Hoje levantei-me um pouco atordoada pelo toque insistente da campainha, era a empregada que vinha limpar o andar de baixo pertença de uma jovem que ainda não descobriu que o ser humano (ela, mais propriamente) não é eterno, a seu tempo lá chegará.
Este mau início para mais um dia na continuidade do tempo não trazia bom augúrio.
E foi assim que me dei conta de quão ridículos podem ser os sentimentos e, mais ainda, a insistência com que os alimentamos ficando a ouvir o eco por eles produzido acontecendo por vezes, devido à reverberação, ficarmos impossibilitados de distinguir o som dos seus infinitos reflexos.