domingo, 7 de novembro de 2010
Telescópio faz imagens em alta resolução de jatos de gás do Sol
As imagens foram captadas em 3 de agosto pelo telescópio solar Dunn, que fica no Observatório Solar Nacional dos Estados Unidos, na cidade de Sunspot, no Novo México.
Além das espículas, as imagens mostram uma gama variada de estruturas presentes na cromosfera, como manchas solares, superpenumbras, plages ("praia", em francês, ou áreas claras que ficam próximas das manchas solares) e filamentos.
Uma erupção também pode ser vista na fotografia, ao lado de uma mancha solar, que possui o formato de um grande círculo escuro.
As imagens cobrem uma área de cerca de 29 bilhões de quilômetros quadrados --equivalente a menos de 1% da superfície do Sol.
As espículas estão presentes na camada do Sol que é conhecida como cromosfera. Elas funcionam como espécies de "tubos" por onde passa o gás.
Os jatos, que duram entre cinco e dez minutos, têm cerca de 500 quilômetros de diâmetro e se movimentam a uma velocidade de 20 km/s.
Fonte: Folha de São Paulo
domingo, 24 de outubro de 2010
Nasa estipula em 4 bilhões de litros volume de água dentro de cratera lunar
À primeira vista, pode não parecer muito --150 litros é o que uma máquina de lavar comum comporta--, mas representa o dobro do volume que os pesquisadores esperavam encontrar.
A descoberta vai contra todo o argumento anterior de que a Lua é seca e um lugar desolado que não contem água. E pode haver mais.
Segundo o chefe da missão da Nasa, Anthony Colaprete, calcula-se que haja 4 bilhões de litros de água na cratera, o que seria suficiente para encher 1.500 piscinas olímpicas.
A estimativa representa apenas o que os cientistas puderam observar depois do impacto do Lcross (Satélite de Sensoriamento e Observação de Cratera Lunar) ao polo sul da Lua, em 9 de outubro do ano passado, para abrir a cratera.
A notícia chega no mesmo ano em que os EUA decidem não mais enviar uma missão tripulada à Lua em 2020 devido à falta de verbas, além de passar as viagens de ônibus espaciais para a iniciativa privada.
MAIS ELEMENTOS
A missão envolveu o arremesso, a uma velocidade de 9.000 km/hora, de um foguete vazio contra a cratera Cabeus. Da colisão, surgiu uma enorme nuvem de material do fundo da cratera, que permaneceu intocado pela luz do sol durante bilhões de anos.
Uma segunda nave mergulhou na nuvem de destroços levantada pela colisão e usou instrumentos para analisar sua composição, antes de também atingir a Lua.
O solo lunar é mais rico do que se pensava até agora, com vestígios de prata em meio a uma mistura complexa de elementos e componentes encontrados dentro da cratera.
Além de água, a nuvem continha monóxido de carbono, dióxido de carbono, amônia, sódio, mercúrio e prata.
"Este lugar parece um baú de tesouros de elementos, de compostos que foram liberados por toda a lua, e pararam neste local, em permanente escuridão", afirmou o geólogo da Brown University, Peter Schultz, chefe das pesquisas que serão publicadas na revista "Science".
As primeiras descobertas do experimento da Nasa foram divulgadas em novembro de 2009, mesma época em que foi anunciada a descoberta de uma "quantidade significativa" de água congelada na Lua.
Fonte:Folha.com
sábado, 23 de outubro de 2010
Nasa fotografa momento em que supermancha solar lança labaredas no espaço
Até hoje, nenhuma explosão produziu uma ejeção expressiva de massa coronal (partículas de altas energias) em direção ao planeta Terra.
Outro dado importante é a existência de um grande filamento magnético cortando o hemisfério sul do Sol. Ele é tão extenso, que ultrapassa a distância que separa a Terra da Lua --cerca de 380 mil quilômetros.
É possível identificar um ponto brilhante um pouco acima do filamento --a radiação ultravioleta da supermancha solar. Se ocorresse uma explosão, toda a estrutura entraria em erupção.
Fonte: Folha.com
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Dupla de cientistas propõe mandar astronautas em viagem só de ida a Marte
Uma das grandes dificuldades do envio de astronautas a Marte está na duração da viagem. Com a tecnologia disponível hoje, uma nave tripulada levaria pelo menos seis meses para chegar ao planeta vermelho e mais seis na volta. Esse período prolongado de exposição à radiação do espaço e à microgravidade representa um risco para a saúde humana. Em artigo no periódico científico online Journal of Cosmology, uma dupla de pesquisadores propõe uma forma radical de reduzir o perigo pela metade: eliminar a viagem de volta.
