Últimas indefectivações

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Destino...

Lixívia 27

Tabela Anti-Lixívia:
Benfica.........73 (-6 ) = 79
Corruptos......69 (+7 ) = 62
Braga...........46 ( -1 ) = 47
Sporting.......36 (+12 ) = 24


Depois da histeria do derby - na jornada anterior -, não foi preciso esperar muito, para demonstrar a hipocrisia dos indignados. Bastou uma jornada, para o Benfica ser factualmente prejudicado - sem discussão -, e para os Corruptos e os Lagartos serem factualmente beneficiados - sem discussão... só o Santolas discorda!!! -, em ambos os casos, com influência directa e efectiva nos resultados. E como estamos habituados, as vozes indignadas e as frases bélicas a pedir a cabeça do Capela, foram substituídas pelo Silêncio absoluto... excepto quando voltavam a falar do Capela!!! Inacreditável, como programas de actualidade, onde se normalmente discute a última jornada, passaram o tempo todo a falar da jornada anterior, ignorando completamente os 'roubos' desta semana - com a RTP, estação pública, a liderar o desplante... -, havendo mesmo avençados aziados de arbitragem, que mesmo com muitos casos para analisar desta semana, optaram por voltar a repisar o Capela - Cruz dos Santos: a cruz Lagarta é mesmo pesada!!!  A conferência do João Gabriel foi por tudo isto, e muito mais, o mínimo que o Benfica podia fazer, discordo quando se diz que o timing foi mau. Neste momento era obrigatório. Noutras jornadas, durante o Campeonato outros momentos houve, onde se devia ter reagido da mesma forma, mas isso não retira mérito a esta intervenção...
Para os mais distraídos, quando ainda estão em disputa 9 pontos, destaco a diferença de 17 pontos que o Benfica devia ter neste momento!!! Podendo nesse caso, preparar a Meia-final da Liga Europa, com outras opções de gestão. Amanhã vamos, defrontar uma equipa Turca, que teve 1 semana de descanso, em contra-ponto com as 70 horas que o Benfica teve...!!!

Escrevi na antevisão, que Manuel Mota parecia-me um jovem com algum potencial, o anuncio antecipado da nomeação, deixou-me preocupado, mas as duas arbitragens que tinha feito em jogos do Benfica, não tinham sido Frutadas, com alguns erros é verdade, mas 'aceitáveis'!!! Felizmente, não me enganei... Aliás, até o critério disciplinar largo, que costumava demonstrar, mudou. E ainda bem, porque assim o jogo duro que o Marítimo pretendia não aconteceu. Talvez por isso as queixas do Pedro Martins no final do jogo!!! Mesmo assim, no final da partida não assinalou duas grandes penalidades sobre o Cardozo!!! Sim, duas!!! Na primeira o Rossi, toca na bola é verdade, mas praticamente em simultâneo toca no Tacuara, falta clara. Na segunda, também existe contacto, perna com perna, não é nos pés, e por isso nas repetições, até pode parecer que não existiu falta, mas o contacto existe mesmo... Felizmente, não teve influência no resultado.






O Andrades, beneficiaram de mais uma Xistrlhada, como já é costume: este ano já são 3 jogos que o Xistra apita dos Corruptos. Em Braga, foi o penalty do Alex Sandro; em Aveiro o Mangala devia ter ido para a rua mais cedo, quando o resultado ainda estava em aberto; e agora permitiu mais duas 'defesas' com os braços do Danilo, marcou um penalty a favor dos Corruptos, erradamente... e ainda permitiu um golo em fora-de-jogo aos Corruptos - é por pouco, mas está...!!! Já disse várias vezes que não concordo, com o critério que é usado em Portugal para os lances de bola na mão (ou vice-versa), mas tenho analisado as jogadas perante o critério normalmente usado. Sendo assim ficaram as duas mãos do Danilo, são penalty's, assim como já foram várias jogadas iguais, assinaladas a favor dos Corruptos. No penalty a favor dos Corruptos - falhado, entretanto... -, a falta é cometida pelo Jackson só depois o jogador do Setúbal, toca com a mão da bola - e mesmo assim, o toque é idêntico ao 2.º penalty do Danilo, que não foi marcado!!!



Os Lagartos voltaram a vencer com um golo nos últimos minutos. Desta vez, em claro fora-de-jogo. A maneira como os jornaleiros avençados tentaram esconder o fora-de-jogo foi inacreditável... Também gostei, de ver os jornaleiros a discutir uma possível falta sobre o Ricky, na área do Nacional, muito parecida com o lance do Gaitán/Ilori no derby, com um atenuante: neste, o jogador do Nacional - Jota -, não usou os braços para empurrar o jogador do Norwich!!!

Nem sequer vi resumos do jogo do Braga, mas um amigo de confiança, disse-me que o penalty que o Braga reclama, não sendo muito evidente, devia ter sido marcado...

Anexos:
Benfica
1ª-Braga(c) E(2-2), Soares Dias, Prejudicados, Beneficiados, (3-2), (-2 pontos)
2ª-Setúbal(f) V(0-5), Jorge Sousa, Nada a assinalar
3ª-Nacional(c) V(3-0), Bruno Esteves, Nada a assinalar
4ª-Académica(f) E(2-2), Xistra, Prejudicados, (0-3), (-2 pontos)
5ª-Paços de Ferreira(f) V(1-2), Marco Ferreira, Prejudicados, (1-5), Sem influência no resultado
6ª-Beira-Mar(c) V(2-1), Rui Costa, Prejudicados, Beneficiados, (3-1), Sem influência no resultado
7ª-Gil Vicente(f) V(0-3), Vasco Santos, Nada a assinalar
8ª-Guimarães(c) V(3-0), João Ferreira, Prejudicados, (4-0), Sem influência no resultado
9ª-Rio Ave(f) V(0-1), Bruno Esteves, Nada a assinalar
10ª-Olhanense(c) V(2-0), Rui Silva, Nada a assinalar
11ª-Sporting(f) V(1-3), Marco Ferreira, Nada a assinalar
12ª-Marítimo(c) V(4-1), Hugo Pacheco, Prejudicados, (5-0), Sem influência no resultado
13ª-Estoril(f) V(1-3), Duarte Pacheco, Nada a assinalar
14ª-Corruptos(c) E(2-2), João Ferreira, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar no resultado
15ª-Moreirense(f) V(0-2), Capela, Nada a assinalar
16ª-Braga(f) V(1-2), Bruno Esteves, Nada a assinalar
17ª-Setúbal(c) V(3-0), Vasco Santos, Beneficiados, Sem influência no resultado
18ª-Nacional(f) E(2-2), Proença, Prejudicados, (2-4), (-2 pontos)
19ª-Académica(c) V(1-0), Nuno Almeida, Prejudicados, Sem influência no resultado
20ª-Paços de Ferreira(c) V(3-0), Capela, Nada a assinalar
21ª-Beira-Mar(f) V(0-1), Manuel Mota, Prejudicados, (0-3), Sem influência no resultado
22ª-Gil Vicente(c) V(5-0), Duarte Gomes, Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
23ª-Guimarães(f) V(4-0), Paulo Baptista, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
24ª-Rio Ave(c) V(6-1), Rui Costa, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
25ª-Olhanense(f) V(0-2), Hugo Miguel, Prejudicados, Sem influência no resultado
26ª-Sporting(c) V(2-0), Capela, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar no resultado
27ª-Marítimo(f) V(1-2), Manuel Mota, Prejudicados, (1-4), Sem influência no resultado

