segunda-feira, setembro 27, 2010

Continuo por cá...

Era a festa da família, a alegria da oportunidade. Lentamente foi-se restringindo, cortando sonhos, arrancando braços, despedaçando raízes. Mas só morre quem não é lembrado.

domingo, setembro 19, 2010

o vácuo, o vazio e o nada


É na ausência de matéria, vácuo onde apenas e só as ondas, a luz ou os campos têm existência que aos poucos se vai criando um espaço vazio com capacidade para conter algo que não tem.
Nada é a negação de tudo o que existe, é um não lugar, um não espaço. O nada está indubitavelmente associado à nossa mente, não tem lugar na Física ou na Química. O nada é algo que me persegue e do qual tento fugir, por vezes sou apanhada nas suas malhas, sentindo-me qual partícula oclusa numa rede cristalina defeituosa.
E assim permaneço neste dualismo, a consciência de uma mente distinta do corpo: penso, logo existo (Descartes). Mesmo que ao pensar eu me engane, eu, sujeito epistémico, existo!
O ideal seria conseguir dissociar fisicamente a alma (mente) do corpo, viveriam assim felizes, cada um para seu lado, sem críticas, sem questões e, principalmente, sem colisões.

* A sensação do nada é avassaladora, a constatação do vazio demolidora e o vácuo é esse local onde nem o pensamento se reflecte.

segunda-feira, setembro 13, 2010

um outro olhar...


O Assalto ao Santa Maria contado pelo comandante do navio, Jorge Soutomaior, traduzido por José António Barreiros. Promete...

quarta-feira, setembro 08, 2010

Partículas

Partículas finamente pulverizadas constituintes de um mundo que se desmorona. Coágulo. E tu. Referência no cimo da cadeia de rastreabilidade. E eu. As datas não são meros pontos num calendário, são símbolos: 4 de Setembro.
O Outono ameaça derramar a sua tranquila beleza. Sinto o cheiro das castanhas assadas subindo pela avenida onde a luminosidade da fonte se esconde por detrás da pedra. O bem-querer iniciado no dia em que a avenida se encheu de gente e sob os pés senti a macieza de um sonho tornado realidade. Não morre, mesmo que a morte o atropele. E nós. Passado. Presente sem futuro.

domingo, agosto 22, 2010