De acordo com o artigo, a viagem só de ida traria ainda uma grande redução de custos em relação às perspectivas de missões de ida e volta, além de garantir um firme comprometimento com a exploração do planeta vermelho, já que os colonos precisarão, no início, receber remessas de suprimentos enviados da Terra.
A despeito disso, o primeiro contingente de astronautas teria de fazer uso intensivo de recursos naturais marcianos, como água - sondas robóticas já demonstraram que algumas regiões de Marte têm gelo no subsolo - e abrigar-se em cavernas.
O que não puder ser produzido em Marte seria enviado da Terra em missões de suprimentos. "Essa fase semiautônoma pode durar décadas, talvez séculos", reconhecem os autores.
Na visão dos autores, os quatro pioneiros seriam apenas os primeiros moradores de uma ocupação crescente do planeta.
Veja a reportagem completa clicando aqui:Estadão.com
Astrônomos anunciam idade do objeto mais antigo já observado
Pesquisadores acreditam ter encontrado a coisa mais antiga já avistada no Universo: uma galáxia muito, muito distante, de muito tempo atrás.
Escondida numa imagem do Telescópio Espacial Hubble divulgada meses atrás há uma pequena mancha de luz que, de acordo com cálculos feitos por astrônomos europeus, é uma galáxia de 13,1 bilhões de anos atrás.
Esta é uma época em que o Universo era extremamente jovem, com apenas 600 milhões de anos. Isto faz dela a galáxia mais primitiva e mais distante já avistada.
Hoje em dia a galáxia é tão velha que provavelmente não existe mais em sua forma original e já se fundiu com as vizinhas, disse Matthew Lehnert, do Observatório de Paris, principal autor do estudo publicado na revista científica Nature.
"Estamos olhando para o Universo quando ele tinha 5% de sua idade atual", disse o astrônomo do Instituto de Tecnologia da Califórnia Richard Ellis, que não tonou parte no estudo. "Em termos humanos, estamos olhando para um menino de quatro anos dentro do tempo de vida de um adulto".
Embora Ellis considere a base do trabalho "muito boa", houve outras alegações sobre a idade de objetos cósmicos que não sobreviveram a uma análise mais aprofundada, e há céticos em relação a este último. Mas todos consideram o trabalho importante.
Os astrônomos europeus calcularam a idade da galáxia depois de 16 horas de observação em um telescópio no Chile, que buscou assinaturas na luz do gás hidrogênio.
Há alguns meses, astrônomos estimaram que os pontos mais distantes na foto do Hubble, apresentada numa reunião de cientistas em janeiro, seria de 600 milhões a 800 milhões de anos após o Big Bang.
No estudo mais recente, os pesquisadores focalizaram uma única galáxia na análise da assinatura do hidrogênio, refinando a estimativa de idade. O pesquisador Garth Illingworth, da Universidade da Califórnia, Santa Cruz, que foi o responsável pela imagem do Hubble, disse que o novo trabalho fornece confirmação para a idade usando uma técnica diferente, algo que considera excepcional "para objetos tão tênues".
A galáxia não tem nome - apenas letras e números. Por isso, Lehnert e colegas decidiram chamá-la de "bolha de alto desvio para o vermelho".
O que é mais interessante para os cientistas é que a descoberta se encaixa nas teorias de quando as primeiras estrelas e galáxias nasceram.
Fonte:Estadão.com
Cientistas do Cern esperam revelar dimensões ocultas em 2011
Físicos que sondam as origens do Universo esperam, no próximo ano, conseguir as primeiras provas a respeito da existência ou não de coisas como Universos paralelos e dimensões ocultas.
À medida que o Grande Colisor de Hádrons (LHC) intensifica suas atividades, eles falam com cada vez mais entusiasmo da "nova física" que pode estar no horizonte e que tem o potencial de mudar as ideias correntes sobre a natureza e o funcionamento do Universo.
"Universos paralelos, formas desconhecidas de matéria, dimensões extras... Esse não é o material de ficção científica barata, mas teorias físicas concretas que cientistas estão tentando confirmar com o LHC e outros experimentos".
É assim que os membros do Grupo Teoria do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) descrevem a situaçõe, num boletim produzido para o público interno.
O otimismo entre as centenas de cientistas que trabalham no Cern vem crescendo depois do início turbulento das atividades do gigantesco colisor de US$ 10 bilhões.
Neste mês, o diretor-geral Rolf Heuer disse aos funcionários que prótons estão colidindo ao longo do anel subterrâneo de 27 km numa taxa de 5 milhões por segundo duas semanas antes da data esperada.
