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26 de abril de 2010

RECORDAÇÕES

A minha rua..... parte III

(versão super/hiper consubstanciada)

Julgo estar em condições de terminar esta terrível saga em que me meti.

A verdade é que depois de juntar todos os contributos, e considerando um horizonte de, razoavelmente, duas gerações, tirei a conclusão que a minha memória era uma treta, nesta matéria que me propus ‘blogar’.

Vamos aos factos;


Rua Dionísio dos Santos Matias

Nº 2 - Estavam em falta os dois manos Caracol, o Pedro Carrilho + 2 irmãs e, recentemente, o Edmar. Quanto ao gémeo Morazzo cujo nome estava em falta, trata-se do Luís Filipe.
(mais 4)
Nº 4 – Há que acrescentar o Mário de Sousa.
(mais 1 = 5)
Nº 6 – Mais dois ‘convivas’, o irmão da Graça, Vasco, e o Eduardo Luis.
(mais 2 = 7)
Nº 8 – Faltavam o Cesário e a Beliza (sobrinha do Carlos Abreu).
(mais 2 = 9)
Nº 10 – Apenas uma correcção, a pedido de várias famílias, onde se lia ‘mosca tonta’, leia-se Mário Jorge.

Nº 12 – E ainda Luis (das fazendas).
(mais 1 = 10)
Nº 14 – Faltavam as duas filhas do Trindade.
(mais 2 = 12)
Nº 16 – Tudo bem. E esta, hem?

Nº 18 – Falta o irmão da Nini, Manuel Trindade Silva.
(mais 1 = 13)
Nº 20 – Tudo bem.

Nº 7 – Tudo bem.

Nº 9 – O sobrinho do Berjano chama-se Zé. Mais o Luis Manuel.
(mais 1 = 14)
Nº 11 – Tudo bem.

Nº 13 – Tudo bem.

Nº 15 – Tudo bem.
(92 sem sair da rua)

Rua José de Oliveira Raposo (norte)

Falharam:
Lisete (sobrinha do Aníbal Peninha) e seu irmão Mário Jorge, Emídio José + Tomané, Ester filha do Cavalheiro, Fernando Paulo, Paula (filha do Lino) e as duas filhas do Pompeu.
(mais 9 = 101)

Rua José de Oliveira Raposo (sul)

Estavam em falta a Lídia (Licas) irmã do Vitor Martinez, a Rogélia, o João Mendes, a Ângela e os dois irmãos, o Mário Francisco e a Céu + Tó Castro.
(mais 9 = 110)

Rua Dr. António Ilídio Teixeira de Vasconcelos

Falharam:
Margarida, filha do Comandante dos Bombeiros, a Vitória e a irmã, os três irmãos da Vivenda Acácia, os três irmãos Gigante e os irmãos Linaris.
(mais 11 = 121)

Rua Luciano Cordeiro

Tudo bem.



Praceta

Aqui há uma extensa lista de falhas:

Paulo e Luis Abrantes, Zé Manel Rato e Toquinhas, Dr. Machado, as três filhas da Natércia, os três irmãos Faria, o Reboredo + o irmão, os irmãos Wilson, os irmãos Barcelo Vaz, Alex Castro + 2 irmãs, Zé António Picabinau, Luis Morais, Enes Gonçalves, Xico Bota, Vasco Coutinho, Eugénia Betencourt, Zé Fernando + irmão, Zé e Nuno Cruz (jomarte), Olga e irmãs, Vilas, Luis Ferreira, irmãos Correia dos Santos, irmãos Venancio, irmãos Brites, Pinando e irmã, os 4 irmãos Grilo e o Hernani irmão da Teresinha Melo Oliveira.
(mais 48 = 169)

Meus amigos, por aqui me fico.

Visto à distância, há que considerar que é um exagero 169 almas, mesmo contando com entradas e saídas, mas feitas contas muito estimativas, se considerarmos 40 prédios a 6 famílias cada (mínimo), mais uns quantos mais modestos (incluindo vivendas), o número já não parece tão absurdo.
Conclusão, o pessoal por aqui andava ‘bem arrumadinho’.





Colaboração do Bardino Fernando Reigosa.



13 de abril de 2010

CURIOSIDADES DO ANTIGAMENTE 12





Há por aí alguém que conheça estas marchas???!!!

