segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Pe. Márcio divulga carta sobre sua nomeação como Vigário Geral da Diocese de Campina Grande.




                        DIOCESE DE CAMPINA GRANDE



Campina Grande, 29 de Outubro de 2012
Aos Irmãos e Irmãs desta amada
DIOCESE DE CAMPINA GRANDE
Paraíba - Brasil

       Caríssimos,
           Valho-me da presente para expressar meus cumprimentos e desejar que permaneçamos firmes no serviço à nossa Igreja Diocesana de Campina Grande
         Nesta manhã de 29 de outubro, nosso Bispo Diocesano, Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, comunicou a nomeação do novo Vigário Geral através do Programa “Bom dia Irmãos” da Rádio Caturité. Fui chamado para ser colaborador nesta nova missão. São doze anos entregues à esta querida Igreja, consagrando minha vida em favor das necessidades da Diocese. Tive a felicidade de trabalhar com os quatro últimos Bispos, Dom Luis Gonzaga Fernandes, Dom Matias Patrício de Macêdo e Dom Jaime Vieira Rocha, agora Dom Manoel Delson me confia esta tarefa de estar ao seu lado partilhando das suas preocupações de Pastor. Dom Delson, toda a minha gratidão pela confiança! Tenho certeza que aprenderei muito com o Senhor. 
              A nomeação do Vigário Geral apesar de ser por livre escolha do Bispo, Dom Delson, em seu espírito de colegialidade, achou por bem consultar o Clero antes de fazer a nomeação. Para minha surpresa, na noite do dia 23 de outubro próximo passado, Dom Delson, após abrir os papéis que serviram para a consulta sigilosa na reunião do Clero, comunicou-me que os meus irmãos no sacerdócio gostariam que eu pudesse colaborar nesta função. “Você será o Vigário Geral”, disse o Bispo. Sem orgulho nenhum da minha parte, sem nenhuma vanglória, digo de coração, fiquei emocionado por saber que o trabalho desenvolvido em situações anteriores foi positivo, reconhecido e confirmado pelos irmãos no sacerdócio. Tenho limitações humanas, mas o serviço a vocês, meus companheiros de caminhada, me fez aprender bastante e farei todo possível para estar a serviço de todos.
Continuo dizendo Sim como sempre fiz! Acolho esta nova missão com os mesmos sentimentos de humildade, co-responsabilidade e confiança na força divina. A vocação sacerdotal obriga-me a viver na disposição integral para Deus e a Igreja. Por isso, farei o possível para corresponder com este ofício, empenhando-me por fazer crescer a unidade e a comunhão entre nós, Clero e Povo de Deus.
Neste encargo, as atribuições são determinadas pelo Código de Direito Canônico (Cân 475 e seguintes) e a principal tarefa é ajudar o Bispo no Governo de toda a Diocese. Sem dúvida, pelo lema episcopal de Dom Delson, “Ide aos meus irmãos”, percebo que o maior desafio, será buscar incansavelmente uma forma de estar bem perto do rebanho, ser próximo dele.
Como filho desta Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, renovo meu juramento de fidelidade e ponho-me na inteira obediência, suplicando pelas mãos da Imaculada Conceição, nossa Padroeira, as bênçãos de Deus para esta nova caminhada.




Pe. Márcio Henrique Mendes Fernandes
Vigário Geral


 Mitra Diocesana de Campina Grande   CNPJ: 08.704.413/0001-69
Cúria Diocesana: Rua Afonso Campos, 251 - Centro - CEP: 58400-235 - Campina Grande - PB - Brasil – 
Fone: (83) 3321-4199 Fax: (83) 3321-0492
E-mail: diocese@gmail.com    Site: diocesedecampinagrande.org

