19.7.07

Ao sol de julho

Pedro Alvarez

Ao sol de julho dançámos um tango.
Subia da terra um aroma estonteante.
Sem receio de levantar os olhos,
tocámo-nos maravilhados.
Um húmido musgo cobria-nos as pernas,
enquanto a luz se bifurcava nas pedras,
e rebentava nas ondas,
e nos estremecia nas veias.


Graça Pires
De Conjugar afectos, 1997

5 comentários:

Anónimo disse...

E a cadência nos era ditada por um único coração,

Abraço

Kaka

mafalda disse...

Que bom saber escrever poesia. que bom ler a tua poesia, Graça.

Beijos.

A.S. disse...

Voltei! Vim deliciar-me na beleza dos teus poemas!


Um beijo...

lena disse...

Poeta, venho dentro dos meus silêncios, sentir-te

a tua poesia continua a encantar, no rebentar de cada verso o sabor é poesia

embalo-me nas ondas que rebentam e descanso enternecida na beleza da tua poesia

obrigada por nos deixares tanta beleza

beijinhos para ti e um abraço terno

lena

Graça Pires disse...

Obrigada Kaka. O poema podia terminar assim... Um abraço.
Mafalda, espero que estejas a divertir-te, a descansar, e a ler poesia... Obrigada pelas tuas palavras. Um beijo.
A.S., sempre tão gentil. Um beijo.
Lena, o teu entusiasmo sensibiliza-me. Obrigada por deixares os teus silêncios para me visitares. Um beijo.