Sporting
1ª-Guimarães(f) E(0-0), Capela, Nada a assinalar
2ª-Rio Ave(c) D(0-1), Marco Ferreira, Nada a assinalar
-Marítimo(f) E(1-1), Xistra, Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
4ª-Gil Vicente(c) V(2-1), Vasco Santos, Beneficiados, Prejudicados, (2-2), (+2 pontos)
5ª-Estoril(c) E(2-2), Nuno Almeida, Beneficiados, (2-3), (+1 ponto)
6ª-Corruptos(f) D(2-0), Jorge Sousa, Prejudicados, (1-0), Sem influência no resultado
7ª-Académica(c) E(0-0), Bruno Esteves, Nada a assinalar
8ª-Setúbal(f) D(2-1), Paulo Baptista, Nada a assinalar
9ª-Braga(c) V(1-0), Proença, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
10ª-Moreirense(f) E(2-2), Hugo Miguel, Nada a assinalar
11ª-Benfica(c) D(1-3), Marco Ferreira, Nada a assinalar
12ª-Nacional(f) E(1-1), Soares Dias, Nada a assinalar
13ª-Paços de Ferreira(c) D(0-1), Rui Silva, Nada a assinalar
14ª-Olhanense(f) V(0-2), Hugo Pacheco, Beneficiados, Impossível contabilizar no resultado
15ª-Beira-Mar(c) V(1-0), Cosme, Nada a assinalar
16ª-Guimarães(c) E(1-1), Xistra, Beneficiados, (1-2), (+1 ponto)
17ª-Rio Ave(f), D(2-1), Capela, Beneficiados, Sem influência no resultado
18ª-Marítimo(c) D(0-1), Duarte Gomes, Nada a assinalar
19ª-Gil Vicente(f) V(2-3), Soares Dias, Prejudicados, Beneficiados, (3-4), Sem influência no resultado
20ª-Estoril(f) D(3-1), Hugo Miguel, Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
21ª-Corruptos(c) E(0-0), Paulo Baptista, Prejudicados, Impossível contabilizar no resultado
22ª-Académica(f) E(1-1), Hugo Pacheco, Nada a assinalar
23ª-Setubal(c) V(2-1), Marco Ferreira, Prejudicados, Sem influência no resultado
24ª-Braga(f) V(2-3), Jorge Sousa, Beneficiados, (3-3), (+2 pontos)
25ª-Moreirense(c) V(3-2), Soares Dias, Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
26ª-Benfica(f) D(2-0), Capela, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar no resultado
27ª-Nacional(c) V(2-1), Jorge Ferreira, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)

Corruptos
1ª-Gil Vicente(f) E(0-0), Duarte Gomes, Beneficiado, Prejudicados, (1-1), Sem influência no resultado
2ª-Guimarães(c) V(4-0), Hugo Miguel, Prejudicados, Sem influência no resultado
3ª-Olhanense(f) V(2-3), João Ferreira, Nada a assinalar
-Beira-Mar(c) V(4-0), Manuel Mota, Nada a assinalar
5ª-Rio Ave(f) E(2-2), Bruno Esteves, Nada a assinalar
6ª-Sporting(c) V(2-0), Jorge Sousa, Beneficiados, (1-0), Sem influência no resultado
7ª-Estoril(f) V(1-2), Capela, Nada a assinalar
8ª-Marítimo(c) V(5-0), Cosme, Nada a assinalar
9ª-Académica(c) V(2-1), Hugo Pacheco, Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
10ª-Braga(f), V(0-2), Xistra, Beneficiados, Impossível contabilizar no resultado
11ª-Moreirense(c) V(1-0), Vasco Santos, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
12ª-Setúbal(f) V(-3), Proença, Beneficiados, Impossível contabilizar no resultado
13ª-Nacional(c) V(1-0), Rui Costa, Prejudicados, (2-0), Sem influência no resultado
14ª-Benfica(f) E(2-2), João Ferreira, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar no resultado
15ª-Paços de Ferreira(c) V(2-0), Jorge Sousa, Nada a assinalar
16ª-Gil Vicente(c) V(5-0), Paulo Baptista, Beneficiados, Sem influência no resultado
17ª-Guimarães(f) V(0-4), Marco Ferreira, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar no resultado
18ª-Olhanense(c) E(1-1), Cosme Machado, Beneficiados, Impossível contabilizar no resultado
19ª-Beira-Mar(f) V(0-2), Xistra, Beneficiados, Impossível contabilizar no resultado
20ª-Rio Ave(c) V(2-1), Soares Dias, Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
21ª-Sporting(f) E(0-0), Paulo Baptista, Beneficiados, Impossível contabilizar no resultado
22ª-Estoril(c) V(2-0), Nuno Almeida, Beneficiados, Sem influência no resultado
23ª-Marítimo(f) E(1-1), João Capela, Beneficiados, Prejudicados, (1-2), (-2 pontos)
24ª-Académica(f), V(0-3), Bruno Esteves, Prejudicados, Impossível contabilizar
25ª-Braga(c), V(3-1), Proença, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
26ª-Moreirense(f), V(3-0), Marco Ferreira, Nada a assinalar
27ª-Setúbal(c), V(2-0), Xistra, Beneficiados, (1-2), (+3 pontos)