Celebração de conclusão do Sínodo

POR: CNBB/RADIO VATICANO

celebracao.final.sinodoPapa Bento XVI presidiu, neste domingo, 28 de outubro, na Basílica de São Pedro, a celebração eucarística de encerramento da 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. Em sua homilia, o Papa se deteve sobre a cura do cego Bartimeu que ocupa uma posição significativa na estrutura do Evangelho de Marcos, itinerário de fé que se desenvolve gradualmente na escola de Jesus.
A condição de cegueira tem um significado denso nos Evangelhos. Representa o homem que tem necessidade da luz de Deus, a luz da fé, para conhecer verdadeiramente a realidade e caminhar pela estrada da vida. "Bartimeu não é cego de nascença, mas perdeu a vista: é o homem que perdeu a luz e está ciente disso, mas não perdeu a esperança. Num de seus escritos, Santo Agostinho interpreta Bartimeu como pessoa decaída duma condição de grande prosperidade e nos convida a refletir sobre o fato de que há riquezas preciosas na nossa vida que podemos perder e que não são materiais" – frisou Bento XVI.
"Nesta perspectiva, Bartimeu poderia representar aqueles que vivem em regiões de antiga evangelização, onde a luz da fé se debilitou, e se afastaram de Deus. São pessoas que deste modo perderam uma grande riqueza, decaíram duma alta dignidade – não econômica ou de poder terreno, mas a dignidade cristã –, perderam a orientação segura e firme da vida e tornaram-se, muitas vezes inconscientemente, mendigos no sentido da existência" - acrescentou o Pontífice.
O Papa destacou que "são muitas as pessoas que precisam de uma nova evangelização, ou seja, de um novo encontro com Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, que pode voltar a abrir os seus olhos e ensinar-lhes a estrada. A nova evangelização diz respeito a toda a vida da Igreja. Refere-se, em primeiro lugar, à pastoral ordinária que deve ser mais animada pelo fogo do Espírito a fim de incendiar os corações dos fiéis que frequentam regularmente a comunidade reunindo-se no dia do Senhor para se alimentarem de sua Palavra e do Pão de vida eterna."
Bento XVI então sublinhou três linhas pastorais que emergiram do Sínodo. "A primeira diz respeito aos Sacramentos da iniciação cristã. Foi reafirmada a necessidade de acompanhar, com uma catequese adequada, a preparação para o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia; e reiterou-se também a importância da Penitência, sacramento da misericórdia de Deus. É através deste itinerário sacramental que passa o chamado do Senhor à santidade, dirigido a todos os cristãos."
A segunda é que "a nova evangelização está essencialmente ligada à missão ad gentes. A Igreja tem o dever de evangelizar, de anunciar a mensagem da salvação aos homens que ainda não conhecem Jesus Cristo". O Papa recordou que durante as reflexões sinodais, foi sublinhado que existem lugares na África, Ásia e Oceânia, onde os habitantes esperam com expectativa o primeiro anúncio do Evangelho. "Por isso, é preciso pedir ao Espírito Santo que suscite na Igreja um renovado dinamismo missionário, cujos protagonistas sejam, de modo especial, os agentes pastorais e os fiéis leigos. A globalização provocou um notável deslocamento de populações, pelo que se impõe a necessidade do primeiro anúncio também nos países de antiga evangelização" – frisou o Papa.
O terceiro aspecto diz respeito às pessoas batizadas que, porém, não vivem as exigências do Batismo. "Durante os trabalhos sinodais, foi posto em evidência que estas pessoas se encontram em todos os continentes, especialmente nos países secularizados. A Igreja dedica-lhes uma atenção especial, para que encontrem de novo Jesus Cristo, redescubram a alegria da fé e voltem à prática religiosa na comunidade dos fiéis. Para além dos métodos tradicionais de pastoral, sempre válidos, a Igreja procura lançar mão de novos métodos, valendo-se também de novas linguagens, apropriadas às diversas culturas do mundo, para implementar um diálogo de simpatia e amizade que se fundamenta em Deus que é Amor."
Voltando à figura do cego Bartimeu, curado por Jesus, Bento XVI concluiu a homilia dizendo: "Assim são os novos evangelizadores: pessoas que fizeram a experiência de ser curadas por Deus, através de Jesus Cristo"

CNBB: “fruto de um grande amor”

POR: CNBB

domlucianomosaicoÉ impossível pensar na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) sem recordar a figura do Arcebispo de Mariana (MG), dom Luciano Mendes de Almeida. Na entidade, ele foi Secretário Geral por dois mandatos (1979-1986) e Presidente, também por dois mandatos (1987-1995).


Em outro momento, foi membro da Comissão Pontifícia Justiça e Paz (1996-2000) e da Comissão do Secretariado para o Sínodo (1994-1999). Foi também vice-presidente do CELAM (1995-1999). Eleito pela CNBB, foi delegado à Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a América, em 1997. Faleceu aos 27 de agosto de 2006.

Apresentamos uma parte do depoimento de dom Luciano no seminário sobre a presença pública da Igreja no Brasil, por ocasião dos 50 anos da CNBB, e publicado posteriormente pelo Instituto Nacional de Pastoral e por Edições Paulinas.


“Vejam, é interessante como certas vezes não é fácil falar. Isso vale inclusive sobre o que ouvi nesses dias. A minha abordagem sobre a CNBB é diferente. Ouvi, nesses dias, uma série de avaliações. Para mim, a CNBB é fruto de um grande amor. Eu dou e darei a minha vida pela CNBB. Como a mãe, é preciso ver menos os defeitos e mais as qualidades. Guardo da CNBB uma experiência luminosa, de amizade, de contatos, de lutas, às vezes, de provas muito grandes, mas tudo isso envolvido em muito amor. E essa nota do amor, essa unção, acho que não apareceu tanto nesses dias. É claro, cada um tem o seu jeito de abordar a questão.
Dom_Luciano02okConsidero o tempo na CNBB, um tempo de enormes graças espirituais - as pessoas que conheci, a abertura de coração, as experiências sofridas de prisão, de perseguição, contatos com o governo. Lembro-me de dom Oscar Romero ... É muito difícil para mim, no contexto das colocações desses dias, de repente, acrescentar alguma coisa que vem de uma perspectiva que é muito do coração, o que não tira, creio, a vontade de ser objetivo.

Até hoje, entretanto, conservo da CNBB uma intensidade de afeto que volta muitas vezes a mim, quando faço oração sobre a vida, sobre as pessoas que conheci, os contatos que tive. Vocês ouviram dom Ivo! Minhas palavras inserem-se entre dom Ivo e dom Celso; vivi todo o tempo, secretário de um, e ao lado do outro quando ele era secretário. Vocês podem imaginar o que significam dezesseis anos de convivência fraterna! É muita coisa. É muita lembrança. São muitos fatos!

