quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Todos os dias morrem 21.000 crianças com menos de cinco anos!... Como é possível?!...


Todos os dias morrem no mundo 21.000 crianças menores de cinco anos, de causas que são facilmente evitáveis, causas com as quais raramente nos preocupamos no nosso país – malária, subnutrição, água imprópria para beber, falta de uma simples vacina…
Se mais de 20.000 crianças morressem hoje num desastre de qualquer natureza, seria com certeza notícia de destaque em todo o mundo. Mas, quando o mesmo número de crianças não resiste à picada de um mosquito ou a um micróbio, poucas pessoas falam delas.
A UNICEF trabalha para pôr fim a estas mortes inaceitáveis!..."
(in folheto da UNICEF)

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Tô vendo tudo, tô vendo tudo... mas, bico calado, faz de conta que sou mudo


C
                   F                      C
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
                      F7                                        C
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
                 F                      C
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
                     F7                                         C
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo

         F7
Um país que crianças elimina
Que não ouve o clamor dos esquecidos
                                                G7
Onde nunca os humildes são ouvidos
                                                  C
E uma elite sem Deus é quem domina
              C7                                      F
Que permite um estupro em cada esquina
                                       C
E a certeza da dúvida infeliz
                                                    F
Onde quem tem razão baixa a cerviz
                                                Am
E massacram-se o negro e a mulher
          C                                F
Pode ser o país de quem quiser
              G                                 C
Mas não é, com certeza, o meu país

       F7
Um país onde as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos
                                                G7
Com quarenta milhões de analfabetos
                                       C
E maior multidão de miseráveis
        C7                                  F
Um país onde os homens confiáveis
                                                       C
Não têm voz, não têm vez, nem diretriz
                                                F
Mas corruptos têm voz e vez e bis
                                                Am
E o respaldo de estímulo em comum
          C                               F
Pode ser o país de qualquer um
              G                                 C
Mas não é, com certeza, o meu país

F       C      F7    Am     F      C       F7     C 
uh uh uh  /  uh uh uh   /  uh uh uh   / uh uh uh

        F7
Um país que perdeu a identidade
Sepultou o idioma português
                                       G7
Aprendeu a falar pornofonês
                                       C
Aderindo à global vulgaridade
        C7                               F
Um país que não tem capacidade
                                               C
De saber o que pensa e o que diz
                                               F
Que não pode esconder a cicatriz
                                             Am
De um povo de bem que vive mal
          C                          F
Pode ser o país do carnaval
              G                                 C
Mas não é, com certeza, o meu país

        F7
Um país que seus índios discrimina
E as ciências e as artes não respeita
                                                G7
Um país que ainda morre de maleita
                                     C
Por atraso geral da medicina
       C7                                  F
Um país onde a escola não ensina
                                              C
E hospital não dispõe de raios-x
                                             F
Onde a gente dos morros é feliz
                                               Am
Se tem água de chuva e luz do sol
          C                        F
Pode ser o país do futebol
              G                                 C
Mas não é, com certeza, o meu país

F        C   F7    Am   F      C     F7    C
uh uh uh / uh uh uh /  uh uh uh / uh uh uh

                  F                     C
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
                     F7                                         C
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
                  F                      C
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
                     F7                                         C
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo

        F7
Um país que é doente e não se cura
Quer ficar sempre no terceiro mundo
                                             G7
Que do poço fatal chegou ao fundo
                                              C
Sem saber emergir da noite escura
       C7                                   F
Um país que engoliu a compostura
                                     C
Atendendo a políticos sutis
                                                 F
Que dividem o Brasil em mil brasis
                                               Am
Prá melhor assaltar de ponta a ponta
                                          F
Pode ser o país do faz-de-conta
              G                                 C
Mas não é, com certeza, o meu país.