Braga
1ª-Benfica(f) E(2-2), Soares Dias, Beneficiado, Prejudicados, (3-2), (+ 1 ponto)
2ª-Beira-Mar(c) V(3-1), Paulo Baptista, Nada a assinalar
3ª-Paços de Ferreira(f) D(2-0), Pedro Proença, Nada assinalar
4ª-Rio Ave(c), V(4-1), Bruno Paixão, Nada a assinalar
5ª-Guimarães(f), V(0-2), Paulo Baptista, Prejudicados, Sem influência no resultado
6ª-Olhanense(c), E(4-4), Jorge Tavares, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
7ª-Marítimo(f), V(0-2), Benquerença, Nada a assinalar
8ª-Gil Vicente(c) V(3-1), Rui Silva, Beneficiados, Impossível contabilizar
9ª-Sporting(f) D(1-0), Proença, Prejudicados, (1-1), (-1 ponto)
10ª-Corrutpos(c) D(0-2), Xistra, Prejudicados, Impossível contabilizar no resultado
11ª-Académica(f) V(1-4), Soares Dias, Nada a assinalar
12ª-Estoril,(c) V(3-0), Nuno Almeida, Beneficiados, (3-1),Sem influência no resultado
13ª-Moreirense(c) V(1-0), Jorge Sousa, Nada a assinalar
14ª-Nacional(f) D(3-2), Hugo Miguel, Nada a assinalar
15ª-Setúbal(c) V(4-1), Duarte Gomes, Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
16ª-Benfica(c) D(1-2), Bruno Esteves, Nada a assinalar
17ª-Beira-Mar(f) E(3-3), Hugo Pacheco, Beneficiados, Prejudicados, (4-2), (+1 ponto)
18ª-Paços de Ferreira(c) D(2-3), Paulo Baptista, Nada a assinalar
19ª-Rio Ave(f) E(1-1), João Ferreira, Beneficiados, (1-0), (+1 ponto)
20ª-Guimarães(c) V(3-2), Jorge Sousa, Nada a assinalar
21ª-Olhanense(f) V(0-1), Bruno Paixão, Nada a assinalar
22ª-Marítimo(c) V(2-0), Bruno Esteves, Nada a assinalar
23ª-Gil Vicente(f), V(1-3), Xistra, Nada a assinalar
24ª-Sporting(c), D(2-3), Jorge Sousa, Prejudicados, (3-3), (-1 ponto)
25ª-Corruptos(f), D(3-2), Proença, Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
26ª-Académica(c), V(1-0), Hugo Miguel, Nada a assinalar
27ª-Estoril(f), D(2-1), Bruno Paixão, Prejudicados, (2-2), (-2 pontos)

LINK's
Épocas anteriores:

Juniores - 11.ª jornada - Fase Final

Hélder Costa

Braga 0 - 2 Benfica

Excelente vitória, com um bis do Hélder, que tem aproveitado muito bem o regresso aos Juniores. Tudo ficou na mesma na frente da classificação, faltam 3 jornadas, que vão ser 3 autênticas finais!!! Na próxima jornada vamos a Guimarães, apesar da classificação não mostrar, creio que será um jogo mais difícil do que este, pelo que vi no Seixal. Este Guimarães é uma excelente equipa, criou-nos muitos problemas, podia mesmo ter vencido, e este foi uma daquelas raridades, onde até fomos bafejados com alguns erros da equipa de arbitragem!!! Portanto muito cuidado, com os reforços vindos da equipa B, temos tudo para triunfar...
PS: Apesar dos golos do Hélder, as crónicas exultam mais uma excelente exibição do Clésio!!!

Benfica........23
Sporting........23
Porto............22
Rio Ave.........13
Braga............11
Guimarães......9
Setúbal.........8
Nacional........6

Inimputáveis !!!

Evidências...

Lula e Jesus

"Nos últimos tempos, quando Jorge Jesus me aparece, sorrateiro ou não, na televisão, lembro-me de Lula, do Lula que era padeiro e chofer de táxi e num abrir e fechar de olhos se tornou sublime treinador de futebol - dizendo coisas assim:
- Vocês quatro aí do meio de campo vão lá no gramado e fazem um triângulo! (isso foi na prelecção antes de um jogo importante da historia - e ganhou-o...)
ou assim:
- Não pode não, Coutinho... Cê tem promoção para engordar! (isso foi ao ver a cópia de Pelé a comer de mais e a promoção era... propensão!)
e apesar desse lingujar a retorcer-se entrou para o Guiness como treinador com mais títulos ganhos no mundo. É, alguns já perceberam: Lula era o treinador que, no Santos, lançou Pelé à eternidade. Mas, de repente, quando Pelé já não deste mundo, chateou-se com ele e traçou-lhe, cruel, o destino:
- Ou Lula ou Pelé (pois, o rei já falava, majestático, na terceira pessoa...)
Imagina-se quem saiu. O Santos (mesmo com Pelé) ganhou no arrasto apenas mais um título - e Lula nunca mais regressou a Vila Belmiro. Às vezes olhava para o desenho que Picasso lhe fizera em Paris, pondo na dedicatória que criador de deus era ele - e chorava. Morreu, não muito depois, à espera e em vão.
Também se pusera de boca e boca outra lenda: que Lula mexia muito na equipa porque tinha obsessão estranha: no balneário, atirava as camisolas ao ar e quem as agarrasse primeiro jogava. (Claro, Gilmar, Mauro, Zito, Pelé e Coutinho nunca entraram nesse jogo...)
OK, ainda não expliquei por que vendo Jesus me lembro de Lula. Não, não é por ele, o Jesus, dizer coisas certas com palavras erradas (ou mexer muito na equipa ou inventar isto e mais aquilo...) - é por pensar que o Benfica pode passar e que o Santos passou se Vieira fizer a Jesus o que Pelé fez a Lula, fazendo-o só porque certo filósofo (vocês sabem quem é...) descobriu que o coração às vezes tem razões que a razão desconhece..."

