Sabe quando tem um monte de pensamentos soltos da sua mente?! Um monte d conclusões, sobre varias coisas, que no fim das contas não dá em conclusão nenhuma. Eu to assim. Cheia de terecotecos na cabeça... As coisas não saem da minha cabeça, então preciso colocar pra fora! Desabafar!
Pra que continuar sofrendo desse mal se eu tenho um blog?!
Eu gostando ou não (e eu não gosto), um dos problemas da minha vida é os dois homens com quem estive ultimamente. Sim, sim, o ex e o atual. ELES! Não gosto de pensar nessas coisas, até porque não sou romântica. Sou adapta do “pá-pum!”, sabe como é que é?! Duas pessoas se encontram, se sentem bem juntas e ponto final... Nada de romance, tudo na base do racional e do erótico, só. Mas eu sou obrigada a meter meu rabinho entre as pernas e dizer que estou errada. Infelizmente. Quem vai leva um pedaço da gente junto, e por mais “superficial” e “bobo” que tenha sido, doeu, e doeu pra caramba. Um ano e meio, se parar pra pensar, não é muito tempo não.
E justiça seja feita, eu não fui das melhores namoradas... è! Exagerei numas coisas, me omiti em outras, dei umas puladinhas de cerca (abafa!), fui impulsiva... Um monte de erros que qualquer pessoa comete. Mas de não ter desejado e feito tudo pra ver ele feliz, de não ter amado, de não ter desejado do fundo do meu coração o MELHOR pra ele, ninguém pode me acusar.
Sempre o achei imaturo... Na verdade eu não acho, ele é! E não to dizendo só agora que terminei não, sempre disse. Mas eu acreditei que com um pouquinho de boa vontade e o mínimo de bom senso ficaria tudo bem. A boa vontade até que teve, mas o bom senso não... Existem pessoas que precisam quebrar a cara pra ver que a vida não funciona só se você dar corda, como naquelas bailarinas de caixinha. È preciso crescer e entender as coisas, não dá pra viver no escuro achando que tudo vai se ajeitar. Nada se ajeita por conta própria. A merda é que nós dois éramos desse tipo de gente, com a diferença que eu já quebrei a cara e ele não.
Aí já viu né?! Tentei de todo jeito explicar, tirar a venda do moço, mas não rolou... E eu caí fora.
Existem três explicações, a primeira é que eu é que sou a tapada com venda na cara e tava fazendo tudo errado incentivando o cara a trabalhar e estudar. O certo era ele que dormia a tarde toda e empurrava tudo com a barriga. Não acredito muito nessa. A segunda é que eu sou uma covarde! Devia ter ficado lá, ao lado do ser amado, incentivando e levando pancada. Até o fim! Ser forte, que nem mocinha de novela da Globo.
A terceira, e a minha preferida, é que ingratidão tira afeição. Cansou... Por mais que o que existia fosse bom e sincero, cansou. Eu não sou a tal da Nina que quer fugir num avião com o Conrado (se bem que um Conrado daquele eu não dispensava), eu sou uma mulher comum com medos e desejos comuns que precisa de alguém que me faça feliz, como qualquer pessoa comum.
E então acabou-se nossa eterna historia de amor... E doeu viu, muito mesmo. Meu coração chorou muito no começo, fiquei desolada. E então eu adoeci. Precisei de ajuda, não de um namorado, mas de um amigo... Procurei o tal que me amava pra sempre e estaria comigo pro que eu precisasse. Nada... Nunca nem ligou pra perguntar se eu tava bem. Nem um scrap no orkut... NADA! Ele me amou enquanto eu tava ali satisfazendo os desejos dele. Depois me tornei dispensável. Pra que ajudar o que é dispensável?! Joga-se fora e pronto.
Não o critico por isso não, não mesmo. O mundo é assim. È a razão minha gente, lei de sobrevivência! Foda-se os outros, o individuo é que conta. Mas mesmo assim é dolorido... Por mais que não se acredite em contos de fadas, como eu, dói muito mesmo ver que se é dispensável... Que o amor não existe porcaria nenhuma e que no fim das contas você ta sozinha. Isso dói mais do que pensar nele com outra mulher. Na verdade nem me dói mais pensar nele com outra mulher, antes doía, mas agora já passou. Do mesmo jeito que passou em mim, passou nele também. Tenho certeza.
E aí é que entra o “Peixinho”. Alguém que apareceu nesse meio tempo entre um cara me amar pra sempre e me virar as costas. Pois à baixo toda essa historia de razão, de sobrevivência... Apareceu alguém que me faz feliz sem pedir nada em troca, o Peixinho matuto que consegue fazer rir nas horas mais dramáticas. Apareceu do nada. Não sei nada sobre ele, não conheço a família, nada. Só sei que quando eu falo nele não consigo tirar o riso bobo da cara. Sabe quando parece que tem uma luz aqui dentro e... Enfim!
Não é aquela paixããããããããããooooooo! È só algo bom, sem nome. E esse algo inominado me faz muito mais feliz do que a paixão e o desejo que eu sentia antes. È tão mais confortável e seguro... Ta! Eu não sei explicar, droga! Não sei. È só uma luz que sobe por dentro e me deixa com um riso bobo na cara, e não é paixão. Só se for outra raça de paixão, e disso eu nunca ouvi falar!
Mas às vezes me pego pensando no que me virou as costas... Culpo-me por um milhão de erros, e principalmente, me sinto frustrada por saber que ele vai quebrar a cara ali na frente. Que todo meu esforço foi em vão. Eu queria poder colocá-lo numa redoma pra ter certeza de que ele não vai sofrer... A certeza de que ele vai se dar mal me incomoda MUITO! Quero mesmo estar errada.
E então penso em mim, na tal lei da sobrevivência, nos meus sentimentos comuns, na luz sem nome... E vejo que eu realmente não podia mais dar murro em ponta de faca. Eu tenho que sobreviver. Tive a sorte de encontrar alguém que têm conseguido me fazer feliz com louvor, e tenho que olhar pra frente. E vou olhar.
Mas dói...