F       C    F7    Am   F       C    F7     C
uh uh uh / uh uh uh  /  uh uh uh / uh uh uh

                  F                     C
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
                     F7                                         C
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
                  F                     C
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
                     F7                                         C
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
                      F7                                           C
(Mas, bico calado... calado, mas tô vendo tudo)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

João Aguiar Campos - Diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja


Clique
João Aguiar Campos é natural de S. João do Campo, Terras de Bouro.
Foi jornalista e diretor do Diário do Minho e, mais recentemente, presidente do conselho de gerência do Grupo Renascença - Comunicação Multimédia.
Nos tempos da minha adolescência e juventude, tive o privilégio de ter o P.e João Aguiar como prefeito e professor, nos seminários diocesanos de Braga. Estudioso, competente e homem de grande liberdade de pensamento, foi ele quem me despertou para o estudo d' "Os Lusíadas", nunca se limitando a dividir e classificar orações, mas dando desta obra camoniana uma perspetiva reflexiva do modo de ser português, do caráter da sua universalidade no amor e na coragem, e nas "traições", que "também as houve, algumas vezes"...

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

No meio do caminho... tinha uma pedra!

katiakiss.wordpress.com/2011/02/24/a-pedra-no-meio-do-caminho/

No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

In Alguma Poesia
Ed. Pindorama, 1930

domingo, 25 de setembro de 2011

Hoje, proponho este poema: "As pessoas sensíveis", de Sophia de Mello Breyner Andresen

As pessoas sensíveis

As pessoas sensíveis não são capazes
De matar galinhas
Porém são capazes
De comer galinhas

O dinheiro cheira a pobre e cheira
À roupa do seu corpo
Aquela roupa
Que depois da chuva secou sobre o corpo
Porque não tinham outra
O dinheiro cheira a pobre e cheira
A roupa
Que depois do suor não foi lavada
Porque não tinham outra

"Ganharás o pão com o suor do teu rosto"
Assim nos foi imposto
E não:
"Com o suor dos outros ganharás o pão.

"Ó vendilhões do templo
Ó construtores
Das grandes estátuas balofas e pesadas
Ó cheios de devoção e de proveito

Perdoai-lhes Senhor
Porque eles sabem o que fazem.

Sophia de Mello Breyner Andresen (Livro sexto)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Fojos do Lobo da Serra Amarela: Vilarinho da Furna e Brufe

Ontem, estiquei um pouco as pernas pelas encostas de Brufe e, caçador desenganado, cintei algumas fotos do fojo do lobo, na encosta da Amarela, sobranceira ao Rio Homem.
Como, em Dezembro próximo passado, capturara também imagens do fojo de Vilarinho da Furna, achei ter argumento para me estrear como "realizador" e fazer este pequeno filme, cuja temática já AQUI abordara:

domingo, 11 de setembro de 2011

Pico da Nevosa: o topo da Serra do Gerês

Com uma altitude de 1548 metros, o Pico da Nevosa é o ponto mais alto da Serra do Gerês e, consequentemente, o segundo mais alto de Portugal Continental.
Há dias, acompanhado por três amigos (António Cunha, Víctor Cunha e Pedro Arantes) que ainda não precisam do pau de apoio, calcorreei a serra pelo lado espanhol, desde a Ermida de Nossa Señora do Xurês, pelas Minas das Sombras, até aos Carris e Pico da Nevosa, estes já em serra portuguesa.
O António Cunha, companheiro desta e de outras caminhadas, produziu este lindíssimo slideshow:

sábado, 3 de setembro de 2011

Elucubrações... pretensamente poéticas: sombras






superadas as sombras
rompemos o muro dos limites
e guiados por mariolas de vontades incrustadas
seguimos a rota
envolta em horizontes de névoas
até à conquista
marco a marco
do destino

e no pico mais alto
de granítica nudez
entranhamos o mais íntimo
desta nossa condição
de humana pequenez

macviana
03.09.2011

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Hoje, no Folk Celta, em Ponte da Barca... "eu bou ir!"

MU (Portugal)
Os MU (Prémio Carlos Paredes 2009), iniciaram o seu percurso musical em 2003, em busca de fusão e experimentação no seio da música tradicional, muitos foram e são os estilos que caracterizam esta banda portuguesa. A reunião de instrumentos oriundos de lugares tão diversos como a Índia, o Brasil, Marrocos, Suécia e outros permitiu à banda descobrir uma viagem por mundos perdidos e resgatá-los até à actualidade. Entre danças esvoaçantes, vozes femininas e instrumentos variados os MU criam ao vivo um ambiente de alegria contagiante com um único objectivo: fazer o Mundo dançar!


