Pinto da Costa dá lição a alunos do "Carolina"Com a sobrecarga de trabalho acabei por não perceber: afinal já passaram 30 dias.
Confesso que ainda pensei que se tratava de um trocadilho...
Pinto da Costa dá lição a alunos do "Carolina"Com a sobrecarga de trabalho acabei por não perceber: afinal já passaram 30 dias.
«Se o aluno custa 3000 euros por ano, quando chumba passa a custar 6000. E se chumbar outra vez custa 9000».Já sabemos(?) quanto custa ao erário chumbar um aluno. Resta saber o custo da certificação sem garantia de qualidade. Entre o deve e o haver venha lá o diabo e escolha!
PS (salvo-seja): E agora tenho de regressar ao Aragem tratar do desafio lançado pela Isabel :)
“No seu discurso na sessão comemorativa do 25 de Abril, no Parlamento, Cavaco Silva divulgou extractos de um estudo que mandou realizar sobre o alheamento da juventude face à política, e atribuiu parte da responsabilidade aos partidos políticos.” (Público)
O senhor presidente podia e devia ter aproveitado a oportunidade para assumir a sua quota-parte de responsabilidade. É uma verdade insofismável que as instituições democráticas e os partidos políticos não são assépticos. Ainda recentemente promulgou o diploma da gestão escolar, um diploma que constitui um retrocesso na vida democrática das escolas. Mas é preciso sair dessa esfera: seria um erro circunscrever a democracia à democracia política. É necessário complexificar um pouco mais a ideia de democracia, como nos sugere John Dewey*: «O problema da criação de uma genuína democracia não se resolve pela "super -simplificação da ideia de democracia" (LW.I3:95) resultante da circunscrição a uma forma de regime ou governo político mas pela complexificação, isto é, a sua extensão a todas as esferas da vida humana e a consequente transformação das condições de vida presentes, "numa integração moral e intelectual" (LW. 13:97). Só assim a democracia é, fundamentalmente, "um modo, um caminho de vida" (LW.I3:155), ou melhor, o ideal que inspira uma forma de vida - a democrática. Neste sentido, ela representa, como todos os ideais simultaneamente um meio e um fim: um meio-método, porque se trata de uma via em si mesma valiosa, pelas atitudes e valores que mobiliza e que são o seu próprio fim: o crescimento do "eu" e o crescimento social como forma integrada de um desenvolvimento conjunto, mais amplo.» (p. 133)
Não consigo deixar de pensar no diploma que V.Exª promulgou. Olhe que «A séria ameaça à nossa democracia não é a existência da Estados totalitários estrangeiros. É a existência, dentro das nossas próprias atitudes pessoais e dentro das nossas próprias instituições, de condições similares àquelas que deram vitória à autoridade, à disciplina, à uniformidade e à dependência externas do “Líder” nos países estrangeiros. O campo de batalha é também, consequentemente, aqui – dentro de nós mesmos e das nossas instituições» (p. 134).
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* Gambôa, R. (2004). Educação, ética e democracia – A reconstrução da modernidade em Jonh Dewey. Ed. ASA. Porto.
Paulo de Carvalho
Composição: José Niza
Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder.
Tu viste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci.
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor
Que aprendi.
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós.
"5. Decreto-Lei que define o regime do acesso para lugares da categoria de professor titular da carreira de educadores de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário.
Este Decreto-Lei visa regulamentar a realização da prova pública e do concurso de acesso à categoria de professor titular previsto no Estatuto dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário.
Deste modo, os docentes dos quadros da rede de estabelecimentos do Ministério da Educação – que preencham os requisitos para acesso à categoria de professor titular ou tenham completado 15 anos de serviço docente com avaliação de desempenho igual ou superior a Bom – podem requerer a realização da prova pública, que se destina a demonstrar a sua aptidão para o exercício específico das funções de professor titular. Esta prova concretiza-se na apresentação de um trabalho pelo candidato e respectiva discussão, sobre a experiência do quotidiano escolar vivida no exercício efectivo de funções docentes.
