Noite alta. Venta.
Eu, quase plena.
Eu, mais que eterna.
Passo rápido.
Seguem-me
o desejo afoito
o olhar despido
a sombra densa, dançante.
Eu, olhos nas luzes
carros, tinta fresca na faixa
momento perfeito
de extremidades convexas.
Um suspiro sôfrego.
Leve, quase alada,
periga eu morrer de tudo.
Vivo, entretanto. Entre tantos.
O universo por dentro é sempre o mesmo.
Nós, universos mais rasos,
não.