JUDITH MATEO (Espanha)
Há já alguns anos que o nome de Judith Mateo está entre as grandes figuras do panorama da música celta. O seu estilo peculiar, a força cénica e o dinamismo e virtuosismo como violinista levaram a que os críticos a definam como a revelação da música celta espanhola.
A sua paixão pela música irlandesa, as suas raízes asturianas e a sua formação clássica são os factores primordiais da sua identificação enquanto pessoa e enquanto música, como o bem demonstram os mais de 300 concertos com que já conta. Ao longo do período do seu trabalho compartilhou palco e estúdio com grandes nomes da música celta como Hevia, Carlos Molina entre outros. Os seus concertos vão desde os temas tradicionais aos próprios incorporando nos mesmos sons contemporâneos como o funk, o ska e o rock. A harmonia do violino une-se ao do bodhran, à guitarra eléctrica, ao baixo, à flauta, à gaita, à bateria e à voz irlandesa de Danny Boyle, criando um espectáculo contemporâneo com uma cenografia cuidada e grandes efeitos visuais.
http://folkceltabarca.wordpress.com/bandas-2/



Clique na imagem e conheça o Programa

terça-feira, 2 de agosto de 2011

terça-feira, 5 de julho de 2011

Terras de Bouro no rolo das memórias: a ponte de Covas - Gondoriz


Esta fotografia, de 1909, mostra-nos a ponte entre Covas (Moimenta) e Gondoriz ainda com as escoras. Tirada de montante para jusante, sensivelmente do sítio onde hoje está o açude, um pouco acima da ponte nova, esta foto mostra-nos um caudal forte e um leito limpo, sem arbustos. É que a barragem de Vilarinho da Furna só seria construída 62 anos depois...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Diz-se agora em Trás-os-Montes: "Para lá do Marão, mandam os que daqui se vão..."

José Manuel Durão Barroso
nasceu em Lisboa, em 23/3/1956, mas toda a sua ligação essencial tem raízes em Veiga de Lila, concelho de Valpaços, Vila Real

Pedro Passos Coelho
Filho de António Passos Coelho (Vila Real, Vale de Nogueiras, 31 de Maio de 1926), médico, e de sua mulher (casados em 1955) Maria Rodrigues Santos Mamede (Ourique, Santana da Serra, c. 1930), cresceu com a irmã Maria Teresa e o irmão entre Silva Porto e Luanda, em Angola, onde o pai exercia medicina. Regressou a Portugal após o 25 de Abril de 1974, tendo ido viver com a família para Vale de Nogueiras, concelho de Vila Real, donde o seu pai é originário. Concluiu o ensino secundário na Escola Secundária Camilo Castelo Branco, no mesmo concelho.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Passos_Coelho

Maria da Assunção Andrade Esteves
(Valpaços, Vila Real, 15 de outubro de 1956) é uma política portuguesa, é actualmente a Presidente da Assembleia da República, foi membro do Parlamento Europeu eleita pelo Partido Social Democrata
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_da_Assun%C3%A7%C3%A3o_Esteves

domingo, 19 de junho de 2011

"Carta de Foral dada por todo o sempre..." (I)


Clique no cartaz
Num tempo em que se fala de reorganização administrativa, da fusão de juntas de freguesia e, até, da extinção de alguns municípios, a escola padre Martins Capela, por iniciativa do grupo disciplinar de história, promoveu um fim de semana repleto de atividades que envolveram os terrabourenses numa autêntica atmosfera quinhentista, a lembrar a História e a especificidade destas terras de Boyro que os Reis de Portugal reconheceram como importantíssimas na defesa da "Portela d'Home", da integridade territorial e independência nacional.

Que não nos venham, agora, políticos do fast-food e do descartável, desenraizados de tudo o que é testemunho e fundamento histórico, tentar impor-nos quaisquer modelos de municipalismo meramente economicista!...

