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sexta-feira, 21 de abril de 2017

Porque é fim de semana: Mestras e Relvas

Porque é fim de semana, vamos prosseguir  a descoberta das aldeias do concelho de Góis e da União  das Freguesias  de Cadafaz e Colmeal.
Vamos partir à descoberta de duas aldeias. 
 - Mestras

Não se conhece a origem desta povoação nem a razão do seu topónimo.
Conta a lenda que  o nome da povoação se deve a  duas irmãs, mestras em costura, que iam trabalhar para a aldeia. 
Outrora cheia de vida, atravessou um período em que esteve  completamente abandonada. 
Há alguns anos, vários antigos habitantes resolveram regressar e a vida, aos poucos, regressou à aldeia.

A padroeira da aldeia é Nossa Senhora da Boa Morte e na sua capela existe um Missal datado de 1734.
Abandonamos a aldeia de Mestras e seguimos para: 

- Relvas

Esta é uma aldeia totalmente desabitada.

A padroeira é Santa Luzia e a sua capela foi restaurada em meados do século XIX.



Obrigada pela sua presença. Volte sempre.










sexta-feira, 14 de abril de 2017

Porque é fim de semana: Carvalhal do Sapo e Soito


Porque é fim de semana, vamos prosseguir  a descoberta das aldeias do concelho de Góis e da União  das Freguesias  de Cadafaz e Colmeal.
Vamos hoje conhecer duas novas aldeias.
- Carvalhal
Na região centro do país existem várias aldeias com a denominação Carvalhal. Por essa razão e para  a distinguir  de todas as outras,   a Câmara acrescentou-lhe “do Sapo”, em referência ao rio que passa por baixo da aldeia.  

Em 1527, já era referida a povoação do Carvalhal com 5 fogos.
Como noutros locais nesta região, os habitantes de Carvalhal do Sapo viviam tradicionalmente da agricultura e da pastorícia.


O padroeiro da aldeia é  São João Baptista.  A capela situa-se na entrada da parte mais antiga da povoação.
Na capela existe um  missal com a data de 1850.

-Soito 


Até ao início dos anos 50 do século passado, a aldeia tinha   cerca de uma centena de habitantes.
No Soito existe um
espaço museológico, inaugurado em 2002, onde podem ser observados materiais antigos, das   actividades ligadas à agricultura,  silvicultura e pecuária.

O padroeiro da aldeia é São Pedro e, segundo a tradição oral, a capela terá cerca de seiscentos anos, sendo uma das mais antigas da freguesia.
Ao longo dos tempos, a Capela tem sido alvo de obras de restauro  e, actualmente, raramente ali se praticam actividades religiosas.
A imagem de São Pedro é de pedra e os habitantes da aldeia pensam que a imagem  já existia antes da construção da capela.

Obrigada pela sua presença. Volte sempre.




quinta-feira, 13 de abril de 2017

Sazes da Beira

Sazes da Beira é mais uma povoação do Parque Natural da Serra da Estrela que pertence à Rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia e fica situada a cerca de 20 Km do ponto mais alto da serra. 
Segundo se pensa, foi fundada no século XV por famílias de pastores  de Sandomil e das Corgas, que ali se fixaram aproveitando os terrenos férteis e proximidade de água.
Esse local foi chamado de Sazes Velho e em 1527 tinha 65 habitantes.
Mais tarde, acabaram por se fixar no local onde hoje se situa  Sazes da Beira.
Desconhece-se a data da fundação da freguesia, mas  nos registos paroquiais já existia em 1612.
Desde o  seu início, a aldeia pertenceu ao concelho de Sandomil. Só em 1836, quando este concelho foi extinto,  Sazes da Beira foi integrada no de Loriga. Em 1855, também o concelho de Loriga foi extinto e a povoação passou a integrar o concelho de Seia.
Devido à sua localização, esta aldeia é um excelente miradouro, onde  se pode desfrutar uma  deslumbrante  paisagem envolvente.
É uma aldeia rural e as principais  actividades dos seus habitantes foram, durante muito tempo, a agricultura e a criação de gado

No entanto, a partir da 2ª Guerra Mundial, uma nova actividade veio contribuir para  uma grande mudança na aldeia: a extracção de minério. Isto deveu-se à  existência de volfrâmio, usado no fabrico de canhões, no subsolo da aldeia. 
A partir de então,  tanto os naturais da terra, como  muitas pessoas vindas de outras povoações, dedicaram-se  à procura deste minério,   contribuindo também para o aumento da população de Sazes da Beira.

