geração Fantástica, anterior à minha e que faz jus ao Espirito do BMC por um lado e a outra coisa muito importante que anda pelas ruas da amrgura: AMIZADE.
Este castiço que acompanha a minha prima, o seu marido Jean Yves é a prova de que o amor existe e de que um Grande Amor será sempre vivido de forma intensa, assim se lute e acredite no futuro de duas pessoas. Uma história bonita que quem sabe um dia e com a devida aurotização eu escreverei sobre ela, porque acho que merece ser divulgada, pela originalidade e imprevisto da mesma e pelo tempo que levou a ser realizada. Impressionante.
Aos dois um grande abraço de felicidade por vos ter encontrado e por terem partilhado comigo e com a minha querida Laura a vossa história.


O teu olhar viola-me profundamente

Sinto-me violado pela profundidade do teu olhar meigo que me fixa a alma, esses lindos olhos castanhos amendoados cheios de alegria pela beleza que a vida te oferece, repletos de sentidos enormes, em caminhos iluminados por reflexos de sol em folhas de Oliveiras carregadas de azeitonas, onde em tardes de calor imenso descansas o pensamento e os pés doridos, maltratados pela calçada dum caminho longo que percorremos juntos, nem sempre de mão dada. 
Encontro esse olhar deslumbrante que me fixa sem sequer dar por mim tão longe e tão perto estás de mim, e acompanho-te nessa caminhada soalheira em tempos dificeis, momentos de incerteza e provação quando as palavras amor e respeito fazem mais sentido, quando envolvimento é mais necessário e nos dá mais força para sorrir. Não existe nada para além de ti que me faça largar um sorriso deslumbrante, nada que faça largar a vida, quero-te para toda a eternidade, preciso que transbordes de mim e que alimentes a minha vida com pedaços desse teu calor que fascina e arrepia mares, tempestades elaboradas por pensamentos dúbios.
O teu olhar cor de mel, doce e franzino é tão forte que atravessa vales e montanhas, tu és a minha tempestade o meu anjo, uma cor que me aquece o regaço e me conforta, um lugar onde me escondo do mundo, és o céu que envolve o sonho, a memoria que alegra o meu destino, o tesouro onde encontro verdades que me confortam quando não estás. 
Adoro quando me fitas com esse olhar que me despe e me deixa fascinado, esse toque que me aquece e me adivinha os movimentos, quando o castanho do teu olhar me encanta o corpo e a alma, quando trocamos olhares e as nosas bocas se envolvem, e quando me mermuras que existes porque sabes que te amo.

Rota das Enguias - 13DEZ2008

Pedro Sarmento - Nela Sarmento - Jean Yves
Zé Ferrão - Maricota Neves - Fernanda Sarmento 
São Vaz - Quito Pereira - Juca Sarmento
Ze To Gaspar,Jo Carvalho,Lekas Soares, Gina Faustino e Jorge Lopes
Sentados: Graça Gaspar e Olga Viana


Alfredo Moreirinhas, Daisy, Zétó Gaspar
O Gil e o Rafael bem animado com a prenda de Natal
Graça Gaspar,Gina Faustino e Olga Viana
Chaves , Álvaro, Vitor Soares, Jo Carvalho, ZeTó Gaspar
Isabel CArvalho e Maricota Neves