Ontem, sábado, por módicos 10,00 reis, foi servido a mais de uma centena de comensais, com indumentária a rigor, um jantar quinhentista:









Hoje, o cortejo, a leitura da Carta de Foral e a feira medieval, no Largo do Município (fotos seguintes do ábum do prof. Aurélio Rui Gonçalves):



segunda-feira, 13 de junho de 2011

123º aniversário de Fernando Pessoa


Conheça melhor Fernando Pessoa

"Cada dia sem gozo não foi teu
Foi só durares nele.
Quanto vivas,
Sem que o gozes, não vives.

Não pesa que amas, bebas ou sorrias:
Basta o reflexo do sol ido na água
De um charco, se te é grato.

Feliz o a quem, por ter em coisas mínimas
Seu prazer posto, nenhum dia nega
A natural ventura!"

Ricardo Reis
............................................................................
"Pensar incomoda como andar à chuva"
"Pensar é estar doente dos olhos"

"...
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.

Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido..."

Alberto Caeiro
............................................................................
"...
Depois de escrever, leio...
Porque escrevi isto?
Onde fui buscar isto?
De onde me veio isto? Isto é melhor do que eu...
Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta
Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?..."

Álvaro de Campos

sábado, 28 de maio de 2011

João Luís Dias no "Dia do Autor Português"

A minha escola comemorou, no dia 25 de Maio, p.p., o "Dia do Autor Português". Para o efeito, foi convidado o poeta da nossa Montanha, o João Luís Dias, cuja obra conta já com várias publicações, nomeadamente "Ecos de um Silêncio", de 1988; "Sonho em Hora de Ponta", de 1992; "Antes que o Tinteiro Entorne", crónicas, de 2003; "Um Poema, Uma Flor", de 2008; e o recente "Coração de Algodão", publicado em janeiro de 2011.
Pretendeu-se uma "cerimónia sem cerimónias", uma aula diferente, interativa, em que os alunos pudessem apreender que a arte e, nesta circunstância, a poesia - a arte da palavra - convive com cada um de nós, está nas vidas e nas relações entre as vidas, na natureza e na forma como cada um a vê, a ouve, a sente... e pressente, como diz o poeta da montanha.

Fui ao POEMAS E RECADOS e saquei estes vídeos, sem autorização prévia (pelo que te peço perdão, caro João):


A minha visível satisfação, além de assentar na musicalidade das palavras do João Luís e na pureza da voz da Cristiana, foi ter tido a oportunidade de fazer um dueto instrumental com o Pinho, que toca viola que se farta!


Orgulho-me dos meus alunos e da verdade deste momento!... Aqui não há encenações nem castings de seleção!...
Quando os convidei para este encontro com o poeta João Luís, todos se ofereceram para fazer a leitura de um poema, cientes de que não haveria tempo nem disponibilidade para ensaios e a recitação seria mesmo sem qualquer rede; por isso, estas leituras traduzem a perceção e a sensibilidade que cada um teve face a cada poema e não aquelas que o professor entendesse que deveriam ter. Só com experiências envolventes os alunos poderão conquistar a sua autonomia e espírito crítico perante o conhecimento, a arte e as palavras.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

"Fala do Homem Nascido", um poema de António Gedeão, cantado por Adriano Correia de Oliveira



Sol     Dó     Ré+ 

Sol                              Dó
Venho da terra assombrada,
                              Ré+
do ventre da minha mãe;
Sol                           Dó
não pretendo roubar nada
          Ré+              Sol
nem fazer mal a ninguém.
                                    Ré+
Só quero o que me é devido
Sol                      Lá+
por me trazerem aqui,
Sol                                 Dó
que eu nem sequer fui ouvido
       Ré+              Sol
no acto de que nasci.

Trago boca para comer
e olhos para desejar.
Com licença, quero passar,
tenho pressa de viver.
Com licença! Com licença!
Que a vida é água a correr.
Venho do fundo do tempo;
não tenho tempo a perder.