No ano que vem, as colisões vão ocorrer - se tudo seguir de acordo com os planos - numa taxa que produzirá uma quantidade colossal de dados para análise.
As colisões, à beira da velocidade da luz, recriam o que existia uma pequena fração de segundo após o Big Bang, há 13,7 bilhões de anos.
Os teóricos do Cern dizem que as colisões poderiam dar sinais claros da existência de outras dimensões além de largura, comprimento, altura e tempo, porque fragmentos de colisões de altíssima energia poderão ser rastreados desaparecendo - provavelmente mergulhando numa dimensão oculta - e depois ressurgindo.
Universos paralelos também podem estar escondidos nessas dimensões, dizem algumas teorias.
Fonte:Estadão.com
sábado, 28 de agosto de 2010
Sistema estelar binário aumenta chance de colisão de planetas
O observatório infravermelho registrou uma grande quantidade de poeira ao redor de três pares de estrelas maduras com órbitas próximas. Segundo astrônomos, a poeira teria vindo de grandes colisões planetárias.
Para Jeremy Drake, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, nos EUA, planetas nesses sistemas podem colidir mais facilmente.
Drake é o líder da pesquisa, publicada na revista "Astrophysical Journal Letters".
As estrelas binárias observadas no estudo estão separadas por apenas 3,2 milhões de quilômetros (2% da distância entre a Terra e o Sol).
Os pares realizam uma órbita completa em poucos dias, mostrando sempre a mesma face uma para a outra. As estrelas têm tamanho parecido com o do Sol e provavelmente alguns bilhões de anos.
O movimento orbital das estrelas altera a força gravitacional exercida sobre os planetas, perturbando suas órbitas e aumentando as chances de colisão.
Fonte: Folha.uol.com.br
Júpiter é atacado por asteroide pela terceira vez em 13 meses
As observações, possíveis pela difusão no uso de equipamentos de gravação de vídeos astronômicos, mostra que impactos no planeta gigante ocorrem mais frequentemente do que se pensava.
O objeto celeste (cometa ou asteroide) atingiu a atmosfera de Júpiter produzindo uma pequena bola de fogo. O evento foi gravado independentemente por dois astrônomos amadores japoneses, que gravaram vídeos de seus telescópios.
A observação assemelha-se a de outros nos últimos 13 meses - uma em junho deste ano e outra em julho de 2009.
ABUNDÂNCIA SÚBITA
Antes destas três observações, apenas um caso definitivo de colisão entre cometa ou asteroide contra Júpiter havia sido registrado: o choque de fragmentos do cometa Shoemaker-Levy 9 em 1994, um evento que foi previsto com antecedência e observado em todo o mundo com o uso de telescópios profissionais.
Em 1690, no entanto, o astrônomo italiano Giovanni Domenico Cassini, que descobriu quatro dos mais de 34 satélites de Saturno, desenhou um evento parecido com um impacto.
Na época da colisão do cometa em 1994, astrônomos pensavam que impactos em Júpiter ocorriam uma vez a cada vários séculos. Mas as observações recentes de amadores sugerem que essa estimativa está errada.
A abundância súbita dessas observações deve-se em parte à técnica de construir imagens estáticas muito nítidas pela composição dos quadros mais claros de uma gravação, diz Glenn Orton, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (agência espacial americana).
REDE GLOBAL
Orton e um grupo de astrônomos, liderados pelo amador australiano Anthony Wesley, sugeriram criar uma rede global de pequenos telescópios automáticos para monitorar Júpiter continuamente.
Eles enviaram a proposta a um comitê do Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA, que irá estabelecer prioridades para ciências planetárias para a próxima década em um relatório a ser divulgado em 2011.
Fonte: Folha.uol.com.br
Manchas solares podem mudar duração dos dias terrestres
A maioria de nós não nota, mas nem todos os dias têm a mesma duração. Agora um novo estudo mostra que as manchas solares - regiões escuras que aparecem na superfície do Sol - pode ser parcialmente responsáveis pelas curtas flutuações (da ordem de milisegundos) no tempo de rotação da Terra sobre seu próprio eixo.
A descoberta poderia ajudar a direcionar espaçonaves de forma mais precisa.
Ciclo solar pode afetar inundações em Veneza
Sol castiga Terra com íons em período de suposta "calmaria", dizem cientistas
Sol entra no maior período de calmaria em anos, afirma Nasa
Já existem explicações por que o comprimento dos dias varia. Mudanças nos ventos e nas correntes oceânicas podem fazer com que a velocidade de rotação da Terra diminua ou aumente para compensar, de forma a manter o momento angular total do planeta constante.
