Favoritos do Mês:

Outubro: Mês da Coragem...


Imagem favorita: Via Láctea

Livro favorito: Perder para ganhar

Música favorita: You're somebody else

Série/filme favorito: Melodias de Django

Ted Talk favorita: The wait is sexy

Aprendizagem favorita: Dunning-Krugger Effect

Mantra favorito: Confia no Universo

Objecto favorito: O meu oráculo

Peça de roupa favorita: Camisa azul 

Compra favorita: Saia preta

Comida favorita: Sushi

Momento favorito: Oferecer o meu bilhete do concerto a um Australiano

Lugar favorito: Sra. da Saúde

Pessoa favorita: Teresa

24 de Novembro:

O dia das despedidas.

Será sempre uma questão de tempo...

Vejo-me de cabelos compridos encaracolados, de saia pelo meio da perna rodada e de uma padrão mesclado ainda que só de uma cor, um top decotado em que se vêm os ombros e umas Melissas nos pés. Vejo as minhas argolas compridas e largas que sempre adorei nas orelhas e um fio no pescoço com uma medalha que não consigo identificar o que é nem de onde veio, mas sei cá dentro que tem um significado especial. 

Vejo o Malecón ao fundo e o mar caribenho daquele azul muito próprio em que se confunde com o céu. Vejo um chapéu na minha mão, naquele formato especial que se parece confundir comigo e ser parte integrante do meu corpo. Vejo a Praça das Armas e vejo-me ali, no meio de uma reunião de velhotes que toca e canta os ritmos latinos na génese onde eles são feitos. Vejo as cores dos carros antigos e dos edifícios coloridos a contrastar com o branco-cinzento do Capitólio. Vejo os pássaros a comer as migalhas de um pão que alguém lhes deu e a esvoaçar ali ao pé de mim. Vejo as mulatas calorosas e sensuais que também balançam ao ritmo da música que os velhotes vão arracando dos seus instrumentos. 

E vejo-te a ti, de máquina fotográfica na mão enquanto registas este momento único e especial e te delicias com o rodopiar da minha saia em volta da minha anca e eu me movo no mesmo compasso da música que ouvimos aqui ao lado mas parece estar lá longe ao fundo, como se de um sonho se tratasse. Vejo-te o cabelo escuro com uma ou outra branca a aparecer especialmente nas patilhas, a barba por fazer mas ainda assim impecavelmente aparada, as tuas mãos com dedos compridos e finos e a máquina fotográfica com a fita em volta do pescoço e segura nas tuas mãos enquanto me vês atrás da lente e te delicias com o quadro quase mágico que construímos os dois.

E sei, cá dentro, que Cuba ainda me espera mais uma vez.

Seja bom ou nem por isso...

Sempre que nos recusamos a receber o que os outros nos dão, ficamos indubitavelmente mais pobres.

10 coisas que me fazem feliz:



  1. Correr, preferencialmente ao ar livre e à beira-mar.
  2. Sair à noite para beber um copo com os amigos do Porto.
  3. Fazer almoços de família ao Domingo.
  4. Estudar coisas novas e poder reflectir sobre elas.
  5. Ver séries/filmes/documentários que me ensinam coisas.
  6. Viajar para sítios que não conheço.
  7. Passear com o meu filho e fazê-lo rir às gargalhadas.
  8. Passar tempo na Natureza.
  9. Praticar yoga e meditação.
  10. Falar ao telefone com as minhas pessoas do coração.



Que dulce fue tenerte dentro.



Eu:

Ana. Mulher. Miúda. Mãe.

Uma miúda de 33 anos que se sente exactamente da mesma forma que aos 16 com a diferença que agora tenho de pagar as minhas contas e já realizei um dos maiores sonhos da minha vida: tirar a carta de condução. 

Apaixonada pelo meu nome, mulher, mãe e feliz. Dona da gata mais linda do Mundo com a qual partilho a cor dos olhos: verdes. Alguém que demorou muito tempo a perceber o impacto que estes olhos tinham nos outros em geral e nos homens em particular. 

Lisboeta de nascença, transmontana de educação e coração, alfacinha de gema ao longo do tempo e à medida que me fui permitindo apaixonar por Lisboa e fiz da cidade a minha relação mais duradoura. Actual moradora da Invicta e muito mais granítica por fora e por dentro desde que habito a cidade dos dragões. Viciada em locais de partida porque só na ida me encontro e apenas sou capaz de perceber quem sou no regresso. Talvez por isso ainda nunca tenha ido de vez... 