Ficamos à espera que alguém nos ajude!





Colaboração do Bardino Vitor Martinez.



CURIOSIDADES DO ANTIGAMENTE 11





Colaboração do Bardino Vitor Martinez.


CURIOSIDADES DO ANTIGAMENTE 10







Colaboração dos Bardinos Carlos André e Vitor Martinez.


12 de abril de 2010

RECORDAÇÕES

A minha rua..... parte II
(versão consubstanciada)


Como era expectável, as minhas lembranças neste escrito estavam cheias de omissões e de trocas de locais.

Assim sendo, e após um período de recepção de correcções e contributos, decidi fazer esta “parte II”, com o intuito de repor ‘a verdade dos factos’, mas agora de forma organizada, o que tentarei apresentar a seguir:


Rua Dionísio dos Santos Matias

(o centro de todas as coisas)



Nº 2
Zé Pracana
Gémeos Morazzo (Daniel e?)
Ana Maria Rato
(4)


Nº 4
Zé Gomes e o Ni
Gina Raposo (mulher do Tojica)
Gilinho (Balacó)
Fernando (a partir dos anos 70)
(9)


Nº 6
João Dourado e irmão Ramos (Chico Mata Cães, Zé Fufa e Joãozinho) 3 hoquistas do CDPA
Élio CoelhoGraça (hoje casada com o Bufas Baptista Fernandes)
(16)


Nº 8
O Luís Pedro (músico bem conhecido e visitante assíduo do blogue)
(17)


Nº 10
O mosca tonta e a irmã (filhos do Amílcar) Florita e o irmão
Rui
Ana e Maria João Formiga
Duas filhas e um filho do Coronel Osório
(26)


Nº 12
José Manuel Rodrigues e Alfredinho Feliciano (filho dos Marmelada)
Olívia (uma rapariga
que vivia com a tia)
Pascoais (que depois
se mudaram para o Restelo)
Virgílio Correia (andebolista do PA) e a irmã
(34)


Nº 14
Manuel Joaquim (já falecido), Fernando Jorge "Senanica" e o Camané
(37)


Nº 16
Isabel e Toni três barrigas
Chico Zé (sobrinho da Lurdes e do Joaquim da Mercearia Porto)
Amélia (a viver com os tios)
(41)


Nº 18
Nini
Celeste Sim Sim e o irmão Paulo, (filhos do Sim Sim polícia)
Joana e o irmão (filhos do Sr. João, carpinteiro da Electromecânica)
Duas filhas do Trindade
(48)


Nº 20
O Xavier e a irmã (ambos já falecidos)
(50)


Nº 7
João e Luís Raul (filhos do Raul do talho)
Fernando, Carlos (há muito falecido) e Rui Reigosa
Zé Jacinto e a irmã Isabel
Luís Torres
José João Trindade (que faleceu recentemente)
(59)


Nº 9
Carlos ‘pé de cabra’ (hoquista do PA) e o irmão Chico
A filha do Berjano e o sobrinho
(63)



Nº 11
Martinho (já falecido) e a Lurdes com o Tomané (hoje reputado magistrado)
Paulo (já falecido), Pedro, Ana e João
Helder (ilustre Bardino)
Aninhas (filha de Eugénia e Alberto Soares)
Mendonça
Ida Teresa (mais tarde, veio para aqui morar)

(74)


Nº 13
Residência ‘Palitó’
(75)


Nº15
O Gualdino a Cidinha e outra irmã
A filha da padeira (?)
78 (sem sair da rua)

Rua José de Oliveira Raposo a norte

Nortadas e gémeas Jesus Correia
(81)


Rua José de Oliveira Raposo a sul

Vítor Martinez
(82)


Rua Dr. António Ilídio Teixeira de Vasconcelos

Os Arrobas, Fernando e Zé
Vanda
Irmãos Rosa Soares
(87)


Rua Luciano Cordeiro


Celestino (um dos vários filhos do Joaquim Coutinho, julgo que o mais velho) e a sua vizinha Fernanda Nisa
(89+)


Praceta


Rato Rosa x 3
Zé Rafael
Castro
Rui Pinhão
“Camané”
Rui, Mário e a irmã (de que me escapa o nome) Monteiros
Mário Moura
Toni “Suiço”
Elsa
Beatriz, Rosário e Beto
Teresinha Melo Oliveira (que pôs o Toni “Suiço” no telhado a cantar loas á menina)
Anabela e o irmão (outro nome fora)
Fernanda Aires
“Nicha”
Hernâni e a irmã (outro nome à vida)
Elisa e o Agostinho (filhos da Hélia cabeleireira)
“Maria Joaquina” (sem ofensa, apenas palavreado da época)
Emília
3 filhos do Dr. Gusmão, Zé (morto aos 21 anos), Manuel (conceituado poeta) e um outro cujo nome escapa.
(119+)


Estes são os números reais, tanto quanto conseguimos identificar, mas é um ‘ganda numbro’.