Terminada a guerra,  a economia da freguesia entrou em crise e parte da população partiu em busca de melhores condições de vida.
Actualmente, Sazes da Beira seguiu o exemplo doutras  aldeia serranas, virando-se para o Turismo, aproveitando as potencialidades que a serra lhe oferece.

A padroeira de Sazes da Beira é Nossa Senhora do Rosário.
A Igreja Matriz data de 1731 e é um edifício simples com torre do lado esquerdo da fachada.
No interior tem um altar gótico.

Do património da aldeia, destaco ainda:
- Capela de Santa Eufémia ( do século XIX)



- Capela da Senhora do Monte Alto (datada de 1906)  
- Couto Mineiro do Malha Pão (século XIX)
- Moinhos de Água (século XIX)




Obrigada pela sua presença. Volte sempre.








quarta-feira, 12 de abril de 2017

Valezim

Valezim é a sede duma freguesia do concelho de Seia, que pertence  à rede de Aldeias de Montanha deste concelho.
Das origens da povoação pouco se sabe, mas  terá pertencido ao couto de São Romão criado por carta em 1138.

No início do século XIII era seu donatário o prior do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, que deu carta de foral aos seus moradores em 1201. Pertencendo à coroa, recebeu foral novo concedido por D. Manuel I, em 1514, constituindo um concelho formado apenas por uma freguesia.
O concelho foi extinto em 1836 passando a integrar  o  de   Loriga. Em 1855 passou para o concelho de Seia, onde  pertence actualmente.
A padroeira da aldeia é Nossa Senhora do Rosário.

Existem duas igrejas matrizes em Valezim. Uma mais antiga localizada num dos extremos da aldeia e outra mais recente situada no centro.  

 Pontos de interesse:
- Igreja de Nossa Senhora do Rosário  (Antiga)
Datada de 1630 (data que se encontra gravada na torça da porta direita da Igreja). 
Construída em granito, apresenta um estilo arquitectónico pouco definido, fruto das obras e remodelações de que tem sido alvo ao longo dos tempos.
O interior é formado  por três naves separadas por arcos que assentam em pilares cilíndricos com capitel. Tem dois altares laterais com bonitos retábulos em talha dourada e um magnifico relógio de pesos. 
- Capela da Nossa Senhora da Saúde

Inaugurada em 1903, situa-se na encosta  do castro.
- Capela do Senhor dos Aflitos
- Capela da Senhora da Boa Viagem
- Capela de S. Domingos
- Pelourinho
Classificado como Imóvel de Interesse Público, tem estilo gótico e é o único monumento nacional da aldeia.
- Solar dos Castelo Branco
- Vestígios arqueológicos romanos
Como vestígios da presença dos romanos existem troços duma estrada romana e castrejos do Monte do Crasto 



Obrigada pela sua presença. Volte sempre.






terça-feira, 11 de abril de 2017

Sabugueiro

A caminho da serra da Estrela, vamos passar pelo Sabugueiro, uma  aldeia sede duma freguesia do concelho de Seia.
De origens remotas e desconhecidas, pensa-se ter tido o seu início a partir de cabanas de pastores que para ali se deslocavam com os seus rebanhos, para aproveitar as excelentes pastagens da região.
Originalmente terá tido o topónimo de "Vila de Sabugária", tal como aparece mencionada em documentos muito antigos.
Em 1527, no Cadastro da População do Reino, Seia contava com 19 moradores.
Devido à sua situação, a caminho do ponto mais alto da serra, o Sabugueiro começou a ganhar maior visibilidade, beneficiando com o afluxo de turistas que procuram as belezas da serra. Esta aldeia que se dedicava  ao cultivo do centeio e à pastorícia passou  a ter como ocupações principais,   o turismo e o comércio, com principal destaque para o   queijo da serra, as mantas e tapetes de lã de ovelha, o presunto, enchidos e mel.

Esta aldeia serrana, situada em pleno Parque Natural da Serra da Estrela, pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.


O padroeiro da terra é S. João Batista venerado numa Igreja de granito, situada num bonito largo, ponto de encontro dos habitantes da aldeia, local de cerimónias religiosas e profanas.

Para além da Igreja Paroquial, existe ainda outro local de culto situado num extremo da aldeia que é a Capela de Nossa Senhora de Fátima.




Obrigada pela sua presença. Volte sempre.








segunda-feira, 10 de abril de 2017

Loriga

Numa das encostas da serra da Estrela, a cerca de 770 m de altitude, em frente à serra do Açor,  situa-se Loriga, uma vila portuguesa do concelho de Seia, do qual dista cerca de 20 Km.