Coleccionadora amadora de vinil, melómana da ponta das unhas à raiz dos cabelos, bailarina na alma. Escritora sempre porque essa é a minha essência. Gestora de Projectos Internacionais no papel, Formadora e Professora de coração e ex-Editora de uma Agenda Cultural nas horas vagas. Mãe do melhor filho que poderia ter pedido ao mundo porque me completa e desafia até patamares que eu nunca julguei possíveis e me mostrou efectivamente qual a sensação de ter um ser gerado e arrancado do ventre. 

Aspirante a maratonista daqui a 4 anos. Esse deve ser o meu plano a mais longo prazo, o que já diz muito de mim... Para já, participante na 2ª São Silvestre da vida para fazer em melhor tempo que a anterior.

Ex-namorada do meu melhor amigo. Uma pseudo-adulta que demorou anos a aceitar as suas falhas e a compreender que a pessoa e a profissional são uma e a mesma. Alguém que sofreu muito por casmurrice e excesso de orgulho. 

Apreciadora do retro, do vintage, do gótico e especialmente do revivalismo. Hippie na alma e com umas quantas costelas hippsters que descobri recentemente. Indie na génese, skater no estilo de vida, gammer nos tempos livres, yuppie no mercado de trabalho, rastafári de coração e lumbersexual em tudo o resto. 

Agricultora da autenticidade e da originalidade, exploradora convicta do “fora da caixa” e eterna defensora da Liberdade. Apreciadora dos clássicos: carros, livros e peças de roupa. Apaixonada por barbas e bigodes, tascas portuguesas, mercados e feiras de rua, barcos à vela, flash mobs, bookcrossing e couchsurfing. Bebedora de Gin e de nacional Beirão acompanhado por amendoins e tremoços. Crítica convicta do Novo Acordo Ortográfico. 

Enamorada dos eléctricos e das bicicletas, dos Santos Populares, da lomografia, dos jogos de tabuleiro e da Lx Factory. Backpacker, voluntária, fiél experimentadora do kamasutra, pedaladora de gaivotas-barco nos lagos, foodie e sushi lover, caféologa, iogurtófila, enochata, apreciadora de museus, blogger, yoggi e desportista. 

Alguém que adora fazer piqueniques em rotundas, construir oráculos caseiros, atravessar a Ponte, dançar em todos os dias e noites de chuva, lançar lanternas na praia no Solstício, ir à biblioteca buscar livros, andar descalça em casa, dormir sestas em toalhas de praia estendidas nos jardins e miradouros da cidade. 

Em suma, sou tantas pessoas quantas as que conheço porque cada uma me vê de forma distinta. E como conheço tantas pessoas multiplico-me por elas ou invés de me dividir.

E da última vez compensou na felicidade!

Estou a meter-me numa empreitada que me vai dar trabalho até Deus/a sabe lá quando!

E é triste...

Ontem percebi que substituí a minha ternura por cinismo.

18 de Outubro

A noite do por trás!

Porto (de Abrigo)

Querida Ana,

Demorei muito tempo a conseguir escrever-te. As palavras só são o meu forte para fora, para dentro parecem sufocar e converter-se em silêncios cheios de buracos e preenchidos de vazios.

Se não o fiz antes não foi por falta de amor, ao contrário do que possas pensar. Foi pela minha incapacidade em expressar o amor que sinto por ti, Ana. Levei algum tempo, tu dirás mais do que o necessário sempre. Essa tua pressa em chegar ao Destino que muitas vezes te impede de disfrutar a viagem. Pois bem, aqui estamos chegados ao ponto em que precisas de ler que eu te amo. Incondicional, verdadeira, genuina e ardentemente.