sábado, 13 de dezembro de 2008

Amor Proíbido

Grito gestos pensados, momentos e reflexos de carinho escondidos sob a capa de um amor encantador, abraços e olhares trocados em silêncio em noite  iluminada por uma grande lua cheia que cobre o nosso amor de um faustoso manto de incertezas e actos irreflectidos, na busca da paz que um amor proibido nos impede de tocar ao de leve. 
Amo-te tanto que escondo pecados roubados e desejos determinados pelo toque de vontades, ou fragmentos de gritos que em sonhos conturbados num espaço de revolta, me atormentam a vontade de viver na incerteza de um dia poder gritar aos sete ventos que o nosso amor é lindo.
A dor é tão grande que me perco com frequência em lembranças ou simples pensamentos de nós, na tentativa de me anestesiar do pesadelo que é viver-te sempre á distância, mas até aí, a censura das vozes me atormentam, como se me quisessem dilacerar a alma e despojar-me de todos os sentidos que me impeçam sequer sonhar-te.
Um amor proibido, um fruto apetecido por memórias de perfumes mesclados com sonos profundos, recordações de futuros incertos e presentes minguados, evaporam a mais simples presença de ti no meu corpo, atirando-me para a profundidade da tristeza, para um lugar imundo cortado pelo tempo que não passa nunca, minutos imensos que tornam os meus dias em lugares detestáveis. Um poço sem fundo, um lugar de escuridão profunda e silêncio imposto por asfixia de sentimentos, um pedaço de frio que nos atravessa os ossos e nos consome em madrugadas infindáveis, em dias de interminável tempestade.
Por mais que me digas que não me podes amar ou que não me mereces, ou que escondas o olhar quando me atiras frases feitas de tempos perdidos, permaneço apesar da aflição de não te ter, lúcido e calmo. Nem sempre um amor assim é um amor perdido, por uma paixão forte luta-se, sofre-se e vive-se, sente-se com firmeza, e eu amo-te tanto que sinto a dor que te trespassa o peito quando a insónia te desperta a alma, enquanto eu te procuro e não estás em parte nenhuma, enquanto escondes as verdadeiras razões pelas quais mentes e te disfarças atrás de dias já antes percorridos, e que terminaram em nada. 
Entre sentimentos de amores que não são esquecidos e de amores que não querem ser vividos fica o vazio dum amor eterno perdido, ou dum mundo inteiro para percorrer em busca de outras dimensões, de outros amores, de outros como eu. Há dias em que o mundo é deste tamanho, sim desse tamanho pequenino, da forma da tua mesquinhez quando decides desistir de mim, dum amor perdido, duma alma dilacerada pela dor, porque pior do que não ter esse amor desejado, é não ter lutado intensamente por um amor proibido.

Amor, que o gesto humano na alma escreve,
Vivas faíscas me mostrou um dia,
Donde um puro cristal se derretia
Por entre vivas rosas e alva neve.

A vista, que em si mesma não se atreve,
Por se certificar do que ali via,
Foi convertida em fonte, que fazia
A dor ao sofrimento doce e leve.

Jura Amor que brandura de vontade
Causa o primeiro efeito; o pensamento
Endoudece, se cuida que é verdade.

Olhai como Amor gera, num momento
De lágrimas de honesta piedade,
Lágrimas de imortal contentamento.

"Luís De Camões"

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Adormeço-te e acordo-me em ti

O silêncio predomina, uma luz que brota da ponta dum pavio de vela acessa que exala Jasmim, ilumina  vagamente dois corpos apaixonados, embrulhados em pratas douradas com sabor a chocolate e ameixas pretas. Odores mistos de onde brotam paladares  doces e inebriantes, sabores que  lembram frutas vermelhas escuras tocam-nos ao de leve, amoras pretas e frutos silvestres massajam o teu corpo, percorrendo todos os caminhos que te trazem a mim. Como se de um ritual se tratasse, beijo-te voluptuosamente e sorvo o teu suor doce e quente dançando á tua roda de forma alucinante farejando o peculiar amago da tua alma. Na calma da noite olho-te e acompanho-te a cair num sonho profundo e aproveito para pensar em nós, tento saber desde quando fazes parte da minha vida, e não sei se sou teu mesmo antes de o saber, ou se te começei a  amar mesmo sem saberes, mas isso também não é importante porque desde sempre aprendi a amar-te mesmo sem te ter, ou a ser amado sem eu próprio compreender porquê. Amo-te, porque com o teu amor despertaste em mim alguém que eu próprio desconhecia ser, e por isso aproveito cada bocadinho para te observar e conhecer-me melhor. O que torna os amores grandes, fantásticos, é precisamente a impossibilidade de eles poderem acontecer, no entanto o impossivel torna-se realidade no momento em que descobres o antidoto para essa impossibilidade, quando acreditas que os amores possiveis são para os mediocres, para queles que apenas pretendem sobreviver ao dia a dia duma vida rodeada de sabores traiçoeiros, de cheiros impetuosos a preto e branco ou de um branco sujo rodeado de um verde de ilusão face a plano de vida adulterado e sem destino.
A vela apaga-se na escuridão e o cheiro a jasmim perde-se, substituido apenas pelo toque de pessego da tua pele que deixa um estranho aroma no ar aconchegando-se no meu tempo e na minha forma de te amar. Acaricio-te uma ultima vez e deixo-me adormecer para junto de ti, esperando acordar de manhã neste mesmo abraço que nos fortaleçe com um toque intenso de sândalo e suspiros de âmbar para mais um dia se sensações e acordes vibrantes. 

