Neste domingo da oitava de Natal,
a Igreja celebra
a festa da Sagrada Família e convida todos a olhar para Jesus, Maria e José,
que desde o início tiveram que enfrentar os perigos do exílio no Egito, mas,
sempre mostrando que o amor é mais forte do que a morte. Eles são um reflexo da
Trindade e modelo de cada família.
Em 2013, ao celebrar esta festa, o Papa Francisco
lembrou desta condição de refugiados vivida pela Sagrada Família e indicou que
nos dias atuais muitas famílias sofrem com esta realidade.
“Quase todos os dias a televisão e os jornais dão
notícias de refugiados que fogem da fome, da guerra, de outros perigos graves,
em busca de segurança e de uma vida digna para si e
para as próprias famílias”, pontuou o Pontífice.
"Jesus quis pertencer a uma família que
experimentou estas dificuldades para que ninguém se sinta excluído da
proximidade amorosa de Deus. A fuga ao Egito por causa das ameaças de Herodes
nos mostra que Deus está lá onde o homem está em perigo, lá onde o homem sofre,
lá onde é fugitivo, onde experimenta a rejeição e o abandono; mas Deus está
também lá onde o homem sonha, espera voltar à pátria na liberdade, projeta e
escolhe pela vida e dignidade sua e dos seus familiares”, disse.
A solenidade da Sagrada Família é também uma festa
que incentiva a aprofundar o amor familiar, examinar a situação do próprio lar
e buscar soluções que ajudem o pai, a mãe e os filhos a serem cada vez mais
como a Família de Nazaré.
Este foi outro ponto indicado pelo Papa Francisco
em 2013. Na ocasião, o Santo Padre ressaltou que o “nosso olhar hoje para a
Sagrada Família se deixa atrair também pela simplicidade da vida que essa
conduz em Nazaré. É um exemplo que faz tanto bem às nossas famílias, ajuda-as a
se tornarem sempre mais comunidades de amor e de reconciliação, na qual se
experimenta a ternura, a ajuda mútua, o perdão recíproco”.
A vida familiar não pode ser reduzida a problemas
de relacionamento, deixando de lado os valores transcendentes, já que a família
é o sinal do diálogo entre Deus e o homem. Pais e filhos devem estar abertos à
Palavra e ouvir, sem esquecer a importância da oração familiar que une
fortemente os membros da família.
São João Paulo II, que é conhecido como o Papa das
famílias, no Ângelus desta solenidade em 1996, destacou que “a mensagem que vem
da Sagrada Família é, antes de tudo, uma mensagem de fé: a casa de Nazaré é
aquela onde Deus está verdadeiramente no centro”.
“Para Maria e José esta opção de fé concretiza-se
no serviço ao Filho de Deus que lhes foi confiado, mas exprime-se também no seu
amor recíproco, rico de ternura espiritual e de fidelidade”, indicou.
Em muitas ocasiões, João Paulo II reforçou a
importância da vivência da fé em família, por meio da oração. “A família que
reza unida, permanece unida”, dizia, sugerindo que juntos rezassem o Rosário.
Fonte: ACIDIGITAL