António Simões, in A Bola

À sombra da bananeira

"A vitória dos encarnados na Madeira analisada por Pedro Gomes.
Tínhamos escrito que o título passava pela Madeira. Mesmo que o Benfica não vencesse o Marítimo, a decisão do título derivava dos Barreiros para a Choupana, onde o FC Porto vai encontrar muitas dificuldades na próxima jornada. Contudo o Benfica antecipou-se e resolveu a questão.
Jesus, seguindo a sua linha de pensamento, apresentou a melhor equipa e a melhor estratégia para lhe garantir a vitória no Funchal e que simultaneamente lhe permitisse fazer a rotatividade para a eliminatória da Liga Europa. Apostou tudo nesta jornada, encarou o jogo de corpo e alma, embora espiritualmente pensasse no Fenerbahçe.
Estamos em final de época e a equipa tem ainda algum sumo, mas está espremida. Nesta recta final, o mais importante é mesmo ganhar. Tal como ontem, não se podem esperar grandes exibições, nem observar o esclarecido e brilhante futebol apresentado anteriormente pelo Benfica.
Neste encontro, o Benfica começou bem, marcou cedo, mas no resto da primeira parte encostou-se “à sombra da bananeira”, pois a partir do golo foi uma equipa amorfa, sem ligação, sem velocidade, sem coordenação e sujeitou-se ao domínio do Marítimo, o qual empatou com mérito. Aliás, outras equipas também não mantêm o mesmo fulgor de há uns tempos. Por exemplo, o Marítimo correu imenso na primeira parte e estoirou na segunda.
Talvez por isso o Benfica, na segunda parte, soltou-se mais, sentiu-se menos pressionado e passou de dominado a dominador, acabando por ganhar num lance feliz. Mas neste período, mesmo atabalhoadamente, criou algumas oportunidades para marcar. Depois, Jesus, com as substituições, poupou jogadores e segurou o resultado, que face à inépcia do Marítimo quase não era necessário. Mas teve cautela.
Apesar do Benfica ser a equipa melhor estruturada em termos de qualidade de jogadores, dado que reúne no mínimo dois talentosos elementos para cada lugar, contudo, a época é desgastante e para responder com mérito a cada jogo é preciso ter no treinador um gestor qualificado. Jesus, esta época, está a gerir muito melhor a equipa. Os erros cometidos no final de 2011/2012 foram superados.
Esta época vai acabar de forma diferente e positiva, porque o Benfica tem enormes possibilidades de ganhar as três competições onde está inserido. O campeonato está garantido. A menos que surja uma peste bubónica. A eliminatória da Liga Europa está a dois golos de distância e a Taça de Portugal concretizará o velho sonho de Jesus."

Um filme de suspense

"Acabou o jogo da Madeira e, apesar da grande festa benfiquista, logo se percebeu: não dá para muito mais. Nem sequer dará para esconder as dificuldades. O Benfica chega a este momento final e crucial da época preso por arames.
Jorge Jesus tem feito os possíveis numa gestão cuidada e racional do plantel, mas os que escala para jogar deixam em campo a marca do sacrifício, da vontade, do querer, mas já não conseguem evidenciar o fulgor, a criatividade, a espontaneidade que levou a equipa, esta época, a jogar o melhor futebol do campeonato português.
Neste quadro, que jogo a jogo parece tornar-se mais evidente, a questão está agora em saber se a águia ainda conseguirá voar até ao lugar com que sonhou desde o início do seu longo voo. Talvez que a ideia de ter esse lugar já à vista seja suficiente para lhe dar a força e o alento de que necessita, mas a verdade é que parece exausta.
Coloca-se, entretanto, uma outra questão pertinente. O Benfica sabe que terá de ganhar os dois jogos no Estádio da Luz, com o Estoril e com o Moreirense, para ser campeão, sem precisar do jogo no Porto, mas também sabe que ainda vai ter de lutar arduamente por um lugar na final da Liga Europa e tentar ganhar, por fim, a Taça de Portugal. Onde irá buscar forças para tanto? Será ainda possível um último fôlego e um último golpe de asa?
Esta é a expectativa maior que leva à natural ansiedade dos seus adeptos. A águia está cada vez mais perto da tal época de sonho de que falava Jorge Jesus, mas ninguém se atreve a adivinhar o fim, porque este parece ser, sem dúvida, um dos maiores filmes de suspense de que há memória no futebol português."

Vítor Serpa, in A Bola

terça-feira, 30 de abril de 2013

Juntos, até à meta...

Tirou-me as palavras da boca !!!

Gamado ao Cabelo...

Nesse Brasil que canta e é feliz...

"Primeira deslocação do Benfica às Américas teve festa a duplicar: cá e lá. E até o Belenenses, Atlético, Estoril e Sporting enviaram dirigentes ao aeroporto para desejarem sucesso à comitiva 'encarnada'.

Antes da partida, a comemoração. Seis títulos nas oito provas principais de Futebol em Portugal: Campeões Nacionais e Vencedores da Taça (categorias de Honra); Campeões Nacionais e Regionais de Juniores; Vencedores da Taça Eng. José Frederico Ulrich (reservas); Vencedores da Taça Dr. Sá e Oliveira (principiantes).
Um Benfica em festa, portanto. Tão em festa que a comitiva que embarcou para o Brasil para disputar alguns jogos particulares numa sensacional estreia no Rio de Janeiro e em São Paulo, viu-se rodeada de gente à chegada ao aeroporto da Portela de Sacavém, agitando bandeirinhas vermelhas e aclamando os jogadores um a um.
Estávamos em Junho de 1955. A viagem do Benfica ao Brasil foi um acontecimento. Os oponentes eram de peso: Flamengo, Peñarol, Palmeiras, América e Corinthians. Todos eles adversários «novos em folha», que o Benfica nunca havia defrontado. Viria, com o decorrer dos anos, a multiplicar esses contactos, e a fazer de alguns deles «gente muito lá de casa». Foi de tal forma um acontecimento, que muitos clubes portugueses fizeram questão de se deslocar ao aeroporto para desejar aos benfiquistas uma boa viagem e uma digressão de sucesso. Sporting, Belenenses, Atlético e Estoril mandaram representantes. E a Federação Portuguesa de Futebol, e a Associação de Futebol de Lisboa.
Festa à partida e festa à chegada. O avião da Panair acabara de aterrar no aeroporto do Rio de Janeiro, depois de uma escala no Recife,e já as rádios brasileiras, com o seu estilo inconfundível, lançavam no éter o relato do que parecia um jogo de Futebol.
Não era. Era só o Benfica que chegava ao Brasil. E punha pela primeira vez o pé nesse Brasil que canta e é feliz, feliz...