Enquanto isso, mudanças na forma como a matéria é distribuída ao redor do planeta, devido a mudanças no clima, podem afetar a velocidade de rotação da Terra.
A mais recente associação entre manchas solares - cuja abundância sobe e cai em ciclos de 11 anos - e a taxa de rotação terrestre é talvez a mais bizarra já observada.
Pesquisadores já haviam observado que a taxa de rotação flutua com as estações em resposta às mudanças nos padrões de rotação de ventos.
Agora uma equipe liderada por Jean-Louis Le Mouël, do Instituto de Geofísica de Paris, na França, descobriu que o efeito sazonal também cresce e decresce em ciclos de 11 anos, de forma semelhante às manchas solares.
ESTAÇÕES
As estações têm um efeito maior na rotação quando as manchas são escassas, a um efeito menor quando as manchas são abundantes, segundo análises de dados de 1962 a 2009.
A equipe suspeita que essa ligação entre abundância de manchas solares e taxa de rotação se deve a mudanças causadas pelas manchas sobre os padrões de vento na Terra.
Uma maneira que isso poderia ocorrer é por meio de mudanças no índice de luz ultravioleta do Sol.
Porque luz ultravioleta pode aquecer a estratosfera, manchas solares poderiam alterar os padrões de ventos, diz Steven Marcus, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (agência espacial americana), na Califórnia.
Se comprovada a ligação com as manchas solares, a descoberta poderia ser útil no uso de antenas de rádio usadas para rastrear espaçonaves. Um erro de um milisegundo no período de rotação poderia alterar cálculos da localização da nave em milhares de quilômetros se a nave estiver a uma longa distância (próxima a Marte, por exemplo).
O estudo foi publicado no periódico "Geophysical Research Letters".
Fonte: Folha.uol.com.br
Dois dos objetos mais escuros do Universo podem gerar "luz invisível"
Dois dos objetos mais escuros no Universo podem estar produzindo luz invisível (radiação). Quando jatos liberados pelo buraco negro supermaciço existente no centro de uma galáxia colidem com matéria escura, eles podem produzir raios gama detectáveis na Terra, evidência indireta da existência da tão falada matéria escura.
Jatos de partículas são liberados de buracos negros a velocidades próximas a da luz. Como uma espécie de "arroto cósmico", eles estariam relacionados a pedaços de matéria escura que teriam caído no buraco negro.
Stefano Profumo, da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, e sua equipe calcularam como elétrons em um desses jatos interagiriam com a matéria escura circundante.
Eles focaram especificamente nos tipos de partículas de matéria escura previstas por duas grandes teorias: a superssimetria, que propõe que cada partícula ordinária possui um parceiro, e outra teoria que assume a existência de uma quarta dimensão no Universo.
FUSÃO DE PARTÍCULAS
A equipe descobriu que, em vez de simplesmente se chocarem, alguns dos elétrons e das partículas de matéria escura poderiam se fundir, transformando-se em uma única versão superssimétrica ou quadridimensional do elétron. Essa partícula seria pesada; a maioria da energia cinética do elétron (energia de movimento) seria usada na criação da nova partícula. Consequentemente, essa partícula ficaria quase parada.
Se a partícula decaísse de volta para a forma de um elétron e de uma partícula de matéria escura, o elétron liberaria raios gama. Ao contrário de uma partícula que se move rapidamente, como as dos jatos, essa partícula quase parada emitiria raios gama que poderiam viajar em qualquer direção. Isso potencialmente as tornaria mais fáceis de distinguir da montanha de fótons presentes no jato, diz o colaborador Mikhail Gorshteyn, da Universidade de Indiana, em Bloomington.
A ideia de que partículas de um buraco negro poderiam interagir com matéria escura para produzir raios gama já havia sido proposta, mas o estudo anterior sugeria que os raios seriam muito fracos para serem detectados na Terra.
RESSONÂNCIA
Profumo e sua equipe, no entanto, descobriu que numa faixa estreita de energia dos elétrons, quase todos os elétrons colidindo com matéria escura irão se converter em uma versão superssimétrica ou quadridimensional. Esse efeito de "ressonância" produziria raios gama que poderiam ser detectados por telescópios orbitais, como o Telescópio Espacial Fermi, da Nasa (agência espacial americana), disse Gorshteyn. Jatos
A equipe calcula que o efeito poderia explicar as frequências de raios gama medidas pelo telescópio Fermi oriundas do buraco negro no centro da galáxia Centaurus A. Mas o espectro de frequência de raios gama de outra galáxia, Messier 87, não bate com seus cálculos.
