terça-feira, 29 de outubro de 2013
sábado, 26 de outubro de 2013
Nasce o Brasil talibã
por Guilherme Fiuza
O Brasil virou, definitivamente, um lugar esquisito. A última onda de manifestações reuniu professores em greve (e simpatizantes) por melhores salários para a categoria. Aí os professores cariocas receberam a adesão dos tais black blocs — nome pomposo para um bando de almas penadas em estado de recalque medieval contra tudo.
Os professores não só acolheram os depredadores desvairados nas suas passeatas, como declararam, por meio de seu sindicato, que aquele apoio era “bem-vindo”.
Deu-se assim o casamento do século: a educação com a falta de educação. Nem a profecia mais soturna, nem a projeção mais niilista, nem as teses do maior espírito de porco conceberiam esse enlace. O saber e a porrada, lado a lado, irmanados sob o idioma da boçalidade.
Mas o grande escândalo não está nessa união miserável. Está na cidade e no país que a cercam. Se o Rio de Janeiro e o Brasil ainda tivessem um mínimo de juízo, o romance entre profissionais do ensino e biscateiros da violência teria revoltado a opinião pública.
As instituições, as pessoas, enfim, a sociedade teria esmagado esses sindicalistas travestidos de educadores. O saber é o que salva o homem da barbárie. Um professor que compactua, ou pior, se associa ao vandalismo é a negação viva do saber — é a negação de si mesmo. Não pode entrar numa sala de aula nem para limpar o chão.
E o que diz o Brasil dessa obscenidade? Nada. O movimento grevista continuou tranquilamente — se é que há alguma forma tranquila de estupidez — bloqueando o trânsito a qualquer hora do dia, em qualquer lugar, diante de cidadãos crédulos que acreditam estar pagando pedágio pela “melhoria da educação”. Crédulos, nesse caso, talvez seja um eufemismo para otários.
Claro que uma sociedade saudável logo desconfiaria dos métodos desses professores. E os desautorizaria a lutar por melhores condições de ensino barbarizando as ruas. Os salários dos professores de verdade são uma tragédia brasileira, mas esses comparsas de delinquentes mascarados não merecem um centavo do contribuinte para ensinar nada a ninguém.
O problema é que a sociedade está revelando, ainda timidamente, a sua faceta de mulher de malandro. Apanha e gosta.
n.e.: Eu acho que estão se esforçando para terem um morto, ontem quase conseguiram, o Coronel da PM de São Paulo foi cercado por vários Black Blocs e foi espancado (fotos), inclusive com uma chapa de ferro, sendo salvo quando seu motorista apareceu, agarrou-o e mostrou uma arma para tirá-lo da agressão e há quem fique chocado por que o motorista estava com uma arma na mão. O Coronel está bem, depois de 1 dia internado por conta dos ferimentos, teve a clavícula quebrada. Me choca que exista alguém capaz de apoiar a violência praticada por essa garotada, que conseguiram tirar o povo das ruas desde que começaram a aparecer nas manifestações.
Daniel Paz: Conheço esse coronel. Ele me socorreu quando fui agredido por vândalos na manifestação de Julho e apaziguou muitos protestos anteriores de professores na Rua da Consolação e tive o prazer de assistir uma palestra dele no Direito do Mackenzie! Um herói e profissional equilibrado.
fonte: texto de O Globo e fotos da Folha de São Paulo
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Palavras Interditas
As palavras que te envio são interditas
até, meu amor, pelo halo das searas;
se alguma regressasse, nem já reconhecia
o teu nome nas suas curvas claras.
Dói-me esta água, este ar que se respira,
dói-me esta solidão de pedra escura,
estas mãos nocturnas onde aperto
os meus dias quebrados na cintura.
E a noite cresce apaixonadamente.
Nas suas margens nuas, desoladas,
cada homem tem apenas para dar
um horizonte de cidades bombardeadas.
Eugénio de Andrade
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quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Soneto de Montevidéu
Não te rias de mim, que as minhas lágrimas
São água para as flores que plantaste
No meu ser infeliz, e isso lhe baste
Para querer-te sempre mais e mais.