Minha barca aparelhada
solta o pano rumo ao norte;
meu desejo é passaporte
para a fronteira fechada.
Não há ventos que não prestem
nem marés que não convenham,
nem forças que me molestem,
correntes que me detenham.
Quero eu e a Natureza,
que a Natureza sou eu,
e as forças da natureza
nunca ninguém as venceu.

Com licença! Com licença!
Que a barca se faz ao mar.
Não há poder que me vença.
Mesmo morto hei-de passar.
Com licença! Com licença!
Com rumo à estrela polar.

Poema: António Gedeão
Música: José Niza
Interpretação: Adriano Correia de Oliveira

terça-feira, 24 de maio de 2011

domingo, 22 de maio de 2011

Um comício multicultural, não há dúvida!...

Ontem, para o comício do PS, em Évora...





...foram mobilizados, para fazer número, vários imigrantes asiáticos e africanos que, vivendo numa situação de profunda precariedade, são facilmente manipuláveis com um dia de refeições, como testemunhou à TV uma senhora moçambicana...
Trata-se de uma lamentável exploração da pobreza... ou isto também é um contributo para a autoestima dessas pessoas?!...


Nesse comício, diz Capoulas Santos:
- "Um PSD trauliteiro, intolerante e demagógico. Um PSD arrogante e malcriado... que teve até de exilar o seu ministro sombra das finanças no Brasil, porque cada vez que abria a boca, devido às suas grosserias e graçolas de mau gosto..."

De imediato, a "reprimenda" de José Sócrates:
- "Porque aqueles que passam uma pré-campanha e uma campanha a insultar os seus adversários, verdadeiramente não estão a insultar os seus adversários, estão a insultar o povo, estão a insultar a democracia portuguesa."

FINALMENTE, estou de acordo com José Sócrates! De facto, não têm feito outra coisa, senão insultar o povo e a sua inteligência, com mentiras e encenações de propaganda...
"Este espetáculo é absolutamente degradante!" - como gosta de dizer o próprio Sócrates.

"In memoriam" de Ademar Ferreira dos Santos

Esta página do abnoxio, o blogue do meu amigo Ademar Santos, ficou assim, suspensa, há um ano.


Ademar Ferreira dos Santos
Há cerca de dezoito anos, na então Escola C+S de Terras de Bouro, tive o privilégio de ter como colega, e amigo, o Ademar Santos. O seu empenhamento ético e profissional, a sua preocupação com o património e etnografia locais, o seu exemplo de permanente valorização das idiossincrasias sócio-culturais das comunidades, das famílias, dos alunos e de cada aluno, abriram-me novas perspetivas sobre o ensino e a educação e interrogaram-me, como ainda me interrogam, sobre o meu papel como docente e educador.
Com o Ademar partilhei experiências pedagógicas profundamente enriquecedoras! Recordo, sobretudo, a dinâmica criada com o jornal escolar “O Sinal de Terras de Bouro”, em que o Ademar era, pela sua experiência de jornalista, a alma mater deste projeto pedagógico multidisciplinar: os alunos do Curso de Economia e Administração geriam, com ele, a secção administrativa do jornal; os alunos do Curso de Jornalismo e Turismo coordenavam, comigo, a redação.
O Ademar era um daqueles homens que tocava, sempre, quem com ele se cruzasse! A ninguém era indiferente!
A grandeza do seu humanismo e a força do seu caráter, o seu sentido crítico, a sua extraordinária cultura, o seu exemplo de dedicação à causa da educação e do ensino, os seus poemas, a sua amizade… fazem(-me) imensa falta!

O Ademar sabia que se aproximava o fim...
Leiam os seus dois últimos "Improvisos":

domingo, 15 de maio de 2011

Aqui, há português (in)correto... (35)

Com residência aqui bem perto, eis um fantástico pacote de "Quatro em Um": RESIDENCIAL, RESTAURANTE TÍPICO, CAFÉ e ADEGA REGIONAL...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

STOP, Bin Laden... STOP!