"É preciso considerar esses resultados como muito prematuros", diz Lars Bergstrom, da Universidade de Estocolmo, na Suécia. Contudo, ele acrescenta que diferenças na distribuição da matéria escura nas duas galáxias pode explicar a discrepância.
"O mais animador é que já temos alguns indícios em dados do Fermi", diz Profumo, "mas, é claro, precisamos confirmar".
O estudo foi publicado no site "arxiv.org", que reúne publicações de livre acesso em formato eletrônico.
Fonte: Folha.uol.com.br
Homem precisa abandonar a Terra logo, diz Hawking
"Eu vejo grandes perigos para a raça humana." A solução, diz, é abandonar o planeta e se espalhar pelo espaço.
Em entrevista ao site "Big Think", Hawking disse que existem muitas ameaças atualmente: guerras, a exploração excessiva dos recursos naturais e a quantidade exagerada de gente vivendo no planeta.Além disso, há outro risco, diz. "Se alienígenas nos visitassem agora, o resultado seria muito parecido com o que aconteceu quando Colombo chegou à América: não foi nada bom para os povos nativos", afirmou ele.
"Esses alienígenas avançados talvez sejam nômades, procurando conquistar e colonizar quaisquer planetas que eles consigam alcançar."
Mas ele se diz otimista. "Fizemos muito progresso nos últimos cem anos. Se quisermos ir além dos próximos cem, o futuro é o espaço."
O problema são as distâncias: a estrela mais próxima da Terra, depois do Sol, está a mais de quatro anos-luz --as espaçonaves atuais levariam 50 mil anos para chegar lá.
Fonte: Folha.uol.com.br
Nasa divulga imagens de estrela em formação
A imagem mostra uma estrela em formação junto com manchas que representam gás, pó e novas estrelas.
A sonda Wise começou a transmitir imagens em janeiro deste ano. Já foram mais de 250 mil imagens enviadas pela sonda, segundo informou a Nasa em comunicado.
Fonte: Folha.uol.com.br
Diâmetro da Lua diminuiu 100 metros no último bilhão de anos
Foram descobertas "falhas" na crosta lunar até agora nunca vistas por meio da análise das imagens, segundo Tom Watters, do Centro de Estudos Planetários e da Terra do Museu do Ar e Espaço do Smithsonian.
Ele explicou que os registros permitem detectar que o satélite se contraiu em um passado que o cientista considera "recente", embora remeta a 1 bilhão de anos atrás. Esta descoberta proporciona chaves importantes para estudar a geologia da Lua e a evolução tectônica, dizem os pesquisadores.
Fonte: Folha.uol.com.br
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Lua pode ser seca, sugere estudo com medição de cloro
Por décadas, após os astronautas da Apollo terem pousado em uma superfície lunar desolada, a Lua foi considerada seca. Mas essa visão começou a mudar em 2008, quando pesquisadores descobriram água dentro de esferas minúsculas de rocha vulcânica vítrea em concentrações semelhantes àquelas encontradas em rochas vulcânicas terrestres.
Agora pesquisadores liderados por Zachary Sharp, da Universidade do Novo México, em Albuquerque, afirmam que medições de cloro em uma dúzia de amostras colhidas nas missões Apollo sugerem que o interior da Lua sempre foi seco. A Terra contém entre 10 mil e 100 mil vezes mais água que a Lua.
O cloro está disponível em dois isótopos estáveis (cloro-35 e cloro-37). A equipe de Sharp descobriu que a versão mais pesada do elemento é mais abundante em amostras da Lua que na Terra, sugerindo que as rochas lunares se formaram em um ambiente muito seco.
Isso porque átomos de hidrogênio contidos em água ligam-se rapidamente com o isótopo pesado do cloro, formando gás de ácido hidroclórico, que sobe em direção ao espaço, deixando para trás uma maior quantidade do isótopo mais leve.
Acredita-se que a Lua tenha sido formada por destroços de uma colisão entre um objeto do tamanho de Marte e a Terra há 4,5 bilhões de anos. Segundo Sharp, à medida que a Lua fundida cristalizou-se até formar uma rocha, quantidades mínimas de água teriam se concentrado cada vez mais em quantidades menores de magma líquido.
Esse magma rico em água chegou à superfície por meio de erupções, pois era rico em compostos voláteis. Os astronautas da Apollo podem ter coletado esse magma na forma de bolhas de vidro vulcânico. É possível, no entanto, que esse magma não seja representativo da Lua.