Não te esqueças de mim, que desvendaste
A calma ao meu olhar ermo de paz
Nem te ausentes de mim quando se gaste
Em ti esse carinho em que te esvais.
Não me ocultes jamais teu rosto; dize-me
Sempre esse manso adeus de quem aguarda
Um novo manso adeus que nunca tarda
Ao amante dulcíssimo que fiz-me
À tua pura imagem, ó anjo da guarda
Que não dás tempo a que a distância cisme.
Vinicius de Moraes
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Casamento
Modo de Usar:
Case-se com alguém que adore te escutar contando algo banal como o preço abusivo dos tomates, ou que entenda quando você precisar filosofar sobre os desamores de Nietzsche. Case-se com alguém que você também adore ouvir. É fácil reconhecer uma voz com quem se deve casar; ela te tranquiliza e ao mesmo tempo te deixa eufórico como em sua infância, quando se ouvia o som do portão abrindo, dos pais finalmente chegando. Observe se não há desespero ou insegurança no silêncio mútuo, assim sendo, case-se.
Se aquela pessoa não te faz rir, também não serve para casar. Vai chegar a hora em que tudo o que vocês poderão fazer, é rir de si mesmos. E não há nada mais cruel do que estar em apuros com alguém sem espontaneidade, sem vida nos olhos. Case-se com alguém cheio de defeitos, irritante que seja, mas desconfie dos perfeitinhos que não se despenteiam. Fuja de quem conta pequenas mentiras durante o dia. Observe o caráter, antes de perceber as caspas.
Case-se com alguém por quem tenha tesão. Principalmente tesão de vida. Alguém que não lhe peça para melhorar, que não te critique gratuitamente, alguém que simplesmente seja tão gracioso e admirável que impregne em você a vontade de ser melhor e maior, para si mesmo. Para se casar, bastam pequenas habilidades. Certifique-se de que um dos dois sabe cumpri-las.
É preciso ter quem troque lâmpadas e quem siga uma receita sem atear fogo na cozinha; é preciso ter alguém que saiba fazer massagem nos pés e alguém que saiba escolher verduras no mercado. E assim segue-se: um faz bolinho de chuva, o outro escolhe bons filmes; um pendura o quadro e o outro cuida para que não fique torto. Tem aquele que escolhe os presentes para as festas de criança e aquele que sabe furar uma parede, e só a parede por ora.
Essa é uma das grandes graças da coisa toda, ter uma boa equipe de dois. Passamos tanto tempo observando se nos encaixamos na cama, se sentimos estalinhos no beijo, se nossos signos se complementam no zodíaco, que deixamos de prestar atenção no que realmente importa: os valores. Essa palavra antiga e, hoje assustadora, nunca deveria sair de moda. Os lábios se buscam, os corpos encontram espaços, mas quando duas pessoas olham em direções diferentes, simplesmente não podem caminhar juntas. É duro, mas é a verdade.
Sabendo que caminho quer trilhar, relaxe! A pessoa certa para casar certamente já o anda trilhando. Como reconhecê-la? Vocês estarão rindo. Rindo-se.
fonte:Espaço Psi
domingo, 20 de outubro de 2013
sábado, 19 de outubro de 2013
100 anos de Vinicius
Este post foi programado, um bom fim de semana a quem passar por aqui, com Vinicius, que faria 100 anos. E se alguém pretende viver um grande amor, fica a dica de Vinicius, é bastante simples.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Não vá ainda...
Há algumas músicas que ouço repetidamente e não sei como não enjoo, esta foi uma delas há alguns anos atrás. Linda, não é mesmo?
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quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Ponto de exclamação!
Eu sabia da existência desta música, mas confesso minha ignorância sobre a letra, pois nunca parei para prestar atenção nela, a bem da verdade, nunca a ouvi, verdadeiramente, mas assistindo a uma das edições do The Voice, uma candidata a interpretou, gostei e não só prestei atenção na letra, como fui procurar a versão original. É da Marrom, isso eu já sabia. Bem, me identifico, não poderia exemplificar melhor como eu lido com sentimentos, "eu não como na mão de quem brinca com a minha emoção", é preto no branco, ou é ou não é, sem dúvida e sem reticências, sou ponto de exclamação!
