"A internet promove encontros inusitados.
Conheci a Roberta através da PR, lendo um desabafo dela que me tocou.
Nos adicionamos, conversamos um pouco, ela sempre carinhosa, mas ficava só nisso.
Descobri que ela tinha um blog e eu resolvi ler.
Li os primeiros três posts e fiquei meio cabreira... Pensei "tem algo familiar aqui”, mas não conseguia identificar o que. Resolvi então ler o blog desde o começo.
E não consegui mais parar. Li cada palavra. Me emocionei, me identifiquei, me compadeci.
Na verdade, me li em cada post dela. Em todas as postagens tinha um pouco de mim.
Conforme ia lendo, ia me recordando de sentimentos, de acontecimentos, de dores e alívios, pelos quais também já passei inúmeras vezes.
Fui ficando impressionada. Tive muitos dos problemas dela com o marido, tentei o suicídio do mesmo jeito, tive quase as mesmas vontades que ela, de sumir, de me entregar.
Nunca tinha conhecido uma pessoa que tivesse suportado tantas coisas iguais a mim antes. Foi uma surpresa. E um choque.
Porque ler aquele blog foi como olhar no espelho um pouco. Eu admirei a força dela, a garra, a guerreira que ela é. Por estar viva, por lutar a cada dia pra ser uma mãe melhor, uma esposa melhor, uma pessoa melhor. E por se manter em pé, mesmo com tanta dor.
Desse assunto posso falar, viu? Não é fácil viver querendo estar morta todos os dias, viver se achando um lixo, uma droga. Achando que o mundo seria um lugar melhor sem a gente aqui. Vivi isso por muito tempo.
Hoje tenho a consciência que o mundo é um lugar melhor por eu estar aqui. É um mundo melhor pro meu marido, pro meu filho, pro meu pai, pra alguns amigos. Sem falsa modéstia, porque o meu mundo também é melhor porque eles estão aqui.
E então caiu uma ficha aqui. Se eu a admiro por tudo que ela passou e venceu, então eu também me admiro. Porque a gente menospreza um pouco – ou um bocado – a própria vivência num caso desses. Mas olhando pra Roberta, percebi que eu também sou uma puta mulher. Guerreira, batalhadora.Eu não produzo dinheiro, não trabalho fora, o que sempre me ensinaram que era o mais importante, que seria meu melhor valor. Mas eu produzo amor. Espiritualidade. Amizade. Isso deve valer alguma coisa, eu acho e espero.
Eu não tenho uma carreira, nem a vida estressante de muitas mulheres que cumprem três ou mais jornadas. E enfiaram na minha cabeça, com exemplos, palavras ou aprovações, que eu só teria valor se eu fizesse uma faculdade, se eu trabalhasse fora, ganhasse muito bem, tivesse mais bens materiais do que eu preciso. Como não consegui fazer isso, me sinto ainda meio inferior.
Mas, Roberta, você me fez entender, lendo sua vivência, sua luta, que eu valho além disso, que eu valho mais que isso.
E não tenho porque me envergonhar das escolhas que fiz, de me dedicar ao meu filho integralmente.
Então, valeu, por compartilhar sua experiência, sua dor, suas memórias, suas lutas.
Você é especial pra mim, porque me ensinou, sem saber, uma lição valiosa, de que eu tenho valor por SER, por ESTAR. Mesmo sem ter tudo que acham que eu preciso.
Eu te admiro, tenho um carinho grande por você, pelas doces palavras que você sempre me dedicou no Orkut.
Te admiro pela mãe que você é, uma mãe especial, e quero um dia ter o prazer de te conhecer.
Um beijo. Meu mundo é melhor por ter te conhecido.
Pra quem quiser conhecer a história dela,esse é o blog da Roberta:
http://betajackie.blogspot.com/
sábado, 27 de março de 2010
Uma homenagem carinhosa de uma amiga
terça-feira, 23 de março de 2010
E quando o filho vira um fardo????
Olha, eu sei q essa palavra soa horrivelmente, mas a verdade é que é isso q eu tenho sentido com relação ao Ro. Não, não acho meu filho um fardo, ele é a alegria de nossas vidas. A verdade é que eu disse esses dias q o que seria de mim se Artur fosse outro Artur?? Ele veio para salvar a minha vida e é tudo q eu mais amo na vida. Ele me ajudou na entrega de ser mãe e isso foi otimo para a Laura tbm.