Colaboração do Bardino Fernando Reigosa.


2 de abril de 2010

CURIOSIDADES DO ANTIGAMENTE 09

PAÇO DE ARCOS FOI ASSIM!!!

Aqui há não muito tempo, chegou-nos às mãos, por mero acaso, um catálogo de uma exposição realizada pela CMO em 1995, denominada "PARA UMA HISTÓRIA DOS LAZERES NO CONCELHO DE OEIRAS", onde constam alguns textos dedicados à nossa vila.

Aqui ficam esses textos, acompanhados de algumas fotos que estão também incluídas nessa publicação, e que esperamos façam as delícias dos que os lerem, como o fizeram a nós.


A Av. Marquês de Pombal em Paço de Arcos -
um espaço de "reinação".
Reprodução fotográfica.
Bilhete postal nº 1864
Edição de Alberto Malva
Colecção Isidro Rodrigues Gomes



1.
OEIRAS (1906) 9300 HABITANTES Distrito de Lisboa

Vila situada a 14 quilómetros de Lisboa e onde existe o palácio do antigo marquês de Pombal. À beira do Oceano formou-se há pouco uma nova estância balnear muito aprazível denominada Santo Amaro. A dois quilómetros existe Paço de Arcos, que tira o seu nome dos arcos sob que assenta a fachada do sul do antigo palácio dos condes das Alcáçovas. É lugar seco, varrido pelo vento norte de Junho a Outubro, e sadio. Tem excelente praia de banhos, junto á Caldeira, em Paço de Arcos, mas toda a praia desde Caxias até à estação dos torpedeiros é segura e fácil para banhos. Os seus banheiros são experientes e de confiança, em geral bons nadadores, e alguns ainda descendentes do velho patrão Joaquim Lopes.



As tradicionais cavalhadas em Paço de Arcos,
na festa do Senhor Jesus dos Navegantes (1921)
Reprodução fotográfica.
Ilustração Portguesa, Lisboa, II
Série nº 814, 24/9/1921
Colecção Particular


2.
Principais lugares do concelho:

Paço de Arcos

Alfaiate: 1

Banheiros: 4
João Faustino Dias; Raimundo Baptista; Roque Maia; Viúva de Quirino Lopes;

Barbeiros: 3

Bilhar: Sala do Club de Paço d'Arcos

Casas de pasto: 3

Casino: 1

Cervejarias e confeitarias: 3

Escolas Oficiais: 1 sexo masc. com 1 professora; 1 do sexo feminino com 1 professora

Hospedarias: 2

Médico: 1

Mercearias: 5

Parteira: Maria Peixaranha

Farmácia: 1

Praça de touros

Sapatarias: 3

Sociedade de Recreio: Filarmónica: Sociedade Musical

Casino: (aberto durante a época balnear)

Teatro: Club de Paço d'Arcos

Anuário Commercial de Portugal (1905) Lisboa



Velas em regata frente a Paço de Arcos.
Reprodução fotográfica.
Bilhete postal
Edição Campos Pereira
Colecção Isidro Rodrigues Gomes


3.
Lisboa - 1.10.93

No dia 17 do passado o Clube Velocipedista de Portugal, realizou o passeio oficial em que tomou parte um grupo de sócios.

Do clube partiram às 7 horas e meia da manhã reunindo-se alguns sócios durante o trajecto até Paço de Arcos, onde ficaram os velocipedistas que tomaram parte nas corridas e os seus entroineurs, partindo somente para Cascais uns 20.

O almoço foi servido no hotel Bragance, e correu animadíssimo, sendo a cozinha preparada a capricho pelo snr. Mazery, proprietário do hotel e sócio correspondente do clube.