domingo, 7 de dezembro de 2008

Gratidão

Foi com muita satisfação que hoje me encontrei convosco e tive oportunidade de relembrar bons tempos que passei na vossa companhia. Como já tinha referido, com muita pena de o Peter não poder estar, mas se eu compreendo as razões do Pedro pela ausência dele, acho que também ele compreenderá as minhas pela força que fiz para que este dia acontecesse.
Desde em 21 de Outubro, o dia dos meus anos, em que escrevi no meu blog a mensagem CINQUENTA CORES http://pedrosarmento-escrita.blogspot.com/2008/10/ter-50-um-marco-diria-quase-histrico.html e nesse mesmo dia tive feliz ideia de enviar um e-mail à Brigada Vitor Jara na esperança de arranjar os contactos de alguem que me fizesse chegar a todos vocês, que ansiava por este dia.
Mal o Luís recebeu o meu mail, pôs-me logo em contacto com o Paulo Gaspar, o Paulo Gaspar com o Carlos, com o Blog do Cavalinho Selvagem http://cavalinhoselvagem.blogspot.com/  e depois cheguei a todos os outros.
A amizade não se agradece, eu sei, mas eu estou grato pela vossa companhia e pela vossa amizade. Não há muitas amizades que durem 50 dias, quanto mais 50 anos, e as nossas têm de ser preservadas.
Nós os rapazes da rua, crescemos num período difícil da vida Portuguesa, com a Guerra do Ultramar nas nossas mentes, e ainda bem que isso se alterou e nenhum de nós teve de lá passar, tempo difíceis para os nosso pais também, mas que apesar de tudo tiveram e discernimento para nos deixar ensinamentos sobre amizade e cumplicidade.
Grande abraço a todos vós, Zita muita força, estamos todos contigo e nunca te iremos deixar de apoiar, gostei de ver o puto Betinho, Clarinha continuas bonita como sempre, Luís sempre foste um tolo muito saudável continua assim, outro puto o Paulo Gaspar, é fantástica a tua recordação da nossa infância e de amigos que não vemos há 30 anos e mais, Carlos Gaspar The King, sempre o mesmo bem disposto de sempre.
Um agradecimento à minha mulher que como sempre está comigo, e um muito especial aos meus filhos Pedro Tiago e Ana Marta, que junto com o Henrique (Filho do Paulo Gaspar) foram os únicos da Geração XXs a acompanhar-me e gramar um dia inteiro com histórias de um grupo de tolos.