Então, é possível até escolher alguma coisa. Mas, para que não volte o aspecto muito pessoal, gostaria que a gente falasse da CNBB, não só com respeito, mas com “paixão”, porque é uma realização que vem de Deus. A união que houve, embora seja uma união sofrida e, às vezes, com aspectos dolorosos, é uma união milagrosa em momentos-chave: união com os bispos, união com a Santa Sé, união com os padres; experiências de união com os 55.000 religiosos do Brasil, e com os leigos!

Hoje, vamos descobrindo certos aspectos mais fortes da presença e atuação do laicato, mas a CNBB sempre, pelo menos nesses anos em que servi em Brasília, teve as portas completamente abertas para todo mundo que entra e sai. Não havia distâncias, devido à amizade entre as pessoas.

A CNBB é a casa de todo mundo, a qualquer hora do dia ou da noite. Havia até um problema para a cozinha. Nunca foi uma casa fechada. Nunca ninguém apresentou documento para entrar na CNBB. Vocês sabem que é assim; uma casa que é de todo mundo, uma casa que é a casa da Igreja no Brasil.

Então, como vejo esses aspectos? Vejo assim com muita gratidão. É claro que quando se trata de dizer que um bispo foi renovador ou restaurador, respeito isso com carinho, mas não me sinto à vontade, porque é como a mãe dizer que tem um filho um pouco deficiente. Ela não fala isso, ela nunca fala, ela dá um beijo, e não se envolve com essas situações. Não queria que se fizesse uma análise fria da CNBB.

Acho que a CNBB foi um lugar de muita amizade, de muito amor, de muito perdão que vivi nesses anos. Afinal, são dezesseis anos!

Em primeiro lugar, acho que, quando a gente publicar as atas desse encontro, tem de haver um certo tom na publicação e alguma apresentação da CNBB como corpo “vivo”, quer dizer, como realmente uma comunhão e transparência, que nem sempre podem acontecer, mas que, de fato, muitas vezes aconteceram. Esta era a primeira coisa que eu gostaria de colocar em evidência.

A segunda é o fato de que a CNBB nunca foi gloriosa. Nunca foi, digamos, elogiada, nem pela Santa Sé, nem pelo CELAM. Ela foi e é uma Igreja sofrida, de modo que quem quiser servir na CNBB para ter um aplauso, uma profissão, não é assim! Quem serve na CNBB - acredito que hoje seja parecido - tem de ter colete a prova de balas e tem de ter um coração forte. Você recebe não só criticas, mas, às vezes, confidências e manifestações profundas que você tem que guardar dentro de si e administrar isso com fé e oração.

De modo que acredito que essa marca de uma "igreja sofrida" é uma glória para o Brasil, mas não a glória no sentido de todo mundo achar bonito. Não é assim. Quem conhece as cartas que a gente recebe, quem sabe o que vem dentro dessas cartas, quem ouve às vezes as recriminações. Lembro-me de que ao passar por Roma, em algum Dicastério, falando com alguns bispos, tinha que abaixar a cabeça, para ouvir repreensões, e fazia isso com muita humildade.

Creio que, se por um lado tenho pela CNBB, digamos assim, um amor “apaixonado”, por outro lado, é um amor sofrido! Não pensem que quem ocupa algum cargo, seja ele qual for, vai receber por causa disso uma espécie de medalha, como a do Sarney. Não vai.

Quero dizer a dom Ivo que, naquele dia em que o Presidente concedia medalhas, eu fui por causa de dom Helder. Dom Helder aceitou a medalha e foi, e pediu que eu fosse com ele, e eu fui. Fiquei muito insatisfeito porque o senhor, dom lvo, não foi e ele foi. O quê que eu ia fazer? Deixar dom Helder ir sozinho, também não dava. Mas então, é só para lhes dizer que a relação com o Governo, da minha parte, sempre foi, não digo dura, mas foi sofrida. Esperava três horas ou mais para falar com o Ministro da Justiça.

Foi no tempo da prisão dos padres franceses, que saí daqui para ir a Belém e não pude nem visitá-los. Tive que voltar para Brasília. Às vezes, tinha que sofrer uma fiscalização e ficar ali dando razões. Vivi esse tempo duro.

Então, quero lhes dizer que considero a CNBB realmente com grande amor. Não falo com linguagem poética. É um amor sofrido quando você ama uma pessoa que passa por uma prova. É essa a lembrança que eu tenho da CNBB.

Tive uma vantagem na minha vida. Em 1981, por causa do CELAM, quando era secretário, fiz parte da comissão que visitou os bispos da América Central. Foi uma missão que me deram. Vocês imaginem a situação da Guatemala, de El Salvador, Costa Rica, tudo, tudo, e falando horas com eles e compreendendo o sofrimento de dom Oscar Romero, por exemplo. Oh, meu Deus! Quanto padeceu dom Romero, com aquelas tensões que havia. Tudo isso eu vivi, e vivi, às vezes, numa situação muito difícil, de não poder nem falar com os outros. Então nós éramos quatro bispos fazendo essa visita a toda América Latina. Guardo uma imagem, uma lembrança e um afeto sofrido, e acho que essa é a marca do Cristo. Não queiramos uma CNBB gloriosa, reconhecida, vanguardeira, realizando esquemas. Vejam, toda a parte de planejamento é útil, tudo o que sofremos para elaborar diretrizes, custou muito trabalho, mas nada disso chega perto da dedicação, por exemplo, dos assessores! Quanta gente sofreu quando não falaram bem dos assessores! Quem de nós não sabe que são pessoas que dedicaram a vida inteira, horas a fio, de madrugada, trabalhando, dando a vida pela Igreja no Brasil, correndo de lá para cá. Vocês sabem, isso custou muito mais a nós que estávamos na presidência, do que se tivessem falado de nós. Primeiro, porque eram grandes amigos. Sempre foram. Mereciam confiança. Agíamos com a maior transparência. Eles não podiam, muitas vezes, se defender. Então foi, e ainda é, um momento difícil, que teve reflexos na nova legislação da CNBB.