Acontece q nem todo mundo tá topando essa fase de adaptação. Essa transição de deixar todos os sonhos de lado e viver em prol de um filho. Se antes, no século passado isso era tarefa das mulheres, atualmente os pais tem seu lugar garantido na arte de educar filhos. Mas e quando ocorre uma inversão de papéis??? E quando é o pai que fica em casa com o filho?? É ele responsável pelos estímulos, pelas crises de choro, pelas birras e tudo mais?? E quando é a mulher quem trabalha mais e não pode sequer cogitar a ideia de deixar o trabalho para cuidar do filho??? Talvez essa seja a hora em que os filhos tornam-se um fardo pesado e os casamentos não aguentem o tranco e terminem. Talvez nessa hora, a hora em que devemos jogar todos nossos sonhos fora e cuidar de nossos filhos seja a hora em que tenha q ter um culpado. Acontece que o culpado não pode ser uma criança. Nunca! Seria tamanha crueldade culpar uma criança. Então, essa é a hora q o culpado é VC. Éhhh! Vc mesmo: o parceiro.!! Inconscientemente, trava-se uma batalha para ver quem sofre mais, quem está dando mais, quem perdeu mais. Inicia-se uma sucessão de frustrações, onde a luta pelo dia a dia faz com que a gente esqueça ou até mesmo não tenha tempo de alimentar o amor.
Muitos pais vão embora!! Algumas mães tbm!
Eu posso ate enxergar tudo isso, mas não sei se estou conseguindo evitar. As brigas são constantes, as ironias machucam, todos sentem-se injustiçados e quem tem razão afinal?? A questão é: Pra quer ter razão?? Pq não apenas viver e amar?? Eu vou tentar..............
Meu filho não é um fardo na vida de ninguém!!!
Artur, vc é tudo para mim!!!!!
domingo, 21 de março de 2010
Dois anos de muito amor nessa vida.
Hj nós fizemos a festa de 2 anos do Artur.
Nada gramuroso, nem sofisticado, aliás, foi
tudo simples demais para meu gosto.
Mas realmente eu não tive tempo e nem dinheiro para fazer as coisas.
Veio tanta gente, eu nem esperava.
Quer dizer, eu fiz um bolo enorme, fiz sorvete tbm, brigadeiro mole da Sol, sanduiche de patê.
Coisa de pobre rsrs.
Tinha muita coisa doce q criança adora e mais, tinha criança, né?
Coisa rara nas minhas festas.
Não tem nexo dizer isso, mas Artur se comportou como um autista nato.
Admito q algumas vezes me incomodou ver as pessoas olhando ele, as crianças qse pisando ele
pq ele estava deitado no chão enquanto elas pulavam.
Enfim, a gente tem q ir se habituando com tudo, né?
Foi dia de contar para a família do Ro, já q ninguém sabia de nada.
Felizmente, a mãe dele q adora soltar pérolas, conteve-se e ficou calada.
Acho q a nossa tranqulidade em passar a notícia foi fundamental.
A gente não chora, não mostra sofrimento, a verdade é q estamos totalmente resignados e prontos para enfrentar.
A festa do Artur foi um dia muito bom tbm.
quarta-feira, 17 de março de 2010
Nada como um dia após o outro e uma oração no meio.
Depois de vomitar tudo o q eu quero, as coisas sempre tendem a melhorar.
Não sei pq, eu sei q faz tempo q notei q as coisas acontecem assim comigo e eu acabei adotando isso como uma tática.
Se ontem não foi um dia fácil, eu fui dormir pedindo a Deus por um dia melhor e hj eu acordei com o sorriso lindo meu filho, me chamando, pedindo beijos, leite e feliz. É isso, de verdade o q importa, ver meu filho bem, saudável e feliz.
Ser mãe do Artur e da Laura foi a melhor dádiva q Deus pode me dar.
Eu não sei se eu sonhei, se falei dormindo, não ouvi Artur chorar, eu apenas me deitei, orei a Deus por aquilo q eu não poderia fazer e dormi.