Ainda é cedo para definir a questão da água na Lua. É preciso estudar mais amostras, principalmente de áreas ainda não estudadas pela Apollo ou por missões robóticas. O estudo foi publicada na revista "Science".
Fonte: Folha.Uol.com.br
Ciclo solar pode afetar inundações em Veneza
Diversas vezes durante o ano, mas principalmente entre outubro e dezembro, Veneza é atingida por uma maré excepcional chamada "acqua alta". David Barriopedro, da Universidade de Lisboa, em Portugal, e colegas ficaram intrigados com estudos mostrando que as marés seguiam um ciclo de 11 anos, como o Sol, atingindo picos quando as manchas solares eram mais abundantes.
Eles investigaram os registros do nível do mar entre 1948 e 2008, anotados de hora em hora, o que confirmou que o número de marés extremas seguia os picos no ciclo solar.
Registros de pressão atmosférica sobre a Europa durante o mesmo período revelaram que "anos de acqua alta" apresentaram muitos sistemas de baixa pressão sobre o norte do mar Adriático, enquanto que em anos de pouca acqua alta esses sistemas moviam-se mais ao sul.
Isso faz sentido porque inundações em Veneza são geradas por sistemas de baixa pressão oriundos do Atlântico. Esses sistemas permitem que os níveis do mar subam, enquanto ventos fortes sopram do sul para o norte, juntando água do mar na região de Veneza.
Em anos com baixa atividade solar, as tempestades ocorrem mais ao sul, mas ainda não se sabe exatamente como a atividade solar afeta o clima.
O estudo foi publicado na revista especializada "Geophysical Research Atmospheres".
Fonte: Folha.Uol.com.brsábado, 14 de agosto de 2010
Hubble capta imagem de galáxia a 320 milhões de anos-luz da Terra
A Nasa (agência espacial americana) divulgou na terça-feira (11/08/2010) imagens da galáxia espiral NGC 4911, no aglomerado de galáxias Coma.
As imagens foram obtidas pelo telescópio espacial Hubble.
NGC 4911 está a 320 milhões de anos-luz da Terra e contém círculos de poeira e gás próximos a seu centro.
Os círculos aparecem recortados contra aglomerados de estrelas recém-nascidas e nuvens de hidrogênio.
A boa qualidade da imagem, obtida de uma galáxia tão longínqua, está relacionada à alta resolução das câmeras do Hubble e a uma longa exposição.
Fonte: Folha.Uol.com.br
Júpiter engoliu uma "super-Terra", aponta estudo
Também mostra-se assim uma imagem repugnante do antigo Sistema Solar, onde "super-Terras" rochosas e massivas eram absorvidas antes que pudessem crescer e se tornar gigantes gasosos.
Acredita-se que Júpiter e Saturno começaram como mundos rochosos com a massa de ao menos algumas Terras. Sua gravidade então extraiu gás de sua nebulosa de nascimento, dando a eles densas atmosferas.
Neste cenário, todos os gigantes gasosos deveriam ter núcleos com aproximadamente o mesmo tamanho.
Mas medições realizadas a partir de espaçonaves sugerem que o núcleo de Júpiter tem o equivalente a apenas entre duas e dez Terras, enquanto Saturno possui entre 15 e 30.
BATIDA
Mas novas simulações de Shu Lin Li, da Universidade de Pequim, China, e colegas, podem explicar a razão desta discrepância. Eles calcularam o que aconteceria quando uma super-Terra com dez vezes a massa de nosso planeta batesse em um gigante gasoso.
O corpo rochoso se amassaria como uma panqueca quando atingisse a atmosfera do gigante, e então atingiria o núcleo dele meia hora mais tarde. A energia da colisão poderia vaporizar boa parte do núcleo no processo.
Estes elementos pesados vaporizados teriam então se misturado com o hidrogênio e o hélio da atmosfera do gigante gasoso, deixando apenas uma fração do núcleo original.
Isto poderia explicar não só por que o núcleo de Júpiter é tão pequeno, mas também por que sua atmosfera é mais rica em elementos pesados quando comparado com o Sol, cuja composição parece ser espelho da nebulosa que deu origem aos planetas do Sistema Solar.
Fonte: Folha.Uol.com.br
terça-feira, 4 de maio de 2010
Nasa divulga imagens de nebulosa obtidas por observatório Herschel
Imagem divulgada pela agência espacial norte-americana Nasa mostra a nebulosa Rosette, um berçário estelar a cerca de 5.000 anos-luz da Terra, na constelação de Unicórnio, e grupos de estrelas em vários estágios de desenvolvimento.