Tudo isso não quer dizer que guardo uma lembrança triste daqueles anos. Não é triste, é sofrida, o que diferente. Você, muitas vezes, enfrenta o sofrimento com garra, e isso causa alegria.

Nosso grupo sempre enfrentou dificuldades. Vocês podem estar certos de que a gente nunca procurou uma compensação. Vocês sabem disso, e o maior exemplo para mim é dom Ivo, que podia ter tido o reconhecimento oficial da Igreja, muito maior do que ele teve, todos os merecimentos que ele tem, mas ele e a CNBB viveram uma época difícil.

Agora eu queria acrescentar duas grandes realidades que vejo.

A CNBB entra na história como um grande exemplo da presença de Deus. Porque nós, os bispos, somos tão diferentes uns dos outros. Vocês sabem disso. Mas houve uma convivência. Há uma convivência, que pode sofrer desgastes, mas nas horas mais duras estivemos juntos. Posso dizer a vocês que visitei uma grande parte dos bispos do Brasil naqueles anos, desde os bispos das áreas indígenas, mais sofridas, até aqueles que estavam passando por doenças. Estive com dom Avelar no dia em que recebeu a notícia do câncer. Depois, ia visitá-lo sempre que estava em São Paulo. Essas visitas fizeram a gente se conhecer melhor do que numa assembleia. Na assembleia, a pessoa pega o microfone e diz o que acha naquela hora, mas as conversas em clima de amizade são diferentes.

Uma vez eu cheguei a Pelotas para visitar dom Jayme. Edifiquei-me porque ele tinha para me dar apenas um pedaço de pão, e um gole de café, a tal ponto era a sua vida de pobreza. Nunca me esqueci disso.

E assim também eu estive no Nordeste. Hoje nós estamos comemorando aqui a data de Cajazeiras. O bispo de Cajazeiras, dom Zacarias, era um pobre total. Não tinha nada. Usava batina porque não tinha roupa em baixo.

Assim, há realmente um nível de relacionamentos entre pessoas que a história não conta, e que é mais importante, e é isso que faz a CNBB. É a ligação existencial, é o perdão quando a gente diz uma coisa errada, quando a gente, às vezes - eu me lembro - saía de uma assembleia, procurava o bispo e dizia: "O senhor me desculpe pelo que falei". Às vezes a gente ia se confessar com ele naqueles dias de confissão comum: "O senhor me desculpe".

Isso é uma coisa muita bonita e que talvez não exista em outros lugares. Pelo que eu conheço dos bispos dos Estados Unidos, Canadá, França, Espanha, Itália, convidado que fui naquelas épocas, como outros também, não era tão forte o tipo de relacionamento das pessoas. (...)

O homem precisa recobrar a visão da fé, diz o Papa


Canção Novas Notícias


Clarissa Oliveira / CN Roma
Bartimeu representa o homem que reconhece o seu mal, e grita ao Senhor com a confiança de ser curado.
O Papa Bento XVI presidiu, neste domingo, na Basílica de São Pedro, a Eucaristia que encerrou o Sínodo dos Bispos para a Nova Evangelização. Em sua homília, construída a partir da narrativa da cura do cego Bartimeu no Evangelho de São Marcos (Mc 10, 46-52), o Papa enfatizou a figura do cego como sendo a representação do homem moderno que, por vezes, perdeu a visão da fé e precisa reencontrá-la na pessoa de Jesus.

Bartimeu não era cego de nascença, mas perdeu a vista, diz o Papa. Ele simboliza o homem que perdeu a luz, tem consciência disso, mas ainda conserva em si a esperança de que alguém possa lhe trazer novamente a possibilidade de ver. E este alguém seria Jesus Cristo, luz do mundo e que tem o poder de restituir no homem a capacidade de ver.

Para o Papa, o primeiro passo é reconhecer-se cego. Ou seja, reconhecer-se necessitado de Deus, da sua cura, da sua luz. Do contrário, o homem permanece cego e miserável contentando-se com as pobres esmolas que o mundo paganizado lhe oferece. 

Citando Santo Agostinho, o Papa observa que há riquezas invisíveis que o homem pode perder durante a vida. Os homens “perderam a orientação segura e firme da vida e tornaram-se, muitas vezes inconscientemente, mendigos do sentido da existência”, diz Bento XVI.

