Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
ÁTOMO (Gabriela Boechat)
Fui adiar a claridade
Levar as sombras pra passear
Encontrei outra pessoa
Na mesma rua a reclamar
Andei cansada...
De tudo um pouco
De tudo um nada ...
Depressão?
Acho que não.
Talvez falta de firmeza...
Não basta a fineza!
Pode ser também falta de jeito,
Afinal nem tudo que você diz
É o que é.
(perdoe mas ...você não é bom em respeito!)
Ainda tem o lance do átomo
Que colide com outra parte de si
E forma em nós um tesouro
Ou será um besouro?
Você não sabe.
Passa por cima ,
Queima sem ler
Queima sem saber
Acredita no que vê.
Nem imagina o meu ser...
Nem imagina que com você
Não posso mais viver.
Autora: Gabriela Boechat
Gabriela Boechat é Artista Plástica, Poetisa e faz parte do Grupo Gambiarra Profana, Pó de Poesia, Fulanas de Tal e Folha Cultural Pataxó
Visite o blog da Folha Cultural Pataxó
http://fcpataxo.blogspot.com
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
POESIA SEM LADOS
Minha poesia se desencantou
Como o mamão maduro que caiu
No chão molhado pela chuva ácida
Maduro
E sem futuro
Minha poesia não é mais encanto
É o pranto
Que foi iluminado na paisagem sem lados
Sem o azul céu
Sem gotas de mel
Minha poesia voltou para o gueto
Onde viu os pombos desalinhados
Procurando caminhar descalços
Sem saber escrever um soneto
Minha poesia morreu
No meio da vastidão sem palco
Sem campo para pousar
Sem corda para se enforcar
Arnoldo Pimentel
Quer uma dica de uma leitura ótima e diferente do que costuma ler?
Leia, comente e siga o blog de Sérgio Salles-Oigers
http://chicletesalgado.blogspot.com
Como o mamão maduro que caiu
No chão molhado pela chuva ácida
Maduro
E sem futuro
Minha poesia não é mais encanto
É o pranto
Que foi iluminado na paisagem sem lados
Sem o azul céu
Sem gotas de mel
Minha poesia voltou para o gueto
Onde viu os pombos desalinhados
Procurando caminhar descalços
Sem saber escrever um soneto
Minha poesia morreu
No meio da vastidão sem palco
Sem campo para pousar
Sem corda para se enforcar
Arnoldo Pimentel
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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
ARREDORES SEM GUEVARA PARA ACREDITAR
Não sei porque o litoral é tão aceso e minhas velas são tão apagadas
Queria partir na minha motocicleta pelas neves que entorpecem minha liberdade
E impedem que eu desbrave os interiores da minha vida
Os para-peitos de minhas pontes estão se desfazendo com tempo
Queria que meu sol andino inspirasse o canto do condor que sobrevoa minha terra
Enquanto tenta vislumbrar meus corpos escondidos na solidão desaparecida
E encerrar os dias de devoção à liberdade entre trovas do violão dilacerado
Pela angústia atingida no meio do caminho iniciado na juventude
Estamos sempre procurando os caminhos que devemos seguir
Olhando os arredores e muitas vezes não encontramos as frestas
Que nos levará ao horizonte perdido que abriga nossos sonhos
De uma vida sem desigualdade nas barracas da memória
Já se passaram os anos de acreditar na felicidade entre as neves da cordilheira
Queria ser um “Ghandi” gigante enfrentando o furacão
Queria que minhas armas fossem o meu coração
Para prosseguir minha luta pela intranqüilidade da noite escura
Minhas sombras vão implodir na claridade dos dias sem folia
Sou dia que nasceu nas montanhas geladas e sem alegria
Esperando as horas eternas que chegarão do outro lado do rio da cidade
E farão as vidas naufragarem na solidão que o abismo formou
Queria partir na minha motocicleta pelas neves que entorpecem minha liberdade
E impedem que eu desbrave os interiores da minha vida
Os para-peitos de minhas pontes estão se desfazendo com tempo
Queria que meu sol andino inspirasse o canto do condor que sobrevoa minha terra
Enquanto tenta vislumbrar meus corpos escondidos na solidão desaparecida
E encerrar os dias de devoção à liberdade entre trovas do violão dilacerado
Pela angústia atingida no meio do caminho iniciado na juventude
Estamos sempre procurando os caminhos que devemos seguir
Olhando os arredores e muitas vezes não encontramos as frestas
Que nos levará ao horizonte perdido que abriga nossos sonhos
De uma vida sem desigualdade nas barracas da memória
Já se passaram os anos de acreditar na felicidade entre as neves da cordilheira
Queria ser um “Ghandi” gigante enfrentando o furacão
Queria que minhas armas fossem o meu coração
Para prosseguir minha luta pela intranqüilidade da noite escura
Minhas sombras vão implodir na claridade dos dias sem folia
Sou dia que nasceu nas montanhas geladas e sem alegria
Esperando as horas eternas que chegarão do outro lado do rio da cidade
E farão as vidas naufragarem na solidão que o abismo formou
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