ALQUIPRÉMIOS 2007

Luís Felipe Scolari: Prémio Madre Teresa de Calcutá

Durão Barroso/José Sócrates : Prémio Porreiro Pá

Hugo Chaves: Prémio Bourbon

Mário Lino: Prémio Jamé

Gato Fedorento: Prémio Ecstazy

Maria de Lurdes Rodrigues: Prémio Plutão

Enquanto Houver Tempo : Prémio Blogue

PREVISÕES ALQUIMISTAS PARA 2008

- O ano terá 366 dias.

- Os dias alternarão com as noites.

- A Carolina alternará todos os dias.

- Os Telejornais abrirão com assassínios, incêndios, quedas de aviões e com a D. Joaquina a espancar a filha.

- O caso "Casa Pia", por acaso, não chegará ao fim.

- O Apito Dourado mudará de cor.

- Os professores serão agredidos pelos alunos.

- Os funcionários públicos ficarão com mais uma mão livre para trabalhar, depois de deixarem de poder fumar em recintos fechados.

- O "gang" do Porto deixará de actuar na Ribeira.

- O "gang" de Lisboa deixará de actuar no Millennium.


Tenho mais, mas estas são as únicas sobre as quais não me restam quaisquer dúvidas ...!!!

BOM 2008 PARA TODOS !!!

A PSICOLOGIA DO PERDÃO

Segundo um estudo do psicólogo social Félix Neto, da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, "as pessoas que tendem a desculpar aqueles que as ofenderam revelam mais bem-estar físico e psicológico, maior tolerância e equilíbrio nas relações com os outros do que aquelas que guardam mágoas e repisam sentimentos".

Estão desculpados todos os que, ao longo deste ano, tiveram a ousadia de visitar este blogue.

MUDAM-SE OS VENTOS ...

As PUBLICAÇÕES D. QUIXOTE foram compradas por Pais do Amaral da Media Capital.

Lobo Antunes ameaça que vai abandonar a editora.

Lídia Jorge receia pelos novos critérios editoriais.

Alquimista entende que Lobo Antunes não tenha as mesmas armas para lutar contra as turbinas eólicas que vieram ocupar o lugar dos moinhos de vento.
Quanto a Lídia Jorge, receia, naturalmente, que os ditos critérios desçam ao nível daqueles que presidem à programação da TVI ou à composição da Nova Gente.

E é à sombra das negociatas desta nova gente que vive de caras para o lux(o), que nós continuamos cantando e rindo... com muito Sócrates e pouco dinheiro !

Não te custou nada. É Natal ... o que tu queres sei eu !!!

EM TEMPO DE "EMPANZINAMENTO" OU A FALÁCIA DAS DIETAS

"Adega do Olho" na Travessa das Flores - Porto

"Comecei uma dieta, cortei a bebida e as comidas pesadas e em catorze dias perdi duas semanas."

Joe E. Lewis

Procuro uma alegria
uma mala vazia
do final de ano
e eis que tenho na mão
- flor do quotidiano -
é vôo de um pássaro
é uma canção.

Carlos Drummond de Andrade

Quando um homem quiser

Tu que dormes a noite na calçada de relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
És meu irmão amigo
És meu irmão

E tu que dormes só no pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher

Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e comboios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão

E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão amigo
És meu irmão

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher

Letra Ary dos Santos - Música Fernando Tordo - Canta Paulo de Carvalho

Cântico Negro

(...)

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
(...)

José Régio

Obra de f(r)icção ou uma certa realidade ?

JARDIM DE ARCA D'ÁGUA (Praça 9 de Abril)

Aqui travaram duelo a 6 de Fevereiro de 1866 Antero de Quental e Ramalho Ortigão (de que o segundo saiu ferido num braço).

Aqui existia um grande manancial de água, que, através de várias condutas subterrâneas construídas em granito, era conduzida para vários pontos da cidade, abastecendo fontes, fontanários, etc.

Estas condutas, podem, ainda hoje, ser visitadas.

DOENTES DEPRIMENTES

"Tenho os ossos muito desclassificados"

"Especialista, médico, mas entendido"

"Tomo umas cábulas à noite"

O PINTOR E A CIDADE - ANTÓNIO CRUZ 100 ANOS

De si próprio disse:

"Eu tinha uma única ambição: era ser ignorado. Não gosto do meu nome no jornal."

"Quando eu pinto ou desenho, não é tanto para ver a obra realizada. O meu gozo, o meu prazer está na própria execução. Não é vício nem trabalho. É necessidade."

E ainda : "O Porto é uma cidade para pintores. A cidade do Porto é uma velha tapeçaria, especialmente observada de lá, de Vila Nova de Gaia".

Com ele, Manoel de Oliveira realizou, em 1956, o primeiro filme português a cores: O PINTOR E A CIDADE.

A partir de 15 de Dezembro, exposição das suas obras no MUSEU SOARES DOS REIS.

A felicidade é um local em se pousa, mas onde raramente se faz ninho.

CIMEIRA EUROPA - ÁFRICA

Há 500 famílias em todo o mundo com os mesmos rendimentos que 400 milhões de africanos.

DOENTES DEPRIMENTES

"O meu filho foi operado ao pence (apêndice) mas não lhe puseram os trenós (drenos), encheu o pipo e teve de pôr o soma (sonda)."

"Fui operado ao panquecas."


"Tenho pedra na Basílica."

DOS AMIGOS ...

Amigos cento e dez, e talvez mais,
eu já contei. Vaidades que eu sentia!
Pensei que sobre a terra não havia
mais ditoso mortal entre os mortais.

Amigos cento e dez, tam serviçais,
tam zelosos das leis da cortesia,
que eu, já farto de os ver, me escapulia
às suas curvaturas vertebrais.

Um dia adoeci profundamente.
Ceguei. Dos cento e dez, houve um somente
que não desfez os laços quási rotos.

- Que vamos nós ( diziam ) lá fazer?
Se ele está cego, não nos pode ver...
Que cento e nove impávidos marotos !
Camilo C. Branco