Joaquim Bogalho liderou a comitiva formada pelo treinador, Otto Glória, e 17 jogadores Campeões

Samba de um golo só
Os microfones pareciam cogumelos, brotando por todo o lado, questionando jogadores, técnicos e dirigentes. Até no treino, o primeiro, nessa noite no Maracanã, havia magotes de gente como se de um prélio se tratasse. Batem-se chapas, gasta-se magnésio. Mas o jogo que é bom, o jogo que todos esperam, o jogo que qual os atletas anseiam é só no dia seguinte, pelo final da tarde.
O adversário, primeiro adversário desta viagem histórica, era o Flamengo, clube mais popular do Rio de Janeiro e de todo o Brasil. O Benfica perdeu. Não há, como se sabe, derrotas boas, mas o Benfica impressionou os brasileiros. «O Benfica apresentou um bom futebol, trouxe bons valores, e no final deixou grande parte do público com uma dúvida - o empate não teria sido mais justo?». escreveu-se na Tribuna de Imprensa. «O Benfica conquistou o público e caiu como um campeão», titulava A Última Hora.
Aos três minutos, o Benfica já perdia. Golo de Evaristo, golo único do jogo. O mesmo Evaristo que voltaria a defrontar o Benfica, uns anos depois, pelo Barcelona.
As equipas alinham:
Flamengo - Ary; Tornires e Jordan; Serbilho, Pavão e Dequinha; Joel, Rubens, Índio, Evaristo e Esquerdinha.
Benfica - Costa Pereira; Jacinto e Ângelo; Caiado, Artur e Alfredo; Zezinho, Arsénio, Águas, Coluna e Palmeiro.
O Benfica cumpre o seu primeiro jogo nas Américas desferindo ataques sobre o adversário, forçando-o a recuar. Coluna erguia-se em pleno Maracanã como um príncipe etíope, como o poderia ter descrito Nelson Rodrigues. Os tiros de Águas e Palmeiro levam, no entanto, pólvora seca e o resultado não se desfaz. Samba de um golo só.
As equipas saem sob aplausos. O Benfica deixara cair a participação na Taça Latina, que conquistara brilhantemente em 1950, para se lançar na aventura desta viagem longa e demorada. Era tempo de fazer com que o nome do Clube crescesse através do Mundo. E esse é sempre o fantástico destino das grandes viagens..."

Afonso de Melo, in O Benfica

Um passo de gigante para o título

"Vitória na Madeira torna Benfica "mais" favorito.
Era o grande teste que faltava cumprir aos encarnados antes da visita ao Dragão. Uma eventual escorregadela na ilha tornaria decisivo o "clássico", mas com os quatro pontos a manterem-se de permeio entre os candidatos, o jogo grande arrisca-se, afinal, a ser pequeno, a menos que o "pequeno" Estoril que se segue se árvore em grande e ainda venha a causar problemas. Dos grandes. Mas o melhor é mesmo aguardar pelos próximos episódios.
Para a operação-Funchal, o Benfica não contou com Gaitán nem Melgarejo e Cardozo só jogou a última meia hora. O momento é de contenção, como se sabe, e o Fenerbahce está já aí para a "réprise". Jesus continua a fazer a gestão de recursos, mas não se pode falar em "revolução do plantel", como o técnico havia anunciado. As alterações foram mínimas e, pelos vistos, chegaram para as necessidades.
Começou o Benfica num 4.1.3.2 ambicioso, com Rodrigo e Lima na frente, tendo o apoio de Enzo, e Salvio e Ola John nas alas. Logo aos 5', a fortuna bateu-lhe à porta, com Márcio Rozário a fazer uma tão clara quanto desnecessária grande penalidade sobre Lima. O brasileiro abriu a porta, que é como quem diz, não falhou a transformação e, desta forma, ainda sem ter feito grande coisa para a merecer, a equipa da Luz viu-se em vantagem.
Ficou "encadeado" o Benfica com a proeza? A verdade é que foi o Marítimo a mostrar-se mais empreendedor, como ficou à vista, logo a seguir, num remate do mesmo Márcio ao poste da baliza de Artur. O que parecia ter sido apenas um indício do atrevimento insular constituiu, afinal, o prelúdio de uma fase de franco assédio dos homens da casa.
O meio-campo do Marítimo denunciava solidez e frescura, perante um Benfica que, concedida a iniciativa do jogo, se mostrava mais dado a controlá-lo, agora que o resultado lhe era favorável. No entanto, as surtidas dos funchalenses, com um trio de ataque de respeito, iam deixando a sua marca, pelo que não surpreendeu o golo do empate, tantas foram as vezes que o Marítimo rondou com perigo a baliza de Artur. 
Uma entrada fulgurante de Igor (42'), a explorar alguma apatia dos encarnados na sua defensiva, ditou, por fim, o 1-1 e ficou tudo adiado para uma 2ª parte que prometia. O intervalo e Jesus foram bons conselheiros, pois o Benfica soube arrepiar caminho e, como a Fénix, surgiu renascido das cinzas e pronto para o retomar da luta. Afinal, a equipa ainda tinha bons argumentos para esgrimir.
Lima foi a figura principal, ao assinar assistência de luxo a Rodrigo, e, depois, ao visar por duas vezes os ferros da baliza de Salin. Inconformado, Jesus lançou Cardozo na liça, saindo Ola John, e a consolidação atacante deu os seus frutos, se bem que por linhas tortas, pois um centro de Salvio foi interceptado por Igor para dentro das próprias redes.
Conseguida de novo a vantagem, Jesus voltou a mexer na equipa, fazendo segunda alteração, agora de reposição, digamos assim, uma vez que deixava de ser necessária a presença de três avançados. A hora era de aguentar, por isso saiu Rodrigo e entrou Carlos Martins. E a verdade é que o assunto ficou no 1-2, apesar de Pedro Martins, o técnico da casa, que já tinha apostado em David Simão, ter avançado, nos últimos minutos, com Danilo e Fidélis para o reforço ofensivo. Mas aí falou mais alto a retaguarda visitante, onde Luisão reapareceu e Matic voltou a ser o suporte imprescindível.
Foi um triunfo merecido do Benfica, que, após uma fase de maior "adormecimento", soube reagir a contento (e a tempo), ficando à vista a boa leitura de Jesus, que esteve na base do tal ressurgimento encarnado."