A imagem, obtida pelo Observatório Espacial Herschel, é formada por dados de radiação infravermelha emitida por poeira cósmica.
Fonte: Folha Online - Ciência
segunda-feira, 22 de março de 2010
Cientistas observam produção em massa de estrelas há 10 bi de anos
Segundo os pesquisadores liderados pela Universidade de Durham, no Reino Unido, a galáxia conhecida como SMM J2135-0102 produzia aproximadamente 250 sóis por ano.
"Essa galáxia é como um adolescente passando por um estirão [período de crescimento rápido]", comparou Mark Swinbank, autor do estudo e membro do Instituto de Cosmologia Computacional da universidade britânica.
A pesquisa, publicada no site da revista científica "Nature", revelou que quatro regiões da galáxia SMM J2135-0102 eram cem vezes mais brilhantes do que atuais áreas formadoras de estrelas da Via Láctea, como a Nebulosa de Órion, indicando uma maior produção de estrelas.
"Galáxias no início do Universo parecem ter passado por um rápido crescimento e estrelas como o nosso Sol se formavam muito mais rapidamente do que hoje", disse.
A mesma equipe já tinha descoberto, em 2009, uma outra galáxia, MS1358arc, que também formava estrelas em uma velocidade maior do que a esperada há 12,5 bilhões de anos.
"Sorte de principiante"
"Nós não entendemos completamente por que as estrelas estavam se formando tão rapidamente, mas nossos estudos sugerem que as estrelas se formavam muito mais eficientemente no início do Universo do que hoje em dia", explicou Swinbank.
A galáxia SMM J2135-0102 foi encontrada graças ao telescópio Atacama Pathfinder, no Chile, operado pelo European Southern Observatory. Observações complementares foram feitas com a combinação de lentes naturais gravitacionais de galáxias nos arredores com o poderoso telescópio Submillimeter Array, no Havaí.
Por causa de sua enorme distância e do tempo que a luz levou para alcançar a Terra, a galáxia só pode ser observada como era há 10 bilhões de anos-luz, apenas três bilhões de anos após o Big Bang.
Fonte: Folha de São Paulo
sábado, 6 de março de 2010
Plutão em technicolor
Diz o comunicado da Nasa:
"As imagens feitas pelo Telescópio Espacial Hubble mostram um mundo gélido e de cor de melado que passa por mudanças em sua cor de superfície e em seu brilho. Plutão ficou bem mais avermelhado, enquanto seu hemisfério norte, iluminado, ficou mais brilhante. Essas mudanças são provavelmente consequência da sublimação do gelo no polo iluminado e de seu recongelamento no outro polo, à medida que o planeta-anão entra na próxima fase de seu ciclo solar de 248 anos. A mudança de cor aparentemente ocorreu em um período de dois anos, entre 2000 e 2002."
O tom geral alaranjado da superfície, segundo a Nasa, se deve à quebra de metano pela radiação ultravioleta do Sol.
A agência adverte os fãs de Plutão a saborearem as imagens: só em 2015 teremos uma visão melhor da superfície do ex-planeta, quando a sonda New Horizons estiver a seis meses de sua aproximação máxima do astro.
Fonte: Folha Online - Blogs - Laboratóriosegunda-feira, 1 de março de 2010
Nasa divulga fotos espaciais captadas pela sonda Wise
A agência espacial norte-americana Nasa divulgou as primeiras imagens do cosmos feitas pela sonda Wise, que mostram, entre outras, a galáxia de Andrómeda e um cometa com um rastro de mais de 16 milhões de km. As imagens foram liberadas na quarta-feira (17/02/2010).
A sonda Wise (Wide-field Infrared Survey Explorer) começou a transmitir em 14 de janeiro e os cientistas da Nasa já receberam mais de 250 mil imagens, indicou a agência espacial americana em comunicado.
Foto AP
Imagem divulgada pela Nasa traz galáxia Andrômeda, também conhecida como Messier 31, capturada pela Wide
"A Wise funcionou de maneira fabulosa", disse Ed Weiler, administrador adjunto do Diretório de Misiones Científicas da Nasa em Washington.
"Estas primeiras fotografias estão demonstrando que a missão secundária da sonda de localizar asteroides, cometas e outros objetos será tão importante como observar todo o céu sob luz infravermelha", acrescentou.
Uma das imagens mostra um cometa batizado de "Siding Spring", cujo rastro parece uma mancha de pintura vermelha com uma estrela azul.
Pelos cálculos dos cientistas, a missão de Wise deverá terminar em outubro deste ano, quando deve acabar o combustível que alimenta seus instrumentos para funcionar.