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quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Saudade
Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas a amada já...
Saudade é amar um passado
que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe
o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudade,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
Pablo Neruda
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Sentir...
Música é poesia...
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domingo, 13 de outubro de 2013
Tô com saudade de tu, meu desejo...
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sexta-feira, 11 de outubro de 2013
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Xô, mau olhado
Bibi Ferreira levou um tombo em cena na estreia de "Bibi canta e conta Piaf". De volta ao palco, no Teatro Oi Casa Grande, para afastar o mau-olhado, Bibi mandou comprar quatro pimenteiras para colocar nas coxias. Só que as pimenteiras secaram. Por precaução, Bibi não só renovou, mas reforçou o arsenal: serão 12 pimenteiras no próximo final de semana.
Tá certa...
fonte:Ancelmo Gois
Vandalismo ultrapassou os limites
O ronco das ruas que, em junho, começou a soar com a pauta específica dos protestos contra o aumento de tarifas de ônibus, e em seguida tornou-se tonitruante com a canalização do descontentamento generalizado da população, foi um momento de legítima reação da sociedade a crônicas mazelas do país. Mas, em refluxo, o movimento parece ter se reduzido a cenas de banditismo.
Episódios de lamentáveis provocações nas ruas têm transformado Rio e São Paulo em praças de guerra. Na berlinda, os chamados black blocs, grupos de arruaceiros especializados em se infiltrar em manifestações, descaracterizá-las de seu conteúdo reivindicatório e promover vandalismo. Destituídas de sentido político, são, tão somente, demonstrações de barbarismo juvenil que se traduzem em violência pela violência e criminalidade, ameaças ao estado de direito e à democracia que precisam ser contidas.
Mas refreá-las é a outra ponta do problema. Rio e São Paulo ainda não desenvolveram um protocolo de ações para enfrentar com eficiência os vândalos. É crucial que o façam, e não só para reprimir os baderneiros quando eles já estão nas ruas. É visível que as polícias não têm um trabalho de inteligência que identifique a origem de um movimento que — a julgar pelas táticas de provocação, pelo perfil dos arruaceiros e pelos alvos que escolhem nas depredações — seguramente se desenvolve numa cadeia de comando.
Ações preventivas contra essas falanges anarquistas são fundamentais: deixar os grupos de mascarados se reunir, o que fazem de forma acintosa, e só agir quando eles atacam é entrar em desvantagem no embate, permitir depredações e semear mais violência. Há necessidade de um trabalho de segurança compartilhado, entre as esferas municipais, estaduais e federal, como o executado com êxito, no Rio, no combate ao tráfico. O problema do vandalismo tem esta dimensão.
As cenas de violência que os black blocs voltaram a protagonizar anteontem nas duas maiores cidades do país são o testemunho de que a situação é grave. No Rio, epicentro do quebra-quebra, a dissonância entre a passeata dos professores e a ação dos vândalos foi inconteste: terminado o protesto do magistério, os arruaceiros de rosto coberto e paramentados para o confronto depredaram patrimônio público na Cinelândia e levaram o pânico às imediações. Em São Paulo, a horda virou um veículo da polícia.
Um casal paulista está sendo processado pela Lei de Segurança Nacional, ação prevista na Constituição, mas de aplicação pontual. Identificar a origem e o comando dessas demonstrações de incivilidades é tarefa imediata, terreno, como dito, da inteligência. De sua parte, sindicatos e entidades afins, cujas manifestações têm se tornado, mesmo que involuntariamente, hospedeiras de vândalos, também precisam refletir sobre o momento, em que grupos antidemocráticos aproveitam para agir. É preciso evitar as faíscas para não alimentar incêndios.
