A Banda de Música de Covas, em S. Mateus da Ribeira
(segundo informação de Manuel José M. M. Capela, in "Bandas Filarmónicas", edição da Banda de Música de Carvalheira, 2001)
Meu avô, Joaquim Martins Viana, o maestro da banda, está ao centro, em pé, no 7º lugar (no sentido da escrita).
Foi ainda possível identificar:
Em pé (no sentido da escrita): 1º-Maia (de Souto); 2º-João Araújo (Cochicho); 4º-Adolfo Dias (sapateiro); 5º-Manuel Oliveira (Nelinho do Aranha); 8º-António da Deolinda (alfaiate); 12º-José Oliveira (José do Chasco); 14º-Aires Nicolau (sapateiro); 18º-António Viana (meu tio-avô); ...
No chão (no mesmo sentido): 2º-Adelino Cunha (Lino da Estefânia-"Café Luar"); ...
Se algum "visitante" do "Pass'Aarão" (re)conhecer mais alguém, diga, p.f., que eu irei atualizando "a legenda".
Um pouco de "história"...
Manuel José Capela, na obra citada na legenda da foto (pp. 68-69), informa que esta banda "tocou ao despique" com variadíssimas bandas da região e atuou, como reconhecimento da sua categoria, nas Festas de S. João, em Braga, em 1931. Segundo o autor, a Banda de Música de Covas extinguiu-se "devido a rivalidades entre alguns dos seus componentes (especialmente entre os senhores Adolfo e Aires - mestres sapateiros na localidade) e desentendimento do Maestro Joaquim Viana com alguns dos elementos da dita Música. O senhor Viana foi para Regente da Música da Feira Nova (Amares) e o senhor José Pereira foi para executante da Banda de Vila Verde."
Segundo testemunho do meu pai, acresce outra razão à apontada: faziam parte de banda vários músicos de Valbom (S. Pedro e S. Martinho) e foi precisamente nessa época que houve um grande surto de emigração, sobretudo para o Brasil, América e, naturalmente, para a Europa. A banda ficou, por esse facto, muito desfalcada e, pouco motivada pelas desavenças intestinas, acabaria por extinguir-se.
Na página 99 e seguintes da referida obra, o "Sr. Capela" diz que foram "Maestros e Regentes da Banda de Carvalheira", entre outros: "Félix Almeida Martins Viana, de Salvador - Touvedo (Ponte da Barca), radicado em Covas, onde fora empregado do Correio e por fim fogueteiro. Por desavenças na Música de Covas, onde era Maestro, passou a reger a Música de Carvalheira, onde era muito estimado mas... um dia em Pergoím, onde eram os ensaios da Música, alguém rasgou a camisa do seu filho Joaquim, que nessa altura também tocava na Banda de Carvalheira. O Mestre Félinhos não gostou da acção e... nunca mais dirigiu a Música carvalheirense."
Foi uma agradável novidade ter sabido que quer o meu bisavô, como maestro, quer o meu avô, como executante, inscreveram os seus nomes na antiquíssima e sempre jovem Banda Musical de Carvalheira, cuja atuação nas últimas Festas Concelhias de Terras de Bouro/2010 revelou grande jovialidade e promissora progessão artística.