Esse homem que, segundo o Papa, tornou-se “mendigo do sentido da existência”, é o mais necessitado da Nova Evangelização que “pode voltar a abrir os seus olhos e ensinar-lhes a estrada.”
Ao falar da Nova Evangelização, Bento XVI, sublinhou três linhas pastorais que emergiram do Sínodo. São elas: Sacramentos da iniciação cristã; a missão ad gentes e o terceiro aspecto ligado às pessoas batizadas que, porém, não vivem as exigências do Batismo.

“A Igreja procura lançar mão de novos métodos, valendo-se também de novas linguagens, apropriadas às diversas culturas do mundo, para implementar um diálogo de simpatia e amizade que se fundamenta em Deus que é Amor”, salientou o Papa, a respeito da necessidade de se viver uma evangelização que percorra caminhos renovados.
 
Bento XVI encerrou a homilia referindo-se ao cego Bartimeu que fez a experiência do encontro com Jesus Cristo e tornou-se discípulo do Mestre. Assim, terminou o Papa, “são os novos evangelizadores: pessoas que fizeram a experiência de ser curadas por Deus, através de Jesus Cristo. Eles têm como característica a alegria do coração, que diz com o Salmista: O Senhor fez por nós grandes coisas; por isso, exultamos de alegria. (Sal 126/125, 3).”

sexta-feira, 26 de outubro de 2012


Novos cardeais para a Igreja

SEX, 26 DE OUTUBRO DE 2012 

POR: CNBB

cardeaisO Papa Bento XVI anunciou no final da Audiência Geral desta quarta-feira um Consistório para a criação de seis novos Cardeais, no dia 24 de novembro, na vigília da solenidade de Cristo Rei.
São eles: Dom James Michael Harvey, Prefeito da Casa Pontifícia, que Bento XVI nomeará Arcipreste da Basílica Papal de São Paulo Fora dos Muros; Sua Beatitude Béchara Boutros Raï, Patriarca de Antioquia dos Maronitas (Líbano); Sua Beatitude Baselios Cleemis Thottunkal, Arcebispo-Mor de Trivandrum dos Sírios-Malancareses (Índia); Dom John Olorunfemi Onaiyekan, Arcebispo de Abuja (Nigéria); Dom Rubén Salazar Gómez, Arcebispo de Bogotá (Colômbia); e Dom Luis Antonio Tagle, Arcebispo de Manila (Filipinas).
“Os Cardeais, disse o Papa, têm a tarefa de ajudar o Sucessor de Pedro no desempenho do seu Ministério de confirmar os irmãos na fé e de ser princípio e fundamento na unidade e da comunhão da Igreja. Convido todos a rezarem pelos novos eleitos, pedindo a materna intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria, para que saibam amar com coragem e dedicação Cristo e sua Igreja.”

Recuperar os fiéis perdidos e conquistar os indiferentes?

SEX, 26 DE OUTUBRO DE 2012 

POR: RÁDIO VATICANO

Dom_Raymundo_Damasceno_Assis_agosto_2012Como a Igreja Católica pode responder à indiferença daquela parcela da população que não crê, que se afastou na religião ou que nunca a conheceu? Quem responde as perguntas é o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis.
“Eu acho que é importante que nós saiamos ao encontro do nosso povo, sobretudo nas periferias de nossas grandes cidades. O Brasil, e eu diria a América Latina de modo geral, passam por um processo cada vez mais forte de urbanização. As populações estão se concentrando nas grandes e médias cidades. Hoje, no Brasil já cerca de 80% da população está vivendo nas cidades. Então, é claro que as cidades aumentam, crescem e nós muitas vezes não temos um número suficiente de ministros ordenados e muitas vezes também não temos o número suficiente de leigos preparados para atender as necessidades religiosas, espirituais desta população que cresce cada vez mais em nossas cidades”.
“De que maneira ir ao encontro deles? Criar centros de encontro das pessoas que vivem nestas áreas, criar pequenas comunidades, como vimos no Documento de Aparecida: fazer da Igreja uma rede de pequenas comunidades eclesiais, vinculadas à paróquia, à diocese, porque nós devemos sempre promover e estimular uma pastoral orgânica, de conjunto. Portanto, este trabalho não pode ser autônomo, não pode ser independente, como ocorre muitas vezes com nossos irmãos evangélicos”.
“Para isso, é necessário que se abra espaço à atuação do laicato; é claro também dos religiosos e religiosas, porque o padre sozinho não consegue atender a esta demanda da população mais distante da matriz, da sede paroquial propriamente dita”.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012


Dom Walmor apresenta novo livro “Ética em diálogo” - 29 de outubro

QUA, 24 DE OUTUBRO DE 2012 

POR: CNBB

tica_em_dilogo1O livro "Ética em diálogo", do arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, será apresentado no próximo dia 29, segunda-feira, às 9h, auditório 4 - campus Coração Eucarístico, em Belo Horizonte (MG). O lançamento ocorre durante a abertura da Semana de Filosofia do Instituto Dom João Resende Costa, com palestra de dom Walmor sobre o tema da sua obra.
Publicado pela Editora Paulinas, o livro reúne artigos sobre a conduta ética nas instituições, as dinâmicas e os processos que dão forma à sociedade atual. Os textos possuem um eixo comum, mas podem ser lidos de forma independente. Com uma linguagem contemporânea, a publicação destina-se a todos que desejam contribuir na edificação de uma sociedade mais justa, fraterna, e daqueles que acreditam que para alcançar este horizonte é preciso reconhecer a urgência de se valorizar a dimensão ética.
Local: PUC Minas - Coração Eucarístico, auditório prédio 4 - Av. Dom José Gaspar, 500 - Coração Eucarístico.