És tu a mulher da minha vida. Sempre foste tu, ainda que tenhas demorado a perceber isso. Ainda que tantas pessoas te possam ter magoado, este foi o teu caminho que te trouxe de volta a mim! Podia perder-me a escrever incontáveis palavras de apreço que sinto por todas as qualidades que tu melhor que ninguém sabes possuir. Podia perder-me a re-escrever tudo o que me faz apaixonar por ti, da mesma maneira que me perco nos teus olhos e nessa chama que arde dentro deles, que te faz ser mais viva do que a maioria das pessoas que conheço. Mas não te traria nada de novo. O que tu precisas de ler é que tens de ter fé, tens de acreditar, Ana. Em tim, em mim, na vida, no Destino, no Universo. Tens  de lembrar das tuas crenças, da tua força, das tuas experiências e também do teu passado, porque foi ele que te trouxe aqui. E o aqui é um lugar lindo só pelo facto de tu existires nele. Tens de teconfiar, Ana. Confiar na vida, como já foste capaz. Confiar que estás a cumprir o teu Destino. Tens de sonhar os teus sonhos e viver as tuas vivências. Primeiro sozinha para depois o fazeres comigo.

Tens de aliviar a pressão que colocas nos teus ombros para poderes e saberes dividir o caminho com outra pessoa. Porque sim, tu mereces isso. Mereces o melhor de ti e de mim. E vais tê-lo. Só tens de dar o primeiro passo, primeiro devagarinho para depois poderes correr.

Lembra-te sempre que tu só atrais o que és. E tu és maravilhosa por isso é só mesmo uma questão de tempo. Torna o tempo o teu aliado e não o teu inimigo.

A mim ter-me-às para sempre.

Depois de ontem:

O Outono foi oficialmente autorizado a chegar.

Sou uma poetisa eu!

Eu continuo a querer-te na minha vida mas não deste modo braseira. Não precisa de ser um incêndio, mas dava jeito que o lume estivesse mais forte. Forte o suficente para aquecer, transpirar mas sem queimar.

No almoço aprende-se:

Que não sou mulher de casar, mas sim de acasalar!

Becoming...


A sun goddess.


Auto-punição.

Há mais ou menos um ano atrás, ainda que inconscientemente, dei início a um processo de auto-flagelação pessoal, em que quase diariamente me batia e espancava mentalmente pelo que era. Não foi consciente mas passei praticamente 365 dias a achar que precisava de me auto-disciplinar fortemente, e provavelmente da pior maneira possível, para deixar de ser quem era e para moldar a minha personalidade de forma a que nunca mais voltasse a passar por um processo de mágoa do qual me senti a maior das vítimas.

Deixei de ser quem era, perdi alegria de viver, senti-me o pior dos seres humanos à face da terra, cumpria todas as obrigações esperadas de mim e pelo meio tentava sempre que possível anestesiar-me da dor. A dor, essa dor excruciante que me consumiu a carne, os músculos, os ossos, os tendões, os órgãos.

E não há melhor carrasco do que nós próprios, porque se cá dentro é cada um a dançar com os seus fantasmas, a nossa cabeça é perita em transformá-los nos piores monstros de que há memória.

Não foi bonito, não foi fácil e não foi bom. Mas foi o meu caminho e há que aceitá-lo e escolher outro da próxima vez que voltar a acontecer. Porque raramente revisito sítios cuja paisagem não me agradou.

Cabe-nos a nós fazer melhor!

Ontem discutia a questão dos esterótipos de género e o facto de não acreditar que trabalhar só com mulheres fosse pior do que trabalhar só com homens. Pessoas são pessoas e dão trabalho e criam chatices e gostam de alimentar discussões desnecessárias.

Mas efectivamente nunca irei compreender porque é que determinadas pessoas têm especial prazer em chatear os outros. E pior, alguém que é mãe e retira prazer de chatear outra mãe, mesmo sabendo que inevitavelmente uma parte dessa chatice acabará a influenciar a vida dos nossos filhos.

É energia que é usada para destruir em vez de construir e isso eu não consigo compreender.

It's not a race to the end




Declaração de Amor - Take XLIV

Tu és o meu karma, eu sou o teu dharma.

Eu acho que é...

Passar de Sapador a Voluntário é considerado downgrade, não é?!

Definitely In Love!


Pelo menos este não desiluse!