Tentei me esquecer do dia q eu tive e acordei renovada.
Não sei, alimentada na alma, não sei por quem.
Eu sempre fui uma pessoa descrente. Sempre q algo ruim me acometia eu já achava q Deus tinha desistido de mim, q não me amava e q eu era insignificante demais para q ele se preocupasse comigo.
Por fim, dessa vez não.
Eu tenho tido fé em Deus, é muito legal isso.
Eu consigo ter um dia ruim, deitar na cama, olhar para o céu e pedir a Deus nem q seja força, coragem para mais um dia, e mais: ele tem me atendido prontamente.
Eu estava angustiada com o plano de saúde, com o boleto q não chegava e hj finalmente vou conseguir arrumar tudo, pagar, consegui a autorização para o exame e tudo, já até marquei.
Enfim, ontem eu dormi sem nada e hj, acordei com boa parte de meus problemas resolvidos.
Obrigada meu Deus!!!!
Um sim e dois nãos.
E assim tem sido os dias.
Desde sexta-feira, para cada um sim que me dão, eu recebo pelo menos dois nãos.
Isso é uma merda, desculpe o desabafo!!!
O pior é que eu tenho sofrido muito com isso, tem sido muito triste
ver o mundo com outros olhos, com olhos q eu nunca pensei ter.
Um mundo q na verdade eu sempre vivi.
E, olhar para ele hj me dá vergonha.
Como eu pude viver num mundo até hj onde não cabem os autistas??
Como eu nunca me perguntei pq eu nunca conheci um??
Talvez pq eles não tenham direito a um lugar ao sol.
Talvez pq só os autistas, parentes de autistas devam conviver com eles.
Talvez pq o mundo é feito de pessoas cretinas, desgraçadas de filhas da puta,
que não reconhecem q qualquer pessoa com qualquer deficiência, merecem viver nesse mesmo mundo.
Depois eu volto, tô muito puta da vida com o mundo hj.
segunda-feira, 15 de março de 2010
A verdade bate à porta!!
As lágrimas estão sempre aqui e eu nunca consigo um momento de me permitir chorar.
Não consegui ainda deitar no chão, chorar, espernear, berrar, gritar e até mesmo blasfemar, contra tudo e todos.
Eu achei q tinha conseguido "MATAR" a mãe do Artur, aquele Artur e aquela mãe que nasceu com a gravidez. Aquela mãe normal, de um filho normal.
Q ia apenas amamentar, acarinhar, ficar sem dormir, sem comer e ser totalmente abduzida pelo mundo materno. E q lindos são os ETzinhos desse mundo, não?
A mãe do Artur não morreu ainda. Talvez esteja em fase terminal, mas ela ainda está aqui, chora, estica os braços, pede para q a belisquem e chora dormindo pedindo a Deus para q tudo não passe de um sonho.
Talvez quem ler isso me ache ingrata, sinceramente eu ainda não desabei meu choro por pensar nas mães com filhos em hospitais, com câncer terminal, doenças q os fazem sofrer, sim, eu devo mesmo ser ingrata.
Meu filho é lindo, maravilhoso, tem uma saúde invejável. Está prestes a fazer 2 anos [18 de março] e só ficou gripado 3 vezes, nada mais.
Ele sorri, aparementente não sente dores, não sofre, mas ainda assim, eu sofro.
Sofro pq ele não é "normal", sofro pq eu descobri q por mais q eu seja umas das pessoas mais despojadas de preconceito q eu conheça, q eu ainda assim tenha preconceito e medo dele.
Q eu ainda queria viver de convenções e de ainda querer q todos olhassem para meu filho e pensassem: Q lindo, q esperto, como se desenvolve.
Ao contrário de como farão: Ele é autista! Coitado!!!
Sei tbm q essa visão depende demais da minha.
Eu sinceramente não penso assim do meu filho, mas eu temo o mundo, pois é nele q Artur irá viver e não em mim, não em torno da minha visão.
Vontade de aninhá-lo debaixo da minha asinha e não deixá-lo sair. De pedir a Deus para q me ensine tudo e q eu possa ensiná-lo sem precisar de ninguém. Precisar de pessoas q não precisam.