Um jogo para o título

"A forma como os jogadores e equipa técnica do Benfica festejaram o triunfo nos Barreiros é, só por si, significativa e elucidativa. Eles tinham consciência de que a partida frente ao Marítimo era um (ou o?) jogo-chave da fase final do campeonato. Os três pontos conquistados deixam o título exclusivamente dependente dos encontros com Estoril e Moreirense, na Luz, desafios que apenas uma catástrofe difícil de imaginar pode impedir que sejam de consagração.
Mas os festejos dos encarnados derivaram também de outro factor. É que a vitória foi bastante complicada, perante um conjunto madeirense que não perdia em casa desde Outubro do ano passado. Ainda que, curiosamente, o Benfica tivesse entrado em vantagem logo aos cinco minutos. Simplesmente, o resto do primeiro tempo foi um contraste com o arranque.
Jorge Jesus falou de "ansiedade" prematura que terá levado os jogadores a pensarem em gerir o avanço logo ali. Talvez, mas também porque o Marítimo não se sentiu afetado pela infantilidade de Márcio Rozário, que cometeu a grande penalidade. Aliás, ele próprio "respondeu" pouco depois com um remate ao poste da baliza de Artur. Acontece ainda que houve muita coisa que não funcionou como devia na equipa encarnada. 
Os laterais, Maxi e André Almeida (Melgarejo, certamente por prudência, ficou de fora) tiveram grandes dificuldades com os alas madeirenses, vendo-se várias vezes Sami e Heldon a ganhar espaços e a passarem até com alguma facilidade, Ola John distante do jogo e Rodrigo a vaguear sem soluções aproveitáveis. Daqui até ao golo do empate foi um passo, num lance em que toda a defesa do Benfica não está isenta de responsabilidades.
Depois do intervalo, fosse por terem compreendido o enorme risco que estavam a correr no jogo (e, por consequência, no campeonato), fosse por perceberem que sem pressão séria sobre o adversário nunca passariam "daquilo" - ou pelas duas coisas - a verdade é que se registou uma transformação pela positiva dos jogadores encarnados. Lima atirou por duas vezes aos ferros, Salvio assumiu-se como a gazua que faltava, Matic e Enzo passaram a explorar com mais lucidez a zona central do campo e Jesus também ajudou ao retirar Ola John e colocar Cardozo. O Marítimo continuou a ir "lá acima", mas os lances de perigo real diminuíram.
A persistência deu resultado. Foi um autogolo, mas estes também contam. E aqui, sim, foi o momento do técnico encarnado definir a cadência, ao abdicar de um Rodrigo sem chama (Lima e Cardozo davam conta do recado), optando por Carlos Martins e, assim, transmitir equilíbrio à equipa. Roderick, já nos derradeiros minutos, foi mais um para "trancar a porta" em definitivo.
Pode não ser ainda a "autoestrada" para o título, mas o Benfica abriu, pelo menos, uma "via rápida". Basta-lhe vencer o Estoril para "neutralizar" o jogo no Dragão, como sempre pretenderam os responsáveis benfiquistas. Agora, e porque a presença numa final europeia também estava na lista de promessas eleitorais de Luis Filipe Vieira, cabe a Jorge Jesus virar o "chip" dos seus homens para tentarem, já esta época, cumprir o objetivo traçado pelo presidente. Mesmo sabendo que vai ser tarefa árdua.
PS : Como nas últimas jornadas a galáxia portuguesa só sabe falar de arbitragens e, em particular, de grandes penalidades, desta vez a "vítima" foi Cardozo."

Da Colômbia com amor

"A Colômbia é um país bonito. Já lá estive, sei como é.
As gentes são simpáticas, muitas das cidades agradáveis, apesar do desmesurado crescimento. E depois, como qualquer país, tem os seus vícios desagradáveis, mesmo bastante desagradáveis. Como o narcotráfico, por exemplo, uma população empobrecida, o incomodativo hábito dos sequestros e dos assassinatos de figuras políticas. Mas, enfim, seja como for, de repente Portugal descobriu a Colômbia e vice-versa. Portugal? Que digo eu?
O Porto! Afirmou o Madaleno com toda a propriedade que se lhe reconhece que os governantes da Colômbia respeitam mais o Porto, Clube Arregimentado Pelo Regime Vigente, do que os governantes portugueses, algo que me parece manifestamente injusto para um tal de Menezes de Gaia que lhes anda há anos a arrendar por míseros quinhentos euros por mês um centro de estágios da mais alta qualidade. 
Percebe-se: que se lixe o Menezes de Gaia que está à beira de passar a ser Menezes de Parte Nenhuma por via das decisões dos tribunais que vão impedindo esta rapaziada de se candidatarem a tudo quanto é autarquia, de Santiago de Riba a Freixo de Espada à Cinta!
Neste momento, vale a Colômbia. Longa vida à Colômbia e aos seus governantes.
Mas deixo aqui um aviso a todos vocês: não vi elefantes na Colômbia!
Estou certo de que, se exceptuarmos os jardins zoológicos, não há elefantes na Colômbia. Por isso, se quiserem comprar marfim, não vão à Colômbia. Nem vale a pena encomendá-lo pelo correio..."

Afonso de Melo, in O Benfica

Está quase... quase... quase...

 Acabadinho de fazer...


Agora não lixem tudo tão perto do fim...
 ENTENDIDO?


segunda-feira, 29 de abril de 2013

Está mesmo ali... ao virar da esquina !!!