Abertas inscrições para Encontro Nacional de Responsáveis de Juventude

QUA, 24 DE OUTUBRO DE 2012 

POR: CNBB

Encontro_Nacional_de_Responsveis_de_Juventude










Os responsáveis adultos de (arqui)dioceses, movimentos, congregações, comunidades, pastorais e organismos que trabalham com juventude terão um momento único de comunhão e diálogo sobre a evangelização dos jovens no Brasil. De 29 de novembro a 2 de dezembro de 2012, em Brasília (DF), acontecerá o Encontro Nacional de Assessores da Pastoral Juvenil, promovido pela Comissão para a Juventude da CNBB.
Tendo em vista o objetivo de contribuir com os assessores na missão de acompanhar os jovens na educação da fé, são convidados apenas os responsáveis adultos de cada uma dessas expressões que trabalham com juventude.
O tema do evento - “A Juventude no Ano da Fé” – foi escolhido dentro da proposta do "Ano da Fé”, convocado pelo Papa Bento XVI e que terá início em todo mundo nesta quinta, dia 11.
“A Jornada Mundial da Juventude faz parte do calendário para o Ano da Fé. Portanto, vemos a atenção do Papa com os jovens. Com isso, precisamos ajudar os assessores adultos que acompanham os jovens para que estes respondam ao convite do Santo Padre a respeito do Ano da Fé”, afirmou o assessor nacional da Comissão para Juventude, padre Carlos Sávio Costa, ao mencionar a proposta para o período que se inicia no dia 11 de outubro de que seja um momento de “autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo”, conforme destacou o Pontífice na Carta Apostólica Porto Fidei, pela qual proclamou o Ano da Fé.

Materiais da Campanha para a Evangelização já estão disponíveis

POR: CNBB

evangeli.jCom objetivo de despertar o compromisso com a evangelização e com a sustentação das pastorais, foi criada, em 1998, a Campanha para a Evangelização (CE) pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Com o lema “Eu vi e dou o testemunho: Ele é o filho de Deus” (Jo: 1,34), a CE 2012 se inicia no domingo de Cristo Rei e segue até o 3º domingo do advento, associando a Encarnação do Verbo e o nascimento de Jesus com a missão permanente da Igreja, que é Evangelizar.
Na 50ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, que aconteceu em abril deste ano, em Aparecida (SP), foi decidido que os envelopes para coletas não seriam mais distribuídos pela CNBB. Com isso, os envelopes foram disponibilizados para download, no site da CNBB, com os demais subsídios da CE 2012, como cartazes, postais, folhetos explicativos, adesivos, orações e texto referencial.
O slogan escolhido para a CE 2012 é ‘Evangeli.Já’. “O termo mostra a urgência, e leva as pessoas a refletirem, fora de um lugar comum”, afirma o secretário executivo das Campanhas da Fraternidade e para Evangelização, padre Luiz Carlos Dias.
O valor angariado pela coleta nacional para a evangelização constitui o Fundo para a Evangelização que é administrado pela Comissão para Assuntos Financeiros da CNBB, e é destinado a apoiar as estruturas da Igreja e a atividade evangelizadora. Do total arrecado com a campanha, 45% é destinado à diocese, 20% para a CNBB regional, e 35% para a CNBB Nacional.
A Campanha para a Evangelização não se resume à coleta de recursos. A Evangelização precisa contar com apoio de muitos para mobilizar a solidariedade na Evangelização para que as necessidades da própria comunidade possam ser percebidas, e um serviço concreto possa ser realizado como: animação litúrgica, catequese, promoção dos pobres, colaboração financeira – o dízimo – para a manutenção da infraestrutura da própria diocese.
“Ao despertar a corresponsabilidade de todos na obra evangelizadora, a Igreja também conscientiza os cristãos sobre a necessidade e a responsabilidade na sustentação das atividades pastorais”, descreve o Manual de Animação de Campanhas, ‘Evangelizando e Mobilizando a Solidariedade’.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012


Papa canoniza mais sete beatos neste domingo

Canção Nova Notícias


Montagem sobre fotos / arquivo
A nova evangelização partirá dos santos do nosso tempo
Após duas semanas de intensas atividades, foi lembrado durante o Sínodo dos Bispos que é preciso manifestar a esperança em um mundo em crise. Os padres sinodais também avaliaram os resultados da assembléia dos bispos.

Eles se reuniram para a oração da manhã onde o próprio Papa Bento XVI conduziu o momento. Mais de 400 representantes entre padres sinodais, cardeais, bispos, religiosos e leigos participam do Sínodo.

Por falar em esperança, a Igreja traz neste domingo, 21, um sinal de que há no mundo pessoas com a coragem de assumir o Evangelho de Cristo como forma de vida. Sete beatos serão canonizados pelo Papa Bento XVI em cerimônia na Praça de São Pedro. É a esperança sendo anunciada a um mundo que vive a crise de uma identidade própria, da ausência de Deus e de valores cristãos.