Talvez eu esteja sendo vaidosa, orgulhosa, mas pra mim eu só estou com medo.
A médica confirmou o autismo. Sim, temos um autista em casa. Somos uma família especial oficialmente.
Além do autismo a médica foi bem clara qto à hipótese de uma hipotonia, quer dizer, ele tem essa hipotonia muscular, mas ela quer saber se não se trata de uma distrofia muscular.
A verdade é q eu nem sei bem como é, mas eu sei q depois disso, senti muitas coisas se juntarem.
É por essa hipotonia q Artur sentou-se direito com 8 meses, engatinhou com 1 ano e andou com 1 ano e 9 meses.
É por essa hipotonia q Artur vive meio q cambaleando para andar, não coloca as pontas dos dedos no chão, vive caindo, não sobre escadas, não levanta as pernas, não consegue pular tbm.
Eu nunca, nunca imaginei q ele pudesse ter algum problema motor, muscular, sei lá.
Para mim, era apenas um atraso, mas não é.
Ai meu Deus, q dor eu senti, tenho sentido.
Quantas dúvidas me assolam e não encontro respostas.
Quanto medo de meu filho regredir mesmo a médica dizendo q o fato dele andar é um grande progresso.
Quanta angústia tem me perseguido desde então.
Não sei o que fazer, sinto-me perdida, quer dizer, não sei como fazer para conseguir o que é preciso.
Preciso de forças, forças para lutar, pois conseguir ajudar meu filho, precisarei de muitas.
sexta-feira, 12 de março de 2010
A dor da incerteza
...o celular despertou e eu levantei de pronto.
...eu não costumo fazer isso, sempre dou uma enroladinha.
...levei séculos para pensar no que eu ia fazer, mas a primeira coisa que veio em minha mente foi a tristeza.
A tristeza pela incerteza de não saber de nada, das possibilidades da vida
Enquanto me arrumava, sempre devagar, eu ia me perguntando sobre a vida, sobre Deus.
Não era revolta, birra nem nada. Eram apenas perguntas sobre hj, amanhã, sempre.
O q Deus quer de mim, o q será do meu filho, se ele vai sofrer, se vai sentir dor.
Pq não eu ao invés dele??
Acho que toda mãe se pergunta sobre isso.
Terminei de me arrumar, mesmo levantando cedo, saí no horário de costume, minutos mais cedo talvez e enquanto saí, lembrava do blog q li dias atrás, o marido saiu, deu um beijo na esposa de despedida e não voltou nunca mais, morreu em algum acidente q não sei precisar qual seria.
Fiquei pensando no quanto a vida é estranha e ingrata tbm.
No qto a gente às vezes acha Deus injusto.
Eu acho, mas não posso dizer q ele é e foi comigo, pois se hj eu tenho dois filhos, foi pq ele foi misericordioso demais para comigo.
Seria pretensão demais querem compreender e aceitar as decisões divinas......
quinta-feira, 11 de março de 2010
Brincando de crescer.
Desde que o Ro entrou de férias, os dias dele tem sido sem descanso.
Ele passa o dia todo com o Artur enquanto eu trabalho, segue as mil exigências minhas e à noite, ainda cuida para que eu não precise fazer nada em casa.
Um sonho, né??
Não, ainda assim, a gente briga, se chateia e se magoa.
Uma coisa q eu detesto é deixar um assunto por se resolver. Quero resolvê-lo a todo custo.
Mas ontem não, ontem eu não tinha vontade de conversar, eu tinha vontade de me calar.
Algo dentro de mim dizia q eu tinha q pensar, pensar no que dizer e confesso que vindo de mim, isso é qse um milagre.
Eu sou campeã e fazer cagada com as palavras, eu sou estúpida, dou golpes baixos, sei como machucar as pessoas, mas ontem não, ontem eu queria mesmo me calar.
Fui dormir, com meus pensamentos, queria até colocá-los aqui, mas era tarde, precisava descansar. Não descansei nada, tive sonhos tumultuados a noite toda.
Hj, durante o dia, foi a mesma coisa, sempre pensando no que eu poderia dizer e, quando cheguei do trabalho eu disse: Precisamos conversar!!