sábado, 6 de dezembro de 2008

GERAÇÃO XS EM REUNIÃO - 06-12-2008







                                        GERAÇÃO XS

Após muitos anos de desencontros, em alguns casos  entre 20 e 30 anos, alguns amigos que viveram e cresceram básicamente na Rua C, mas não só, juntaram-se hoje em Coimbra para conviver e relembrar tempos inesqueciveis, histórias de encantar até alguns mais novos presentes no almoço que decorreu na Adega da Portela. Após o encontro na esquina da Rua A com a Rua C, de abraço e beijitos, de logo ali se relembrarem algumas histórias bem castiças, fomos marcar o ponto ao Samambaia para a bica da praxe. 
Depois da bica, a antes do almoço, algumas visitas a pessoas que nos marcaram e nos viram crescer. Um abraço sentido á Maricota Neves de todo o grupo, visitas aos pais que felizmente ainda vivem e moram na Rua. D. Lurdes Morais Rodrigues mãe da Clarinha e do Betinho, um aceno à D. Soledade e Sr. Gaspar os pais do Clã Gaspar, e á D. Rosa, a mae do Luís Garção Nunes e à sua irmã Celeste.
Antes do almoço, e entre momentos de boa disposição, uma mensagem do nosso amigo Peter - Pedro Pontes - que apesar de não poder estar presente enviou uma mensagem ao grupo que transcrevo:

"O que eu desejo pá é tudo de bom para todos, montes de saúde coragem para seguir em frente, pensar que será possível encontrarmo-nos e alargarmos um pouco a um ou outro que como eu não pode estar presente. Agora desfrutem ao máximo o momento porque alturas e situações como estas são únicas"

O Pedro Pontes, para nós sempre o Peter, esteve sempre presente apesar de ausente, não tendo sequer descurado um telefonema durante o almoço a cumprimentar todos os amigos.
Após o almoço a foto do grupo:
Em pé: José Alberto Morais, Clarinha Morais, Carlos Gaspar, Pedro Sarmento, Paulo Gaspar
Em Baixo: Zita Baptista, Luís Garção Nunes












Na despedida votos de que este encontro se repita e que não se deixe a amizade em mãos alheias, porque amigos são poucos e são o melhor que a vida nos ofereçe. Antes de cada um ir à sua vidinha de sempre, mais um Bica no Samambaia e mais uns acontecimentos dignos de serem lembrados. Penso até que poderiamos ficar por lá uns quantos dias sem que o reportório terminasse, tão rica foi uma infância que apesar de ter acontecido em anos dificeis, foi feliz penso que para todos nós.

Pela malta do Bairro não vai nada, nada, nada???

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Caminho para ti

Na calma aparente dos meus sentidos mais apurados, procuro nestas páginas de escrita o caminho certo que me leva a ti. Tento fixar o teu olhar, a tua pele, e o teu toque...tudo o que sinto é como se eu e tu fossemos as únicas emoções vivas num lugar rodeado de maldade e interesse. É no prazer em que flutuas de forma serena que tento descobrir a minha volúpia, é na tua pele sedosa que procuro a minha calma, é o teu calor que me anima e me faz não saber quem sou quando não sinto o cheiro dos teus cabelos ou a forma dos teus seios. Sabendo que te vivo intensamente e que tento em vão penetrar no fundo do teu olhar que tentas a todo o custo desviar, evitas a intensidade dos meus sorrisos e a força dum orgasmo ou a leveza duma carícia. Não entendes que para mim é uma inquietação a tua estranha forma de me amar e que se formam tempestades cada vez que partes mesmo quando te manténs ao meu lado, que o tempo perto de ti é por vezes mais doloroso de que um abraço de despedida entre dias e noites de corpos que não dormem e se atormentam e confundem. É este caminho tortuoso que me ocupa o destino entre abraços e desencontros, entre noites despertas, passeios sucessivos e luares suados de paixão, ideias difusas sobre a realidade de vidas que se cruzam constantemente e nem sempre se encontram.
Tenho a certeza de que voltarás a caminhar comigo pelas margens calmas dum grande amor entre cumplicidades e trocas de sabores, e saberás nesse momento tudo aquilo que não tiveste, que é apenas aquilo que sempre desejaste, Eu.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Dedicação