Entre os futuros santos estão sacerdotes, religiosos, religiosas, leigos e leigas. Homens e mulheres que viveram na Europa, Ásia, África, América e Oceania. Será uma cerimônia marcante dentro do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização e expressa que a santidade é ponto de partida para a nova forma de evangelizar que busca a Igreja, como lembra Dom Dominique Rey, o Bispo de Frejus, em Toulon, na França.

"É um evento importante que acontece em meio ao Sínodo. A nova evangelização passa pela santificação e nós precisamos de exemplos que testemunhem, de vidas conquistadas pelo Cristo, para que compreendamos melhor que a evangelização começa através de um trabalho do próprio Deus e do Espírito Santo nos nossos corações”, ressaltou Dom Dominique.

Na praça de São Pedro já foram afixadas as estampas com as imagens dos futuros santos. São eles: o francês Jacques Berthieu, sacerdote da companhia de Jesus; Pedro Calungsod, catequista leigo, nascido em Ginatilan, nas Filipinas; Giovanni Battista Piamarta, sacerdote da Diocese de Brescia; Maria do Monte Carmelo, fundadora da Congregação das Irmãs Missionárias do Ensinamento, nascida em Vic, Espanha; Marianne Cope, religiosa da Congregação das Irmãs da Terceira Ordem de São Francisco, natural de Heppenheim, Alemanha; Caterina Tekakwitha, leiga Ossernenon, nos Estados Unidos e Anna Schäffer, leiga de Mindelstetter, Alemanha.
Editorial: liberdade religiosa, coração dos direitos humanos


Cidade do Vaticano (RV) –  Estamos vivendo nestes dias aqui no Vaticano uma espécie de novo Pentecostes com a realização do Sínodos do Bispos sobre o tema “Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã”. Entre os muitos temas apresentados e discutidos está o da liberdade religiosa. Em concomitância com o Sínodo foi apresentado nesta semana em Roma o “Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo 2012” realizado pela Fundação “Ajuda à Igreja que Sofre”. Numa primeira leitura evidenciamos dados que nos falam que a situação não melhorou, ao contrário está piorando em relação ao recente passado. Chama a atenção também para o fato de que são sobretudo as comunidades cristãs, mas não somente, a sofrerem graves discriminações, que muitas vezes desembocam em agressões e violências.      Este relatório examinou 196 países, dos quais 131 de maioria cristã. E são precisamente os cristãos os que mais sofrem discriminações e perseguições. Há uma verdadeira mortificação ao professar a própria fé que atinge também outras minorias religiosas; elas são vítimas de ultrajes, desprezos, atos de intimidação, opressão e violências.
“A liberdade religiosa constitui o coração dos direitos humanos. Essa é de tal maneira inviolável que exige que se reconheça às pessoas a liberdade de mudar de religião se assim sua consciência demandar. Cada qual, de fato, é obrigado a seguir sua consciência em todas as circunstâncias e não pode ser constrangido a agir em contraste com ela. Devido a esse direito inalienável, ninguém pode ser obrigado a aceitar pela força uma determinada religião, quaisquer que sejam as circunstâncias ou as motivações”. Essas são palavras do Beato João Paulo II na sua mensagem aos chefes de Estado, por ocasião do Dia mundial da paz de 1999. Podemos notar que 13 anos atrás o tema da liberdade religiosa já era de grande atualidade.
Também Bento XVI durante a sua recente viagem ao Líbano no último mês de setembro defendeu a liberdade religiosa como “um direito fundamental”. Falando aos líderes políticos e religiosos do país afirmou que “ viver livremente sua própria religião sem colocar em perigo a vida e a liberdade deve ser possível para todos”.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (art. n.º 18) reconhece o direito à liberdade religiosa, incluindo o de manifestar as próprias crenças seja individualmente ou com outros, abertamente como em privado. O respeito à liberdade religiosa é um dos fundamentos da paz mundial. Tudo isso parece óbvio, mas os dados falam de uma liberdade religiosa não respeitada, ou ao contrário, usada para fins pessoais ou políticos. Basta pensar nas já famosas leis sobre a blasfêmia em certos país que atingem pobres inocentes, vítimas de complôs de pessoas que querem somente determinar a supremacia de uma religião sobre a outra. Uma situação que muitas vezes causa vítimas inocentes e determina atos de represália entre comunidades e etnias diferentes.
O relatório da “Ajuda à Igreja que Sofre”, fala também da preocupante situação nos países da Primavera Árabe, onde as instâncias democráticas dos primeiros momentos deixaram espaço a um islamismo não moderado. Falando nos dias passados à Rádio Vaticano o jesuíta egípcio, Padre Samir Khalil Samir, especialista em Islamismo afirmou que “para eles o ideal é impor a xariá islâmica. Pretendem que seja imposta a lei dada por Deus no século VII a Maomé. Sendo uma lei divina é perfeita". Todas as demais constituições – dizem eles – são humanas, portanto, imperfeitas. Os cristãos, sendo uma minoria, apesar de forte, são os primeiros que sentem esta exclusão. A situação é, portanto, cada vez mais difícil. A solução? Mudanças, mas é necessário uma mudança de mentalidade, da visão política. E tudo indica que estamos longe de chegar a isso.
Mas temos, felizmente casos, situações, experiências que falam de uma colaboração convivência pacíficas entre cristãos e outras religiões; um desses casos, como recordou Bento XVI na sua visita ao Líbano é o país dos Cedros, onde se consegue trabalhar juntos para o progresso da sociedade. Há ainda muitas realidades onde se dialoga, onde há respeito, onde os muçulmanos nas grandes festas vão à missa e muitas vezes também os cristãos vão às festas muçulmanas, não tanto por causa de uma mistura de religiões, mas por um respeito mútuo.
A liberdade religiosa tem uma dimensão social e política indispensável para a paz, pois ajuda a promover a coexistência e uma vida harmoniosa em prol do bem comum. A busca da verdade não deve se impor pela violência, mas pela força da verdade. A liberdade de poder professar a sua fé deve ser tutelada pelos Governos não somente no papel, nas leis, mas nas atitudes cotidianas onde o homem é respeitado integralmente, sem distinção de raça, credo e posição social. (Silvonei José)