Saí, fui comprar algumas coisas q faltavam para o Artur e voltei, conversamos.
Eu disse q ambos estamos sofrendo, sendo sacrificados.
Que enquanto tivermos um filho com necessidades especiais, teremos que ser pais especiais tbm.
Eu realmente não sei o que nosso filho tem, não sei se é para sempre, mas no momento ele precisa de alguém integralmente ao lado dele, ele precisa de nosso apoio e nós, como pais especiais q somos, precisamos nos desligar de muitas coisas no mundo, para atender suas necessidades agora, uma delas, é infelizmente, nossas férias, grande parte de nossos planos.
Perguntei ao Ro se ele já havia se perguntado o que Deus queria dele quando o enviou o Artur, com todas essas pequenas dificuldades q ele tem, com todos esses acertos q precisamos fazer em nossas vidas para viver e ele me respondeu q ainda não.
Eu reforcei q era hora de pensar, q nosso casamento corria um sério risco de ir para o ralo da infelicidade se continuássemos apenas dando vasão em nossa dor através de ironias, sarcasmos, ferindo um ao outro.
Pq na verdade, precisamos é estar unidos, ligados, nos amparando. Somos uma dupla, uma parceria e eu só entro em parcerias para dar certo, para vencer.
Foi uma conversar rápida, objetiva e creio q produtiva.
Sabe, eu tento e muito me colocar no lugar do Ro.
Esses três anos q se passaram, ele sofreu muito, me apoiou na primeira crise depressiva, enfrentamos uma gravidez numa crise conjugal, eu ainda em depressão, cuidamos de um prematuro de 35 semanas sozinhos, ele qse ficou viúvo ano passado e ainda está aqui, ao meu lado.
Ele é meu companheiro e é por ele que estou tentando mudar.Melhorar, ser uma pessoa melhor, ele merece isso, é o mínimo que eu posso fazer.
Hj eu consegui ser melhor, eu consegui mostrar o quanto ele estava sendo injusto comigo me cobrando coisas q eu sinceramente não poderia dar assim, sem pensar em tudo antes, nas consequências.
Hj eu consegui ser melhor, tentar salvar meu casamento q talvez poderia estar no começo de um fim.
Hj eu vi q eu cresci mais um pouco. Me estiquei para ter mais espaço e não derrubei ninguém......
quarta-feira, 10 de março de 2010
Distribuindo selinhos!!
Bem, como eu havia prometido, aqui estão os dez contemplados com o selinho do bem.
Espero q gostem, pq eu AMEI receber esse presente.
http://noelindinha.blogspot.com/
http://spleenbored-minhaspoesiasfavoritas.blogspot.com/
http://nataliatotta.blogspot.com/
http://anovacela.blogspot.com/
http://cantinhodabeta.blogspot.com/
http://blogestupromental.blogspot.com/
http://m3dri.blogspot.com/
http://elosautisticos.blogspot.com
Beijos
terça-feira, 9 de março de 2010
Uma perfeita blogueira: ganhei um selinhoooo\0/
Nossaaaaaaa!!!
Tô me achando a última bolacha do pacotinho hj.
Eis que eu estava indo dormir e resolvi verificar se alguém estava aqui no meu blogzinho. Se tinha algum comentário para eu responder.
Claro que como eu tenho poucos seguidores, tem poucos, né ? rsrsrs
Bem, o que interessa é que hj minha amiga Viiii me deu um selinho do Bem.
Achei o máximo pq além de vc ficar feliz por receber um selinho, vc escolhe mais 10 pessoas para enviá-lo e depois conta um momento especial de sua vida.
Achei isso maravilhoso.
Agoraaaaa......
desculpem a falsa modéstia, mas é impossível eu contar apenas UM momento especial na minha vida. Eu tive MILHARES desses momentos em minha vida.
Grande parte deles está aqui no meu blog mesmo.
Mas..... vamos lá:
Eu sempre sonhei em ser mãe. Foi eu descobrir que poderia (deixar de ser virgem), eu ja queria.
Tentei algumas vezes, uma loucura, claro, mas não deu certo.