Definem-se os domínios que podem ser objecto do trabalho a apresentar pelo candidato, competindo ao júri o estabelecimento dos critérios de apreciação da prova. Na composição do júri da prova, prevê-se a presença de elementos externos à escola, de reconhecido mérito no domínio da educação. Para efeitos da organização das provas públicas, podem os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas celebrar protocolos de cooperação nas áreas dos centros de formação de associações de escolas.
O recrutamento de professores titulares faz-se para lugares definidos ao nível do agrupamento de escolas ou da escola não agrupada, a que é atribuído um papel decisivo nessa selecção. O concurso reveste carácter documental, com incidência sobre toda a actividade desenvolvida pelo docente, e reflecte o rigor e a exigência que se pretende imprimir ao funcionamento do sistema educativo, tendo em consideração o resultado da prova pública, a habilitação académica e formação especializada, a experiência profissional e a avaliação de desempenho dos candidatos.
Estabelece-se um mecanismo de salvaguarda do interesse público através de um conjunto de normas reguladoras do recrutamento e provimento para os casos em que o concurso fique deserto.
Finalmente, define-se um concurso extraordinário de acesso à categoria de professor titular, aberto aos professores colocados no índice 340, em termos semelhantes aos fixados pelo regime do primeiro concurso de acesso para lugares da categoria de professor titular da carreira dos educadores de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário."
“Os novos profissionais do ensino tomarão as duas atitudes dialécticas.
Não se imaginarão livre de entraves, mas não se queixarão permanentemente de serem perseguidos” (Autor desconhecido)
“ «Não há uma única escola que tenha pedido a suspensão», afirmou Maria de Lurdes Rodrigues [...]
Admitiu que há «manifestações de preocupação» e «desejos de não concretização da avaliação» manifestado por alguns professores individualmente, grupos de professores ou mesmo conselhos pedagógicos, mas sublinhou que isso não pode ser confundido com a posição da escola.
«Nenhum conselho executivo de qualquer escola pediu a suspensão da avaliação.» [...] ”
Os conselhos executivos, sem excepção segundo a ministra, fizeram ouvidos de mercador aos inúmeros apelos directos oriundos das comunidades educativas [representadas nos conselhos pedagógicos e assembleias de escolas]. Pergunto, com que legitimidade? Como foi possível não dar voz às vozes que os elegeram? Por carreirismo, por medo? Que ideia é esta de representação? Os conselhos executivos representam a escola ou será o ME representado pelos conselhos executivos?
Se dúvidas houvesse sobre o papel que está reservado ao futuro director, aqui temos uma evidência!
Adenda: eheheh... a Maria Lisboa também foi à missa. Pode ler aqui: http://professorsemquadro.blogspot.com/2008/04/foi-vez-das-lisboas-oriental-e.html"04-Abril 2008 - reunião sobre avaliação do desempenho...Hoje fui a uma reunião em conjunto com todos os presidentes CE e membros das comissões de coordenação de avaliação de toda a drel) com o Sr Pedreira e o Sr Valter Lemos sobre Avaliação docente, gestão e formação. Chegámos... entrámos... uns sentaram-se em cadeiras outros nas escadas...no chão...(várias dezenas!) porque não cabiam todos... Já é a 3ª vez que vou a uma reunião destas (com altas individualidades do ME) em que os profs se sentam no chão...uma vergonha!!! A reunião estava marcada para as 10h... começou às 10h30. Estivemos cerca de 2h a ouvir o sr Pedreira explicar-nos através de uma sessão de powerpoint o dec 2/2008... (como se nós não conhecêssemos a sua fundamentação teórica...) a importância de sermos avaliados... o facto determos DIREITO a uma avaliação...etc etc...Seguiu-se um momento onde os presentes poderiam colocar dúvidas... e os srs Lemos e Pedreira escreveram... escreveram para depois esclarecerem...Houve quem agradecesse ao blog do colega Ramiro Marques a partilha de instrumentos de registo e a ajuda a tantas dúvidas que vão surgindo...(Foi um aplauso de agradecimento generalizado!) No meio das dúvidas... faltou a pilha ao micro portátil... então o Sr Lemos sugeriu que fizéssemos um pequeno intervalo...Após o reinicio da sessão o Sr Lemos lá foi dando umas respostas-novidades atabalhoadas... já que quem tinha colocado situações concretas ficou na mesma... ou seja: "o CE terá de encontrar a solução mais adequada"... :) Entretanto ficámos a saber que, na próxima semana, vai sair mais um despacho sobre as quotas de cada parâmetro da avaliação... e depois outro sobre a avaliação de quem não tiver componente lectiva... Por isso...
