Se tem um amigo de quem eu muito
gosto, é do Rafão. Por anos a fio convivemos cotidianamente,
dividindo festas e aventuras. E foi assim, em uma das inúmeras
festas organizadas pelo Ricardo, que o Rafão conquistou a
Claudinha.
O casamento do Rafão com a
Cláudia – Claudinha para os mais chegados – foi um evento
daqueles dignos de nota de colunista brega nas colunas sociais dos
jornais da província. Festão no salão nobre do clube mais
aristocrata, com bebida e comida da melhor qualidade bancadas pela
herança do avô, que o Seu Flávio, pai do Rafão, não se furtou em
gastar ao ver que o filho havia arranjado uma bela noiva – que
segundo Seu Flávio, era muito areia para o caminhãozinho do filho.
A festa em si merece uma história
própria, em outro momento e outra noite – afinal, apenas o
episódio em que o Julinho dera “perda total” e vomitara debaixo
das mesas do jantar, ao ponto de necessitar ser carregado pelo Cenoura e pelo Beto para casa, depois de ser o par de dança da mãe do
Rafão, já seria digna de um registro por si só. Por ora me limito
a dizer que foi uma baita festa em que ninguém imaginava que
Claudinha já estava grávida!