Dedicação - São vários os significados encontrados para a palavra dedicação, se procurados em qualquer dicionário: Afecto profundo - Devoção - Veneração - Espírito de sacrifício - Consagração - Dedicatória - Afecto extremo - Qualidade de quem se dedica - Abnegação - Acto ou efeito de dedicar ou dedicar-se - Adesão.
Claro que a gramática ensina-nos apenas a encontrar termos para defenir uma determinada palavra, não nos ensina por um lado a ser dedicado a, ou saber se alguém nos é dedicado, ou ainda e mais importante, não nos ensina a ser grato a alguem que nos é dedicado.
São os anos, as discusões, as partilhas de espaço e de ideias, as cedências de algo que nem gostariamos de deixar de ter ou de ser, os gestos, ás vezes apenas um olhar ou tão só um silêncio. Quantas vezes fazemos coisas que detestamos proque sabemos que dessa forma agradamos a quem nos é dedicado? Quantas vezes deixamos de fazer coisas que gostamos porque não queremos chatear alguem que nos é dedicado?
Não é fácil claro, pode até nem ser problemático entender estas coisas, complicado mesmo é não querer entender ou não tentar. Ainda por cima quando, para além de toda esta problemática existe um grande amor, existe um coração mole e doce, que se mistura com devaneios do quotidiano, perriçes estúpidas e alucinações sobre assuntos diários e inevitáveis para quem vive em conjunto.
Não preciso de juras de Amor, apenas de um olhar que fale por si, momentos que fiquem em mim, com a magia do momento ou do tempo que ali parou quando nos olhámos, de todo o sentimento que sempre trocámos e que fica guardado no nosso peito, porque quem sabe se um dia não serão só lembrança e então nos dê um nó na garganta. Quero Amor que me conceda e que ame em delírio com toda a complicação e sutileza, e que a minha ausência seja um martirio, de um amor que quando me vir pensativo que reflicta, e que veja que que não estou diferente mas apenas e só carente. Preciso de sentimento e emoção porque também tenho as minhas fraquezas, por isso sonho com sedução e cheiros de Jasmim, cumplicidade e entrega, afinal sonho contigo, porque adoro ser-te dedicado.

O sonho de Sarah Palin


segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Ser honesto em Portugal






















De tanto ver triunfar as nulidades neste cantinho á beira-mar plantado,de tanto ver prosperar a desonra de gente que nos últimos 34 anos cresceu monetáriamente á nossa custa de tanto ver crescer a injustiça de ver safar-se impunemente quem nos rouba descaradamente e de tanto ver agigantar os poderes sempre nas mãos dos mesmos maus e incompetentes, o homem comum, o Português como a mioria de nós, chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, e a ter vergonha de ser honesto.

Não te encontro por momentos

Não te encontro por momentos, instantes raros na minha vida, pedaços de tempo em que é dificil entender  como é possivel sentir algo que se entranha por nós e nos consome de forma tão exagerada, que nos corroi e retira lucidez, que nos atira para a dependencia mórbida de precisar de ter algo ou alguém como quem necessita desesperadamente de respirar. 
O peso desse sentimento alimenta e atrai momentos oportunos, rebuscadas lamentações de singela e gentil manha carinhosa com que entramos pela madrugada ao som de pios de corujas, prosas tais que arrabatam a nossa forma de olhar o luar e de guardar segredos que nos sacrificam um ao outro. 
Uma forma impura de te viver, de querer fazer tudo contigo e de não fazeres nada comigo, sem estarmos debruçados no passado, porque as nossas memórias nao serão nunca perdidas e por isso não necessitam de ser rebuscadas, que os nossos valores são momentos audaciosos para serem vividos com intensidade, perfeitos dias de sol e chuva com a intensidade de uma arco-iris. 
Sem ti não chego lá, não encontro o local para onde deveria ir, porque sem ti não vou a lado nenhum, e no entanto tanto tempo sem ti, tanto lugar onde não estive, fragamentos de ideias e imagens confusas que atormentam passos apressados, encontros e desencontros no meio de multidões, olhares indiferentes a quem passa e a quem chora por um amor consistente e que apesar de poderoso, tanta vez nos ignora.