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A mostrar mensagens com a etiqueta Poetas alemães

Guarda-me o dia em sua luz a graça

Guarda-me o dia em sua luz a graça da hora final em ouro que debrua a nuvem no abandono que extenua a lembrança em recato enquanto passa ao banho de águas claras e flutua o espírito no tanque aonde a baça marca de amigos passos vai na traça da recta infinitude e desvirtua esta os sentidos Pronto o lugar sei o pé detém-se a erva fique intacta e que o chão é incólume verei do sol a declinar que ali desata incêndios no horizonte: então fenece o dia e meu refúgio me aparece. Walter Benjamin tradução de Vasco Graça Moura

Parto feliz quanto o silêncio o sele

Parto feliz quanto o silêncio o sele de que ao nascer fui logo destinado a ser brilho da noite no olhar dado a quem silente ao vasto céu se impele a ser raio que toca os olhos dele e em que feliz está quem não é nado e junto à face a ser mais afagado que no azul voga em nuvem que revele a luz Estava escrito nunca havia de me vibrar a boca sem o canto e a minha fronte o extremo arco seria do berço em prece ardente a orlá-lo enquanto aconteceu que me escapou então com minha jovem morte em sua mão. Walter Benjamin tradução de Vasco Graça Moura