meus caros não se apressem porque o chorrilho ainda não terminou. Ahhh... mas o mais giro foi a conclusão...O mínimo dos mínimos de avaliação que as escolas terão de fazer é a avaliação aos contratados e que consiste em: Ficha de auto-avaliação e ficha do PCE-dados objectivos: assiduidade, avaliação dos alunos. As escolas que conseguirem fazer mais... devem fazer... porque algumas estão a avaliar todos os docentes já este ano... e isso é trabalho que não se lhes pode dizer para deitarem fora...Ah!... e mais disse o sr Pedreira: "Os instrumentos de registo que as escolas estão a elaborar... é preciso não esquecer que não são documentos escritos em pedra...podem e devem ser alterados quando e sempre que necessário..." Agora elaboram uns mas no inicio do próximo ano pode haver novos elementos e o processo é um processo aberto...(gostaram? esta foi gira...mas vem aí outra...)Disse também o Sr Pedreira: "o facto de este modelo de avaliação ser complexo... (e aí foi uma gargalhada geral... seguida de intervenções do tipo...Ahhh! afinal sempre é complexo!!!) ao que o Sr Pedreira confirmou:"Sim... o ME reconhece a sua grande complexidade...é um sistema complexo...nós reconhecemos...mas agora cabe aos Conselhos Executivos e às escolas simplificá-lo!!"Lindo! E nessa liiinda reunião (onde fomos postos na rua às 13h28m) porque a sala só estava disponibilizada até às 13h30... por isso teriam de terminar a reunião e sair...
Professora que esteve presente na reunião
Comentário meu
Afinal, ainda há muitos PCEs que resistem e que não calam a mágoa que lhes vai na alma."
“A vida é hoje cada vez mais multifuncional. Ao mesmo tempo vemos televisão, lemos, escrevemos, jogamos e falamos! É isso que os jovens estudantes fazem quando estudam com a música alta, o computador ligado e o telemóvel pronto a trocar mensagens. É assim que aprendem e é nesse ambiente que vão ter que viver e criar valor. E a escola? A escola é cada vez mais isso nos intervalos, nas actividades lúdicas e complementares, mas não tem ainda condições para ser isso nos períodos formais de aulas.Ora diga lá outra vez... É que não percebi para onde quer transportar a carroça.
É por isto que o Plano Tecnológico para a Educação é tão importante como parte da corajosa reforma que o Governo está a implementar.” (Carlos Zorrinho - Coordenador nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico)
“8 — (...) sendo excessivo o número de trabalhadores em funções, o órgão ou serviço começa por promover as diligências legais necessárias à cessação das relações jurídicas de emprego público constituídas por tempo determinado ou determinável de que não careça e, quando ainda necessário, aplica às restantes o regime legalmente previsto, incluindo o de colocação de pessoal em situação de mobilidade especial.”Uma eventual reorganização curricular, a criação de mega agrupamentos, a intensificação do trabalho docente [ECD] e outros quejandos, serão os artifícios utilizados para empurrar o pessoal docente para o quadro de mobilidade especial. A lista de ordenação nacional parece sucumbir definitivamente. Sugiro por isso muita vigilância e predisposição para combater estas políticas!
“3 — A descrição do conteúdo funcional não pode, em caso algum, e sem prejuízo do disposto no n.º 3 do artigo 271.º da Constituição, constituir fundamento para o não cumprimento do dever de obediência e não prejudica a atribuição ao trabalhador de funções, não expressamente mencionadas, que lhe sejam afins ou funcionalmente ligadas, para as quais o trabalhador detenha a qualificação profissional adequada e que não impliquem desvalorização profissional.”A actividade de vigilância de exames [recordo que os vigilantes estão impedidos de interagir com os alunos] pode ou não ser considerada uma desvalorização profissional?