Esta bonita vila foi fundada há mais de dois mil e seiscentos anos e crê-se ali ter existido  um castro lusitano, havendo mesmo quem defenda a teoria,  de ser o local do nascimento de  Viriato. 
Por ali passaram outros povos que invadiram a península  deixando  os seus vestígios.
Quando os romanos chegaram à região, a povoação estava dividida em dois aglomerados, estando o maior e mais antigo  rodeado por muralhas.

No século XII, Loriga  e arredores era couto senhorial, mas em 1248, passou para a posse da coroa e D. Afonso III concedeu-lhe foral e honras de vila e concelho.
Em 1474, recebeu novo foral concedido por D. Afonso V que , como prova de reconhecimento por serviços prestados,  doou o concelho ao fidalgo Álvaro de Machado. Finalmente, em 1514, D. Manuel I concedeu-lhe foral novo. Durante a guerra civil portuguesa, Loriga  deu o seu apoio aos Miguelistas contra os Liberais, o que originou que   deixasse de ser sede de concelho.
A partir do início do século XIX, Loriga tornou-se numa das localidades mais  
industrializadas da Beira Interior, devido ao grande número de empresas de lanifícios  que por ali prosperavam. Porém, durante a segunda metade do século XX, muitas delas entraram em decadência, acabando com muitos postos de trabalho 
Tentando colmatar o declínio industrial, Loriga direccionou-se para o turismo. Assim, tem tentando aproveitar  as   potencialidades da vila e região envolvente, como  é o caso  das  pistas e estância de esqui, as únicas existentes em Portugal.
Loriga pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia e ao Parque Natural da Serra da Estrela.
 
O orago de Loriga é Santa Maria Maior e a paróquia  remonta  à época visigótica, quando pertencia  à diocese de Egitânia (Idanha a Velha).
A Igreja Matriz foi mandada construir por D. Sancho II, em 1233, no local duma pequena ermida visigótica. Desta foi   aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que foi colocada por cima duma das portas laterais. Em 1755, foi praticamente  destruída pelo terramoto e, após a reconstrução,   aproveitaram-se  apenas  parte das paredes laterais e da torre.
No interior tem cinco capelas  dedicadas a Santo António, Nossa Senhora do Carmo, São Sebastião, Nossa Senhora Auxiliadora e  Nossa Senhora da Guia.
 

Do património de Loriga, para além da Igreja Matriz, destacam-se ainda:

- Capela Nossa Senhora da Guia

Esta capela foi construída em 1884, toda em xisto e era a santa devota  dos negociantes de lã desta localidade.
Situada num local atingido por ventos fortes, depressa se degradou e, por  ameaçar ruína, foi demolida e, no seu lugar, foi construído um novo templo.
Até aos dias de hoje, tem sido alvo de várias transformações e, actualmente, poucas semelhanças tem com a capela inicial.


-  Capela Nossa Senhora do Carmo  
  

A capela da Nossa Senhora do Carmo fica situada no centro do Bairro de São Ginês. É uma capela muito antiga, da qual se desconhece a data de construção. Pelos escritos encontrados,  em 1758 já estava construída e já se fazia referência à capela, embora dedicada a San Gens. 
Em 1938, por estar em avançado estado de degradação, foi de novo reconstruída.

- Capela São Sebastião


Esta capela foi construída há mais de duzentos anos e, na altura, situava-se num local afastado da povoação.
Inicialmente, era um templo de pequenas dimensões, mas com o passar dos anos sofreu várias  alterações, até  ser construída uma nova no lugar da antiga. 

- Capela da Nossa Senhora Auxiliadora

A capela da Nossa Senhora Auxiliadora é um templo particular que faz parte do Solar da Redondinha. Foi construída nos primeiros anos do século XX, pelo Industrial Augusto Luís Mendes. Esta capela destinava-se ao culto religioso da família mas,  uma vez por mês, era aberta à  população que pretendesse assistir à missa dominical.

- A ponte romana

Esta ponte, dum só arco, fica situada sobre a Ribeira das Naves e não se sabe ao certo a data da sua construção. Sabe-se sim, que é um dos vestígios da presença romana na região.

Um outro vestígio romano são  alguns troços de calçada romana que atravessam alguns locais da vila e que  faziam parte da estrada que ligava Loriga a Sena e Conimbriga.

- O Pelourinho 

O Pelourinho inicial será originário do  século XVI,  mas pouca informação existe da  sua construção.
Terá sido demolido em finais do século XIX reconstruído em 1998.


Obrigada pela sua presença. Volte sempre.