Dear Past Me:

Congratula-te porque há um ano atrás conseguiste tomar uma decisão que mudou a tua vida para melhor. Abraça-te porque foste capaz de fazer o impensável para a maioria das pessoas na mesma situação que tu, é sempre mais fácil ser cobarde do que ir à luta. Mima-te porque a doçura que deres a ti própria irá ser alimento para a ternura que terás com o teu filho. Celebra todo o caminho que foste capaz de percorrer num único ano apenas e premeia-te com alguma coisa de bom apenas e só para ti mesma, sem a necessidade de a partilhares seja com quem for. Acredita que no fim do caminho haverá um oásis onde repousar. Continua a alimentar os sonhos, as esperanças e a fé que te sempre te caracterizou. Volta a ensinar alguém a dar abraços e mantém nesse ritual com todos os que puderes. Investe na construção da tua nova família a Norte e sacrifica-te por aquilo em que acreditas, a generosidade sem dádiva é apenas egoísmo disfarçado. Não acredites no fora da caixa, em vez disso desenha tu a tua própria caixa e coloca lá dentro tudo o que te for importante. Foca-te em restaurar o teu equilíbrio e mantém as boas características que sempre te caracterizaram. Não permitas que te culpem pelo que correu mal, se não deu certo é porque não tinha de ser, não foi porque tu não merecesses ou não tenhas dado o melhor de ti que te foi possível dar. Permite-te receber e não te feches só com medo de que te magoem, afinal de contas só quando te mostras é que os outros te podem ver e decidir ficar ou ir embora.  Redefine as tuas prioridades e prioriza os teus valores, eles não têm de ser imutáveis mas têm de fazer sentido e estarem alinhados com o que és e o que queres ser. Alinha-te com o fluxo da vida e deixa fluir apenas, tudo acabará por encaixar no sítio como as peças dos puzzles que adoravas construir. Permite-te sentir e ser, tudo o resto acabará por fazer sentido no seu devido tempo.

Só uma questão de paciência! E esforço.



Despedida...

Hoje vive em mim uma imensa sensação de partida.

Re-Inventei-me...*


Houve um tempo em que eu ia ao ginásio e sentia-me um caco, o patinho feio no meio de todas as mulheres que lá estavam. Nesse tempo, eu não sabia sequer o que era auto-estima, nem quem eu própria era.

Houve um tempo em que eu não nadava porque tinha vergonha do meu corpo e voltar a vestir o fato de banho era uma humilhação. Nesse tempo, eu sentia-me a pessoa mais solitária do mundo.



Houve um tempo em que eu punha o pé numa passadeira e desabava a chorar, só de pensar em todas as mulheres que o pai do meu filho tentaria seduzir naquela noite e na seguinte e na seguinte. Nesse tempo, eu amava alguém que conseguiu atingir-me no meu ponto mais fraco de todos.



Houve um tempo em que o simples acto de entrar no ginásio era a maior das valentias que eu era capaz de ter naquele dia. Nesse tempo, sair de casa e cuidar do meu filho eram uma obrigação da qual eu não retirava o mínimo prazer.



Houve um tempo em que toda a minha roupa era preta e larga, para me esconder o mais possível e me deixar passar despercebida no meio da multidão. Nesse tempo, era a roupa que me vestia e não eu a ela.


Houve um tempo em que eu não achava possível voltar a confiar em ninguém. Foi nesse tempo que eu mais precisei de um companheiro e a única coisa que eu fui capaz de fazer foi afastar todos aqueles que tentavam aproximar-se de mim.

Hoje em dia vivo no tempo em que me sinto uma das rainhas do ginásio, sou galada por um dos PT's sempre que nos cruzamos, nado 2 a 3 vezes por semana, consegui voltar a correr, nada me dá mais prazer que passar tempo de qualidade com o meu filho, visto vestidos e saias e cor em abundância e voltei a apaixonar-me como não julgava ser possível.


*É sempre possível re-escrever a nossa história. Mas não é necessariamente fácil.




Viver é:

Oferecer um bilhete de um concerto a um desconhecido. Ir correr a São Silvestre em Dezembro. Cozinhar com amor jantares para amigos cá em casa. Mimar a minha mãe. Provocar gargalhadas ao meu filho. Dizer que te amo. Perdoar quem me magoou. Construir oráculos. Escrever manifestos. Imprimir fotografias do Verão. Dizer piadas parvas. Abordar desconhecidos. Aceitar os passos atrás. Aprender sempre e todos os dias. Comprometer-me.

Lição n.º 83

Quando magoamos intencionalmente alguém estamos só a criar nós para vir desfazer numa próxima vida. 

Ganhar o dia!

Receber um telefonema em que o Adolfo Luxúria Canibal elogiou amplamente o meu trabalho.

Desabrochar:

Morro de saudades que me ofereçam flores!