Ironia do destino!... Os acontecimentos dos dois últimos dias contrapõem as duas personalidades que marcaram, em polos extremos, a passagem do milénio:
João Paulo II, mensageiro do Amor e da Paz;
Osama Bin-Laden, agente do ódio e do terror...

domingo, 1 de maio de 2011

Alguns pensamentos do Papa João Paulo II, beatificado esta manhã


- "Amar é o contrário de utilizar"
- "A máquina de lavar roupas fez mais pela mulher do que o feminismo."
- "O desemprego do homem deve ser tratado como tragédia e não como estatística económica"
- "Até que aqueles que ocupam postos de responsabilidade não aceitem questionar com valentia seu modo de administrar o poder e de tentar o bem-estar de seus povos, será difícil imaginar que se possa progredir verdadeiramente para a paz."
- "A paz exige quatro condições essenciais: verdade, justiça, amor e liberdade."
- "Não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão."
- "Não haverá paz na terra enquanto perdurarem as opressões dos povos, as injustiças e os desequilíbrios económicos que ainda existem."
- "Os crentes de todas as religiões, juntos com os homens de boa vontade, abandonando qualquer forma de intolerância e discriminação, estão convocados a construir a paz."
- "Se nos afastamos de Deus, quem nos garante que um dia um poder humano não reivindique de novo o direito de decidir que vida humana vale e qual não vale?"
- "Quando o homem se põe como medida de todas as coisas, converte-se em escravo de sua própria finitude."
- "A família é base da sociedade e o lugar onde as pessoas aprendem pela primeira vez os valores que as guiam durante toda sua vida."

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Tens razão, Sérgio, há muito que por "cá se vai andando c'o a cabeça entre as orelhas"!


Ia eu pelo concelho de Caminha
quando vi sentada ao sol uma velhinha
curioso, uma conversa entabulei
como se diz nuns romances que eu cá sei

Chamo-me Adozinha, disse, e tenho já
os meus 84 anos, feitos há
mês e meio, se a memória não me falha
mas inda vou durar uns anos, Deus me valha

Com esta da austeridade, meu senhor
nem sequer dá para ir desta pra melhor
os funerais estão por um preço do outro mundo
dá pra desistir de ser um moribundo

Rabugenta, eu? Não senhor
eu hei-de ir desta pra melhor
mas falo pelos que eu cá deixo
não é por mim que eu me queixo

Ó Felisbela, ó Felismina
ó Adelaide, ó Amelinha
ó Maria Berta, ó Zulmirinha
vamos cantar o coro das velhas?

Cá se vai andando
c'o a cabeça entre as orelhas

Não sei ler nem escrever mas não me ralo
alguns há que até a caneta lhes faz calo
é só assinar despachos e decretos
p'ra nos dar a ler a nós, analfabetos

E saúde, eu tenho p'ra dar e vender
não preciso de um ministro para ter
tudo o que ele anda a ver se me pode dar
pode ir ele p'ró hospital em meu lugar

E quanto a apertar o cinto, sinto muito
Filosofem os que sabem lá do assunto
Mas com esta cinturinha tão delgada
Inda posso ser de muitos namorada

Rabugenta, eu? Não senhor
eu hei-de ir desta pra melhor
mas falo pelos que eu cá deixo
não é por mim que eu me queixo

Ó Felisbela, ó Felismina
ó Adelaide, ó Amelinha
ó Maria Berta, ó Zulmirinha
vamos cantar o coro das velhas?

Cá se vai andando
c'o a cabeça entre as orelhas

E se a morte mafarrica, mesmo assim
me apartar das outras velhas, logo a mim
digo ao diabo, não te temo, ó camafeu
conheci piores infernos do que o teu

Rabugenta, eu? Não senhor
eu hei-de ir desta pra melhor
mas falo pelos que eu cá deixo
não é por mim que eu me queixo

Ó Felisbela, ó Felismina
ó Adelaide, ó Amelinha
ó Maria Berta, ó Zulmirinha
vamos cantar o coro das velhas?

