Na língua
inglesa existem poucas palavras mais… evocativas do que «fuck». Esta, e todas
as expressões que dela derivam, como «fuck off», «fuck yourself» e
«motherfucker», entre outras, são uma garantia de polémica se forem utilizadas.
Nos EUA são frequentemente ouvidas, e lidas, nas artes e no entretenimento,
mesmo que tal implique críticas e penalizações – mas, enfim, para alguém que
queira ser «edgy», ousado, «prafrentex», é «de rigor» proferi-las.
Por exemplo, Bill
Maher e Jon Stewart, assumidos e conhecidos apoiantes dos democratas e de
Barack Obama, (ab)usam muito – talvez até demais… – (d)a palavra «fuck» (e d)e
todas as suas variantes, em especial contra adversários ideológicos. E Madonna,
outra apoiante do Sr. Hussein, que, num recente concerto em Washington, apelou
aos espectadores e admiradores para votarem no «fucking Obama», o «muçulmano
negro na Casa Branca» que «está a lutar pelos direitos dos gays» (?!). Será que
uma senilidade precoce está a afectar a «material girl»?
Porém, o caso
muda de figura quando são os próprios políticos a utilizar, directa e/ou
indirectamente (eles próprios e/ou os seus apoiantes e ajudantes), mas sempre
deliberadamente, a palavra «f*d*r». Na campanha eleitoral para a reeleição do
actual presidente, e na actividade da actual administração, tal tem acontecido
com alguma frequência.
Para começar,
recorde-se a expressão dita por Joe Biden a Barack Obama quando o Affordable
Care Act, ou «ObamaCare», foi aprovado: «this is a big fucking deal»; pois bem,
este ano uma camisa com as palavras «Health reform is still a BFD» foi posta à
venda pela organização de candidatura do presidente e re-candidato… «Excelente»
propaganda, sem dúvida! E pode-se continuar com um espectáculo de angariação de
fundos para Obama, em que este esteve presente, e em que Cee Lo Green cantou a sua canção «Fuck You» - aproveitando também para fazer o «tal sinal» com o dedo do meio. E há o anúncio televisivo protagonizado por Samuel L.
Jackson em que este declara «wake the fuck up, vote for Obama» - convém
recordar que aquele actor afirmou que votou em BHO porque ele (também) é negro…
E para terminar (por agora), nada melhor do que revelar o que escreveu Philippe Reines, porta-voz de Hillary Clinton, ao jornalista Michael Hastings, após este
ter questionado repetidamente o Departamento de Estado sobre o ataque
terrorista na Líbia, que vitimou o embaixador dos EUA e outros três
norte-americanos: «Fuck off».
Depois disto
tudo, parece-nos que o melhor que os democratas têm a fazer é meterem-se em
aviões (ou em navios), atravessarem o Atlântico em direcção à Europa, aterrarem
em Viena e dirigirem-se a uma pequena cidade chamada Fucking, onde sem dúvida
se sentirão completamente à vontade. E Barack Obama poderá então aproveitar a
oportunidade para aperfeiçoar o seu domínio da «língua austríaca».
(Adenda - Como referi, Bill Maher e Jon Stewart nunca «desiludem»...)
(Adenda - Como referi, Bill Maher e Jon Stewart nunca «desiludem»...)