Rádio Vaticano


Nobel da Teologia: unir ciência e sabedoria para a nova evangelização 



Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã deste sábado, o Santo Padre recebeu na Sala Clementina, no Vaticano, os membros da Fundação vaticana “Jospeh Ratzinger – Bento XVI” para a entrega do chamado “Nobel da Teologia”, que chega à sua segunda edição.

Os premiados são o filósofo e historiador francês Rémi Brague e o teólogo estadunidense Padre Brian Daley SJ.

Em seu discurso, o Papa Bento XVI ressaltou que os dois premiados deste ano são competentes e engajados em dois aspectos decisivos para a Igreja nos nossos tempos: o ecumenismo e o diálogo inter-religioso.

Padre Daley é um profundo conhecer dos Padres da Igreja, e desempenha um serviço de responsabilidade nas relações com as Igrejas ortodoxas. Prof. Brague é um grande estudioso da Filosofia das religiões, em especial do Judaísmo e do Islamismo.

Passados 50 anos do início do Concílio Vaticano II, o Pontífice afirma que gostaria de reler com eles dois documentos conciliares: a Declaração Nostra aetate sobre as religiões não-cristãs e o Decreto Unitatis redintegratio sobre o ecumenismo, aos quais acrescentaria, porém, outro documento que se revelou de importância extraordinária: a declaração Dignitatis humanae sobre liberdade religiosa.

O Papa destaca que ambos os premiados são professores universitários, muito engajados no ensino. “Isso merece relevo, porque mostra um aspecto de coerência na atividade da Fundação, que, além do Prêmio, promove bolsas de estudo para doutorandos em Teologia e também congressos universitários, como o que se realizou este ano na Polônia, e o que se realizará daqui três semana no Rio de Janeiro.”

Para Bento XVI, precisamos de pessoas que, através de uma fé iluminada e vivida, tornem Deus próximo e crível ao homem de hoje. “Personalidades como o Padre Daley e o Prof. Brague são exemplares para a transmissão de um saber que une ciência e sabedoria, rigor científico e paixão pelo homem, para que possa descobrir a ‘arte do viver’, uma grande paixão do Concílio Vaticano II, mais atual do que nunca no compromisso da nova evangelização.”

Como explica o Presidente da Fundação, Mons. Giuseppe Antonio Scotti, o Prêmio Raztinger não é um reconhecimento à carreira, mas a pessoas que com seu empenho profissional e de pesquisa ajudam a tornar evidente a presença de Deus na história e no horizonte do homem.

O Filósofo francês Rémi Brague nasceu em Paris em 1947. É casado e pai de quatro filhos. Atualmente, leciona na Universidade Ludwig-Maximilian de Munique, na Alemanha.

Já o jesuíta Brian Daley nasceu em Orange, em New Jersey, em 1940. É o Diretor da Cátedra de Teologia da Universidade de Notre Dame em Indiana (EUA).

O Congresso ao qual o Papa se referiu no Rio de Janeiro será realizado nos dias 8 e 9 de novembro. Já recebeu a adesão de mais de 90 Universidades e o tema debatido será de caráter antropológico: “Que faz com que o homem seja homem”.

(BF)

Rádio Vaticano

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Pesquisa vai avaliar saúde da população brasileira


Agência Brasil
Canção Nova Notícias




A partir de 2013, o Ministério da Saúde iniciará pesquisa com o objetivo de avaliar a saúde da população. Cerca de 16 mil pessoas, de 1.600 municípios, vão passar por exames de sangue e urina, além de medir a pressão arterial.

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) faz parte do Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis. A meta é colher dados sobre os hábitos de alimentação, tabagismo, uso de bebidas alcoólicas, da prática de atividade física e sobre fatores associados a comportamentos não saudáveis da população.

De acordo com o Ministério da Saúde, as informações vão ser base de ações de combate às doenças crônicas não transmissíveis, responsáveis por 72% das mortes no Brasil.

O levantamento vai contar com  a parceria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para levar questionários a 80 mil residências. Ele pretende estimar a cobertura de exames preventivos de câncer de colo de útero e de mama e quer ainda investigar a atenção dada aos doentes diagnosticados com hipertensão, diabetes e depressão, incluindo o acesso a medicamentos, exames complementares de diagnóstico e continuidade nos cuidados.

A PNS se propõe ainda a delinear o perfil lipídico da população e a dimensionar o acesso ao diagnóstico de alguns problemas crônicos, como a hipertensão e o diabetes.