Cá se vai andando
c'o a cabeça entre as orelhas

quarta-feira, 27 de abril de 2011

(Im)pertinências: O défice de memória

24 de Abr de 2011# publicado Domingo, Abril 24, 2011 por O Impertinente
"17-12-2008
O ministro das Finanças (MF) diz que o défice em 2009 será de 3% do PIB e não 2,2% .
05-02-2009
É aprovado pelo PS o Orçamento suplementar com uma previsão 3,9% do défice.
21-04-2009
O MF diz que «a despesa está perfeitamente controlada» e que o défice se mantém (3,9%)
15-05-2009
O MF diz que o défice será 5,9% em vez de 3,9%
04-07-2009
O MF mantém que o défice será 5,9%.
22-07-2009
José Sócrates diz que «está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor no défice do que eu».
09-10-2009
O MF mantém a previsão de 5,9%.
03-11-2009
A CE anuncia uma previsão de 8% e o MF admite a revisão da estimativa anterior (5,9%).
24-11-2009
Défice do Estado dispara para 8,4% do PIB em 2009, em resultado do orçamento rectificativo redistributivo apresentado à AR.
12-01-2010
O ministro admitiu que o défice de 2009 será superior a 8% do PIB.
26-01-2010
Responsáveis do PSD, que tiveram com o Governo negociações sobre o OE, garantiam que o défice iria passar de um valor próximo de 8,7 por cento em 2009.
27-01-2010
Teixeira dos Santos revelou ... que o défice de 2009 atingiu o valor histórico de 9,3% do PIB.
01-02-2010
«Decidimos aumentar o nosso défice não por descontrolo, mas para ajudar a economia, as empresas e as famílias», disse José Sócrates, sem explicar porque não tinha o governo sido capaz de antecipar o défice que resultou das suas decisões, nem como tendo as ajudas sido de menos de 2% do PIB causam um aumento do défice de 2,2% para 9,3%.
27-10-2010
«Sim, sou inflexível. O défice de 2011 tem de ser 4,6%» disse Teixeira dos Santos justificando a ruptura da negociação do OE 2010 com o PSD.
31-03-2011
Em consequência da inclusão no perímetro do OE dos défices das empresas públicas que cobrem os custos com menos de 50% de receitas próprias, segundo os critérios do Eurostat desde há vários anos não cumpridos pelo governo socrático, o INE corrigiu os défices de vários anos:
2009 - 10,0%
2010 - 8,6%
23-04-2011
«Défice de 2010 revisto em alta para 9,1 por cento do PIB»
Recorde-se que o défice de 2010 ainda recentemente tinha sido milagrosamente reduzido de 7,3% para 6,9%.

Surpreendido? Só se não é um dos pouquíssimos frequentadores regulares do (Im)pertinências, onde pode ser encontrada uma lista de aldrabices contabilísticas, vasta mas longe, muito longe, de ser exaustiva. Tudo isto é um grande insulto à inteligência e, lamentavelmente, sou forçado a reconhecer que o terço dos portugueses, segundo as sondagens, ainda com opinião positiva do primeiro-ministro, ou gostam de ser insultados ou não são inteligentes."

Aqui, há português (in)correto...* (34)


Os cabeleireiros lidam, habitualmente, com problemas de queda de cabelo; neste caso, há também problemas de queda de letras...

* - enviado por Catarina Pereira (10ºA)

sábado, 23 de abril de 2011

Terras de Bouro no rolo das memórias: uma equipa de Covas, num jogo em Valdreu

Em cima: M. Antunes, Manuel B. Cracel, Joaquim Carvalho, António Sousa (Vicente), Carlos Leite, Ferreira Carmo, José Sousa
Em baixo: Alvim Barroso, Carlos Dantas, José Amaro, Júlio Cunha, Carlos Pereira, José Viana

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Uma interessante ópera-bufa da política à portuguesa!...


A primeira regra é "não dizer mentiras..."


"O que o sr. disse é uma mentira. E o sr. utiliza a mentira pr'atacar... e, depois, faz-se de vítima!..."

Aqui, há português (in)correto... (33)


Já aqui , aquiaqui, eu intervim a propósito de erros nas legendas e rodapés na RTP; outros intervieram no mesmo sentido. Há dias, Torres Couto interveio num debate televisivo sobre a ajuda externa e disse "que conciliação é possível se Cavaco Silva intervier"...