Em seguida ao almoço os velocipedistas dividiram-se em grupos partindo em diferentes direcções para ver os principais pontos de Cascais e arrabaldes, não se esquecendo de visitar a Boca do Inferno e a Guia. A retirada para Paço de Arcos fez-se à vontade ficando em Cascais somente o presidente da direcção que servia de controleur dos seniores, no local da volta a Paço de Arcos.

Em Paço de Arcos a comissão dos festejos, auxiliada pelo director do Clube Velocipedista, snr. Batalha, era incansável, dispondo e preparando tudo com uma atenção minuciosa, pelo que é digna dos maiores elogios.

Às 3 horas da tarde, em frente do Clube e no terraço via-se um mar de cabeças humanas, sendo difícil poder-se transitar. Uma mistura enorme de cores garridas dos trajes de corridas, azuis, brancas, amarelas etc., etc., que produziam um lindo efeito.

É uma das festas onde se encontram mais senhoras, que com a sua presença gentil abrilhantam uma corrida, considerada a que até hoje melhor recepção teve, cá pelos nossos sítios, podendo dizer-se que a aristocracia deu as mãos ao povo confraternizando na melhor harmonia.

Às 3 horas e meia oito corredores postados em duas fileiras esperam o sinal de partida dado pelo sr. Batalha.

Atenção! Um, dois, três!

Partem.

Entraram os snrs. José d'Orey, Carlos Basto, António Santos, Idumeu Rocha, Val Verde, Álvaro Gaia, Figueiredo e Alberto Borges de Sousa.

Chegaram a Cascais pela seguinte ordem: d'Orey, Pinto Basto, Figueiredo, Borges, Santos, Val Verde e Rocha, tendo desistido Gaia.

Na volta para regresso, Borges foi chocar com Figueiredo ficando o primeiro com a bicicleta sem poder seguir. Figueiredo seguiu, mas pouco mais adiante, no Estoril, passou por cima de um cão dando uma formidável queda que o inutilizou de prosseguir.

Chegam em primeiro lugar d'Orey, obtendo medalha de vermeil; 2°. Pinto Basto, medalha de prata; 3°. Santos, medalha de cobre.

Para a 2a. corrida apresentam-se os snrs. Del Negro, Francisco Anjo, O'Neill, Cândido Silva e João Marques, passando a Carcavelos (ponto em que voltaram pela seguinte ordem: Del Negro, Anjo, O'Neill e Silva e assim chegaram à meta, obtendo o 1º. medalha de prata e o 2°. medalha de cobre.

À noite foi a entrega de prémios, tendo a comissão convidado o snr. Aníbal Pinto a fazer a distribuição.

Colocaram medalhas, duas senhoras de Paço de Arcos, uma senhora banhista, o presidente do Clube e o presidente da Câmara, que era o presidente da comissão.

Foi uma tarde em que o sport velocipédico subiu alguns degraus do trono a que tem de ser elevado.

Reuniram-se mais de 60 velocipedistas, a maior parte montados nos seus corséis de aço que os trouxeram até Lisboa.

A. P.
"O Velocipedista " (1893)



Festa em honra do Senhor Jesus dos Navegantes,
em Paço de Arcos - Benção dos barcos (1955)
.
Reprodução fotográfica.
Jornal do Pescador, Lisboa, ano XVII, nº 201
Outubro de 1955
Colecção Particular


4.
Seguindo e passando a ponte de Caxias logo se me deparou novo quadro, outra gente, diversa vida e animação. Oh! lá está Paço de Arcos, o alegre, divertido e folgazão com sua vedeta avançada, o forte de Giribita [...].[...]Quem esqueceu já ou poderá esquecer nunca os lindos "soirées au clair de la lune", tão concorridos, festejados e divertidos?

Em vista de tão auspiciosa e encantadora perspectiva despedi imediatamente burro e burriqueiro seguindo a pé, e a fortuna de saco às costas e queijado na mão, qual peregrino errante, até ao mesmo forte, estância a mais favorita das elegantes que se banham naqueles mares; e vêm pela tarde passeando até ali, sentar-se e tomar fresco, espairecer a vista por outeiros verdejantes e refrescá-la sobre as águas do Tejo, ou derriçar.

D. José Continha de Lencastre (1868)





Colaboração do Bardino Vitor Martinez.