Mostrando postagens com marcador Oswald de Andrade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Oswald de Andrade. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 20 de março de 2019

duas oswaldianas


1.

Dum país que possui a maior reserva de ferro e o mais alto potencial hidráulico, fizeram um país de sobremesa. Café, açúcar, fumo, bananas.

2

Tinha havido a inversão de tudo, a invasão de tudo: o teatro de base e a luta no palco entre morais e imorais. A tese deve ser decidida em guerra de sociólogos, de homens de lei, gordos e dourados como Corpus Juris.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Artino por Oswald

"A utopia, nesse instante, visita e fecunda todos os setores da informação, da fantasia e da inteligência. É quando surge o Aretino. Os conventos, as primeiras casas burguesas, como os prostíbulos, transformam-se sob a sua pena em paraíso aliados de prazer físico. Com nenhum outro escritor, em nenhuma outra época, nem com Bocaccio, nem com Casanova, ou com o Marquês de Sade, a erótica toma proporções gigantescas e fantásticas como nas Vidas ou na Educazione della Pipa (...) É a Ilha da Utopia sexual."
ANDRADE, Oswald. "A marcha das utopias". In: A utopia antropofágica. São Paulo: Globo, 1990, p. 182

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Propiciação

Enviou-me o Elesbão

Propiciação

Eu fui o maior onanista de meu tempo
Todas as mulheres
Dormiram em minha cama
Principalmente cozinheira
E cançonetista inglesa
Hoje cresci
As mulheres fugiram
Mas tu vieste
Trazendo-me todas no teu corpo


Oswald de Andrade, Serafim Ponte Grande