fonte:Editorial do jornal O Globo
fotos:Eduardo Anizelli e autor desconhecido
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Como reconhecer o autor de um quadro só olhando a pintura
1) Se o plano de fundo do quadro for escuro e todo mundo está com cara de tortura, é do Ticiano
2) Se todo mundo tem bunda grande é do Rubens
3) Se todos os homens têm olhos de vaca e parecem donas-de-casa, é do Caravaggio
4) Se tem um monte de gente no quadro, mas elas parecem normais, é do Pieter Bruegel
5) Se tiver um monte de gente no quadro, mas o quadro está cheio de merda louca, é do Bosch
6) Se todo mundo parece um mendigo iluminado por um poste, é Rembrandt
7) Se no quadro tem cupidos ou ovelhas, ou se você considerar que cupidos ou ovelhas poderiam estar no quadro, é Boucher
8) Se todos forem bonitos, estiverem semi-nus e empilhados ou apertados, é Michelangelo
9) Se Tem Bailarina, É Degas
10) Se tudo é pontudo, tiver contraste e os homens tiverem barba em um rosto magro, é El Greco
11) Se todo mundo parece o Vladimir Putin, o presidente da Rússia, é Van Eyck
12) Se no quadro tem frutas, paisagens ou um monte de pessoas nuas de costas, é do Cezanne
13) Se no quadro tem dançarinas de Cabarés, é do Toulouse Lautrec
14) Se parecer que alguém esfregou a tela com um gato, estando a tinta ainda fresca, é Van Gogh
fonte:Arquitêta
domingo, 6 de outubro de 2013
Desabafo
É preciso manter a fé, senão piramos, é a politicagem, e o grande vilão: o ser humano, mas há quem se salve, sempre há, mesmo sendo minoria e é preciso, necessário e urgente, manter a fé. Boa Semana!
Deixa, deixa, deixa
Eu dizer o que penso dessa vida
Preciso demais desabafar
Eu já falei que tenho algo a dizer,e disse
Que falador passa mal, e você me disse
Que cada um vai colher o que plantou
Porque raiz sem alma, como o Flip falou, é triste
A minha busca é na batida perfeita
Sei que nem tudo tá certo, mas com calma se ajeita
Por um, mundo melhor eu mantenho minha fé
Menos desigualdade, menos tiro no pé
Andam dizendo que o bem vence o mal
Por aqui vou torcendo pra chegar no final
É, quanto mais fé, mais religião
A mão que mata, reza, reza ou mata em vão
Me contam coisas como se fossem corpos,
Ou realmente são corpos, todas aquelas coisas
Deixa pra lá eu devo tá viajando
Enquanto eu falo besteira nego vai se matando
Então
Deixa, deixa, deixa
Eu dizer o que penso dessa vida
Preciso demais desabafar
Ok, então vamo lá, diz
Tu quer a paz, eu quero também,
Mas o Estado não tem direito de matar ninguém
Aqui não tem pena morte mas segue o pensamento
O desejo de matar de um Capitão Nascimento
Que sem treinamento se mostra incompetente
O cidadão por outro lado se diz, impotente, mas
A impotência não é uma escolha também
De assumir a própria responsabilidade
Hein??
Que você tem e mente, se é que tem algo em mente
Porque a bala vai acabar ricocheteando na gente
Grandes planos, paparazzo demais
O que vale é o que você tem, e não o que você faz
Celebridade é artista, artista que não faz arte
Lava mão como Pilatos achando que já fez sua parte
Deixa pra lá, eu continuo viajando
Enquanto eu falo besteira nego vai, vai
Então deixa...
Deixa, deixa, deixa
Eu dizer o que penso dessa vida
Preciso demais desabafar
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Lupicínio
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Policial forja flagrante
Eu só quero entender por que os baderneiros que arrebentam com lojas, bancos e pontos de ônibus no Centro do Rio não são presos, e um manifestante pacífico e inocente é preso.
Segue abaixo o link de um vídeo de O Globo, onde é evidente que o policial forja um flagrante durante os protestos no dia 30 de setembro.
http://oglobo.globo.com/videos/t/o-globo-hd/v/policial-forja-flagrante-durante-protesto-no-centro-do-rio/2862943/
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