Marítimo 1 - 2 Benfica

Pronto, já passei para o Clube dos Optimistas !!! Foi sofrido: só podia ser sofrido... é o nosso fado!!! A equipa está cansada, a ansiedade típica destes momentos também não ajuda, mas hoje tivemos uma entrada na 2.ª parte, de um grupo que quer mesmo ser Campeão... Imagino o discurso do JJ ao intervalo, deve ter sido daqueles com 'bolinha'... os festejos no final da partida, são perfeitamente legítimos, e denotam o trabalho de balneário feito por toda a estrutura, não permitindo que os jogadores se deixassem distrair por outros objectivos.

Aceito a explicação do Jesus, sobre as razões da fraca 1.ª parte - ansiedade, após o penalty -, os adeptos têm normalmente memória curta, mas eu não me esqueço das muitas dificuldades que tivemos nas últimas duas caminhadas para o título, com o Trap e com o Jesus, mesmo contra aqueles adversários que se pensaria serem fáceis, os jogos foram sempre muito complicados (a excepção foi o Olhanense na Luz em 2010, com a expulsão do Delson logo no início da partida).

O Lima com os ferros, e o árbitro com os penalty's que ficaram por marcar, podiam ter oferecido, aos nossos corações, um final de partida, mais descansado, mas assim soube melhor (ou não?)!!!

Temos duas finais: os jogos em casa com o Estoril e o Moreirense são suficientes, se tudo correr bem, e estivermos em Amesterdão na final da Liga Europa, o jogo no antro da Corrupção, será imediatamente antes da final, sendo assim, terá que ser um jogo de gestão - se o Nacional na Choupana, fizer uma graçinha, será de gestão total!!! -, não existe espaço para excessos de confiança, temos que dar tudo dentro do campo, mas temos que ser inteligentes, e frios nas decisões.

O apelo do Jesus para o jogo Quinta-feira com o Fenerbahçe é para ser levado a sério - Catedral lotada, algo que eu infelizmente, duvido !! Os Turcos descansaram praticamente toda a equipa este fim-de-semana. Só o Cristian jogou, todos os outros titulares na 1.ª mão, não foram titulares no jogo do Campeonato (excepto os castigados para a Luz), além disso jogaram no Domingo; nós temos somente 70 horas de preparação... Vamos ter provavelmente o Nico, o Melga e o Tacuara mais folgados, mas só com muito apoio, sem quaisquer reservas, poderemos aspirar à remontada!!! Nunca esquecendo  que a Liga Europa é um brinde, um extra, o objectivo principal será sempre o jogo com o Estoril - que com uma ajudinha divina, poderá ser mesmo a noite da Festa!!!


Do jogo do título a outros títulos...

"A semana que passou espelhou bem a matéria (inerte) de que são feitos os órgãos da dita justiça do futebol português. Se dúvidas houvessem...

Jogo do título, esta noite, no Funchal. Dificilmente os jogadores do Benfica deixarão de sentir a pressão do momento e esse factor será mais inibidor para a sua prestação do que os minutos acumulados ao longo da época e o facto de estarem a meio de uma meia-final europeia. Além da gestão física do plantel - Gaitán ficou em Lisboa - Jorge Jesus deverá apontar baterias à condição psicológica, para que a camisola não pese toneladas e as botas não pareçam carregadas de chumbo.

CEGOS, SURDOS E MUDOS
A semana que passou foi um fartar de vilanagem de pressão sobre o árbitro do jogo de hoje, no Funchal, entre Marítimo e Benfica. Foram os leões da Almirante Reis a agitar o espantalho da arbitragem? Não. Foram os da Luz a escolher essa via? Também não. Foi o Sporting, na sequência do derby? A resposta volta a ser negativa, de Alvalade apenas saiu a legítima defesa das posições verdes e brancas. Mas o ruído foi imenso, só equiparável ao temeroso silêncio da organização de classe aos árbitros, sempre pronta, contra outros protagonistas, a defender os seus; e, muito pior, por parte dos órgãos de alegada justiça do futebol português, que mostraram a matéria (inerte) de que são feitos.

TESTE AOS SPORTINGUISTAS
Bruno de Carvalho decidiu o rumo que o Sporting vai seguir. A obediência ao orçamento será rígida, os cortes surge, inevitáveis, o emagrecimento dos quadros é um processo já em curso e todas as modalidades verão diminuídos os recursos na próxima temporada. De uma maneira geral, o presidente do Sporting colhe um apoio muito alargado dos adeptos, que percebem a necessidade deste emagrecimento. Porém, na próxima época, se perante menores meios houver piores resultados, no futebol e nas restantes modalidades, os adeptos devem, creio, manter a racionalidade que agora faz com que apoiem o presidente. E é aí que reside o grande teste...

VIVER NA IGNORÂNCIA

Faltam três jogos para terminar a Liga Zon Sagres, há meia dúzia de clubes em risco de descer de divisão e não se sabe como será o processo de despromoções, se há ou não liguilha, se estamos, ou não, a caminho de um alargamento. É mau de mais para ser verdade!


O REGRESSO DOS HISTÓRICOS
Desportivo de Chavez, Académica de Viseu (bem vindo interior!) e Sporting Farense, três emblemas com pergaminhos no escalão principal do nosso futebol, estão de volta às competições profissionais. Clubes com raízes fundas nas sociedades onde se inserem, espero que tenham aprendido com os erros do passado, que intensifiquem as relações com as cidades a que pertencem e que, em termos financeiros, não dêem passos maiores que a perna.

ONZE semanas depois, onde para a polícia?
«O computador portátil de Vítor Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, também foi furtado no assalto à sede do organismo»
A BOLA, 14 de Fevereiro de 2013
Recapitulemos: Há mais de ONZE semanas a sede da FPF foi assaltada, pensava-se que só tinham sido roubados dois computadores, do oitavo andar, mas o portátil do presidente dos árbitros, no sexto andar, também desapareceu. O ladrão, de cara destapada, foi caçado pela vídeo vigilância. Deixou um rasto de sangue e impressões digitais. E nada?

(...)"

José Manuel Delgado, in A Bola

Dérbi... no Porto!