Já diz o ditado: "o que é do homem, o bicho não come", pois eu engravidei do meu marido morando há mais de 100km dele, numa visita relâmpago que fiz a ele depois de meses de saudades. Vendi meu relógio q meu pai me deu de aniversário para ir visitá-lo [isso não era sabido por ninguém até esse momento] e no fim engravidei.
O melhor momento da minha vida foi quando minha filha nasceu: gordinha, 3.600kg, parto normal, dores dos infernos e até q ela veio aos meus braços.
Nunca me esquecerei, ela de macacão de plush, pequenina, carinha inchada, cabia no meu antebraço e mão. Olhei para ela e disse:
— Oi, vc sabia que eu sou sua mãe??
hhahahahah
idiota, eu sei!
Ela sorriu, tá, eu sei, eram movimentos involuntários dos músculos da face, mas eu prefiro achar q ela simpatizou-se comigo rsrsrs
E tem o segundo momento especial:
Foi qdo o Artur nasceu.
34/35 semanas de gestação e o rapazinho com pressa, querendo nascer desde a 32º semana.
As cólicas eram pequenas, doíam pra porra na verdade.
O médico nem aí para a hora do Brasil, ele era diretor do hospital, o coração do meu filho batia e eu dilatava, para ele, que se danasse o resto rsrs.
Eu estava sozinha na sala de parto, as pernas já não fechavam mais e eu lá, com a "janela" aberta. afff
A enfermeira colocou aquele maldito soro e eu perguntei: Vai demorar? Duas horas??
Ela caiu na risada, disse q tinham mães q ficavam dias ali. [amável isso não?].
Como ia demorar mesmo, levantei-me e fui fazer pipi, fiz nº2 tbm, ninguém merece o medo do filho cair na privada.
Pq mulher é tão tosca nessas horas???
Bem, depois fui me deitar, né? Tava doendo tudo [soro dos infernos, eu não disse?].
Antes de me deitar, eu senti uma contração dos diabos e achei melhor me deitar, qse entortei o ferro do soro de tanta dor. Qdo eu me deitei, Arturzinho começou a "coroar". Daí, foi inevitável.
Aquele corredor q só tinha choro de bb foi possuído pelo meu grito ensurdecedor de dor e de repente, veio todo mundo correndo pra ver; Sim, era o Artur nascendo!!
Meu, a enfermeira disse q eu tinha q subir numa maca para ir para a tal sala de parto. Como, caralho??? Me ajudaram e eu subi. Chegando lá, tinha a tal da mesa ginecológica, porra, outra vez?? Subi tbm.
Tô lá na posição de nem a sogra merece [merece sim] e cadÊ o médico??
O médico saiu! Tava visitando os pacientes dele.
E eu? Era o que então??
Bem, não deu tempo de discutir isso, eu fiz força 3 vezes e o Artur nasceu, a enfermeira fez o parto. Porra que dor foi aquela, hein??
Da Laura doeu, mas não me rasgou inteira, sei lá.
Eu tava morrendo de vergonha de ficar de pernas abertas naquele lugar e para minha surpresa qdo consegui abrir os olhos e respirar, notei q a sala de parto estava lo-ta-da de estagiárias.
Meu, pra que tantas??
Pior, o bb nasceu e todas foram olhar a placenta! Até eu fiquei curiosa confesso.
E eu, vi q meu filho respirava bem, o pediatra tava com uma cara boa, então, deitei a cabeça e respirei.
Nãoooooo!!
Faltava mais alguma coisa:
Costurar, sim, a enfermeira tinha q costurar a bixinha né?
Falei: A Sra agora vai dar anestesia?
enfermeira: Pra que?
eu: Uai, para costurar o que vc rasgou aí embaixo!
enfermeira: Eu não rasguei nada não fia. Seu filho nasceu a seco mesmo, sem anestesia, sem episiotomia tbm [corte feito para facilitar a passagem do bb];
Então eu pensei: Poatz!! Então é pior do que eu imaginava, o menino saiu e estragou tudoooo.
eu: Enfermeira, costura isso aí agora!!
enfermeira: Pera menina, vou ver se vai precisar, se houve laceração. Não! Não houve, não precisa.
eu: como não precisa? Costura isso, se vc não costurar e ficar com defeito, eu volto aqui e te pego.
