Poder foi o de Adão
que deu nome
às coisas
(Cláudio Correia Leitão)
que deu nome
às coisas
(Cláudio Correia Leitão)
Oswaldo Martins. Poeta e professor de literatura. Autor dos livros desestudos, minimalhas do alheio, lucidez do oco, cosmologia do impreciso, língua nua com Elvira Vigna, lapa, manto, paixão e Antiodes, com Alexandre Faria. Editor da TextoTerritório
É assim que o vento muda:
Como os pensamentos de um velho humano,
Que ainda pensa intensamente
E desesperadamente.
É assim que o vento muda:
Como um humano sem ilusões,
Que ainda sente coisas irracionais dentro dela.
É assim que o vento muda:
Como humanos se aproximando orgulhosos,
Como humanos se aproximando enraivecidos.
É assim que o vento muda:
Como um humano, pesado e pesado,
Que não se importa.
(Imagem: Detalhe do túmulo de Camões, Lisboa)