Solidão
ele acaba por renascer
e voltar ao destino de conter
nas margens, bem ou mal,
as águas da ribeira.
Aliás, sem forçar o natural
curso da vida, não se vê maneira
de a coisa ser diferente.
Também a gente
vai construindo aos poucos a barreira
que nos afasta dos demais,
minimizando os sinais
da progressiva solidão.
E, sempre que o coração
a consegue abater,
ela irrompe e torna a crescer.