"1. Nunca mais esquecerei este Benfica-Sporting. Pelo triunfo, pelo extraordinário 2.º golo e... pelas circunstâncias em que vi o jogo, no Porto, onde motivos pessoais me levaram a estar! Uma vez que encontrei a Casa do Benfica fechada, fui obrigado a escolher um café para ver o jogo. Optei por ficar na esplanada, longe da televisão e com um vidro a separar. Queria estar mais isolado, num ambiente que pensava altamente adverso. Não gostei nada dos primeiros minutos. Os jogadores do Sporting pareciam estar a fazer o jogo da sua vida e a equipa dominava.
Depois, fomos equilibrado a partida, mas nada do que eu esperava: contava com um jogo apenas de ataque, quanto muito com uns contra-ataques adversários. Até que surgiu o primeiro grande momento: golo de Sálvio e... uma parte do café a rejubilar! Afinal, não estava ali sozinho!
Voltei a não gostar do início da 2.ª parte (embora o Sporting nunca tivesse criado verdadeiro perigo) e continuei muito preocupado (este era um dos encontros decisivos, no qual não poderíamos perder pontos). Mas, entretanto, surgiu a fenomenal jogada do 2.º golo. Metade da sala rejubilou e eu não conseguiu conter também a minha alegria. A vitória (difícil) estava consumada. O Benfica não jogou bem, o Sporting esteve muitos furos acima do que vem fazendo. E eu confirmei que no Porto há muitos e bons benfiquistas, bem mais que portistas em Lisboa. Foi hora e meia de alguma contenção, muito sofrimento e a grande alegria de ver mais uma 'final' ganha. A próxima - mais uma vez decisiva - será 2.ª feira, no Funchal.

2. Muito se queixaram os sportinguistas (e os portistas...) da arbitragem de João Capela. Não podem falar. Basta consultarem a Liga da Verdade do insuspeito Record. O Sporting tem sido largamente beneficiado pelas arbitragens neste Campeonato. O FC Porto não tem razões de queixa. E, antes do jogo de domingo o Benfica viu serem-lhe usurpados quatro pontos. Estaríamos ainda mais perto do título sem erros da arbitragem.

3. Casagrande, ex-jogador do FC Porto, admitiu publicamente que se dopou no FC Porto. E, pelos vistos, não era o único. Nada que surpreenda, num clube onde tudo valia...

4. Louvável a posição dos novos responsáveis do Sporting, que responderam positivamente ao convite do Benfica e estiveram no camarote. Nada que ver com a triste actuação de Godinho Lopes na época passada."

Arons de Carvalho, in O Benfica

Desfaçatez e pressão

"Era sabido. Terminado vitoriosamente o jogo, frente ao Sporting, começaram a ser disparados mísseis falaciosos com origem no Porto. Vale tudo, mesmo tudo. Até vale uma refeição do presidente, Luís Filipe Vieira, com personalidades políticas, denúncia feita por alguém que sempre teve, ele sim, relações promiscuas com dirigentes partidários.
Vale tudo, mesmo tudo. Com um descaramento indecoroso, vale acusações a um árbitro que, melhor ou pior, não esteve envolvido no famigerado Apito Dourado. De resto, o mesmo juiz que expulsou Aimar, na pretérita temporada, num episódio passível de crítica. De resto, um auxiliar que validou, também recentemente, um golo irregular, na Luz, ao FC Porto.
O problema é o próximo jogo na Madeira. O Benfica vai jogar frente ao Marítimo? Vai, mas também vai jogar contra todos os seus detractores. A partida deve ser decisiva no atinente à conquista do título nacional. Com todo o cinismo, quem até se permitiu dar CONSELHOS MATRIMONIAIS a árbitros, virou virgem, virou coisa imaculada. O Benfica está preparado. A pressão é brutal, mas o coletivo está preparado, bem preparado. E os adeptos sabem o que está em causa, sabem que há quem tudo faça, nestas horas que antecedem o embate, para viciar o resultado, para obstar ao triunfo vermelho. São métodos do passado, desse passado que inquinou a Verdade Desportiva, que adulterou resultados, classificações, troféus.
Vamos ganhar na Madeira, vamos dar um passo agigantado rumo ao título. Estamos UNIDOS nesse propósito. Enquanto isso, o desplante continua. As falsas virgens mugem, nós queremos e vamos ganhar. Também contra a prostituição futebolística."

João Malheiro, in O Benfica

Pátio das Cantigas

"Sempre que o Benfica se aproxima da conquista de um Campeonato, logo ouvimos os sons cacofónicos de uma orquestra que procura desvalorizar méritos, encontrar desculpas, e produzir ruídos. Tais ruídos não passam de arrotos causados por uma difícil digestão. Mas, de tão intensos, acabam por deixar que o embuste tome o lugar da realidade, num espaço mediático onde - graças a alianças nada santas - a proporção de forças surge quase sempre invertida face ao enorme peso popular do nosso Clube.
Foi assim em 2005, a propósito de um jogo disputado no Algarve. Foi assim em 2010, quando, no túnel da Luz, os agressores foram convertidos em vítimas, e a verdade convertida em mentira. Voltou a verificar-se o mesmo após o Dérbi do passado fim-de-semana, o qual deixou o FC Porto mais longe de alcançar o único objectivo que lhe resta na temporada, e o Sporting apeado daquela que seria a única ocasião capaz de proporcionar alegria aos seus adeptos (a de nos atrapalhar na corrida ao título).
Desde as bancadas do estádio, assistiu-se a um bom espectáculo, a um excelente golo (na primeira parte), e ao mais belo lance de toda a época futebolística nacional (na segunda). Viu-se também um Sporting motivado - o que não é notícia quando joga contra o seu invejado vizinho -, e feliz por ter evitado uma temida goleada. Presenciou-se uma vitória justa da melhor equipa, e uma arbitragem que, desde o primeiro instante, dentro e fora das áreas, dos dois lados do campo, adoptou um critério largo e equitativo, contribuindo para a fluidez do jogo como poucas vezes se vê em Portugal.
Cometeu erros? No estádio não dei por eles, embora a televisão demonstre um ou outro. Ficaram penáltis por marcar? Dentro do critério seguido pelo juiz, apenas um lance, aos 88 minutos, parece deixar dúvidas. Foi uma arbitragem perfeita? Não. Foi uma boa arbitragem? Sim.
A razão para tanto barulho é pois a mesma de sempre: a dificuldade em engolir os sucessos do Benfica, e em travar uma onda que nos vai tornando imparáveis."

Luís Fialho, in O Benfica