Mais
cedo do que tem sido habitual (cerca de seis meses, em vez de um ano, depois da
última «prestação de contas»), devido sem dúvida ao facto de 2020 ter sido um
ano de eleição presidencial, e, logo, com bastantes mais textos na blogosfera
sobre a política nos Estados Unidos da América a justificarem respostas e comentários da minha parte,
eis o «rol» mais recente…
…
Dos espaços na Internet onde deixei os meus «pareceres»:
Corta-Fitas (um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito); Horas
Extraordinárias (um, dois); MILhafre; O Insurgente; Malomil (um, dois, três,
quatro, cinco, seis); Zap-Aeiou; Blasfémias; Máquina Política. Sobre temas que
incluíram: os alegados defeitos, ou até «crimes», de Donald Trump e de Jair
Bolsonaro, e a (injusta) equiparação deles a (verdadeiros) ditadores; com DJT
tornou-se possível um sistema capitalista em que as desigualdades diminuem (e os menos qualificados tiveram ganhos salariais) e os (quase) monopolistas são
desafiados; a continuada crença de algumas (demasiadas) pessoas nos principais
órgãos de comunicação social dos EUA; a existência de
muitos indícios, e até mesmo provas, de fraude eleitoral na votação de dia 3 de
Novembro; novas, preocupantes, perigosas, mas sempre ridículas, demonstrações
de racismo e de «politicamente correcto» além-Atlântico; a importância de recordar e
recriar a História, em especial contra aqueles que a tentam apagar e destruir;
diferenças na transição entre administrações presidenciais; Trump como o único
com o poder e a vontade para efectivamente contrariar as ameaças vindas da
China, e não só a pandemia.
O
que continua a ressaltar – e a inquietar – em vários dos textos que vou lendo e
comentando é, de facto, a excessiva confiança dos seus respectivos autores em relação ao que
apreendem dos me(r)dia, tanto nacionais como estrangeiros. Um exemplo disso é
dado por José Miguel Roque Martins, do Corta-Fitas, «alvo» frequente, nos
últimos meses, das minhas (aparentemente falhadas) tentativas de esclarecimento:
«Para mim, o respeito pelos pensamentos de outros não é incondicional; se os
mesmos também passam pela crença em - e, pior, pela repetição de - mentiras,
não me sinto na obrigação de ter e de mostrar respeito... E, no seu (e neste)
caso, as... inverdades são várias e por vezes ridículas: acusações (contra
Donald Trump) de “aumentar o déficite público para níveis estratosféricos”, “aumentar
as desigualdades de rendimento reduzindo os impostos dos mais ricos” e “admitir
injecções de lixívia” não são dignas de pessoas sérias, sensatas e bem
informadas; garanto-lhe que não existem “organizações do Partido Republicano a
publicar (?) anúncios contra ele”; aliás, todos os 10 pontos que enunciou acima
ou são falsos ou não têm a gravidade que quer atribuir-lhes»; «E o Corta-Fitas
conta entre os seus colaboradores com um “apoiante” de Joe Biden (“criatura do
pântano” incompetente, corrupta e senil) e do Partido Democrata? Uma agremiação
que se radicalizou tanto nos últimos anos que, em comparação, os “nossos” PCP e
BE quase parecem “filiais” da Opus Dei? “Não foi a melhor das campanhas”? Pelo
contrário, provavelmente foi a melhor, porque nunca terá sido tão grande o
contraste entre a liberdade e o progresso que os republicanos preconizam, e a
tirania e a depressão que os democratas preconizam»; «As evidências de fraude
em 2020 - denúncias, testemunhos ajuramentados, documentos, análises de
software - já são às centenas, quiçá milhares. Quanto a “qualquer outra”... o
autor da “posta” nunca ouviu falar do que aconteceu em 1960 entre John Kennedy
e Richard Nixon? Não, “os EUA não são propriamente uma república das bananas”.
Porém, lá existem alguns “Estados das bananas”, ou, mais correctamente, algumas
“cidades das bananas” como Atlanta, Detroit, Filadélfia e Milwaukee,
precisamente aquelas onde as dúvidas e as suspeitas são agora maiores, e onde
os democratas lideram, na primeira, desde 1880 (!), e, nas outras três, desde
os anos 60 do século passado.»
Porém,
se no Corta-Fitas ainda sou (por enquanto?) bem vindo, o mesmo já não acontece
no Malomil: na verdade, António de Araújo, consultor de Marcelo Rebelo de Sousa
na Presidência da República, assessor do Tribunal Constitucional, professor na
Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e na Faculdade de Ciências Sociais
e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, membro do Conselho de Administração da
Fundação Francisco Manuel dos Santos, decidiu a 1 de Dezembro último «convidar-me»
a não mais comentar naquele (seu) blog depois de uma série de contestações
minhas a outras tantas – e pouco consistentes – afirmações suas. Sim, a
intolerância, a insegurança intelectual e a censura por vezes manifestam-se de
maneiras e em instâncias inesperadas.