Fonte: Folha de São Paulo
Astrofísicos decodificam origem das supernovas
da France Presse, em Chicago
Astrônomos que há muito tempo utilizam as supernovas como marcos históricos cósmicos para ajudar a medir a expansão do universo, têm agora uma resposta à pergunta sobre o que provoca essas explosões massivas, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira (18) na revista "Nature".
As supernovas, estrelas que explodem no fim de suas vidas, "são objetos cruciais para compreender o universo", explicou o principal autor do estudo, Marat Gilfanov, do Instituto Astrofísico Max Planck da Alemanha, durante a apresentação da pesquisa realizada por sua equipe.
foto AP
Supernova (explosão estelar) mais recente de que se tem notícia na Via Láctea, que ocorreu há 140 anos
"O fato de não conhecermos seu funcionamento era um aborrecimento. Agora começamos a compreender o que acende o pavio que provoca essas explosões", disse.
Segundo a maioria dos cientistas, algumas supernovas, conhecidas como as de tipo 1a, se formam quando uma anã branca --o coração degenerado de uma estrela vermelha gigante-- fica instável após superar sua massa máxima.
Motivos
A instabilidade pode ser resultado da fusão de duas anãs brancas ou do "acréscimo", um processo pelo qual a gravidade de uma estrela absorve uma parte da matéria da outra.
Graças ao telescópio espacial norte-americano Chandra X-Ray Observatory da Nasa, Marat Gilfanov e seus amigos estudaram as supernovas de cinco galáxias elípticas, assim como a da região central da galáxia Andrômeda.
"Nossos resultados permitem pensar que quase todas as supernovas das galáxias que temos estudado são resultados de fusões de duas anãs brancas", destaca Akos Bogdan, do Instituto Max Planck, co-autor do estudo.
"Se as supernovas fossem produzidas por acréscimo, as galáxias seriam cerca de 50 vezes mais brilhantes sob o efeito dos raios-x, que é o que na realidade observamos", acrescentou.
Serão necessários mais estudos para determinar se a fusão é também a primeira causa do surgimento das supernovas em galáxias espirais.
Fonte: Folha de São Paulo
Estrela "engorda" planeta e está prestes a devorá-lo
Um planeta fora de nosso Sistema Solar, ou seja, um exoplaneta, está sendo "engordado" por sua estrela, que parece pronta para devorá-lo.
O WASP-12b é um planeta gigante gasoso que tem massa equivalente a 1,4 vezes a de Júpiter --o maior do sistema planetário em que fica a Terra.
No entanto, ele já foi inflado para um tamanho de aproximadamente 1,8 vezes o tamanho de Júpiter.
Shu-lin Li, do Instituto Kavli para Astronomia e Astrofísica em Beijing, China, e seus colegas, dizem que este fenômeno é causado pela gravidade da estrela.
A gravidade estelar agita o interior do planeta, gerando calor e expandindo seus gases. Com isso, o Wasp-12b em estado expandido mal consegue segurar sua atmosfera mais exterior.
Isto deve permitir que a estrela roube matéria do planeta, consumindo-a completamente em cerca de 10 milhões de anos, estima o grupo.
"Isto pode parecer um longo tempo, mas para astrônomos não é nada", diz Li. Como referência, a terra já tem uma história estimada em mais de 4,5 bilhões de anos.
O WASP-12b orbita sua estrela em um ciclo de 26 horas. O estudo a respeito foi publicado na revista "Nature".
Fonte: Folha de São Paulo
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Novo telescópio substituirá Hubble em 2013
A Universidade Complutense de Madri (UCM) apresentou nesta sexta-feira (12) o projeto World Space Observatory - Ultraviolet (WSO-UV), liderado pela agência espacial russa Roscosmos e que conta com participação da Espanha, Alemanha, Ucrânia e China.
A missão WSO-UV cobrirá o espaço deixado pelo telescópio espacial Hubble ao final de sua missão e será o único observatório astronômico para imagem e espectroscopia ultravioleta do planeta entre 2013 e 2023, informou a UCM em comunicado.
Lançado em 1990, o Hubble foi o primeiro telescópio no espaço e conseguiu captar imagens de fenômenos nunca antes observados.
Os dois centros que controlarão o novo telescópio espacial serão instalados no Instituto de Astronomia da Academia de Ciências Russa e na Escola de Estatística da universidade madrilena.
Com o novo telescópio, os astrônomos pretendem conhecer a composição e distribuição do material intergaláctico, descobrir a evolução química do Universo desde sua composição original e analisar as atmosferas de outros planetas e estrelas.
Fonte: Folha de São Paulo