E todos riram da minha cara, inclusive o pediatra.
E, qdo Artur veio até mim, não quis mamar, o nosso papo foi interrompido pelo pediatra para dizer q ele precisava ficar na UTI neo e lá fomos nós.
Felizmente, foi apenas um dia e meio e em dois dias nós éramos a família mais linda e completa do mundo.
Ufaaa
Momento especial é q não falta na minha vida.
Só q eu só posto amanhã os blogs q irão receber selinho.
bjooooo
quarta-feira, 3 de março de 2010
Confabulando eu comigo mesma!
De todos os grandes problemas e defeitos da minha vida, o que realmente me incomoda hj é a minha insatisfação.
Conforme eu vou conquistando as coisas e SEM modéstia parte, eu sempre conquisto mesmo, é inevitável que eu sinta insatisfação.
Tudo vai ficando pequeno, as paredes e o teto vem se fechando diante de mim e eu vou sentindo a necessidade de me espalhar.
Ai ai, tantas vezes eu acreditei que era simplesmente preciso abrir os braços e empurrar. Tantas vezes eu não me detive ao fato de que atrás das minhas paredes e tetos existiam outras pessoas talvez com a mesma sensação que a minha e eu, muitas vezes sem querer, as derrubei ou espremi.
Eu acho importante a gente confabular consigo mesmo. Acho legal fazer uma auto análise sem cobranças, sem vislumbrar a perfeição, apenas tentando corrigir falhas que todos os seres humanos tem.
Eu tenho levado isso a sério, quase perder a minha vida me deixou mais humilde, mais humana, mais carne e osso e mais complacente com as situações adversas, até mesmo com os adversários mesmo.
Tenho visto que a vida pode ser perigosa e tentar viver pode ser destruir uma vida tbm.
Tem hora de ligar o foda-se, tem hora de ser humano, tem hora de apenas deixar a vida levar e tem que ter muita, muita maturidade para saber que hora e hora.
E eu acho que vivemos nesse mundo para aprender isso: foder, humanizar, ir e crescer.
"Vamo bora gente, a vida é isso aí."
Desligada!!!
Pois é gente, de todas as dúvidas que eu tinha dentro de mim, a única resposta que eu tive foi para o meu desespero e despreparo.
Sabe o que eu fiz?
Simplesmente eu desliguei.
Sinceramente??
Eu não tenho como ficar me matando para conseguir coisas que ainda não estão ao meu alcance.
Eu estou há meses procurando uma psicóloga e quando a encontro, simplesmente não tenho dinheiro para pagar uma consulta. Aliás, ela quer cobrar um consulta para conversar conosco e decidir qto ela vai cobrar pela avaliação, que porre isso!!!
Decidi que a neuropediatra terá que se virar sozinha.
Vamos ver o que ela diz.
A verdade é que eu penso o seguinte:
Talvez ela não queira me dizer o que o Artur tem, talvez ela nem diga o que ele possa ter, mas eu tenho certeza de que ela sabe que ele precisa de estímulos, de terapias e é isso que eu quero para meu filho, é isso que eu espero ter qdo sair do consultório.
Diagnóstico nem sempre é algo tão desesperador, eu já aceitei o fato do Artur ter dificuldades, quem sabe até deficiências?? É fato q seu desenvolvimento está abaixo do normal.
Depois que eu desliguei e parei de querer fazer o mundo caber na palma da minha mão, parece q tudo ficou mais leve.
Mas eu não vou desistir e nem me acomodar.
Eu apenas preciso de ajuda, eu preciso do começo e eu nunca vi um começo tão difícil como o dessa luta.
Hj, eu escrevi num lugar que é uma luta árdua, no começo, meio e que era sem fim.
O que faço com um filho Autista??
Eu já tenho a resposta:
Eu amo, meu filho do jeito que ele é, do jeito q ele pode ser.
E é isso que eu faço e farei para sempre.
terça-feira, 2 de março de 2010
Nossa, tanta coisa....
Eu tenho anotado na minha agenda as coisas que quero escrever aqui, tem faltado tempo, coragem e disposição para isso, que coisa, não??
Vou escrever aqui para ver o que acontece.rsrsrs